"A mulher de hoje, por mais independente e diferente da mulher daquela época, ainda se encontra competindo com as demais"
Em Ur dos Caldeus e em muitas outras cidades da antiguidade, era costume para o homem se casar com mais de uma esposa e assim garantir o futuro de suas gerações através dos muitos filhos homens que poderia gerar.
Entre o jardim do Éden, quando Deus instituiu o casamento entre o homem e a mulher, e a época de Abrão, algo aconteceu para que o casamento tenha se sujeitado a esse costume tão deplorável. Deplorável principalmente às mulheres.
Por mais que o costume era aceitável, ele não era nada agradável. Nem para os homens, que tinham que lidar com as esposas que brigavam entre si para quem ficava com eles à noite, nem muito menos para as mulheres, que eram inseridas em uma competição completamente injusta.
Especialmente quando a idade chegava. E tudo por ganância: a de ter mais filhos para se ter mais formas de prosperar. E qual foi o resultado disso?
Uma eterna competição entre as mulheres.
A mulher de hoje, por mais independente e diferente da mulher daquela época, ainda se encontra competindo com as demais. Ela não pode envelhecer e “perder” para as muitas novinhas que chegam chegando.
Ela não pode vestir um jeans maiorzinho e se sentir “inferior” às muitas outras que ainda vestem o manequim da adolescência. Ela não pode perder o controle de nada na vida, porque se as tantas mulheres-maravilhas da Internet aparentemente conseguem tudo e mais alguma coisa, por que ela não conseguiria?
Ela não pode gastar pouco na festa de casamento, afinal, ela precisa fazer melhor que as amigas que se casaram antes dela. Ela tem que ter pelo menos um bebê lindo, mesmo que não haja papai ainda, afinal, a idade está chegando e toda mulher “tem, porque tem,” que ter filhos.
Essa competição injusta tem uma origem, e ela vem lá de Gênesis, quando a humanidade se afastou de seu Criador.
O “casamento sagrado” realmente existiu em Ur?
Sim. A trama da novela optou pela versão clássica que interpreta a cerimônia como um ritual de união sexual em contexto religioso que fazia parte da celebração do Ano Novo, data mais importante do calendário mesopotâmico. Em uma dessas tradições, a mulher (sacerdotisa) representava a deusa Inanna e o rei o deus Dumuzi.
A crença era de que essa união deles promoveria a fertilidade e a prosperidade em Ur, além da proteção contra catástrofes e guerras.
Era a festividade mais importante da cidade e não se restringia apenas a um jogo de interesses entre os poderes políticos e religiosos, como forma de legitimar o poder do rei e manter a influência do templo sob os costumes do povo, mas também envolvia grupos de devotos das mais diversas camadas sociais e as classes populares.
Assim, esse ritual era muito esperado por setores dispares da sociedade e influenciava no imaginário social ditando regras comportamentais, uma vez que havia uma devoção popular à deusa Inanna.
Mesmo os autores que defendem o rito como meramente simbólico, entendem que esse tipo de cerimônia teria sobrevivido até o primeiro milênio, onde se encontram pistas da celebração em textos que descrevem rituais reais tanto na Assíria quanto na Babilônia.
Algumas partes a destacar:
* Nadi toma o banho de purificação e começa a se preparar para o casamento sagrado. Perto do ritual, o rei avisa Kissare que vai se casar com Nadi após o Akitu. Ibbi-Sim e Nadi cruzam a cidade até o templo, mas a sacerdotisa apenas finge tomar a bebida antes do ritual.
* Enlila consegue a poção com a feiticeira e coloca seu plano em prática. Ela finge brindar o casamento sagrado com Ibbi-Sim e coloca o preparado em sua bebida. Kala, no entanto, invade o quarto da rainha, escuta todo seu plano e ameaça denunciá-la ao rei.
* Lugali tenta, novamente, colocar o plano em prática contra Terá. Ele invade a tenda do homem para matá-lo, mas percebe que caiu em uma armadilha. Lamassi e Hamu o esperam ao lado de fora e o obrigam a confessar o plano. Sem saída, o soldado aceita o acordo de Terá para denunciar Abisali ao sumo sacerdote!
* A comitiva de Terá é atacada por assaltantes na volta para Ur e Lugali aproveita para fugir. O grupo de Terá celebra a vitória, mas percebem a ausência de Terá. Ele alcança Lugali e o convence de que o único jeito de sair vivo é ficando ao seu lado.
* Sharur volta de sua missão e descobre que Nidana conseguiu uma casa na cidade. Danina explica ao pai sobre suas atitudes e desconfianças sobre a irmã. Ele, então, decide que todos irão mudar para a casa da filha. Apesar de mostrar resistência em aceitar os pais, Nidana é obrigada a aceitá-los!