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Mateus 28.6 - Ressurreição de Jesus Cristo / Ele não está aqui, porque já ressuscitou



Que diferença faz se Jesus realmente ressurgiu no mesmo corpo de carne no qual viveu e morreu?

A resposta do Novo Testamento a esta pergunta é clara e inequívoca. Se Jesus não ressuscitou fisicamente, não há salvação (Romanos 10.9 "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo." ).

Sua ressurreição é o centro do evangelho pelo qual somos salvos (1 Coríntios 15.1-5 "Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis.
Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze." ).

O apóstolo Paulo listou uma série de consequências relacionadas à negação da ressurreição física. 

Se Cristo não ressuscitou, então: nossa fé é inútil; nós ainda permanecemos em nossos pecados; os que dormiram em Cristo estão perdidos; os apóstolos são falsas testemunhas; e somos os mais miseráveis de todos os homens (1 Coríntios 15.14-19 "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.
Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." ).

Além dessas consequências, resultantes da negação literal da ressurreição, há outros problemas teológicos cruciais:

1) O problema da criação. Deus criou o universo material (Gênesis 1.1 "No princípio criou Deus o céu e a terra." ), e tudo o que criou "era muito bom" (Gênesis 1.31).

O pecado, porém, trouxe a morte (separação) e deteriorou a criação de Deus (Romanos 5.12 "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram." ).

Além disso, por causa do pecado do homem, "a criação ficou sujeita à vaidade [inutilidade] (Romanos 8.20 "Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou," ).

Assim, a criação tem gemido e esperado pela libertação da servidão da corrupção para à liberdade da glória dos filhos de Deus (Romanos 8.21).

Igualmente, nós, os crentes, "esperamos avidamente pela nossa adoção como filhos, a redenção de nossos corpos. Porque nesta esperança somos salvos" (Romanos 8.23-24).

Considerando que a criação material de Deus caiu, ficou claro que, para que a redenção fosse efetivada, esta criação teria de ser restabelecida. Os humanos pecam e morrem em corpos materiais e devem ser resgatados nos mesmos corpos físicos. Qualquer outro tipo de libertação seria uma admissão de derrota.

Por causa da queda do homem, toda a criação de Deus foi entregue à decadência para a recriação de um novo céu e uma nova terra (Apocalipse 21.1-4 "E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." ).

Se a redenção não restabelecesse a criação física de Deus, incluindo nossos corpos materiais, então o propósito original de Deus, criando um mundo material, teria sido frustrado.

2) O Problema da encarnação. A negação de que Cristo veio ao mundo em carne humana é chamada de docetismo. Consequentemente, a negação de que Cristo ressuscitou em carne humana é uma espécie de neodocetismo. O docetismo foi o termo usado para designar uma seita que surgiu do gnosticismo.

O apóstolo João escreveu sua epístola advertindo a igreja contra aqueles que negavam que Jesus Cristo veio em carne (1 João 4.2 "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;" ).

Tal declaração joanina insinua que Jesus veio em carne no passado e permanecia na carne quando o apóstolo escreveu estas palavras, após a ressurreição.

Na passagem paralela, o apóstolo novamente adverte contra aqueles "que não confessem que Jesus Cristo veio em carne" (2 João 7). Isto esclarece que João considerava um erro doutrinário negar a carne de Cristo, tanto antes como depois de sua ressurreição.

A razão é óbvia: a carne humana faz parte da nossa verdadeira natureza humana criada por Deus. Consequentemente, negar que Cristo ressuscitou em carne humana é privá-lo da plenitude de sua natureza humana.

3) O problema da salvação. Como a morte foi o resultado do pecado, e envolve diretamente o corpo material, para que ocorra uma vitória real sobre a morte. Fracassar na confissão de que Cristo ressuscitou em um corpo material lança por terra todo o evangelho de Cristo.

A ressurreição de Cristo foi a ressurreição dos cristãos também será física em sua natureza. Um desvio nesta confissão representa a aniquilação dos propósitos redentivos de Deus para com a raça humana.

4) O problema da decepção. Também existe um grave problema moral. Alguns reivindicam os aparecimentos de Cristo como meras "materializações" realizadas com o fim de convencer os discípulos da realidade de sua ressurreição mas não exatamente sua materialidade.

Mas o que o próprio Jesus disse? Vejamos: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho". Lucas 24.39

Jesus desafiou Tomé a tocar em suas cicatrizes e a "deixar de ser incrédulo e ser crente" (João 20.27).

Dada a correlação e consequente identidade das cicatrizes com o corpo antes da sua ressurreição, a única impressão que estas palavras poderiam causar na mente dos discípulos era de Jesus obviamente esta reivindicando ter literalmente ressuscitado no mesmo corpo em que morreu, um corpo material, tangível, palpável.

Ou cremos desta forma ou somos impelidos a dizer que Jesus enganou descaradamente seus seguidores. Qual alternativa se harmoniza com o evangelho?

5) O problema da imortalidade. A negação da natureza material do corpo da ressurreição é fatal para a crença cristã da imortalidade. Ao contrário dos gregos antigos, os cristãos acreditam que a verdadeira imortalidade envolve a pessoa inteira, inclusive seu corpo, ou seja, não se trata somente da continuidade da existência da alma.

Mas se Cristo não ressuscitou no mesmo corpo físico em que morreu, então não temos nenhuma esperança real de que atingiremos a verdadeira (plena) imortalidade.

Paulo declarou que "Jesus Cristo aboliu a morte, e trouxe luz à vida e a incorrupção pelo evangelho" (2 Timóteo 1.10).

É tão somente pela vitória de Cristo sobre a morte física que os crentes podem proclamar: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" (1 Coríntios 15.55).

Caso contrário, retomando as palavras de Paulo: "Os que dormiram em Cristo estão perdidos" (1 Coríntios 15.18).

6) O problema da verificação. Uma ressurreição imaterial não possui nenhum valor comprobatório. Se Cristo não ressurgiu no mesmo corpo material que foi encerrado na tumba, então a ressurreição perde totalmente o seu valor como uma evidência para a reivindicação de sua divindade.

Entretanto, vemos nos evangelhos que Jesus frequentemente apontou para sua ressurreição como sendo uma prova cabal de suas reivindicações (João 2.19-22 "Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?
Mas ele falava do templo do seu corpo.
Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.
"
 );

(João 10.18 "Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." ).

Em uma dessas ocasiões, Jesus indicou a ressurreição como um sinal inigualável de sua identidade, e declarou que "nenhum outro sinal seria dado àquela geração má e incrédula" (Mateus 12.39-40).

Os apóstolos também apresentaram os aparecimentos da ressurreição de Jesus como sendo "muitas provas convincentes" (Atos 1.3 "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus." ).

Empregaram o fato da ressurreição inúmeras vezes como um dos principais fundamentos da pregação ousada e destemida a que se empenhavam (Atos 2.22-36), (Atos 4.2,10), (Atos 13.32-41), (Atos 17.1-4), (Atos 22 ao 31).

Paulo discursou aos filósofos  gregos sobre um dia determinado "em que com justiça [Deus] há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (Atos 17.31).

Há uma razão primordial para a conexão entre o fato da ressurreição física e a verdade do cristianismo: não há nenhuma evidência real capaz de diferenciar entre uma ressurreição imaterial e uma não-ressurreição.

Como poderíamos provar a ressurreição de Jesus se ela fosse apenas espiritual? 

Um corpo imaterial não tem nenhuma conexão  verificável com um, corpo material. O único modo objetivo pelo qual o mundo poderia saber  que Cristo ressuscitou era pela ressurreição material (da carne) do corpo no qual Ele morreu e é isso o que o texto declara: "Ele não está mais no túmulo".

"Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? " João 11:25,26

"Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto"Marcos 16:6

"Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela.
Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve.
Os guardas tremeram de medo e ficaram como mortos.
O anjo disse às mulheres: "Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado.
Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia.
Vão depressa e digam aos discípulos dele: ‘Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão’. Notem que eu já os avisei". 
As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus". Mateus 28:1-8


Ele ressuscitou, assim como diz a sua palavra, aquele que Crê em Mim ainda que esteja morto viverá, e quem vive e Crê em Mim, não morrerá eternamente.

Que Deus o Abençoe.

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...