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Livro de Eclesiastes / Quando foi escrito o livro de Eclesiastes? / Quem escreveu o livro de Eclesiastes?



Título: Seu nome vem da tradução da Septuaginta  do Antigo Testamento e é uma tradução da palavra hebraica Koheleth, o que dá a entender que o autor é um professor ou pregador, aquele que fala na congregação. 

Não deve ser confundido com o livro de Eclesiástico, um apócrifo escrito no Egito incluído pela Igreja Católica Romana no cânon sagrado, por volta de 1550, durante o Concílio de Trento (Concílio da Contra-Reforma).

Autoria e Data: Muitos têm contestado a autoria de Salomão, mas é difícil pensar em outro que pudesse fazer a afirmação contida em Eclesiastes 1.16 "
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.", entre outras que também apontam para ele.

Vejamos. Em Eclesiastes 1.1 "
Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.", o autor se intitula filho de Davi.

Em Eclesiastes 2.8 "
Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a espécie.", diz-se inigualável em riquezas.

Em Eclesiastes 2.7 "
Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém.", afirma que tinha um grande número e servos.

Em Eclesiastes 2.3 "
Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne (regendo porém o meu coração com sabedoria), e entregar-me à loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número dos dias de sua vida.", fala que tinha oportunidade de satisfazer seus desejos sensuais.

E em Eclesiastes 2.4-6 "
 Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto. Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.", que construi obras arquitetônicas magníficas.

Como se pode ver, nenhum outro se encaixaria neste perfil.

Uma vez estabelecido isso, é fácil datar o livro para o final da vida de Salomão, pois sua atitude reflete alguém já amadurecido.

Alguns chegam até mesmo a supor que o livro se trata de um tipo de confissão, de arrependimento do autor, depois de sua apostasia, conforme narrada em 1 Reis 11.

Por esse motivo, tudo leva a crer que o livro teria sido escrito por volta de 940 a.C.

Propósito: Eclesiastes é um livro de perspectiva. A narrativa do “Pregador”, ou “Sábio”, revela a depressão que inevitavelmente resulta da procura da felicidade em coisas mundanas. Este livro dá aos Cristãos a oportunidade de ver o mundo através dos olhos de uma pessoa que, apesar de muito sábio, está tentando encontrar sentido em coisas humanas e temporárias. Quase todas as formas de prazer mundano são exploradas pelo Pregador, e nenhuma delas lhe dá sentido algum.

No final, o pregador chega a aceitar que a fé em Deus é a única maneira de encontrar um significado pessoal. Ele decide aceitar o fato de que a vida é breve e, no fim das contas, inútil sem Deus. O pregador aconselha o leitor a concentrar-se em um Deus eterno, em vez de prazer temporário.

Resumo: Duas frases são repetidas muitas vezes em Eclesiastes. A palavra traduzida como “vaidade” aparece muitas vezes e é usada para enfatizar a natureza temporária das coisas mundanas. No fim das contas, mesmo as conquistas humanas mais impressionantes serão deixada para trás. A expressão “debaixo do sol” ocorre 28 vezes e refere-se ao mundo mortal. Quando o pregador se refere a “todas as coisas debaixo do sol”, ele está falando de coisas terrenas, temporárias e humanas.

Os sete primeiros capítulos do livro de Eclesiastes descrevem todas as coisas mundanas “debaixo do sol” nas quais o Pregador tenta encontrar satisfação. 

Ele tenta descobrimentos científicos (Eclesiastes 1.10-11), sabedoria e filosofia (Eclesiastes 1.13-18 ), alegria (Eclesiastes 2.1), álcool (Eclesiastes 2.3), arquitetura (Eclesiastes 2.4), bens (Eclesiastes 2.7-8) e luxúria (Eclesiastes 2.8). 

O Pregador concentrou-se em filosofias diferentes para encontrar um significado, tal como o materialismo (Eclesiastes 2.19-20) e até mesmo os códigos morais (incluindo os capítulos 8-9). Ele descobriu que tudo era vaidade, uma distração temporária que, sem Deus, não tinha nenhum propósito ou longevidade.

Os capítulos 8-12 de Eclesiastes descrevem as sugestões e comentários do Pregador sobre como a vida deve ser vivida. Ele chega à conclusão de que, sem Deus, não há nenhuma verdade ou sentido à vida. 

Ele já tinha visto muitos males e percebido que mesmo as melhores realizações do homem não valem nada a longo prazo. 

Assim, ele aconselha o leitor a conhecer a Deus desde a juventude (Eclesiastes 12.1 "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;" ), 

E seguir a Sua vontade (Eclesiastes 12.13-14 "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." ).

Para todas as vaidades descritas no livro de Eclesiastes, a resposta é Cristo. 

De acordo com Eclesiastes 3.17 "Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra." ;

Deus julga os justos e os ímpios, e os justos são apenas aqueles que estão em Cristo (2 Coríntios 5.21 "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus. NVI " ). 

Deus colocou o desejo pela eternidade em nossos corações (Eclesiastes 3.11 "Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim." ); 

E tem providenciado o Caminho da vida eterna através de Cristo (João 3.16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." ). 

Somos lembrados de que ir atrás da riqueza do mundo não só é vaidade, porque não satisfaz (Eclesiastes 5.10 "Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade." ), 

Mas mesmo se pudéssemos alcançá-la, sem Cristo perderíamos nossas almas e que proveito há nisso? (Marcos 8.36 "Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" ). 

No fim das contas, cada decepção e vaidade descrita em Eclesiastes encontra a sua solução em Cristo, na sabedoria de Deus e no único verdadeiro significado a ser encontrado na vida.

Eclesiastes oferece ao Cristão a oportunidade de compreender o vazio e o desespero com os quais aqueles que não conhecem a Deus têm que lidar. Aqueles que não têm uma fé salvadora em Cristo se deparam com uma vida que no fim das contas vai acabar e tornar-se irrelevante. 

Se não há salvação, e não há Deus, então não existe nenhum sentido, propósito ou direção para a vida. O “mundo debaixo do sol”, longe de Deus, é frustrante, cruel, injusto, breve e total “vaidade”. No entanto, com Cristo a vida é apenas uma sombra das glórias por vir em um paraíso que só é acessível por meio dEle.

Que Deus te abençoe, te guarde e te de a paz!!!

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