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Êxodo 20 - Os Dez Mandamentos




Introdução: Estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés.

Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são somente eternos e imutáveis, por isso precisamos conhece-los.

I - Os propósitos da Lei

1. O decálogo (Êxodo 20.3-17)

O Termo Decálogo literalmente significa "dez enunciados" ou "declarações" (Êxodo 34.28 "E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos." );

(Deuteronômio 4.13 "Então vos anunciou ele a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra." ).

O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.

2. Objetivos do Concerto divino

A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:

a) Prover um padrão de justiça

A lei entregue entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Deuteronômio 4.8 "E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós?" );

(Romanos 7.12 "E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." ).

b) Identificar e expor a malignidade do pecado. 

(Romanos 5.20 "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;" );

(Romanos 3.20 "Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." ); ou seja, o conhecimento pleno da transgressão;

(Romanos 7.7 "Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." ).

A lei não faz do ser um humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Levítico 4__7).

c) Revelar a santidade de Deus. 

O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êxodo 24.15-17 "15E, subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte.
16E a glória do Senhor repousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou a Moisés do meio da nuvem.
17E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel." ); 


(Levítico 19.1-2 "Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo" ),


De igual forma em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu amor através do seu filho Jesus (João 3.16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." );

(Romanos 5.8 "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." ).

A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Romanos 10.4 "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê." ).

II - Os Dez mandamentos (Êxodo 20.1-17)

1. O primeiro mandamento

(Êxodo 20.3 "3Não terás outros deuses diante de mim." ).

Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Deuteronômio 6.4 "4Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor." ).

Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus.

Não devemos cultuar nem os anjos (Apocalipse 19.10 "10E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia." );

Nem os homens (Atos 10.25-26 "25E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou.
26Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem." ), ou quaisquer símbolos.

O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1 Coríntios 8.4-6 "4Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.

5Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
6Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele." );
(1 Timóteo 1.17 "17Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém." );

(Efésios 4.5-6 "5Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós." );

(Mateus 4.10 "10Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." ).

2. O segundo mandamento

(Êxodo 20.4-6 "4Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam" ).

Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. (João 4.24 "24Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." ).

Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Leia: Colossenses 1.13-23).

É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Deuteronômio 7.25 "25As imagens de escultura de seus deuses queimarás a fogo; a prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os tomarás para ti, para que não te enlaces neles; pois abominação é ao Senhor teu Deus." ).

Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade.

Esse "ídolo"pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos "ídolos do coração".


3. O terceiro mandamento

(Êxodo 20.7 " 7Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. " ).

O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade ao Senhor. 

Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.

4. O quarto mandamento

(Êxodo 20.8-11 "8Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.

9Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.

10Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
11Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." ).

O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraíco shabbath (cessar; interromper).

Gênesis 2.3 está escrito que: Deus "descansou" (literalmente "cessou", no sentido de alguém interromper o que estava fazendo).

A expressão "lembra-te", usada pelo autor  no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gênesis 2.1-3 "1Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.

2E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera." );

(Êxodo 20.10 "10Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas." ).

É importante ressaltar não há que em o novo testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um "sinal" do pacto do Sinai entre Deus e Israel. 

Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êxodo 31.12,13,17 "12Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
13Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. 17Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se." );

(Ezequiel 20.10-12 "10E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto.

11E dei-lhes os meus estatutos e lhes mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles.
12E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." ).

A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são "sinais". Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Marcos 2.27-28 "27E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.
28Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor." ).

Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lucas 24.1-3 "1E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas.

2E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
3E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus." ).


III - A continuação dos mandamentos divinos

1. O quinto mandamento

(Êxodo 20.12 "12Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." ).

Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles, cooperar em tudo. 

É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: "Para que se prolonguem os teus dias".

2. O sexto mandamento

(Êxodo 20.13 "Não matarás" ).

No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. 

Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dávida de Deus (Atos 17.25-28 "25Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;

26E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;

27Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
28Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração." ).
Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1 João 3.15 "15Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele." ).

Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente "morreram".

3. O sétimo mandamento

(Êxodo 20.14 "Não adulterás" ).

Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito à absoluto ao sexo. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento.

Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além - condena os motivos oculto no coração que levam ao adultério (Mateus 5.27-28 "27Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." ).

Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo.

4. O oitavo mandamento

(Êxodo 20.15 "Não furtarás" ).

Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos.

É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder.

5. O nono mandamento

(Êxodo 20.16 "16Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." ).

Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos outros.

Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tiago 4.11 "11Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz." ).

6. O décimo mandamento

(Êxodo 20.17 "17Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." ).

Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.

Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado.

Conclusão

A Lei expõe e condena nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.


Que Deus te abençoe, compartilhe a palavra de Deus para que outras vidas possam ser abençoadas.

Epístola de Tiago / Quando foi escrito a Epístola de Tiago?





Título: É a primeira das chamadas “epístolas gerais” ou “universais”. Seu nome vem do próprio autor, Tiago. Os destinatários são “as doze tribos da dispersão”, o que os identifica como judeus/cristãos.

Autoria e Data: Pelo fato de o nome Tiago ser muito comum no Novo Testamento, cerca de quarenta referencias, existe uma controvérsia sobre o autor. Na verdade, Tiago é uma variação grega de Jacó (suplantador).

Os três possíveis autores seriam Tiago, irmão de João; Tiago de Alfeu, que provavelmente era primo de Jesus; e Tiago, irmão do próprio Jesus.

Como o primeiro foi decapitado por Herodes (Atos 12.2 e mandou matar à espada Tiago, irmão de João.),

Só restam os outros dois, sendo que a maioria dos estudiosos aponta para Tiago, filho de Maria e José, irmão de Jesus (Mateus 13.55 Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? ).

Esta carta apresenta um ambiente mais judaico do que cristão. Não traz uma termologia cristã conhecida e é endereçada às doze tribos (Tiago 1.1 ¶ Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde. ).

Tem grande probabilidade de ter sido o primeiro documento do Novo Testamento, quando este ainda começava a ser desenvolvido.

Provavelmente, fora escrito no ano 48 d.C.

Propósito: Alguns acham que esta carta foi escrita em resposta a uma interpretação excessivamente zelosa do ensino de Paulo sobre a fé. Essa visão extrema, chamada de antinomismo, sustentava que através da fé em Cristo é possível estar completamente livre de todas as leis do Antigo Testamento, todo o legalismo, toda a lei secular e toda a moralidade de uma sociedade.

O livro de Tiago se dirige aos cristãos judeus dispersos entre todas as nações (Tiago 1.1 ¶ Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde. ).

Martinho Lutero, o qual detestava esta carta e a chamava de "epístola de palha", não conseguiu reconhecer que o ensino de Tiago sobre as obras complementava – e não contradizia – o ensino de Paulo sobre a fé. Embora os ensinamentos paulinos se concentrem em nossa justificação com Deus, os ensinamentos de Tiago concentram-se nas obras que exemplificam essa justificação.

Tiago escreveu aos judeus para incentivá-los a continuar crescendo nesta nova fé cristã. Tiago destaca que as boas ações fluirão naturalmente daqueles que estão cheios do Espírito e questiona se alguém pode ou não ter uma fé salvadora se os frutos do espírito não puderem ser observados.

Como Paulo descreve em (Gálatas 5.22-23 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
).

Resumo: O livro de Tiago busca caminhar na fé através da religião verdadeira (Tiago 1.1-27), da fé genuína (Tiago 2.1-26, Tiago 3.1-12) e da sabedoria genuína (Tiago 3.13-18, Tiago 4.1-17, Tiago 5.1-20).

Este livro contém um notável paralelismo com o Sermão da Montanha de Jesus em Mateus 5-7. Tiago começa no primeiro capítulo descrevendo os traços gerais do caminhar na fé. No capítulo dois e no início do capítulo três, ele discute a justiça social e faz um discurso sobre a fé em ação.

Ele então compara e contrasta a diferença entre a sabedoria terrena e a que provém do alto e nos encoraja a afastar-nos do mal e a nos aproximarmos de Deus. Tiago faz uma repreensão particularmente severa aos ricos que acumulam e aqueles que são auto-suficientes. Finalmente, ele termina encorajando os crentes a serem pacientes no sofrimento, orando e cuidando uns dos outros e reforçando a nossa fé através da comunhão.

O livro de Tiago é a descrição principal da relação entre fé e obras. Os judeus cristãos (os recipientes da carta de Tiago) estavam tão arraigados na Lei Mosaica e no seu sistema de obras que Tiago dedicou muito tempo para explicar a difícil verdade de que ninguém é justificado pelas obras da lei (Gálatas 2.16
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.).

Ele declara-lhes que, mesmo se muito se esforçarem para manter todas as diferentes leis e rituais, cumprir essa tarefa é impossível e transgredir a menor parte da lei os tornava culpados de toda ela (Tiago 2.10 Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.) porque a lei é uma entidade e quebrar uma parte dela é o mesmo que quebrá-la por completo.

Vemos no livro de Tiago um desafio aos seguidores fiéis de Jesus Cristo para não apenas "falar a fala", mas "andar a fala". Embora a nossa caminhada de fé, com certeza, exija um crescimento do conhecimento sobre a Palavra, Tiago nos exorta a não parar por aí.

Muitos cristãos acharão que esta epístola seja bem desafiante porque Tiago apresenta 60 obrigações em apenas 108 versículos. Ele se concentra nas verdades das palavras de Jesus no Sermão da Montanha e motiva-nos a agir de acordo com o que Ele ensinou.

A epístola também descarta a ideia de que alguém pode se tornar um cristão e ainda continuar vivendo no pecado, não exibindo nenhum fruto da justiça.

Tal "fé" declara Tiago, é compartilhada pelos demônios que "creem e tremem" (Tiago 2.19 Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem.).

Entretanto, tal "fé" não pode salvar porque não é autenticada pelas obras que sempre acompanham a verdadeira fé salvadora (Efésios 2.10Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.).


As boas obras não são a causa de salvação, mas são o seu resultado.

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...