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Segunda Epístola de Pedro




Título: Nesta epístola, Pedro utiliza seu nome completo "Simão Pedro" (1.1). É a sua carta de despedida.

Autoria e Data: Talvez este seja o documento mais controvertido do Novo Testamento quanto à questão de autoria. Foi um dos últimos a serem aceitos no Cânon.

O principal motivo para essa resistência foi a citação da carta na literatura patrística, o que parece não ter ocorrido, ou, se ocorreu, não ficou muito claro.

De qualquer modo, esta epístola foi reconhecida como canônica nos concílios de Laodicéia (336 d.C.), Hipona (393 d.C.) e Cartago (397 d.C.).

É uma carta de despedida ("porque sei que em breve deixarei este tabernáculo, como o nosso Senhor Jesus Cristo já me revelou."
2 Pedro 1:14 ), portanto, deve ter sido escrita um pouco antes de Pedro ter sido martirizado, em 68 d.C.

Propósito: Pedro ficou alarmado que falsos mestres estavam começando a infiltrar-se nas igrejas. 

Ele fez um chamado aos cristãos para crescerem e tornarem-se fortes em sua fé, a fim de detectarem e combaterem a crescente apostasia.

Ele enfatizou fortemente a autenticidade da Palavra de Deus e a certeza do retorno de Jesus.

Versículos importantes: ("Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.
Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça."2 Pedro 1:3,4

("O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento."
2 Pedro 3:9 )

("Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém."
2 Pedro 3:18 

Resumo: Muitos tem destacado as semelhanças entre este documento e a epístola escrita por Judas. Visto que o texto de Judas é muito mais intenso, as idéias devem ter partido de Judas  e não de Pedro.

Nesta carta, o apóstolo Pedro manifesta seu desejo de continuar alertando os cristãos, mesmo após a sua morte ("Eu me empenharei para que, também depois da minha partida, vocês sejam sempre capazes de lembrar-se destas coisas."
2 Pedro 1:15 ).

Seu principal assunto, porém, é o surgimento dos falsos mestres. Pedro é muito enfático na atuação e na condenação dos mesmos. A falsidade de tais mestres não parece residir tanto em questões doutrinárias quanto em questões de comportamento (2.1-22).

Por isso, a palavra "conhecimento" aparece constantemente na epístola, como uma prevenção (1.2,3,8; 2.20; 3.18).

Pedro faz questão de destacar que seu ensino a respeito de Jesus não é produto de alguma ficção ou imaginação, mas fruto de sua experiência pessoal com o Senhor.

 Cita, inclusive, a passagem do monte da transfiguração como exemplo ("De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade.
Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: "Este é o meu filho amado, em quem me agrado".
Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo."

2 Pedro 1:16-18
).

Esta é uma das grandes defesas do cristianismo, uma vez que, em pouco mais de cinquenta anos, a principal literatura acerca dos anos terrenos de Jesus já estava em forma escrita, o que foi feito, em grande parte, por testemunhas oculares, evidência que não pode ser sustentada em relação a muitos documentos extrabíblicos que gozam de prestígio e legitimidade.

Pedro ainda exalta a posição da palavra inspirada, como sendo infalível e norma para a vida do cristão ("Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações.
Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal,
pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo."

2 Pedro 1:19-21
).

 É uma declaração contundente quanto à inspiração divina das Sagradas Escrituras.

Do mesmo modo, sua referencia aos textos de Paulo, como "Escrituras", é uma importante alusão, não só por estabelecer internamente o cânon, mas também por enfatizar a importância da interpretação correta ("Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles."
2 Pedro 3:16 ).

Certamente, como cristãos no século 21, estamos mais próximos da volta do Senhor que os cristãos do primeiro século, a quem esta epístola foi escrita.

Através da televisão e outros meios de comunicação de massa, cristãos maduros estão estão conscientes de que muitos charlatões estão desfilando como verdadeiros líderes cristãos, e que os cristãos imaturos estão sendo "tomados" pelo seu charlatanismo e falsa interpretação das Escrituras.

Cabe a todos os cristãos renascidos a serem tão fundamentados na Palavra que seremos capazes de discernir a verdade do erro.

A mesma receita para o crescimento na fé que Pedro deu (2 Pedro 1.5-11), quando aplicada à nossa vida, irá assegurar-nos também uma rica recompensa na "entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ("Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão,
e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."2 Pedro 1:10,11).

O fundamento da nossa fé é e sempre será mesma Palavra de Deus que Pedro pregou.

Que Deus o Abençoe!

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