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1 Reis 18 - Elias e os profetas de Baal / Confrontando os falsos deuses - Identificando a falsa divindade Aserá - Confrontando os falsos profetas - Confrontando a falsa adoração - Confrontando o sincretismo religioso estatal






Introdução:



Hoje veremos um dos embates mais espetaculares registrados nas Escrituras Sagradas: o confronto entre a mentira e a verdade, entre o falso e o verdadeiro, entre Baal e Deus. 

E isto aconteceu em uma competição entre Elias e os “profetas” de Baal no monte Carmelo (1Reis 18:19 ''Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.'' ). 

Assim como Elias foi chamado para mostrar que o Deus de Israel é o verdadeiro Deus, todos nós que pertencemos ao novo concerto fomos chamados a defender o evangelho de Cristo contra distorções e desvio doutrinário, e para afirmarmos que somente Jesus Cristo é o “Caminho, a Verdade e a Vida, e que ninguém vai ao Pai, senão por Ele”(João 14:6), e que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”(1Timóteo 2:5).

I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES

A diferença entre o Deus Criador de todas as coisas, e os falsos deuses é tremendamente gritante. Primeiro, porque Deus é vivo e eterno, criador de todas as coisas – Jeremias 10.10 diz “Mas o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus vivo; o rei eterno”. 

Segundo, os falsos deuses, são apenas imaginação e invenção do homem sem Deus. Logo eles não podem interagir com seus seguidores. Uma das características fundamentais de Deus, que o difere dos falsos deuses, é o fato de Ele sempre procurar se comunicar com suas criaturas. 

Vemos isso claramente no caso de Elias e os profetas de Baal (1 Reis 18.26-27 ''Enquanto os seguidores de Baal clamaram desde a manhã até o meio-dia, dizendo: Ah Baal, responde-nos! Porém não houve voz; ninguém respondeu. E saltavam em volta do altar que tinham feito. Sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e necessite de que o acordem'' ). 

Já Elias não precisou clamar muito para obter a resposta. (1 Reis 18.36-38 '' Elias se chegou, e disse: Senhor, Deus de Abraão, de Isaque, e de Israel, seja manifestado hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra tenho feito todas estas coisas.  Responde-me, ó Senhor, responde-me para que este povo conheça que tu, ó Senhor, és Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração.  Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego“).

1. Conhecendo o falso deus Baal. 

Era o deus supremo dos cananeus. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor, isso demonstra que ele exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas que o adorava. Seus adoradores acreditavam que o ídolo fosse o responsável pela abundância da terra e pela fertilidade do ventre. Sendo o deus da fertilidade, seu culto era marcado pela crueldade e por uma devassidão que envergonharia até Sodoma e Gomorra. Em suas cerimônias havia sacrifícios de vítimas humanas, orgias e os mais inimagináveis desregramentos; e, logicamente, louvores a Baal.

O Moderno culto a Baal. O velho Baal continua o mesmo; tudo faz para induzir os santos à impureza. Seus profetas e adoradores também não mudaram. Vejamos, a seguir, alguns exemplos, como os seus cultos manifestam-se em nossos dias:

a) Pornografia. Não são poucos os filhos de Deus que se acham arruinados espiritualmente em consequência de revistas, filmes, vídeos pornográficos, internet e a maioria das novelas.
O Senhor não atura tais coisas; são abomináveis aos seus olhos. Ele é Santo! E de seus filhos exige vida santa e irrepreensível – (1 Pedro 1.15 “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” );
(Levítico 20:7 ''Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus.'' ); 

b) Sincretismo Religioso (mistura). Infelizmente, somos obrigados a mencionar os shows promovidos em nossos púlpitos. Cantores e artistas, dizendo-se evangélicos, mas flagrantemente divorciados da graça de Deus, além de nos roubarem todo o tempo da Palavra, introduzem elementos de rituais idolatras, arrastando nossos jovens para uma vida  descompromissada com Deus.
(Êxodo 19:6 ''E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.'' ).

c) Infidelidade conjugal. Numa sociedade permissivista e erotizada como a nossa, o adultério não é visto mais como algo reprovável. É toleravelmente aceito; é socialmente incentivado; é legalmente ignorado. A Bíblia não mudou! Adultério é adultério. Pecado é pecado. Ainda que busquemos justificativas teológicas para tais comportamentos, a verdade bíblica não será alterada (Êxodo 20:14 ''Não adulterarás.'' ); 

(Mateus 5:28 ''Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.'' ).

2. Identificando a falsa divindade Aserá.  

Aserá era uma falsa deusa Cananéia muito antiga. Uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se refere a ela como a deusa-mãe, esposa de El, o deus pai do panteão cananeu. Era também conhecida como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. Como o símbolo astrológico de Baal era o Sol, Aserá é frequentemente associada com a Lua, mas seu símbolo era o planeta Vênus.

Aserá foi à deusa de Tiro e de Sidom em épocas longínquas, ao menos desde 1200 a.C, e foi provavelmente uma esposa sidônia de Salomão quem a introduziu na corte deste rei de Israel. 

No reinado de Roboão, filho de Salomão, se adorava Aserá (1 Reis 14:23 ''Porque também eles edificaram altos, e estátuas, e imagens de Asera sobre todo o alto outeiro e debaixo de toda a árvore verde.'' );

E isto persistiu em vários reinados de Judá (1 Reis 15:13 ''E até a Maaca, sua mãe, removeu para que não fosse rainha, porquanto tinha feito um horrível ídolo a Asera; também Asa desfez o seu ídolo horrível, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.'' ); num claro ato de sincretismo religioso, provocando à ira o Senhor Jeová.

No reino do Norte, o rei Acabe de Israel se casou com Jezabel, filha de um rei da Sidônia, e o culto a Aserá e ao seu filho Baal foi estabelecido na corte.

II. CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

1. Profetizavam sob encomenda. 
(1 Coríntios 2.13,15 '' 13 - As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.  15 - Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.'' ). 

Aqueles profetas de Baal, sustentados pelo estado, tinham como propósito agradar o rei em tudo. Eram profetas sim, contudo, profetas de uma falsa divindade. Mas não nos é estranho encontrarmos profetas do Deus Único que em nada diferem daqueles que cercavam a mesa de Acabe. No dizer de Paulo, estes tais serão discernidos pelos espirituais! 

Nos dias de Jesus existiam ministros que ‘exteriormente pareciam justos aos homens (Mateus 23.28 ''Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.'' ). 

Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. 

Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Leia Mateus 13.1-23; Mateus 15.17-20)”. 

Claro está que temos a obrigação de julgar os profetas pelos seus frutos, isto também fica claro nos escritos de Paulo e João (1 Tessalonicenses 5.21 ''Examinai tudo. Retende o bem.'' ); 

(1 João 4.1 ''Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.''); 

(1 Coríntios 14.29 ''E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.'' ).

2. Eram mais numerosos. 

O relato Bíblico afirma que os profetas de Baal eram 450, e os profetas de Aserá eram 400 (1 Reis 18.19 ''Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.'' ), ampla maioria se comparado ao único profeta de YAHWEH nesse desafio do monte Carmelo. 

Apesar dessa maioria numérica no Carmelo, estes oitocentos e cinquenta profetas ficaram confundidos e envergonhados, pois somente o Deus de Elias respondeu com fogo e dissipou toda dúvida do coração do povo (1 Reis 18.38-39 '' Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!'' ).

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO

O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar. 

As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se, prostrar-se (#7812, Strongs), como em (Êxodo 20.5 ''Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.'' ). 

As palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica (#4352, Strongs), como em (Mateus 4.10 ''Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.'' ); 

(João 4.24 ''Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.'' ). Adoração então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se expressa com ações singulares de reverência e culto. 

Qual é a adoração que Deus realmente espera de nós?

Elias pediu que o povo, os profetas de Baal e de Aserá se apresentassem num lugar determinado por ele. O povo se reuniu e Elias, sem medo, apresentou-se ao povo, exigindo dele uma definição resoluta – “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o e, se é Baal, segui-o” (1 Reis 18:21). 

Apesar da grande demonstração do poder de Deus, numa seca que já durava três anos e seis meses, numa clara prova de que Baal não era deus algum, não detinha controle algum sobre a natureza, o povo ainda estava coxeando entre dois pensamentos, preferindo as benesses do poder oferecidas por Jezabel no culto a Baal, bem como as seduções deste culto, que era um culto sensual, depravado e repleto de tudo aquilo que agradava a natureza pecaminosa do homem. Dinheiro, prazer, posição social eram ofertados pelos baalins e, assim, muitos, apesar de todas as evidências do poder do Senhor, continuavam titubeantes e, neste duvidar, acabavam sendo arrastados para a idolatria.

Elias, então, reparou o altar, que estava quebrado, bem como pôs água abundante para que não houvesse qualquer dúvida de que era Deus quem iria operar. Este cuidado do profeta é um exemplo a seguirmos na atualidade: a operação de Deus é algo de que devemos ter certeza e convicção. 
Por isso, nada deve ser feito sem a devida preparação espiritual, a devida santificação (o reparo do altar), como também tudo deve ser feito às claras diante do povo, com transparência, decência e ordem (1 Coríntios 14:40 ''Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.'' ). 

Quantos altares desmantelados na atualidade têm buscado o “fogo divino”! e, como Deus não opera em lugares assim, recorrem a subterfúgios, a astuciosos estratagemas para impressionar o povo. Entretanto, não nos iludamos, Deus não é Deus de confusão.

Mas, além de ter reparado o altar e não deixado margem a qualquer dúvida, Elias fez uma oração. Elias não “determinou” coisa alguma a Deus, pois sua “determinação” era a disposição firme de servir a Deus, não qualquer exigência que devesse ser feita, como muitos iludidos atrevem-se a fazer em os nossos dias. 

Elias fez uma oração, um pedido a Deus, reconhecendo a Sua soberania, o Seu senhorio – “e que eu sou teu servo“(1 Reis 18:36). Ele poderia chamar Deus de Senhor, porque havia experimentado o controle de Deus sobre todas as coisas: o corvo, a panela da viúva, a vida do filho da viúva. 

Relembrou ao povo, que o escutava, que Deus era o Deus do pacto feito com os patriarcas, o Deus que havia formado a nação de Israel e que ele, Elias, era tão somente um servo dEle. Mal acabou a oração, o Senhor consumiu tudo com o fogo e o povo não teve mais dúvida alguma: só o Senhor é Deus! (1 Reis 18:36-39).

IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL

1. O perigo do sincretismo religioso. 

Sincretismo é a fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas. Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes, ou, a influência exercida por uma religião nas práticas de outra.

O sincretismo que estava acontecendo em Israel tinha elementos altamente condenáveis, que de uma forma muito direta desobedecia e afrontava os padrões morais estabelecidos para o povo de Israel, como por exemplo, o culto sensual – aonde eram incluídas imoralidade sexual religiosa, tendo para isso prostitutas cultuais -, e da adoração a outros deuses.

Não há uma precisão da época em que começou o sincretismo entre os israelitas. Os registros bíblicos relacionam ao período da saída do povo de Israel do Egito e entrada na terra de Canaã. Israel viveu 430 anos sob o domínio egípcio e sob a influência de suas religiões. O povo egípcio sempre foi politeísta, adorava os deuses Rá (deus do sol), Toth (sabedoria, conhecimento, representante da Lua), Hórus (céu), Osiris (vida após a morte), Isis (amor, magia), Ged (terra), entre outros. 

Os filhos de Israel certamente se envolveram com estas divindades e seu culto, conforme comprova Josué: (Josué 24.23 “Agora temam o Senhor e sirvam-no com integridade e fidelidade. Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito, e sirvam ao Senhor” ).

2. A resposta divina ao sincretismo

Seguir a falsos deuses é abandonar o Deus vivo e isto constitui em um terrível pecado, passível de punição. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Reis 18:38), o profeta deu a seguinte instrução ao povo: (1 Reis 18:40 “Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” ). 

A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés: (Êxodo 20.3 “Não terás outros deuses diante de mim” ); (Êxodo 22.20 “O que sacrificar aos deuses e não só ao SENHOR será morto” ).

Hoje vemos florescer o sincretismo religioso nas igrejas ditas evangélicas, principalmente promovidas pelo segmento dito neopentecostalismo. Práticas pagãs são assimiladas nas igrejas para atrair as pessoas. Cerimônias e ritos totalmente estranhos à Palavra de Deus são introduzidos no culto para agradar o gosto dos adoradores. O sincretismo está na moda. Mas ele ainda continua provocando a ira de Deus!

O culto a Deus é composto de proclamação da palavra, explicação da mesma, louvores ao Senhor, orações e intercessões e comunhão – (1 Coríntios 14.26 “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” ). Portanto, não há lugar para palhaçada e feitiçaria na igreja.

CONCLUSÃO

 Do mesmo modo que Israel foi punido pela adoração e misturas de praticas religiosas de outras divindades, também qualquer povo será assim tratado a partir do momento em que se voltar a uma prática religiosa a outros deuses, depois de terem conhecido o Deus verdadeiro.
                                                                                                                   
  Que Deus te Abençoe!

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