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Segunda Epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios / Quando foi escrito o Livro de 2 Coríntios?



Título: É a segunda epístola endereçada pelo apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, que seguiu não muito depois da primeira.

Autoria e Data: Apesar das contestações foi escrita pelo apóstolo Paulo, pouco mais de um ano após a primeira, o que coloca sua datação no final de 55 d.C., ou no começo de 56 d.C.

Assim como a primeira foi enviada com o irmão Sóstenes (1 Coríntios 1.1 "¶ Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes," ), 

esta segunda também não segue sozinha, vai junto com Timóteo (2 Coríntios 1.1 "¶ Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia." ).

Propósito: A igreja em Corinto começou em 52 d.C., como resultado da visita de Paulo em sua segunda viagem missionária. Foi então que ele ficou um ano e meio, a primeira vez que pôde permanecer no mesmo lugar o tanto que quisesse. Um registro dessa visita e do estabelecimento da igreja é encontrado em Atos 18.1-18.

Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo expressa seu alívio e alegria que a igreja tinha recebido a sua carta "severa" (hoje perdida) de uma maneira positiva. 


Essa carta dirigia-se a questões que estavam causando divisões na igreja, principalmente a chegada dos (falsos) apóstolos (2 Coríntios 11.13 "Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo." ) que estavam atacando o caráter de Paulo, semeando a discórdia entre os crentes e ensinando uma falsa doutrina. 

Eles parecem ter questionado a veracidade de Paulo (2 Coríntios 1.15-17 "¶ E com esta confiança quis primeiro ir ter convosco, para que tivésseis uma segunda graça;
E por vós passar à macedônia, e da macedônia ir outra vez ter convosco, e ser guiado por vós à Judéia.
E, deliberando isto, usei porventura de leviandade? Ou o que delibero, o delibero segundo a carne, para que haja em mim sim, sim, e não, não?" ), 

A sua capacidade de falar (2 Coríntios 10.10 "Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível." ), 

(2 Coríntios 11.6 "E, se sou rude na palavra, não o sou contudo na ciência; mas já em todas as coisas nos temos feito conhecer totalmente entre vós." ), 

E sua relutância em aceitar sustento da igreja em Corinto (2 Coríntios 11.7-9 "Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?
Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.
Porque os irmãos que vieram da macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei." ), 

(2 Coríntios 12.13 "Pois, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo." ). 

Havia também algumas pessoas que não haviam se arrependido de seu comportamento licencioso (2 Coríntios 12.20-21 "Porque receio que, quando chegar, não vos ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis; que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos;
Que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e chore por muitos daqueles que dantes pecaram, e não se arrependeram da imundícia, e fornicação, e desonestidade que cometeram." ).


Positivamente, Paulo achou que os Coríntios tinham recebido bem sua carta "severa". Paulo ficou muito feliz ao ficar sabendo por parte de Tito que a maioria dos membros da igreja de Coríntios tinha se arrependido de sua rebelião contra Paulo (2 Coríntios 2.12-13 "¶ Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no Senhor,
Não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a macedônia." ), 


(2 Coríntios 7.5-9 "¶ Porque, mesmo quando chegamos à macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito.
E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei.
Porquanto, ainda que vos contristei com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo.
Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma." ). 


O apóstolo os encoraja por isso através de uma expressão de amor genuíno (2 Coríntios 7.3-16 "Não digo isso para condená-los; já lhes disse que vocês estão em nosso coração para juntos morrermos ou vivermos.
Tenho grande confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Sinto-me bastante encorajado; minha alegria transborda em todas as tribulações.
Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados de toda forma: conflitos externos, temores internos.
Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com a chegada de Tito,
e não apenas com a vinda dele, mas também com a consolação que vocês lhe ministraram. Ele nos falou da saudade, da tristeza e da preocupação de vocês por mim, de modo que a minha alegria se tornou ainda maior.
Mesmo que a minha carta lhes tenha causado tristeza, não me arrependo. É verdade que a princípio me arrependi, pois percebi que a minha carta os entristeceu, ainda que por pouco tempo. 9 Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa.
A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte.
Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito.
Assim, se lhes escrevi, não foi por causa daquele que cometeu o erro nem daquele que foi prejudicado, mas para que diante de Deus vocês pudessem ver por si próprios como são dedicados a nós.
Por isso tudo fomos revigorados.
de encorajados, ficamos mais contentes ainda ao ver como Tito estava alegre, porque seu espírito recebeu refrigério de todos vocês.
Eu lhe tinha dito que estava orgulhoso de vocês, e vocês não me decepcionaram. Da mesma forma como era verdade tudo o que lhes dissemos, o orgulho que temos de vocês diante de Tito também mostrou-se verdadeiro.
E a afeição dele por vocês fica maior ainda, quando lembra que todos vocês foram obedientes, recebendo-o com temor e tremor.
Alegro-me por poder ter plena confiança em vocês." ). 

Paulo também buscou reivindicar seu apostolado, já que alguns membros da igreja tinham provavelmente questionado sua autoridade (2 Coríntios 13.3 "Visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso entre vós." ).

Resumo: Após saudar os fiéis na igreja em Corinto e explicar por que ele não os tinha visitado como originalmente planejado (2 Coríntios 1.3-2.2), Paulo explica a natureza do seu ministério. 

Triunfo por meio de Cristo e sinceridade diante de Deus eram as características principais do seu ministério às igrejas (2 Coríntios 2.14-17 "E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.
Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem.
Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?
Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus." ). 

Ele compara o glorioso ministério da justiça de Cristo com o "ministério da condenação" que é a Lei (2 Coríntios 3.9 "Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça." ), 

E declara a sua fé na validade do seu ministério apesar da intensa perseguição (2 Coríntios 4.8-18 "¶ Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.
Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus.
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." ). 

2 Coríntios 5 descreve a base da fé cristã – a nova natureza (2 Coríntios 5.17 "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." ),

E a troca do nosso pecado pela justiça de Cristo (2 Coríntios 5.21 "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." ).

2 Coríntios 6 e 7 encontramos Paulo defendendo a si mesmo e ao seu ministério, assegurando os Coríntios mais uma vez de seu sincero amor por eles e exortando-os ao arrependimento e vida santa. 


2 Coríntios 8 e 9, Paulo exorta os crentes de Corinto a seguir os exemplos dos irmãos na Macedônia e estender generosidade aos santos em necessidade. Ele ensina-lhes os princípios e vantagens de ajudar com um coração alegre.

Paulo termina sua carta reiterando sua autoridade entre eles 
2 Coríntios 10, e sua preocupação com a sua fidelidade a ele diante da feroz oposição dos falsos apóstolos. 

Ele se chama de "insensato" por ter que relutantemente se vangloriar de suas qualificações e seu sofrimento por Cristo 2 Coríntios 11

Ele termina sua epístola descrevendo a visão celestial que lhe foi permitido experimentar e o "espinho na carne" que Deus o deu para garantir sua humildade 2 Coríntios 12

2 Coríntios 13 contém suas exortações aos Coríntios para que esses se examinassem a fim de verem se o que professavam era a realidade. Paulo então termina com uma bênção de amor e paz.

Por todas as suas epístolas, Paulo frequentemente se refere à lei mosaica, comparando-a com a suprema grandeza do evangelho de Jesus Cristo e a salvação pela graça. 


Em 2 Coríntios 3.4-11 "E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,
¶ O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça.
Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória.
Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece"

Paulo contrasta a lei do Antigo Testamento com a nova aliança da graça, referindo-se à lei como aquele que "mata", enquanto que o Espírito vivifica. 

A lei é o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" (2 Coríntios 3.7 "E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória," ), 

(Êxodo 24.12 "¶ Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar." ) porque traz apenas o conhecimento do pecado e sua condenação. 

A glória da lei é que ela reflete a glória de Deus, mas o ministério do Espírito é muito mais glorioso do que o Ministério da lei porque ele reflete Sua misericórdia, graça e amor em providenciar Cristo como o cumprimento da lei.

Esta carta é a mais biográfica e a menos doutrinária das epístolas de Paulo. Ela nos diz mais sobre Paulo como pessoa e como ministro do que qualquer outra. Dito isso, há algumas coisas que podemos aprender desta carta e aplicar hoje em nossas vidas. 


A primeira coisa é a boa administração, não só de dinheiro, mas de tempo também. Os macedônios não só deram generosamente, mas "também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2 Coríntios 8:5). 

Da mesma forma, não só devemos dedicar tudo o que temos para o Senhor, mas tudo o que somos. Ele realmente não precisa do nosso dinheiro. Ele é onipotente! Ele quer um coração que anseia por servir, agradar e amar. 

Boa administração e ofertar a Deus é mais do que apenas dar dinheiro. Sim, Deus quer que ofereçamos o dízimo da nossa renda, e Ele promete abençoar-nos quando damos a Ele. Há mais, porém. Deus quer 100%. Ele quer que nos entreguemos por completo a Ele. Tudo o que somos. Devemos viver nossas vidas para servir o nosso Pai. 

Devemos não só dar a Deus de nosso salário, mas as nossas próprias vidas devem ser um reflexo dEle. Devemos dar tudo de nós ao Senhor em primeiro lugar, e depois para a igreja e ao trabalho do ministério de Jesus Cristo.

Que Deus te abençoe!!

Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios / Quando foi escrito o Livro de 1 Coríntios?




Título: Assim como a segunda, esta epístola também foi destinada à Igreja de Corinto, conforme indica o seu nome. 

Corinto era uma importante cidade portuária da Grécia, na região da Acaia, onde Paulo pregou o evangelho em sua segunda viagem missionária (Atos 18.1 "¶ E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto." ), permanecendo ali por dezoito meses.

A posição estratégica de Corinto lhe dera uma posição de domínio no comércio local, o que fazia dessa cidade um lugar de grande população, movimentação e riqueza.

Autoria e Data: Foi escrita por Paulo por volta do ano de 54 d.C., na cidade de Éfeso (1 Coríntios 16.8 "Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes;" ), onde morou por três anos.

Identifica-se como remetente, junto com Sóstenes, logo no início (1 Coríntios 1.1 "¶ Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes," ).

Em Atos 18.17 "Então todos os gregos agarraram Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada destas coisas o incomodava.", Sóstenes é citado como sendo o principal da sinagoga.

Propósito: O apóstolo Paulo fundou a igreja em Corinto. Poucos anos depois de deixar a igreja, o apóstolo Paulo ouviu alguns relatos preocupantes sobre a igreja de Corinto. Eles estavam cheios de orgulho e tolerando a imoralidade sexual. 

Os dons espirituais estavam sendo usados indevidamente e havia um crescente mal-entendido das principais doutrinas cristãs. O apóstolo Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios na tentativa de restaurar a igreja de Corinto à sua fundação: Jesus Cristo.

Resumo: A igreja de Corinto estava cheia de divisões. Os crentes de Corinto estavam se dividindo em grupos leais a determinados líderes espirituais (1 Coríntios 1.12 "Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo." ); 

(1 Coríntios 3.1-6 "¶ E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis,
Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
¶ Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento." ). 

Paulo exortou os crentes de Corinto a permanecerem unidos por causa da sua devoção a Cristo (1 Coríntios 3.21-23 "¶ Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;
Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso,
E vós de Cristo, e Cristo de Deus." ). 

Muitos na igreja estavam essencialmente aprovando uma relação imoral (1 Coríntios 5.1-2 "¶ Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem possua a mulher de seu pai.
Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação." ). 

Paulo ordenou que esse homem perverso fosse expulso da igreja (1 Coríntios 5.13 "Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo." ). 

Os crentes de Corinto estavam processando uns aos outros (1 Coríntios 6.1-2 "¶ Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?" ). 

Paulo ensinou aos coríntios que seria melhor sofrer uma ofensa do que danificar seu testemunho cristão (1 Coríntios 6.3-8 "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?
Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja?
Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?
Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.
Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?
Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos." ).

Paulo deu instruções à igreja de Corinto sobre: O casamento e celibato (capítulo 7
), 


Comida sacrificada a ídolos (capítulos 8 e 10), 

A liberdade cristã (capítulo 9), 

O véu das mulheres (1 Coríntios 11.1-16), 

A Ceia do Senhor (1 Coríntios 11.17-34), 

Os dons espirituais (capítulos 12-14), 
E a ressurreição (capítulo 15). 

Paulo organizou o livro de 1 Coríntios para responder a perguntas que os crentes de Corinto tinham feito a ele e para exortá-los sobre a maneira correta de lidar com conduta imprópria e crenças errôneas que tinham previamente aceitado.

No capítulo 10 do livro de 1 Coríntios, Paulo usa a história dos israelitas vagando no deserto para ilustrar aos crentes de Corinto a insensatez do abuso da liberdade e do perigo do excesso de confiança. 

Paulo tinha acabado de advertir os coríntios sobre a sua falta de auto-disciplina (1 Coríntios 9.24-27 "¶ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.
Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.
Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." ). 

Ele então passa a descrever os israelitas que, apesar de ver os milagres e o cuidado de Deus com eles – como a divisão do Mar Vermelho, a provisão milagrosa do maná do céu e da água de uma rocha – abusaram da sua liberdade, rebelaram-se contra Deus e caíram em imoralidade e idolatria. 

Paulo exorta a igreja de Corinto a observar o exemplo dos israelitas e evitar a luxúria e imoralidade sexual (vv. 6-8), assim como evitar colocar Cristo à prova e queixar-se (vv. 9-10). 

Olha o que diz: (Números 11.4,34 "4- ¶ E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? 34- Por isso o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Ataavá, porquanto ali enterraram o povo que teve o desejo." ), 

(Números 25.1-9 "¶ E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
Juntando-se, pois, Israel a Baal-peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.
Disse o Senhor a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os ao Senhor diante do sol, e o ardor da ira do Senhor se retirará de Israel.
Então Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os seus homens que se juntaram a Baal-peor.
¶ E eis que veio um homem dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita, à vista de Moisés, e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, chorando eles diante da tenda da congregação.
Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, se levantou do meio da congregação, e tomou uma lança na sua mão;
E foi após o homem israelita até à tenda, e os atravessou a ambos, ao homem israelita e à mulher, pelo ventre; então a praga cessou de sobre os filhos de Israel.
E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil." ), 

(Êxodo 16.2 "E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto." ), 

(Êxodo 17.2,7 "2- Então contendeu o povo com Moisés, e disse: Dá-nos água para beber. E Moisés lhes disse: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor? 7- E chamou aquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?" ).

Muitos dos problemas e questões com os quais a igreja de Corinto estava lidando ainda estão presentes na igreja de hoje. As igrejas da atualidade ainda lutam com divisões, imoralidade e com o uso dos dons espirituais. 

O livro de 1 Coríntios poderia muito bem ter sido escrito para a igreja hoje e faríamos bem em prestar atenção às advertências de Paulo e aplicá-las a nós mesmos.

Apesar de todas as repreensões e correções, 1 Coríntios traz o nosso foco de volta ao lugar certo -- Cristo. Amor cristão genuíno é a resposta a muitos problemas (capítulo 13). 

Uma boa compreensão da ressurreição de Cristo, como revelada no capítulo 15, e, por conseguinte, uma adequada compreensão da nossa própria ressurreição, é a cura para o que nos divide e derrota.

Que Deus te abençoe!!

Epístola do Apóstolo Paulo aos Romanos / Quando foi escrito o Livro de Romanos?




Título: Esta epístola foi escrita por Paulo aos cristãos  da cidade de Roma (Romanos 1.7 "A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." ). Não foi uma congregação fundada pelo apóstolo e a sua origem é desconhecida para nós. 

Cogita-se que surgiu como resultado dos acontecimentos e da mensagem pregada no dia de Pentecostes, em que estiveram presentes prosélitos e judeus de Roma (Atos 2.10-11 "E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus." ).


Autoria e Data: Paulo se apresenta logo no início da epístola (Romanos 1.1 "¶ Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus." ).

Foi escrita pelo apóstolo quando se encontrava em Corinto, depois de ter passado por Éfeso (Atos 19.21-22 "¶ E, cumpridas estas coisas, Paulo propôs, em espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia, dizendo: Depois que houver estado ali, importa-me ver também Roma.
E, enviando à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia." ),
(Atos 20.1-3 "¶ E, depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a macedônia.
E, havendo andado por aquelas terras, exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
E, passando ali três meses, e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela macedônia." ), recolhendo as ofertas dos irmãos da Acaia em favor dos cristãos necessitados de Jerusalém.
Era inverno de 55 ao 56 d.C. e Paulo, como teve tempo, a escreveu de forma concentrada.

Propósito: Como em todas as epístolas de Paulo às igrejas, o seu propósito em escrevê-las foi proclamar a glória do Senhor Jesus Cristo através do ensino da doutrina, assim como edificar e encorajar os crentes que receberiam a carta. 

De particular preocupação para Paulo foram aqueles a quem esta carta foi escrita – aqueles em Roma que foram "amados de Deus, chamados para serdes santos" (Romanos 1.7). Porque ele próprio era um cidadão romano, ele tinha uma paixão única por aqueles na assembleia dos crentes em Roma. 

Já que Paulo não tinha, até este ponto, visitado a igreja de Roma, esta carta também serviu como sua introdução para eles.

Resumo: Paulo estava animado com a ideia de finalmente poder ministrar nesta igreja, e todos estava bem conscientes desse fato (Romanos 1.8-15 "¶ Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.
Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;
Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha.
Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma." ). 


A carta aos Romanos foi escrita de Corinto pouco antes da viagem de Paulo a Jerusalém para entregar as ofertas que haviam sido dadas aos pobres de lá. 

Ele tinha a intenção de ir a Roma e depois a Espanha (Romanos 15.24 "Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia." ), mas seus planos foram interrompidos quando foi preso em Jerusalém. Ele acabaria indo a Roma como prisioneiro. 

Febe, um membro da igreja em Cencreia perto de Corinto (Romanos 16.1 "¶ Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia," ), provavelmente levou a carta para Roma.

O livro de Romanos é essencialmente um trabalho de doutrina e pode ser dividido em quatro seções: 


A justiça necessária, Romanos 1.18 - 3.20
A justiça providenciada, Romanos 3.21 - 8.39
A justiça vindicada, Romanos 9.1 - 11.36
A justiça praticada, Romanos 12.1 - 15.13

O tema central desta carta é bem óbvio -- a justiça. 

Guiado pelo Espírito Santo, Paulo primeiro condena todos os homens de seus pecados. Ele expressa seu desejo de pregar a verdade da Palavra de Deus para aqueles em Roma. Era a sua esperança que eles permanecessem no caminho certo. 

Paulo então salienta fortemente que não se envergonha do evangelho (Romanos 1.16 "¶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego." ) porque é o poder pelo qual todos são salvos.

O livro de Romanos nos diz sobre Deus, quem Ele é e o que tem feito. Ele nos fala de Jesus Cristo, o que sua morte alcançou. Ele nos diz sobre nós mesmos, o que éramos sem Cristo e quem somos depois de termos confiado em Cristo. 

Paulo recorda que Deus não exige que os homens endireitem suas vidas antes de virem a Cristo. Enquanto éramos ainda pecadores, Cristo morreu na cruz por nossos pecados.

Paulo usa várias pessoas e eventos do Antigo Testamento como ilustrações das gloriosas verdades encontradas no livro de Romanos. 

Abraão acreditou e justiça foi-lhe imputada por sua fé, e não por suas obras (Romanos 4.1-5 "¶ Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.
Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." ). 

Em Romanos 4.6-9, Paulo refere-se a Davi, o qual reiterou a mesma verdade: "Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
¶ Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão." 

Paulo usa Adão para explicar aos Romanos a doutrina do pecado herdado e usa a história de Sara e Isaque, o filho da promessa, para ilustrar o princípio dos cristãos sendo os filhos da promessa da graça divina através de Cristo. 

Nos capítulos 9-11, Paulo narra a história da nação de Israel e declara que Deus não os rejeitou completamente e definitivamente (Romanos 11.11-12 "Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!" ), mas permitiu-lhes "tropeçar" somente até que o número total dos gentios seja trazido à salvação.

O livro de Romanos deixa claro que não há nada que possamos fazer para nos salvar. Toda "boa" obra que já fizemos é como um trapo imundo diante de Deus. Tão mortos em nossos delitos e pecados estamos que apenas a graça e a misericórdia de Deus podem nos salvar. 

Deus expressou sua graça e misericórdia ao enviar o Seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar. Quando entregamos nossas vidas a Cristo, não somos mais controlados por nossa natureza pecaminosa, mas pelo Espírito. 

Se fizermos a confissão de que Jesus é o Senhor, e crermos que Ele ressuscitou dos mortos, somos salvos, nascidos de novo. Precisamos viver uma vida oferecida a Deus como sacrifício vivo para Ele. A adoração do Deus que nos salvou deve ser o nosso maior desejo. 

Talvez a melhor aplicação de Romanos seria aplicar (Romanos 1.16 "¶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego." ) e não nos envergonharmos do evangelho. 

Em vez disso, vamos todos ser fiéis em proclamá-lo!

Que Deus te abençoe!

Livro de Atos / Quando foi escrito o Livro de Atos? Quem escreveu o livro de Atos?














Título: Atos dos Apóstolos foi apenas um dos nomes considerados adequados. Na verdade, o livro narra, em seu princípio, somente os ministérios de Pedro, João e Paulo (dando maior destaque ao ministério de Paulo).

Comenta, também, as ações de outros discípulos que não eram apóstolos, com Estevão (Atos 6.5,8-9 "5- E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; 8,9- ¶ E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão." ),


(Atos 7.59 "E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito." ),

(Atos 8.1-2 "¶ E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.
E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto." ), e Felipe (Atos 8.5-40), por exemplo.


Outra sugestão para o nome do livro seria "Atos do Espírito Santo", pois as ações do Espírito Santo, guiando a Igreja, são uma constante nesta obra.

Autoria e Data: A autoria de Lucas foi aceita pela tradição sem qualquer dificuldade. Evidências internas mostram que o autor participou de certos eventos, conforme demostram algumas passagens escritas na primeira pessoa (Atos 16.10 "E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho." ),

(Atos 20.5-6 "Estes, indo adiante, nos esperaram em Trôade.
E, depois dos dias dos pães ázimos, navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias." ).

Embora isso não evidencie que tenha sido Lucas, cruzando estas informações com as referências a seu respeito nas epístolas paulinas, o argumento torna-se extremamente razoável.

Para concluir estas evidências, a tradição primitiva, desde Irineu, atribuiu a Lucas a autoria deste livro, que tem sido aceita pelos críticos em geral.

O livro termina de forma inconclusiva, narrando o período de dois anos nos quais o apóstolo Paulo esteve na prisão em Roma. Baseado neste evento, é possível situar sua data em 63 d.C., aproximadamente.

Propósito: O livro de Atos foi escrito para fornecer uma história da igreja primitiva. A ênfase do livro é a importância do dia de Pentecostes e o ser capacitado pelo Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo. Atos registra os apóstolos sendo testemunhas de Cristo em Jerusalém, Judeia, Samaria e o mundo ao redor. 

O livro esclarece mais sobre o dom do Espírito Santo, o qual capacita, orienta, ensina e serve como nosso Consolador. Ao ler o livro de Atos, somos iluminados e encorajados pelos muitos milagres que estavam sendo realizados naquela época pelos discípulos Pedro, João e Paulo. 

O livro de Atos enfatiza a importância da obediência à Palavra de Deus e a transformação que ocorre como resultado do conhecimento de Cristo. Há também muitas referências daqueles que rejeitaram a verdade que os discípulos pregavam sobre o Senhor Jesus Cristo. Poder, ganância e muitos outros vícios do diabo são evidenciados no livro de Atos.

Resumo: O livro de Atos apresenta a história da igreja cristã e a propagação do evangelho de Jesus Cristo, bem como a crescente oposição a ele. Embora muitos servos fiéis tenham sido usados para pregar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo, Saulo, cujo nome foi mudado para Paulo, era o mais influente. 

Antes de se converter, Paulo tinha grande prazer em perseguir e matar cristãos. A dramática conversão de Paulo na estrada de Damasco (Atos 9.1-31) é um dos destaques do livro de Atos. Após sua conversão, ele foi para o extremo oposto de amar a Deus e pregar a Sua Palavra com poder, fervor e o Espírito do Deus vivo e verdadeiro. 

Os discípulos foram capacitados pelo Espírito Santo para serem Suas testemunhas em Jerusalém (Atos 1-8.3), Judéia, Samaria (Atos 8.4-12.25) e até os confins da terra (Atos 13.1-28). 

Incluídos na última seção estão três viagens missionárias de Paulo (Atos 13.1-21.16), seus sofrimentos em Jerusalém e Cesareia (Atos 21.17-26.32) e sua última viagem a Roma (Atos 27.1-18.31).

O livro de Atos serve como uma transição da Antiga Aliança da lei para a Nova Aliança da graça e fé. Essa transição é observada em vários eventos importantes em Atos. 


Primeiro, houve uma mudança no ministério do Espírito Santo, cuja função principal no Antigo Testamento era a "unção" externa do povo de Deus, entre eles Moisés (Números 11.17 "Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho." ), 

Otniel (Juízes 3.8-10 "¶ Então a ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos.
E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou-lhes um libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele.
E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o Senhor entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua mão." ), 

Gideão (Juízes 6.34 "Então o Espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele." ), 

E Saul (1 Samuel 10.6-10 "E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem.
E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.
Tu, porém, descerás antes de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, e para oferecer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer.
¶ Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia.
E, chegando eles ao outeiro, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles." ). 

Após a ressurreição de Jesus, o Espírito veio morar nos corações dos crentes (Romanos 8.9-11 "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
¶ E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita." ), 

(1 Coríntios 3.16 "¶ Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" ), orientando e capacitando-os de dentro. A habitação do Espírito é o dom de Deus para aqueles que se aproximam dEle com fé.

A conversão de Paulo foi um exemplo dramático da transição da Antiga Aliança para a Nova. Paulo admitiu que, antes de conhecer o Salvador ressuscitado, ele era o mais zeloso dos israelitas, sendo irrepreensível "quanto à justiça que há na lei" (Filipenses 3.6), chegando ao ponto de perseguir aqueles que ensinavam a salvação pela graça através da fé em Cristo. 


Entretanto, depois de sua conversão, ele percebeu que todos os seus esforços legalistas eram inúteis, passando a considerá-los "refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Filipenses 3.8b-9). 

Agora nós também vivemos pela fé, não pelas obras da lei, para que não haja exaltação (Efésios 2.8-9 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" ).

A visão de Pedro de um lençol em Atos 10.9-15 é mais um sinal da transição da Antiga Aliança -- neste caso as leis dietéticas pertencentes aos judeus -- à unidade da Nova Aliança de judeus e gentios em uma Igreja universal. 


Os animais "puros" simbolizando os judeus, e os "impuros" simbolizando os gentios, foram igualmente declarados "limpos" por Deus através da morte sacrificial de Cristo. 

Não mais sob a Antiga Aliança da lei, ambos estão agora unidos na Nova Aliança da graça através da fé no sangue derramado por Cristo na cruz.

Deus pode fazer coisas incríveis através de pessoas comuns quando Ele os capacita através de seu Espírito. Deus essencialmente pegou um grupo de pescadores e os usou para transformar o mundo de cabeça para baixo (Atos 17.6 "
E, não os achando, trouxeram Jasom e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui;" ). 

Deus tomou um assassino odiador de cristãos e o transformou no maior evangelista cristão, o autor de quase metade dos livros do Novo Testamento. Deus usou perseguição para causar a rápida expansão de uma "nova fé" na história do mundo. 

Deus pode e faz o mesmo através de nós -- mudando nossos corações, fortalecendo-nos pelo Espírito Santo e dando-nos uma paixão de espalhar as boas novas de salvação através de Cristo. Se tentarmos fazer essas coisas no nosso próprio poder, vamos fracassar. 

Tal como os discípulos em Atos 1.8, temos que aguardar pelo poder do Espírito para então, em Seu poder, cumprir a Grande Comissão (Mateus 28.19-20 "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". ).

Que Deus te abençoe!

Evangelho de João / Quando foi escrito o Livro de João?




Título: Leva o nome do próprio autor, João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago, que não só fazia parte do grupo dos doze, mas também do círculo mais íntimo de Jesus, formado por este discípulo, seu irmão Tiago e Pedro.

É o mais diferente dos quatro evangelhos, em todos os aspectos.

Autoria e Data: Não existem dúvidas de que o autor deste livro seja João, "o discípulo a quem Jesus amava", como designado neste próprio evangelho, nas seguintes referências: (João 13.23 "Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus." ),

(João 20.2 "Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." ),

(João 21.7,20 " 7- Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 20- ¶ E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?" ).

Além de muitas evidências internas, este fato foi aceito pelos chamados pais apostólicos do século 1° da Era Cristã: Irineu e Teófilo de Antioquia.

O livro apresenta detalhes que só poderiam ser conhecidos por alguém que tivesse tido contato com Jesus durante o seu ministério e fosse testemunha ocular da maioria dos acontecimentos narrados aqui.

A cronologia exata dos eventos registrados no primeiro capítulo testificam essa afirmação (João 1.29 "¶ No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." ),

(João 1.35 "No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;" ),

(João 1.43 "¶ No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me." ).

Um exemplo dessa proficiência é o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. O autor diz que não estava junto aos lençóis, mas à parte (João 20.5-6 "E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis," ). Somente uma testemunha ocular poderia afirmar este tipo de detalhe, entre outros.

Foi último evangelho a ser escrito, já no final da vida do apóstolo, por volta do ano 90 d.C. João teve tempo de analisar o que os demais apóstolos haviam escrito sobre a vida de Jesus e, com isso, fazer seu complemento.

Propósito: João 20.31 cita o propósito como sendo o seguinte: "Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." 

Ao contrário dos três Evangelhos sinóticos, o propósito de João não é apresentar uma narrativa cronológica da vida de Cristo, mas mostrar a sua divindade. João queria não só fortalecer a fé dos crentes de segunda geração e levar outros à fé, mas também corrigir uma falsa doutrina que estava se espalhando. 

João enfatizou Jesus Cristo como sendo "o Filho de Deus", totalmente Deus e totalmente homem, ao contrário da falsa doutrina do "espírito-Cristo", a qual afirmava que esse espírito tinha vindo sobre o homem Jesus em Seu batismo e deixando-o na crucificação.

Resumo: O Evangelho de João seleciona apenas sete milagres como sinais para demonstrar a divindade de Cristo e para ilustrar Seu ministério. Alguns destes sinais e narrações são encontrados apenas em João. O seu livro é o mais teológico dos quatro Evangelhos e muitas vezes ele registra a razão por trás dos eventos mencionados nos outros Evangelhos. 

Ele compartilha muito sobre o ministério vindouro do Espírito Santo após a ascensão de Jesus. Há certas palavras ou frases que João frequentemente usa e que mostram os temas repetitivos do seu Evangelho: acreditar, testemunha, Consolador, vida - morte, luz - escuridão, eu sou... (como em Jesus é o "Eu Sou") e o amor.

O Evangelho de João apresenta Cristo, não de Seu nascimento, mas do "princípio" como "o Verbo" (Logos), o qual, como Divindade, está envolvido em cada aspecto da criação (João 1.1-3 
"¶ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." ),

E mais tarde torna-se carne (João 1.14 "Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. NVI" ), 

A fim tirar os nossos pecados como o Cordeiro de Deus imaculado (João 1.29 "¶ No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." ). 

João seleciona conversas espirituais que mostram que Jesus é o Messias (João 4.26 "Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo." ), 

E para explicar como alguém pode ser salvo através de Sua morte vicária na cruz (João 3.14-16 "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." ). 

Ele repetidamente irrita os líderes judeus ao corrigi-los (João 2.13-16 "No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro.
Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.
Aos que vendiam pombas disse: "Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado! " ), 

Curar no sábado e alegar para Si características que pertencem a Deus (João 5.18 "Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." ); 

(João 8.56-59 "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." ); 

(João 9.6,16 "6- Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. 16- Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles." ); 

(João 10.33 "Responderam os judeus: "Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus". NVI" ). 

Jesus prepara Seus discípulos para Sua morte vindoura e para o seu ministério após a Sua ressurreição e ascensão (João 14-17). 

Em seguida, Ele voluntariamente se entrega à morte na cruz em nosso lugar (João 10.15-18 "Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.
Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." ), 

Pagando por completo a nossa dívida pelo pecado (João 19.30 "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." ), 

Para que quem confia nEle como seu Salvador do pecado seja salvo (João 3.14-16 "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." ). 

Ele então ressuscita dos mortos, convencendo até mesmo o mais cético de Seus discípulos de que Ele é Deus e Senhor (João 20.24-29 "Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
¶ E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram." ).

O retrato que João expõe de Jesus como o Deus do Antigo Testamento é visto mais enfaticamente nas sete "Eu Sou" declarações de Jesus. Ele é o "pão da vida" (João 6.35), providenciado por Deus para alimentar a alma de seu povo, assim como Ele providenciou maná do céu para alimentar os israelitas no deserto (Êxodo 16.11-36). 

Jesus é a "Luz do mundo" (João 8.12), a mesma luz que Deus prometeu ao Seu povo no Antigo Testamento (Isaías 30.26 "E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, e curar a chaga da sua ferida." ), 

(Isaías 60.19-22 "Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te iluminará; mas o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória.
Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará; porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão.
E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
O menor virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor, ao seu tempo o farei prontamente." ), 

E que encontrará o seu auge na Nova Jerusalém quando o Cristo, o Cordeiro, será a sua luz (Apocalipse 21.23 "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada." ). 

Duas das "Eu Sou" declarações se referem a Jesus como o "Bom Pastor" e "Porta das Ovelhas". Elas são referências claras a Jesus como o Deus do Antigo Testamento, o Pastor de Israel (Salmo 23.1 "¶ O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará." ), 

(Salmo 80.1 "¶ Tu, que és pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho; tu, que te assentas entre os querubins, resplandece." ), 

(Jeremias 31.10 "¶ Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho." ), 

(Ezequiel 34.23 "E suscitarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor." ) e, como a única porta ao curral das ovelhas, o único caminho da salvação.

Os judeus acreditavam na ressurreição e, de fato, utilizaram essa doutrina para tentar levar Jesus a fazer declarações que poderiam ser usadas contra Ele. 

Entretanto, a sua declaração junto ao túmulo de Lázaro, "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11.25), deve ter deixado-lhes muito surpreendidos. Ele estava afirmando ser a causa da ressurreição e o possuidor do poder sobre a vida e a morte. Nenhum outro senão o próprio Deus poderia alegar uma coisa dessas. 

Da mesma forma, a sua pretensão de ser o "caminho, a verdade e a vida" (João 14.6) inequivocamente ligava Jesus ao Antigo Testamento. Seu é o "Caminho Santo" profetizado em (Isaías 35.8 "E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão." ); 

Ele estabeleceu a Cidade Fiel de (Zacarias 8.3 "Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade da verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos, o monte santo." ), 

Quando Ele, que é "verdade" em si, estava em Jerusalém e as verdades do Evangelho foram lá pregadas por Ele e Seus apóstolos; e como "a vida", Ele afirma Sua divindade, o Criador da vida, Deus encarnado (João 1.1-3 "¶ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." ). 

Finalmente, como a "videira verdadeira" (João 15.1,5 "1- ¶ Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 5- Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." ), Jesus identifica-se com a nação de Israel, a qual é chamada de vinha do Senhor em muitas passagens do Velho Testamento. 

Como a Videira verdadeira da vinha de Israel, Ele se apresenta como o Senhor do "verdadeiro Israel" -- todos aqueles que viriam a Ele em fé, "... porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas" (Romanos 9.6 "¶ Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;" ).

O evangelho de João continua a cumprir o seu objetivo de conter informações muito úteis para a evangelização (João 3.16 "
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." é provavelmente o versículo mais conhecido, mesmo se não devidamente compreendido por muitos) e é frequentemente utilizado em estudos bíblicos evangelísticos. 

Nos registrados encontros entre Jesus e Nicodemos e a mulher no poço (capítulos 3-4), podemos aprender muito do modelo de Jesus para o evangelismo pessoal. 

Suas palavras de consolo aos Seus discípulos antes de Sua morte (João 14.1-6,16 "¶ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
¶ Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. 
16- E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;" ),

(João 16.33 "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." ) ainda são de grande conforto nas vezes em que a morte clama nossos entes queridos em Cristo, e o mesmo pode ser dito de Sua "oração sacerdotal" pelos crentes no capítulo 17. 

Os ensinamentos de João sobre a divindade de Cristo (João 1.1-3,14 "No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.
Ela estava com Deus no princípio.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. 14- Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. NVI" ); 

(João 5.22-23 "E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou." ); 

(João 8.58 "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou." ); 

(João 14.8-9 "Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" ); 

(João 20.28 "E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" ), etc... 

São muito úteis na luta contra os falsos ensinos de algumas seitas que enxergam Jesus como sendo menos do que totalmente Deus.

Que Deus te abençoe!!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...