A vitória
de Jônatas sobre os filisteus
Mesmo um terremoto “normal” (se é que existe tal coisa) teria abalado os
filisteus, mas este parece extraordinário. O momento é perfeito, vindo logo
após a rápida vitória de Jônatas e seu servo. O terremoto parece restrito aos
lugares onde estão os filisteus. Nosso texto não dá nenhuma indicação de que os
israelitas sintam, ou seja, aterrorizados pelo abalo. Na verdade, por essa
narrativa, é possível que os israelitas nem mesmo saibam qual a razão para tal
pânico entre os filisteus. É um terremoto de Deus, e seu impacto é assustador.
Imagine como deve ter sido para um soldado filisteu. O tremor
pode ter sido precedido por um estrondo, que alguns descrevem como sendo mais
forte que o estrondo de 1.000 canhões. A terra começa a sacudir para cima e
para baixo. Num único tremor calcula-se que o solo se mova verticalmente até 2
polegadas, e até 240 vezes por minuto. O solo se encrespa como as ondas do mar,
fazendo com que os soldados rodopiem e caiam. E, então, o pior de todos os tal
vezes, o solo se move horizontalmente, sendo este movimento mais abrangente e
devastador.
Pense no que pode ter acontecido nesse dia. Chega aos ouvidos do
acampamento principal a notícia de que alguém (Jônatas e seu escudeiro) atacou
o posto da guarda e causou muitas baixas. Os “saqueadores”, ou destruidores,
enviados para matar e destruir, estão aterrorizados. Eles são as “forças
especiais” do dia. O acampamento principal está em alerta total e as tropas são
convocadas para formação de batalha. Com suas temíveis espadas desembainhadas e
apontadas para frente (algo como baionetas), o exército se dirige para frente
de batalha. Naquele instante, o rugido do terremoto assusta as tropas.
À medida
que avançam, o chão treme e se encrespa debaixo deles. Os homens começam a
cair. E então, quando o chão se move horizontalmente, as espadas daqueles que
estão atrás traspassam as costas desprotegidas dos homens que estão à sua
frente. Os homens à frente, em pânico e talvez pensando que o inimigo esteja
atrás, se voltam e atacam as pessoas atrás deles - de modo que muitos jazem
mortos, todos pelos “golpes de suas próprias tropas”.
Posso não ter todos os detalhes precisos, mas as consequências
são parecidas. Os filisteus ficam incapacitados e aterrorizados pelo terremoto.
Em pânico absoluto, eles se voltam uns contra os outros e se matam uns aos
outros com suas espadas. Todas as baixas são consequência de uma luta entre os
próprios filisteus, antes que os israelitas entrem em combate com eles. Sem
dúvida, isto é um “terror de Deus” (1 Samuel 14.15).
Deveríamos temer diante
desta poderosa intervenção de Deus a favor de Israel. Seus sentinelas observam
como Deus traz o caos e a derrota ao poderoso exército filisteu. Eles podem não
saber que isto é causado por um terremoto, mas podem ver os soldados se movendo
pra lá e pra cá, em ondas. É por causa do movimento do solo? É porque o solo
está se abrindo? Nós não sabemos, e duvido que os sentinelas israelitas
soubessem. Mas, pelo que veem e ouvem, sabem que algo extraordinário está
acontecendo.
O leitor deve estranhar a reação de Saul. A primeira coisa que
ele faz é contar suas tropas, não para se preparar para a batalha, mas para
saber quem está faltando.
Saul não está surpreso. Quando as tropas são contadas, o
resultado é exatamente aquilo que ele teme. Pense nisso. Tudo vai relativamente
bem com os filisteus (pelos padrões de Saul), até que Jônatas bagunça tudo
atacando sua guarnição em Geba (1 Samuel 13.3 "Jônatas feriu a guarnição dos filisteus, que
estava em Gibeá, o que os filisteus ouviram; pelo que Saul tocou a trombeta por
toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus").
Este completo desastre (como Saul o vê), com o levantamento em
massa dos filisteus em Micmás, é culpa de Jônatas. Ele não pode deixar isso pra
lá. Agora, quando os dois exércitos estão acampados e em guerra um contra o
outro, Saul maneja as coisas para evitar mais ação (estava Saul sentado sob a
romãzeira - (1 Samuel 14.2 "E estava
Saul à extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que havia em Migrom; e o povo
que estava com ele era uns seiscentos homens").
E, de repente, há a maior confusão entre os filisteus. Alguma
coisa tem que causar este tumulto. Saul não pensa primeiro em Deus, mas em seu
filho desordeiro, Jônatas. Ao contar as tropas, ele é capaz de descobrir quem
não está entre eles, e então deduzir quem causou todo este problema - de novo.
Finalmente, Saul decide consultar a Deus - agora que está “num
beco sem saída”, como se diz. Naquela época havia várias maneiras de se
discernir a vontade de Deus. Um profeta, obviamente, poderia falar diretamente
da parte de Deus, mas Samuel deixou Saul em Gilgal devido à sua desobediência
(1 Samuel 13.8-14). Há a estola sacerdotal, vestida e usada pelo sacerdote, que está
ali com Aías, o sacerdote (1 Samuel 14.3), mas Saul não requer seu uso. Em vez disto,
ele manda buscar a arca da aliança. De certa maneira, isso envolve a intervenção
do sacerdote Aías para que a vontade de Deus seja conhecida.
Parece que este
processo leva algum tempo. Se este fosse um aparelho elétrico (de válvula, é
claro), ele estaria “aquecendo”. Todos sabem que Saul não é muito paciente (ver
capítulo 13). O tumulto no acampamento filisteu fica tão grande que até Saul
conclui que um ataque contra eles signifique vitória certa para Israel. Assim,
ele instrui o sacerdote a reter a mão, para “desligar o aparelho da vontade de
Deus”. Saul e seus homens vão então atrás dos apavorados e feridos filisteus,
que estão se matando uns aos outros. Conforme os soldados israelitas se
aproximam, podem ver com mais clareza a vitória operada por Deus.
Hesitantes, os guerreiros vão para a batalha contra os
filisteus. Jônatas e seu escudeiro lideram a investida; Saul segue um tanto
relutante, bem depois de a vitória estar assegurada. Junto com Saul e seus 600
homens estão aqueles que desertaram das fileiras de seu exército e venderam
seus serviços aos filisteus (1 Samuel 14.21). Quando aqueles que fugiram de Saul e se
esconderam nas colinas veem a derrota e retirada dos filisteus, eles também se
juntam a Saul, a fim de multiplicar suas forças.
O atrevido voto de Saul
É uma derrota dos filisteus e uma vitória de Deus, mas não é a
vitória que poderia ter sido; poderia ser muito mais categórica. Em resumo, os
soldados israelitas estão “angustiados” nesse dia, de modo que não conseguem
perseguir e destruir mais filisteus. O único responsável pela aflição de Israel
é nenhum outro senão seu rei, Saul. É seu conjura mento insano que atrapalha os
soldados israelitas.
Parece que a imagem de Saul entrou em decadência desde a sua
impressionante vitória sobre os amonitas em Jabes-Gileade no capítulo 11. Saul
é humilhado pelos filisteus, não só pela ocupação de Israel, mas também pela
maneira como tiram proveito da tecnologia do ferro (1 Samuel 13.19-23). A maior parte
das dificuldades de Saul é consequência direta do ataque de Jônatas aos
filisteus.
Agora, quando vê que os filisteus estão sendo derrotados pelos israelitas,
ele resolve fazê-los pagar por sua humilhação. Sua luta contra eles vira uma
questão pessoal. Não é uma batalha de Deus, ou mesmo de Israel; é sua batalha e
sua vitória. Por isso, Saul coloca seus homens sob juramento: ninguém deve
comer até o anoitecer. Os homens devem lutar com o estômago vazio.
Saul parece
raciocinar que isto evitará uma valiosa perda de tempo (e luz do dia?), parando
para preparar e comer a refeição. (Uma vez que Saul não planejou esta batalha,
nem ele nem seus homens estão realmente preparados para os acontecimentos do
dia). Na pressa, não há rações prontas para os homens comerem, ou assim parece
a Saul. Por isso, ele proíbe seus homens de comerem durante o dia, e eles lutam
o dia inteiro sem comida.
Saul está errado em duas coisas. Primeiro, está
errado em pensar que sua ordem produzirá uma vitória maior dos israelitas sobre
os filisteus. Saul parece achar que suas ordens resultarão em mais tempo de
perseguição à preciosa luz do dia e, assim, mais filisteus serão mortos. Não
funciona desse jeito. À medida que os filisteus procuram fugir para seu país, a
batalha se alastra para leste, primeiro para Bete-Áven (1 Samuel 14.23 "Assim
livrou o SENHOR a Israel naquele dia; e o arraial passou a Bete-Aven".) e depois
para Aijalom (1 Samuel 14.31"Feriram, porém, aquele dia aos
filisteus, desde Micmás até Aijalom, e o povo desfaleceu em extremo".).
Os israelitas os perseguem por mais de 20 milhas de território
montanhoso, e isto sem comer. Eles ficam exaustos e debilitados pela fome, e
não conseguem perseguir seus inimigos com tanta eficácia quanto se estivessem
bem alimentados.
Saul está errado ainda numa segunda coisa. Está
errado em supor que a única maneira de alimentar seus guerreiros é com “comida
caseira”, o que levará muito tempo. Afinal, não é dia de “comida pronta” e Saul
acha que não existe nenhuma chance de conseguir uma rápida fonte de energia. Ele
está errado. Deus tem uma comida “mais do que pronta” disponível. Ele colocou
estrategicamente um favo de mel na floresta, e comê-lo não demora absolutamente
nada.
Os soldados, da mesma maneira que Jônatas, só precisam enfiar a ponta da
vara no mel, tirá-la e levá-la à boca. Não existe comida mais rápida, ou
melhor, nos arredores. Este é o alimento mais perfeito e mais natural que
alguém poderia esperar. Faz “Gatorade” parecer patético.
Jônatas não ouve a ordem de Saul até que seja muito tarde. Ele
está ocupado demais atacando e lutando com os filisteus para se sentar no
acampamento esperando que Saul passe um decreto. E assim, enquanto perseguem os
filisteus, as forças de Saul se juntam a ele. Quando Jônatas se alimenta com o
mel, um dos homens o informa sobre a ordem ridícula de Saul. Jônatas diz aquilo
que a maioria de nós deve estar pensando neste momento: “Meu pai turbou a terra; ora, vede
como brilham os meus olhos por eu ter provado um pouco deste mel.” (1 Samuel 14.29).
Seu pai deve ser louco e egoísta para não deixar seus homens se
alimentarem. Se os israelitas pudessem fazer o mesmo que ele, a vitória seria
muito maior. Saul não é a fonte dos sucessos militares de Israel, mas um
empecilho a eles. As vitórias de Israel são mais a despeito de seu rei do que
consequências de sua liderança. Todos os soldados israelitas devem pensar isto,
e Jônatas simplesmente tem coragem de dizê-lo.
Saul, uma Pedra de Tropeço
para Israel (1 Samuel 14.31-35)
Já é ruim o suficiente quando as bobagens de Saul impedem uma
grande vitória de Israel, mas é indesculpável quando sua ordem resulta em
pecado. Obedientemente, os israelitas acatam a ordem insana de Saul para não
comer até o anoitecer. E, devido à sua fadiga, menos filisteus são mortos. Mas,
quando o dia chega ao fim, o povo faminto encontra o gado deixado por seus
inimigos. É triste dizer que os soldados israelitas temem mais desobedecer às
ordens de Saul do que temem desobedecer às leis de Deus.
Os soldados famintos
devoram o rebanho sem prepará-lo adequadamente, e por isso, acabam pecando
(Levítico 17.10 "E qualquer
homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que
comer algum sangue, contra aquela alma porei a minha face, e a extirparei do
seu povo''. ); (Levítico19.26 "Não
comereis coisa alguma com o sangue; não agourareis nem adivinhareis").
Alguém diz a Saul que Israel está pecando desse jeito (1 Samuel 14.33 "E o
anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o SENHOR, comendo com
sangue. E disse: Aleivosamente procedestes; trazei-me aqui já uma grande
pedra").
Se alguém não lhe tivesse dito, seria de admirar que Saul
tivesse percebido. Em vez de assumir a responsabilidade por ser uma “pedra de
tropeço” a sua compatriota, a justiça própria de Saul aponta seu dedo acusador
para os homens famintos: “procedestes aleivosamente; rolai para aqui,
hoje, uma grande pedra.” (1 Samuel 14.33b) Esta é uma tentativa de minimizar
os prejuízos causados pelo próprio Saul com sua ordem insana. Pelo menos ele
está preocupado em impedir que seus homens cometam mais pecado.
Duas coisas parecem estranhamente
irônicas quanto ao fato de Saul edificar um altar de pedra na noite em que os
israelitas fazem suas “ofertas”.
Primeira: Esta Adoração
mal pode ser chamada de sincera, tanto da parte dos israelitas, quanto da parte
de Saul. Ela é simplesmente uma forma de santificar a satisfação do apetite dos
soldados para que não pequem mais. E, quando é dito que este é o primeiro altar
edificado por Saul, também não ficamos impressionados.
Será que Saul precisa
passar por esse tipo de crise para adorar a Deus? Será que ele só constrói
altares em tempos de crise? Eu não chamaria este de um “momento santo” na
história de Israel. Eles estão simplesmente cobrindo suas apostas, minimizando
o dano causado pelo pecado, pecado este induzido por Saul e praticado por seus
soldados.
Segundo, esta “refeição” é muito irônica. Saul proíbe
seus soldados de comerem antes do anoitecer, embora a “comida pronta”
providenciada por Deus não demore mais do que alguns minutos (como vemos pelo
fato de Jônatas se satisfazer durante o combate). Saul acredita que comer será
perda de tempo e um empecilho à capacidade de Israel de obter uma grande
vitória.
Mesmo assim os israelitas perseguem seus inimigos noite adentro; só
que estão tão famintos e tentados pelos despojos de guerra, que pecam na
maneira de comê-los. Para corrigir a situação, Saul tem que construir um altar
e depois garantir que o sacrifício de cada homem seja feito e preparado de
forma correta. Quanto tempo você acha que levou esta “refeição”? Isto é
ineficiência!
Jônatas é condenado à morte
Finalmente, depois de uma espera recorde pelo jantar, a refeição
está terminada. Agora Saul está pronto para lutar - mas, e Deus? Saul ordena
que seus homens voltem à batalha para causar mais danos ao exército filisteu e
obter mais despojos. O povo consente com ele. Eles estão prontos para voltar à
batalha. Mas o sacerdote não está tão certo disto. Ele insiste em primeiro
buscar a vontade de Deus. Quando Saul consulta a Deus, ele espera um “sim” ou
”não” como resposta. (1 Samuel
14.37 “Então
consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na
mão de Israel? Porém aquele dia não lhe respondeu”).
Saul tira uma porção de conclusões precipitadas. Primeiro ele
conclui que, uma vez que não obteve resposta, deve ser porque alguém pecou.
Parece não lhe ocorrer que o pecado seja dele mesmo ou de seus soldados por
comerem carne sem drenar adequadamente o sangue. Ele presume que haja pecado, e
que este pecado seja uma violação à sua ordem insana (não da lei de Deus). Além
disso, ele presume que é bem possível que tenha sido Jônatas o culpado por este
pecado. E finalmente ele conclui que este “pecado” seja digno de morte.
Não
creio que seja por coincidência que ele diga: “Porque
tão certo como vive o SENHOR, que salva a Israel, ainda que com meu filho
Jônatas esteja a culpa, seja morto.” (v. 39) Por que, dentre os
milhares de homens que estão com ele, Saul se concentra em Jônatas, seu filho?
Receio saber o porquê, e não gosto disto em absoluto. Creio que o filho de
Saul, Jônatas, é um homem muito parecido com Davi.
Na guerra, Saul conclui que
Jônatas seja, na melhor das hipóteses, uma amolação, e, com certeza, um
obstáculo. Creio que ele esteja procurando uma desculpa para dar cabo de
Jônatas, e esta situação parece perfeita para a ocasião. Antes que a sorte seja
lançada, Saul deixa claro que, se Jônatas for indicado, ele morrerá. Creio que
ele saiba que Jônatas será indicado.
Até onde vai o registro bíblico, Saul decide a questão com muita
rapidez e arbitrariedade. Ele e seu filho ficam frente a frente com o restante
dos soldados. Sem nenhuma surpresa, ele e Jônatas são indicados. Então Saul
lança a sorte entre ele e Jônatas, e Jônatas é indicado.
O povo consente com este processo, pelo menos por enquanto (
Verso 40 "Disse mais
a todo o Israel: Vós estareis de um lado, e eu e meu filho Jônatas estaremos do
outro lado. Então disse o povo a Saul: Faze o que parecer bem aos teus
olhos"). Quem irá se opor a Saul nesse estado de espírito? Quando
Jônatas é isolado pelo lançamento de sortes, seu pai lhe pergunta o que ele fez
(não é interessante que Saul já tenha estabelecido a punição antes mesmo que o
crime seja revelado?).
Jônatas “confessa” que realmente provou um pouco de mel
com a ponta da vara. Uma pequena lambida no mel, dada sem nenhum conhecimento
da ordem de seu pai e nenhuma perda de tempo, é o crime abominável que Saul
supõe seja a razão de Israel não ter conseguido concluir a batalha iniciada por
Jônatas. Saul parece sentir que é melhor matar seu filho do que admitir seu
próprio pecado e idiotice.
Mesmo aqui Jônatas é um filho exemplar. Ele não dá nenhuma
desculpa, nem faz qualquer acusação contra seu pai. Jônatas coloca sua vida nas
mãos de seu pai, o rei. Ele está disposto a morrer se essa for à vontade de seu
pai, se essa for à vontade de Deus. Com grande pompa, Saul uma vez mais
assevera a morte de Jônatas. É como se Saul não pudesse fazer nada mais justo.
Finalmente, o povo que calmamente suportara todas as cenas do
rei, teve o suficiente. Eles estão dispostos a deixar que Saul submeta a si
mesmo e a Jônatas à prova, mas não a permitir que Saul mate seu filho. Eles
percebem o quanto as atitudes de Saul são insanas.
Jônatas, não Saul, lhes deu
grande libertação (verso 45 “Porém o
povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tão grande salvação em Israel?
Nunca tal suceda; vive o SENHOR, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da
sua cabeça! pois com Deus fez isso hoje. Assim o povo livrou a Jônatas, para
que não morresse”).
Será que ele deve ser morto por causa disto? Ele agiu com
Deus, não contra Ele, e por isso não será morto como pecador. Muito pelo
contrário! Nenhum fio de cabelo de sua cabeça cairá no chão. E assim é que
Jônatas, trabalhando com Deus, salva Israel, e Israel, enfrentando Saul, salva
Jônatas. Saul, que não salva ninguém, não tem permissão para destruir seu
próprio filho. Com este incidente, tem fim à batalha com os filisteus, mais
depressa e menos decisiva do que deveria tudo devido à insensatez de Saul, o
“libertador” de Israel.
Encerrando com o “Sucesso” de Saul e Seus Sucessores (1 Samuel 14.46-52)
“E Saul deixou de perseguir os filisteus; e estes se foram para
a sua terra. Tendo Saul assumido o reinado de Israel, pelejou contra todos os
seus inimigos em redor: contra Moabe, os filhos de Amom e Edom; contra os reis
de Zobá e os filisteus; e, para onde quer que se voltava, era vitorioso.
Houve-se varonilmente, e feriu os amalequitas, e libertou a Israel das mãos dos
que o saqueavam.
Os filhos de Saul eram Jônatas, Isvi e Malquisua; os nomes de
suas duas filhas eram: o da mais velha, Merabe; o da mais nova, Mical. A mulher
de Saul chamava-se Ainoã, filha de Aimaás. O nome do general do seu exército,
Abner, filho de Ner, tio de Saul. Quis era pai de Saul; e Ner, pai de Abner,
era filho de Abiel. Por todos os dias de Saul, houve forte guerra contra os
filisteus; pelo que Saul, a todos os homens fortes e valentes que via, os
agregava a si.”
Há um sentido no qual este capítulo é uma espécie de bênção com
relação à vida e reinado de Saul como rei de Israel. Há um sumário de seus
aparentes sucessos, uma clara alusão a seus fracassos e uma lista de seus
descendentes. O capítulo 15 descreve o pecado que significa o fim do reinado de
Saul (o pecado anterior significava o fim da dinastia de Saul - o reinado de
seus descendentes).
Os capítulos posteriores apresentam Davi como seu
substituto e mostram o ciúme de Saul e sua oposição a Davi. O último capítulo
de I Samuel descreve a morte de Saul e seu filho. No entanto, este capítulo
parece ser a bênção sobre Saul e seu reinado.
A batalha acabou, mas não a guerra. Os filisteus sofrem uma
grande perda, mas não uma derrota total. Cada exército - israelita e filisteu -
segue seu próprio caminho. As duas nações continuam em guerra uma contra a
outra pelo resto da vida de Saul. Isto é particularmente acentuado no (Verso 52 “Por todos os dias de Saul, houve
forte guerra contra os filisteus; pelo que Saul, a todos os homens fortes e
valentes que via, os agregava a si”).
Pelo resto da vida de Saul haverá conflito, e sua consideração
pelos filisteus pode ser vista no fato de ele procurar agregar a seu exército
qualquer “homem forte e valente”. As consequências de sua loucura vão
segui-lo todos os dias de seu reinado. Como veremos no capítulo 31, Saul e seu
filho Jônatas morrem às mãos dos filisteus. Que lamentável que a vitória sobre
os filisteus não tenha sido completa nesta batalha iniciada por Jônatas.
Tenho me referido a Saul como louco e fracassado. Como podemos,
então, explicar a avaliação de seu reinado nos versos 47 e 48, que parecem
colocá-lo sob um ângulo favorável? A resposta tem pelo menos dois aspectos.
Primeiro, parece correto dizer que um homem pode ser
um fracasso moral e espiritual e, no entanto, ser um grande líder militar. Veja
o homem usado por Deus no livro de Juízes para libertar Seu povo. Sansão não é
nenhum gigante moral, mas é usado por Deus para libertar Israel das mãos de
seus inimigos. O mesmo pode ser dito de muitos outros juízes levantados por
Deus.
Deus não se limita a usar somente pessoas piedosas para cumprir Suas
promessas e Seus propósitos. Portanto, a vitória militar pode ser alcançada por
meio de um homem como Saul, a despeito do tipo de homem que ele é. Quantos de
nós atribuímos nossos méritos e nossa bondade à graça e misericórdia de Deus
para conosco?
Segundo, as coisas ditas nestes dois versos são
realmente verdadeiras e representam a avaliação da liderança de Saul do ponto
de vista de um historiador secular. Saul, como rei de Israel, realmente luta
contra todas as nações em derredor e lhes impõe castigo. Com relação à batalha
com os amalequitas, Saul age mesmo com valentia e livra Israel daqueles que os
despojam.
Parece que a batalha entre Israel e os filisteus, descrita nos
capítulos 13 e 14, é uma coisa típica da vida e do reinado de Saul em Israel.
Ele luta com os filisteus e os israelitas vencem. A batalha é travada sob sua
liderança. Mas a vitória não foi o que poderia ter sido devido à sua loucura. E
a batalha não é resultante de sua fé e iniciativa, mas da fé e iniciativa de
Jônatas.
Apesar disto, como lemos em 1 Samuel 13.4, é divulgada uma notícia de que Saul
“derrotara a guarnição dos filisteus”. Do ponto de vista de um
historiador secular, as vitórias de Israel sob os cuidados de Saul são suas
vitórias. Sabemos que estas vitórias foram obtidas pela graça de Deus, muitas
vezes devido à atitude de pessoas como Jônatas e, com frequência, a despeito da
inércia e loucura de Saul.
Apesar das “vitórias” de Saul e Israel, os filisteus jamais são
destruídos, jamais são completamente derrotados, a fim de que Saul e Israel
contendam com eles durante todo o seu reinado. Confiando no “braço da carne”,
parece que Saul procura heróis que lutem por ele e por Israel. Com toda a
certeza o terreno está sendo preparado para Davi e o papel que desempenhará na
batalha com os filisteus e com Golias, seu campeão.
Conclusão
Primeiro, não é nada difícil perceber porque
Jônatas e Davi se tornarão amigos dedicados. Na
verdade, eles são almas gêmeas. Jônatas é um homem de fé e compreensão
espiritual. Ele é um homem que age com ousadia devido à sua fé em Deus,
enquanto seu pai espera que o mau tempo passe, não pedia uma direção a Deus,
queria agir somente com suas forças, apesar de uma vez ter pedido a direção a
Deus, e Deus de momento não o respondeu, não soube esperar a resposta de Deus,
agindo assim com suas próprias forças.
Jônatas teria sido um grande rei, mas
ele é benjamita e não descendente de Judá; e, assim, nenhum de seus
descendentes poderia ser o Messias. Mas, quando Jônatas vê que a mão de Deus
está sobre Davi, ele é um dos primeiros israelitas a recebê-lo como o próximo
rei de Israel, sem ciúmes ou hesitação.
Segundo, este texto prepara o terreno para a
introdução de Davi nos capítulos 16 e 17. O caráter de Saul é evidente. Sua
loucura e seu ciúme contra Davi não chegam a nos surpreender, pois já havia
sido demonstrado no seu trato com seu próprio filho, Jônatas. Saul já havia
tentado matá-lo; não será nenhuma surpresa vê-lo também tentando matar Davi,
bem como outras pessoas.
Assim como ele relutou em enfrentar os filisteus no
princípio, ele também hesitará em enfrentá-los quando Golias for seu campeão.
Nos próximos capítulos haverá poucas surpresas para nós sobre Saul, devido
àquilo que já lemos nos primeiros capítulos de I Samuel.
Terceiro, vemos que a visão histórica de um
homem pode ser muito diferente da visão de Deus. A avaliação feita por um
semelhante com certeza não é perfeita. No que diz respeito a
Deus, com certeza esta não é a verdadeira ”medida de um homem”, pois quando
Deus julga o homem, Ele vê o coração. A história secular pode considerar Saul
um sucesso, mas, em termos bíblicos e espirituais, ele é um miserável fracasso.
Os índices seculares de sucesso não são indicadores da aprovação ou da bênção
de Deus. O autor de I Samuel quer que vejamos Saul como um homem que é
rejeitado por Deus. Como é triste ser valorizado pelo mundo e desprezado por
Deus. Como é melhor, se necessário for, ser desprezado pelo mundo ou valorizado
por Deus?
Gostaria que você lesse todo capítulo de 1 Pedro 4, mas vou
deixar apenas 2 versículos 2 e 11 aqui para sua meditação do mesmo capítulo de
1 Pedro 4 que diz: Vers. 2 “Para que, no tempo que vos resta na carne, não
vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de
Deus”, Vers. 11 “Se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus
dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a
glória e poder para todo o sempre. Amém.”
Quarto, vemos neste texto que os cristãos
podem e agem de maneira que aparentemente atrapalhe a realização plena da obra
de Deus. Em última análise, os homens não podem impedir aquilo que
Deus propôs e prometeu fazer. Deus usa a fé e a obediência dos homens para
cumprir Seus propósitos, mas Ele não se limita a estes meios.
A soberania de
Deus também permite que Ele empregue a incredulidade e a desobediência para
alcançar Seus propósitos (Gênesis 50.20 “Vós bem
intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se
vê neste dia, para conservar muita gente com vida”, Salmos. 76:10 “Certamente
a cólera do homem redundará em teu louvor; o restante da cólera tu o
restringirás”).
Ele usa até mesmo Satanás para atingi-los (Ver 2 Coríntios
12.5-10). Contudo, reconhecendo a soberania de Deus sobre todas as coisas,
também deve ser dito que Deus, às vezes, permite que a ação (ou a inércia) dos
homens atrapalhe aquilo que poderia ter sido feito (Ver 2 Reis 13.14-19).
Deus
é soberano na história mas, em Seu controle absoluto sobre todas as coisas, Ele
estabeleceu que as ações têm consequências, e que a desobediência e a falta de
fé podem resultar em algo menor do que poderia e deveria ter sido se tivéssemos
agido de maneira santa. Com toda a certeza isto é ilustrado pela maneira como a
loucura de Saul no capítulo 14 impede uma vitória cabal sobre os filisteus.
Quinto, o governo de Saul é fonte de grandes
problemas para Israel, mas também é meio para a sua própria destituição. Sabemos
pelo capítulo 14 que a ordem insana de Saul impede Israel de obter uma vitória
esmagadora sobre os filisteus.
Consequentemente, pelo resto de seus dias, ele e
a nação são atormentados pelos filisteus (v. 52). O ataque do capítulo 17 lança
a ascensão e projeção de Davi em Israel e o início do fim para Saul. A batalha
de Israel com os filisteus no capítulo 31 resulta na morte de Saul e de
Jônatas. Como lemos em Cantares de Salomão, são as “raposinhas que
devastam os vinhedos” (2.15). Este momento aparentemente insignificante
de insensatez tem graves consequências para Israel e seu rei.
Finalmente, vemos em nosso texto uma excelente
ilustração de legalismo. Zelar pelo conhecimento e
obediência aos mandamentos de Deus não é legalismo, é discipulado. Com muita
frequência ouço algumas pessoas se referirem aos sermões baseados nos
mandamentos de Deus (do Novo ou do Velho Testamento) como sendo “legalistas”.
Embora algumas pessoas sejam legalistas na maneira como buscam obedecer aos
mandamentos de Deus, o zelo pelo conhecimento e obediência a eles não é
legalismo. O Salmo 119 é um excelente exemplo de um crente que zela pelo
conhecimento e obediência aos mandamentos de Deus. O amor à lei do
Senhor não é legalismo.
Legalismo é um descontentamento com os mandamentos de Deus da
forma como eles são. O legalismo supõe que os mandamentos e as proibições de
Deus não sejam suficientes. O legalismo procura consertar este “problema”
adicionando mais regras e regulamentos. Estes acréscimos são mantidos de forma
tão intensa quanto os mandamentos das Escrituras (às vezes, até mais). Aqueles
que deixam de obedecê-los são severamente julgados por aqueles que os adotam.
Deixe-me ilustrar o legalismo do Novo Testamento. A lei de
Moisés requeria que os homens guardassem o sábado, e isto significava que o
sábado deveria ser um dia de descanso. Não significava que fosse pecado os
discípulos de Jesus colherem alguns grãos e comê-los. Não significava que fosse
pecado nosso Senhor curar um doente no sábado.
Os escribas e fariseus não
podiam acusar nosso Senhor de violar qualquer lei de Deus; eles apenas podiam
acusá-lo de violar as leis do Antigo Testamento como eles as interpretavam e
aplicavam, e como eles as aperfeiçoavam com suas tradições. Procurar
“incrementar” as leis de Deus, acrescentando alguma coisa a elas, era
colocar-se acima da Lei como juiz:
“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do
irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei,
não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode
salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és que julgas o próximo?” (Tiago 4.11-12)
Pelo que entendo deste texto de Tiago, aqueles que “julgam”
injustamente seus irmãos, geralmente o fazem com base em suas próprias regras
legalistas, e não de acordo com a Palavra de Deus. Tiago diz que, aqueles que
julgam os outros por suas próprias regras, julgam também a Lei de Deus como
inadequada.
O rei Saul é um legalista. Como rei de Israel, ele deveria
conhecer bem a lei de Deus, e ter cuidado em obedecê-la e cuidar que fosse
obedecida em seu reino (Deuteronômio 17.18-20 “Será
também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para
si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes
levitas.
E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a
temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes
estatutos, para cumpri-los;
Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do
mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus
dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel”).
Parece até que ele não teria percebido a violação da lei de
Deus, caso alguém mais não lhe tivesse mostrado (1 Samuel 14.33 “E o anunciaram
a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o SENHOR, comendo com sangue. E
disse: Aleivosamente procedestes; trazei-me aqui já uma grande pedra”).
Saul facilmente justifica sua negligência em cumprir os
mandamentos de Deus e, no entanto, está pronto - quase ansioso, para condenar
seu próprio filho à morte por violar uma de suas regras idiotas.
Como todos os
legalistas, Saul acha fácil coar o mosquito e engolir o camelo (Mateus 23.23 e
24 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a
hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a
misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo”).
Ele
distila sua indignação quando os outros transgridem suas regras, mas é mais do
que tolerante com suas flagrantes transgressões aos mandamentos de Deus.
Ao contrário do que os legalistas pensam o legalismo não impede
o pecado; ele o favorece. As proibições que os legalistas amontoam sobre si e
sobre os outros não são a cura para as concupiscências da carne (Colossenses
2.20-23 “Se, pois,
estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam
ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:
Não toques, não proves, não manuseies?
As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos
homens;
As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária,
humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a
satisfação da carne”).
Havia nos tempos do Novo Testamento aqueles que proibiam o
casamento e comer certos alimentos ( 1 Timóteo 4.3 “Proibindo
o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os
fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de
graças;”), mas estes
eram enganadores e mentirosos que procuravam desviar o povo de Deus da verdade.
Embora Paulo fosse solteiro, ele instruiu os maridos e as esposas a não se
absterem de sexo, a menos que fosse por uma razão importante, e apenas por
algum tempo. O legalismo faz os homens caírem, como a ordem legalista de Saul
fez os israelitas pecarem ao comer carne sem o devido preparo. Vamos tomar
cuidado com o legalismo, em todas as suas formas mais piedosas.
Uma palavra final. O contraste entre Saul e Jônatas em nosso
texto é difícil de ser ignorado. Jônatas é aquilo que Saul não é. Não vamos nos
esquecer de que Jônatas é filho de Saul. Não são os bons “cuidados paternais”
de Saul que fazem de Jônatas o que ele é. Sua devoção é a despeito de Saul, não
por causa dele.
Que todos aqueles que gostariam de levar o crédito pelo modo
como seus filhos se saem observem isto. E observemos também que muitos pais
crentes dão à luz filhos descrentes. Lembro-me, por exemplo, de Sansão e seus
pais (Juízes 13.1-23, especialmente o verso 8).
Até agora eu estava disposto a ver Saul como uma anomalia, uma
espécie de caso excepcional. Seus pecados são mais notórios, mais visíveis, e
talvez mais dramáticos do que os nossos, mas, em última análise, suas tentações
e fracassos, na verdade, são “comuns aos homens” (1 Coríntios 10.13 “Não veio
sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar
acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar”, Tiago 5.17 “Elias era
homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e,
por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra”).
Suas falhas não estão registradas a fim de que gostemos de odiar
este homem. Creio que estão registradas como advertência, para que não
precisemos repetir os pecados que ele tão obviamente comete.
Gostaria de pensar
que minha vida se espelha mais em Jônatas do que em seu pai, mas este nem
sempre é o caso. Vamos prestar atenção e aprender destes dois homens tão
diferentes, Saul e Jônatas. E vamos nos esforçar para servir a Deus fielmente,
obedecendo A Seus mandamentos, para que não nos tornemos exemplos negativos de
desatino para as futuras gerações.
Que Deus o abençoe
grandemente!