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O pentecoste provocou reações diversas



Quando o Espírito de Deus é derramado sobre a igreja, produz efeitos gloriosos, e as pessoas que olham para o fato têm diferentes reações.


"E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua"Atos 2:5,6


  • Ajuntamento sem marketing

Atos 2.5,6 narra o fato insólito da multidão presente em Jerusalém sendo atraída de forma irresistível para o local onde os discípulos estavam reunidos. Esta é uma marca incontestável do genuíno avivamento: as pessoas são movidas pelo próprio Espírito de Deus a buscar refúgio no meio dos cristãos.

As pessoas são arrastadas com cordas de amor e atraídas por uma força irresistível. Todas as coisas barreiras são quebradas. Todo o preconceito cai por terra. Toda a resistência se desfaz, e as multidões sedentas, carentes, em angústia de alma, buscam a igreja. Não é necessário propaganda, nenhum artificio humano ou promessas mirabolantes para atrair as massas. Os pecadores correm para a igreja e com pressa acertam a vida com Deus.

A história dos avivamentos prova sobejamente essa tese. Foi assim no grande despertamento espiritual na Inglaterra no século 18. Quando George Whitefield se levantava para pregar nas praças, as multidões se acotovelavam, ávidas por ouvir sua mensagem. Quando John Wesley ia as minas de carvão, aqueles homens, outrora rudes, choravam quebrantados pela sua pregação.

No País de Gales, no século 18, Deus salvou um jovem chamado Howell Harris, usando não somente um sermão, mas o aviso dominical sobre a ceia do Senhor. Ao ser convertido, Howell Harris não sabia pregar. Meses depois de sua conversão, recebeu poderosa visitação do Espírito e a partir de então passou a ter grande paixão pelas almas. Mesmo não sabendo pregar, começou a ler livros evangélicos para as pessoas.

A unção de Deus caiu sobre ele de tal forma que as pessoas sofriam grande impacto com suas leituras. Mais tarde, esse homem recebeu de Deus a capacitação para pregar e veio a ser um dos maiores avivalistas daquele século em seu país. Tornou-se eloquente e ungido pregador. As multidões ouviam com profundo interesse sua pregação, e centenas de pessoas foram salvas através de seu ministério.

No século 19, no grande avivamento que varreu todos os Estados Unidos, Deus usou de forma tremenda o advogado Charles Grandison Finney. Onde ele chegava para pregar, Deus operava maravilhosamente. Os corações se derretiam  e os joelhos se dobravam diante do Salvador Jesus pela sua pregação.

Quanto a Dwight L. Moody, desde que foi revestido com o poder do Espírito em Wall Street, Nova York, sempre que se levantava para pregar, as pessoas se ajuntavam ávidas por ouvi-lo. Como já afirmamos, a partir dessa experiência bendita, Moody levou a Cristo mais de quinhentas mil pessoas.

A Bíblia diz de João Batista, cheio do Espírito, era uma voz, e não um eco, e por isso as multidões deixavam Jerusalém com todo o seu aparato religioso, o sumo sacerdote e os mestres da lei e rumavam para o deserto para ouvi-lo. O que mais importa não é se estamos num púlpito erudito, numa catedral ou num templo de chão batido ou mesmo no deserto.

O que importa é se há unção em nossa vida. Não adianta erudição sem poder. Não adianta erudição sem poder. Não adianta conhecimento sem unção. Não adianta ter cursos e mais cursos se o orvalho de Deus não cai sobre nós. Nossos diplomas não podem atrair multidões para ouvir a palavra. Nosso títulos não nos credenciam a ter um ministério frutífero.

O poder do Espírito sobre a igreja tem maior impacto sobre as massas do que os outdoors, do que a mídia, do que a mais elaborada e agressiva propaganda. Muitas vezes, as pessoas cruzam diariamente as ruas em dos nossos templos e nem percebem que ali adoramos ao Deus vivo. Onde o vento de Deus sopra, onde o fogo de Deus desce, as pessoas caem de joelhos e reconhecem que só o Senhor é Deus.

  • Discriminação

... Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Atos 2:7

Essa observação está vazada numa atitude soberba de profunda discriminação. A Galileia era considerada pelos judeus ortodoxos uma terra pagã. Era chamada a Galileia dos gentios, terra de trevas, terra de gente ímpia, atrasada, pobre, doente e marginalizada. 

Foi por isso que Natanael disse a Filipe acerca de Jesus: "Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?..."João 1:46


Deus chama as coisas fracas deste mundo para envergonhar as fortes. Ele enche galileus com o seu Espírito, para com eles revolucionar o mundo.

Todavia, apesar do preconceito quanto à origem, ao berço, à formação e aos estudos e ao status daqueles que estavam falando das grandezas de Deus, não foi possível negar a realidade insofismável de que algo extraordinário estava acontecendo. No pentecoste, acontece o contrário do que se deu na torre de Babel.

No pentecoste, os crentes falaram e houve entendimento, cada um na sua língua materna, Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
Atos 2:8,11

Onde reina o Espírito de Deus, aí há entendimento, e não confusão.

  • Ceticismo

E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
Atos 2:12

Havia no Pentecoste dois grupos: os que perguntavam (Atos 2.7,12) e os que afirmavam (Atos 2.13). 

Havia um grupo cético, cheio de dúvidas e interrogações. Eles sabiam que algo extraordinário estava acontecendo, mas não compreendiam do que se tratavam. Estavam atônitos, perplexos. Formavam um grupo que não podia crer no que via. Há muitos céticos hoje também. 

Gente que sabe que Deus tem poder, que nunca mudou, que opera maravilhas hoje como sempre operou no passado, mas gente que prefere ficar espantada e perplexa a crer com simplicidade. Gente que faz todas as perguntas, mas não abre o coração para as respostas de Deus. Gente que questiona tudo, mas não tem disposição de obedecer.

  • Zombaria

E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
Atos 2:13

Esses são apressados em tirar uma conclusão, ainda que temerária. São aqueles que sempre têm uma explicação, ainda que falsa. São aqueles que se constituem em juízes e se empoleiram no trono do julgamento, só para assacar acusações desabonadoras contra os seus irmãos. Esse grupo subiu a colina do monte Sião, aproximou-se do cenáculo, ouviu os 120 que falavam das grandezas de Deus e tiraram logo suas conclusão: estão bêbados, embriagados.

Para os zombadores, os discípulos eram gente atrasada, desmiolada, emocionalmente prejudicada, gente sem siso, sem massa cinzenta. Pedro diz (Atos 2.15) que aquela era a terceira hora do dia (nove horas da manhã), mas, para quem quer caluniar, a incoerência não representa problema. A lógica do maledicente é sempre a generalidade do mal.

Que Deus te abençoe!

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