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Livro de Êxodo / Quando foi escrito o livro de Êxodo? Quem escreveu o livro de Êxodo?




Título: Êxodo é o termo grego aplicado a este livro na Septuaginta, cujo significado é "saída", "partida", porque descreve a saída do povo de Israel do Egito. Em hebraico, o título do livro, como os demais, também  vem das primeiras palavras do texto. A saber: Shemot, que expressa: "os nomes de".

Autoria e Data: Conforme Marcos 7.10 "Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.", Moisés é o seu autor, pois foi testemunha ocular da maior parte dos acontecimentos narrados. Escreveu o livro entre 1450 e 1410 a.C., aproximadamente durante os anos de peregrinação.

Propósito: A palavra “êxodo” significa partida. No tempo definido por Deus, o êxodo dos israelitas do Egito marcou o fim de um período de opressão para os descendentes de Abraão (Gênesis 15.13 "Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,"), e o início do cumprimento da promessa da aliança com Abraão que seus descendentes não só viveriam na Terra Prometida, mas também se multiplicariam e se tornariam uma grande nação (Gênesis 12.1-3, 7). 

O objetivo desse livro pode ser definido como delinear o crescimento rápido dos descendentes de Jacó, do Egito ao estabelecimento da nação teocrática em sua Terra Prometida.

Resumo: Êxodo começa onde Gênesis terminou: com Deus lidando com o Seu povo escolhido, os judeus. Esse livro traça os eventos de quando Israel entrou no Egito como convidados de José, que era poderoso no Egito, até quando acabaram sendo libertados da escravidão cruel à qual tinham sido forçados por ... “novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José” (Êxodo 1.8).

 Os capítulos 1-14 descrevem as condições de opressão dos judeus sob Faraó, a elevação de Moisés como o seu libertador, as pragas que Deus trouxe sobre o Egito devido à recusa de seu líder de se submeter a Ele e a saída do Egito. 

A mão soberana e poderosa de Deus é vista nos milagres das pragas - terminando com a praga da morte dos primogênitos e a instituição da primeira Páscoa - na libertação dos israelitas, na abertura do Mar Vermelho e na destruição do exército egípcio.

 A parte do meio do livro de Êxodo é dedicada à peregrinação no deserto e à provisão milagrosa de Deus para o Seu povo. Mas apesar de Deus ter providenciado o pão do céu, água doce da amarga, água de uma rocha, vitória sobre aqueles que iriam destruí-los, Sua Lei escrita em tábuas de pedra por Sua própria mão e a Sua presença na forma de nuvem e colunas de fogo, as pessoas continuamente resmungavam e se rebelaram contra Ele.

 A terceira parte do livro descreve a construção da Arca da Aliança e o plano para o Tabernáculo com seus vários sacrifícios, altares, mobília, cerimônias e formas de adoração.

Os numerosos sacrifícios exigidos dos israelitas eram um retrato do último sacrifício, o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Na noite da última praga sobre o Egito, um cordeiro sem defeito foi morto e seu sangue aplicado nas ombreiras das casas do povo de Deus, protegendo-os contra o anjo da morte. 

Este comportamento aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus sem mancha ou defeito (1 Pedro 1.19 "Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,"), cujo sangue aplicado a nós garante a vida eterna. 

Entre as apresentações simbólicas de Cristo no livro do Êxodo está a história da água da rocha em Êxodo 17.6 "Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel." 

Assim como Moisés bateu na rocha para fornecer água que dá vida para o povo beber, assim Deus fez sofrer a Rocha da nossa salvação, crucificando-o pelo nosso pecado para que essa Rocha pudesse fornecer o dom da água viva (João 4.10 "Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".). 

A provisão do maná no deserto é uma imagem perfeita de Cristo, o Pão da Vida (João 6.48 "Eu sou o pão da vida.") providenciado por Deus para nos dar a vida eterna.

A Lei Mosaica foi dada em parte para mostrar à humanidade que eram incapazes de segui-la. Somos incapazes de agradar a Deus através do mantimento da lei; por isso, Paulo nos exorta: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).

A provisão de Deus para os Israelitas, da libertação do cativeiro ao maná e peregrinação no deserto, são indícios claros de Sua graciosa provisão para o Seu povo. Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).

Devemos confiar no Senhor pois Ele pode nos livrar de qualquer coisa. Entretanto, Deus não permite que o pecado continue impune para sempre. Como resultado, podemos confiar nEle e na Sua vingança e justiça. 

Quando Deus nos tira de uma situação ruim, não devemos tentar voltar atrás. Quando Deus faz exigências de nós, Ele espera que as obedeçamos, mas ao mesmo tempo Ele dá graça e misericórdia por saber que, sozinhos, não seremos capazes de obedecer totalmente.

Que Deus te abençoe!!

Gênesis 35 - Deus manda Jacó levantar um altar / Tirando os deuses estranhos


Introdução

Neste ensinamento aprenderemos como a voz de Deus poderá provocar mudanças significativas na conduta do seu povo. Jacó e sua família são ordenados pelo Senhor a um realimento na sua jornada espiritual. Após assumir uma postura de obediência, a família da promessa volta mais uma vez a estar no centro da vontade de Deus.

Como já vimos um pouco da história deste  grande patriarca chamado Jacó (se podemos assim dizer), foi um dia pequeno, falho, errou, precipitou-se, enfim, como todos os homens da história da humanidade tiveram suas falhas.

Após o encontro com Deus no Vau de Jaboque, Jacó estava preparado para encontrar seu irmão Esaú que há muito tempo o esperava para acertarem suas  antigas contas. Tudo acontece e ele sai dali vitorioso. 

Deus ordena ao patriarca subir a Betel e edificar-lhe ali um altar. Jacó limpa inclusive sua casa da idolatria dos que com ele estavam,  para servirem de verdade ao Deus vivo! Ele não divide sua glória com outrem.

DEUS FALA COM JACÓ ( Gênesis 35.1-15)

Os dias do Antigo Testamento são bem diferentes dos nossos dias no que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e a maneira como Ele fala com o homem.

Mesmo Jacó sendo o terceiro contando desde Abraão ao qual Deus havia feito uma grande promessa, Ele não fala com nenhum deles como fala conosco nos dias de hoje, na dispensação da graça em Cristo.

Quando lemos  Gênesis 35.1-15 notamos alguns pontos negativos na vida de Jacó, e devemos lutar para que não aconteça conosco:
Não devemos ouvir a voz de Deus em ocasiões esporádicas, de tempo em tempo.
Jacó não tinha domínio sobre sua casa (Versículo 2), pois as pessoas de sua casa tinham deuses estranhos.
Jacó não tinha domínio sobre seus liderados (Versículo 2), pois as pessoas que com ele estavam eram idólatras.

As vestes dos servos de Deus devem esta sempre limpas pelas atitudes do arrependimento, lavando-se pelo sangue do Cordeiro (a saber), Jesus de Nazaré.
Não há sociedade das trevas com a luz, Deus condena toda idolatria.

Betel: No hebraico, “casa de Deus”. Uma cidade da antiga Palestina a quase dezoito quilômetros ao norte de Jerusalém, que originalmente se chamava Lua. Para os antigos hebreus, trata-se de um lugar sagrado, quase tão importante quanto Jerusalém, devido à sua íntima associação com a história dos israelitas, a começar por Abraão. 

Foi ali que Abraão acampou certa feita (Gênesis 12.8 "E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor." - Gênesis 13.3 "E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai;").

A cidade chegou a adquirir o nome de Betel, “casa de Deus”,  porque foi nas proximidades que Jacó sonhou com uma escada que subia da terra ao Céu  (Gênesis 28.10-12 "Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã;
E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;").

Foi em Betel que Jacó edificou o altar e também foi ali que ele recebeu o seu novo nome "Israel". Há diversas referências bíblicas em todo o Velho Testamento sobre esta cidade, todavia ele foi destruída pelos babilônicos juntamente com Jerusalém no ano 587 A.C.

Após o exílio babilônico Betel tornou-se uma  pequena aldeia de mínima importância. O renascimento da época de Esdras e Neemias mostra que sua população era diminuta (Esdras 2.8). Não há qualquer alusão a Betel no Novo testamento.

Ao direcionar Jacó para ir a Betel Deus estava lembrando ao patriarca sobre o que aconteceu a 20 anos atrás quando ele fugia de seu irmão Esaú e quando ele fez um voto a Deus e estava na hora de pagá-lo. Deus não se esquece, se fez uma promessa, um voto, não se demore em cumpri-lo, pois Ele não se agrada de sacrifícios de tolos.

Jacó não foi desobediente à voz de Deus, ele se purificou, tirou todos os ídolos; ele, sua família e todos que com eles estavam foram ao local que Deus havia indicado: em sua casa, lugar da benção para a família.

Que onde estivermos possamos estar unidos com nossa família na casa de Deus e em qualquer lugar para apresentar sacrifícios de louvor e adoração ao Senhor, e também, sermos exemplo vivo para as demais pessoas ao nosso redor.

TIRANDO OS DEUSES ESTRANHOS (Gênesis 35.4)

A  santidade de Deus é algo inerente a Ele, e quem quiser ter verdadeira comunhão com a trindade eterna deve ser santo como Ele é.

Quando Deus manda Jacó levantar o altar, Ele não diz para Jacó como o quer, e o que ele deviria  tirar do meio dele, mas o patriarca era conhecedor da santidade do Altíssimo, não foi de qualquer jeito cumprir a ordem de Deus sobre levantar o altar.

Nos dias de hoje não é diferente, não podemos ir à casa do Senhor de qualquer jeito, oferecer sacrifícios para Deus de qualquer maneira, temos consciência dos ensinamentos que recebemos de nossos pastores, mediante a Palavra de Deus, estamos com o livro da Lei de Deus em nossas mãos e em nossos corações.

Nestes últimos dias da Igreja, temos visto muita coisa nova fora do contexto bíblico, fogo estranho no meio evangélico e devemos como servos de Deus e conhecedores do caminho da verdade falar a verdade e não nos calar! O caminho é estreito, não entra de qualquer jeito no céu. 

 Jacó não levantou o altar do jeito que ele e sua casa estava,  tirou a idolatria, os pendentes de ouro das orelhas do povo, isso significa renúncia, é dar valor à santidade de Deus.

O  sangue dos animais na antiga aliança era derramado para cobrir os pecados das pessoas, na nova aliança com Cristo o seu sangue foi derramado na cruz para nós redimir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. (Tito 2.14 "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.").

Se somos povo de Deus especial, e puro, não podemos andar como o mundo anda, usar as coisas deste mundo, nos não somos deste mundo e nossas vestes não podem ser como as pessoas deste mundo, nosso comportamento, nossa maneira de falar, nossos costumes e culturas, tem que ser de pessoas que tem as marcas de Cristo: especial e zeloso de boas obras. Se andarmos iguais a eles como vamos influenciá-los a virem para o Evangelho?

O apóstolo Paulo adverte: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12.1-2).

Infelizmente temos visto no meio evangélico,  pessoas tomando forma do mundo, não dando testemunho de cristão, pelo contrário, se dizem que é crente serve de escândalo para os que estão à sua volta. A Palavra de Deus diz que devemos ser a luz do mundo e o sal da terra. 

Há pessoas que tentam justificar sua maneira de viver igual ao mundo dizendo que usos e costumes não são doutrina, todavia a Bíblia diz que se comer carne escandaliza teu irmão não coma (1 Coríntios 8.13 "Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.").  

Poderíamos falar um pouco dos costumes do povo de Deus desde a chamada de Abraão até entrarem na terra prometida, veríamos um povo misto, desobediente, alguns insubmissos, e por estas e outras razões não entraram na terra prometida. Será que nós somos diferentes?

A TERCEIRA COLUNA LEVANTADA POR JACÓ

Uma coluna é um poste firme, posto na posição vertical, que pode ser usado para suportar porções superiores de um edifício, embora também em posição ereta, isolada ou em grupo, sem qualquer função de apoio.
Talvez o mais antigo uso de  uma coluna seja o de servir de marco, como monumento ou como sinal de voto (símbolo de função religiosa). 

Nesses  casos, usualmente uma única coluna era usada. Poderia ser apenas uma pilha de pedras (Gênesis 28.18 "Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela.").

Jacó erigiu uma espécie de coluna sobre o sepulcro de Raquel (Gênesis 35.20 "E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.")

A adoração dos cananeus empregava a  coluna memorial. Ao povo de Israel foi ordenado que derrubassem as colunas usadas nas adorações pagãs, como as dos cananeus (Êxodo 23.24 "Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme às suas obras; antes os destruirás totalmente, e quebrarás de todo as suas estátuas.").

As colunas da Igreja são seus membros mais fortes e sustentadores. Esses dão apoio ao trabalho da Igreja, servindo de elementos fundamentais na mesma.

As colunas falam sobre a força espiritual mediante a qual a alma será eternamente segura e abençoada. A Bíblia ainda fala da coluna de nuvem que aparecem algumas vezes no Velho testamento em ocasiões especificas, fala também da coluna de fogo, quando Israel andava pelo deserto.

A vida de Jacó entra em outra dimensão depois que ele recebe a visita de Deus e o orienta a levantar o altar em Betel , cumprindo o voto feito a 20 anos atrás quando fugia da face de seu irmão. Diz que o terror de Deus era sobre as cidades que estavam ao redor de Jacó.

Quando a vida de um cristão esta de acordo com a vontade de Deus, não existe nada e nem ninguém que o possa detê-lo, os projetos de Deus serão realizados mesmo que o inimigo se levante para impedi-los. Os avivamentos vieram e virão quando o homem se colocar na obediência às ordenanças do Senhor.

Deus continuara levantando pessoas para realizarem grandes obras, para que todo o propósito Dele seja realizado, nenhum dos planos de Deus cairá por terra. Todos nós somos úteis na obra do Senhor,”  Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos”

Conclusão:

Oxalá que nos dias atuais as pessoas tivessem a mesma atitude encontrada na vida de Jacó, no tocante a apresentar-se perante Deus para levantar um altar e nele oferecer sacrifícios.

Os dias de Jacó são bem diferentes dos nossos dias, no Antigo Testamento as pessoas não tinham a presença de Deus constantemente como temos hoje, o Espírito Santo não vivia com eles, hoje Ele está conosco para nos ajudar a todo instante, por isso a bíblia diz: “em todo tempo sejam alvos os teus vestidos”

Tenhamos cuidado com as pequenas coisas e pessoas que de tão importantes para nós tornam-se indiretamente uma idolatria .

Que Deus te abençoe!!

Gênesis 31.19 - Raquel furtou so ídolos de seu pai / Como eu posso saber se estou adorando as bênçãos ou desejos em lugar de Deus?




Introdução
O primeiro mandamento exposto em Êxodo 20.3 diz “Não terás outros deuses além de mim”. Somos tentados a pensar quando lemos este mandamento que o estamos cumprindo, pois o nosso conceito de “ídolos” está ligado a coisas externas a nós (imagens, esculturas, fotografias, etc).

Jesus revela o maior dos mandamentos em Mateus 22:37-38 dizendo: "E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.Este é o primeiro e grande mandamento".

Ao pararmos para refletir acerca deste mandamento, indagamos a nós mesmos:
- Será que amo ao Senhor de todo o coração? Ou existem amores que competem pela minha atenção?
- Será que adoro outros deuses? Ou Deus é o Senhor Supremo em todas as situações que enfrento?
A idolatria está ligada ao amor do meu coração. Ela está por detrás de cada pecado que me aprisiona e derrota.

A Bíblia está repleta de relatos de pessoas e nações que caíram na idolatria, um destes relatos conta a historia de Raquel, esposa de Jacó, a qual nos voltaremos neste instante, aplicando o seu exemplo em nossas vidas.
1 – Os ídolos de Raquel
O furto dos ídolos de Labão cometido por Raquel é a primeira menção acerca de ídolos feita na Palavra de Deus.

Este ato de Raquel apresentou sérias consequências: Raquel roubou o seu pai, enganou o seu marido, colocou sua família e sua própria vida em risco, sustentou a mentira perante seu pai Labão (Gênesis 31.34 "Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou.").

Qual seria a razão desta atitude de Raquel? O que estes ídolos significavam para ela?

Para respondermos a esta pergunta precisamos aprofundarmos no que a Bíblia nos revela acerca de Raquel:

Raquel era mais formosa que Leia, sua irmã (Gênesis 29.17 "Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista.").

Seu esposo Jacó era apaixonado por ela e a amava muito, trabalhou para seu pai Labão por 14 anos para que pudesse tê-la, o que mais ela poderia querer?

Ela queria filhos (Gênesis 30.1-2 "Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro.
Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?"), pois sua irmã Leia já havia concebido a seis filhos, porém Raquel permanecia estéril.

Ela responsabiliza Jacó e não a Deus pela sua esterilidade.

No tempo de Deus ela tem um filho, José (Gênesis 30.23-24 "Ela engravidou, e deu à luz um filho e disse: "Deus tirou de mim a minha humilhação".
Deu-lhe o nome de José e disse: "Que o Senhor me acrescente ainda outro filho".).

Porém ela não estava satisfeita, o significado do nome de José revela isto “Que Deus me acrescente outro”, ela queria mais.

Mais a frente ao dar a luz a seu segundo filho ocorrem complicações no parto e enquanto morria, Raquel dá o nome ao seu filho de Benoni, a qual significa “filho da minha tristeza” (depois seu nome foi mudado para Benjamim).

Aquilo que Raquel mais amava e mais desejava lhe levou a morte.

A mulher que disse “Dá-me filhos ou morrerei” morre durante um parto.
Muito antes de roubar os ídolos de seu pai, Raquel já era idólatra, o  seu desejo por conceber filhos como sua irmã Leia, foi o mais importante de sua vida, isso é o que consumia a sua alma.
Ao roubar os ídolos do Pai, ela queria um deus que pudesse ser manipulado a seu favor.
2 – Aplicações
Precisamos responder a pergunta: “O que preciso ter para que a minha vida tenha sentido? Ou para que eu possa ser feliz?”.

João Calvino disse que “a natureza humana é uma eterna fábrica de ídolos”.
Portanto, ídolos não são apenas estatuas de pedra, mas também pensamento, anseios, desejos, a qual passamos a cultuar no lugar de Deus.

Se Deus é a maior prioridade de nossas vidas, o resto estará em seu devido lugar.

Como eu posso saber se estou adorando as bênçãos ou desejos em lugar de Deus?

A resposta é: se estou disposto a pecar para obter o que desejo, ou quando não consigo o que quero, significa que o meu desejo tomou o lugar de Deus em meu coração, e, portanto estou sendo um idólatra.

Desejar ter filhos não era idolatria, mas quando este desejo se tornou o maior desejo do coração de Raquel, isto a tornou uma idólatra.
O que Raquel fez com os ídolos que roubara de seu pai?
Provavelmente ela os tenha entregado a Jacó, quando ele pediu, para enterrá-los debaixo de um carvalho (Gênesis 35.2-4 "Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.
E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho que tenho andado.
Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém."). Esperamos que ela tenha se livrado da prisão dos ídolos.
3 – Conclusão
Hoje Deus nos convida a entregar os nossos ídolos, Ele os enterrará sob a Gloriosa Cruz no Gólgota.

Deus conhece cada desejo dos nossos corações, e sabe aquilo que colocamos a frente dEle.

Ele nos concedeu o Seu Filho, nosso Advogado, que expiou os nossos pecados.

Ele nos concedeu o Espírito Santo, a qual habita em nós e nos guia a toda Verdade.

Ele nos concedeu a Sua Palavra, que ilumina e nos dá sabedoria.

Tudo isso para mudar os nossos caminhos, para louvor da Sua Glória.


                                Que Deus te Abençoe!

Gênesis 27 - Isaque manda Esaú fazer-lhe um guisado / Rebeca e Jacó enganam a Isaque / Esaú descobre que Jacó já havia tomado a bênção



JACÓ ENGANA ISAQUE

Deus havia anunciado a Isaque que Esaú serviria a Jacó (capítulo Gênesis 25.23) e Jacó havia adquirido o direito à primogenitura de Esaú (capítulo Gênesis 25.33); neste capítulo, vemos a maneira como Jacó iludiu Isaque a fim de ser abençoado por ele.
De uma maneira geral, uma bênção consiste em expressar desejos de boas coisas para outrem, ou, melhor ainda, uma oração a Deus a seu favor. Ninguém tem poder para melhorar o futuro de outro mediante a sua bênção, ou de piorá-lo com sua maldição: só Deus tem esse poder. 

Todavia, Deus usou seus servos, geralmente profetas, no passado, para transmitir sua mensagem de bênção ou maldição; o SENHOR separou a tribo de Levi para abençoar em Seu nome (Deuteronômio 10.8 "No mesmo tempo o Senhor separou a tribo de Levi, para levar a arca da aliança do Senhor, para estar diante do Senhor, para o servir, e para abençoar em seu nome até ao dia de hoje.") e deu-lhes as palavras exatas, que consistem em desejar que o SENHOR lhes seja propício (Números 6:23-27).
A bênção de Isaque, neste caso, só teria valor se procedesse de Deus. Mesmo no caso de seu pai Abraão, Deus prometeu: "abençoarei os que te abençoarem (te desejarem o bem) e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem (te desejarem o mal)..." (capítulo Gênesis 12.3): nunca "abençoarei os que abençoares".

Isaque estava já velho - tinha uns 135 anos de idade, e seus filhos, uns 75 - e estava cego, decerto com cataratas. Sem esperar a direção de Deus, e sem levar em conta o que Deus já lhe havia dito, julgando erradamente que estava para morrer (ele viveria mais 45 anos, até os 180), ele resolveu abençoar seu filho preferido, Esaú, fazendo-o seu herdeiro.

Como Isaque apreciava comer o produto da caça, ele pediu a Esaú que fosse caçar alguma coisa e a preparasse para ele comer, após o que ele lhe abençoaria.

Rebeca ouviu, e imediatamente contou a Jacó e ordenou que ele pegasse dois cabritos, que ela cozinharia para ele levar ao seu pai e receber a bênção ele próprio. Até aí, tudo bem.

Mas pela resposta de Jacó vemos que a intenção era de fazer Isaque, cego, pensar que Jacó era Esaú pois Isaque não pretendia abençoar Jacó nessa oportunidade. Jacó não parecia hesitar em enganar seu pai: o que o preocupava era a possibilidade de ser apanhado no ato.

Jacó lembrou sua mãe que ele era liso, enquanto Esaú era cabeludo, e seu pai poderia descobrir a diferença e amaldiçoá-lo pelo que estava fazendo. Rebeca, então resolveu o problema colocando peles de cabritos nas mãos e no pescoço de Jacó, e vestindo-o com a melhor roupa de Esaú. Rebeca assumiu toda a responsabilidade pela maldição se o logro fosse descoberto.

Feita a comida saborosa, Jacó se apresentou ao pai como sendo Esaú.

Isaque estava desconfiado: primeiro por causa da rapidez, mas Jacó explicou que o SENHOR, Deus de Isaque, havia mandado a caça ao seu encontro (outra mentira!); segundo, porque a voz era de Jacó, mas ao sentir a pele peluda (do cabrito) e o cheiro da roupa (de Esaú) ele se deixou convencer que era Esaú mesmo.

Depois de comer e beber, Isaque abençoou seu filho (sem mencionar seu nome, portanto valia para Jacó!), desejando que o SENHOR lhe desse prosperidade, ascendência sobre povos e nações bem como sobre seus irmãos, reverência dos filhos, maldição a quem o amaldiçoasse, e benção a quem o abençoasse.

 O teor era diferente da bênção que Deus lhe havia dado (capítulo Gênesis 26:2-5, 24), tratando-se, portanto, de uma bênção própria de um fazendeiro riquíssimo e independente como ele era, para o seu herdeiro (à qual Jacó já havia obtido o direito por abdicação de Esaú).
Logo depois que Jacó saiu, chegou Esaú com a sua caça, que ele preparou (ninguém lhe disse nada) e levou para seu pai, pedindo-o para comer e abençoá-lo.

Isaque então descobriu que fora logrado, mas que nada podia fazer: não podia voltar atrás! Decerto percebeu que, sem querer, havia feito a coisa certa.

Esaú se sentiu defraudado do seu direito à bênção que seu pai queria lhe dar, e ficou muito amargurado. Apesar disso, ainda intercedeu com Isaque para que ele o abençoasse.

Parece que Isaque não havia pensado em reservar nada para Jacó, pois em sua bênção estava seu testamento, deixando para o herdeiro o senhorio sobre toda a família e propriedades. 

Jacó agora ficava com isso, e nada sobrava para Esaú. Mas Isaque amava muito a Esaú, e vendo-o chorar, abençoou-o da forma que ainda melhor podia: ele iria viver em lugares áridos, longe das terras férteis, vivendo da espada e servindo ao seu irmão; mas um dia livrar-se-ia dele.

Por causa disso, Esaú resolveu assassinar Jacó assim que Isaque morresse.

Rebeca descobriu o que Esaú pretendia fazer, chamou Jacó e mandou que ele saísse de casa e fosse até Harã ficar com seu irmão Labão por alguns dias, até que passasse o furor de Esaú. Ela então mandaria chamá-lo.

Para Isaque, ela justificou a saída de Jacó com o fato que ele precisava achar esposa para si, e não convinha que ele a procurasse entre os cananeus: ela já estava aborrecida com as duas esposas cananeias de Esaú, e não queria mais uma nora desse tipo!

Mediante essa tramóia, Jacó obteve a bênção desejada, mas algumas das conseqüências foram penosas para ele:
  • depois que ele partiu, nada mais lemos sobre Rebeca, a não ser que foi sepultada na caverna de Macpela (capítulo Gênesis 49.31). Talvez eles não se encontraram mais.
  • Esaú enfureceu-se tanto que planejou matá-lo, obrigando-o a fugir de casa.
  • enganado pelo seu tio Labão, foi obrigado a trabalhar para ele por 20 anos.
  • seus filhos brigavam entre si.
  • Esaú deu origem a uma nação inimiga.
  • Jacó ficou no exílio por muitos anos.

Que Deus te abençoe!!

Gênesis 25.24-34 - O nascimento de Esaú e Jacó / Esaú desprezou e trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas




O livro de Gênesis conta que Esaú veio do campo cansado e com muita fome. Chegou em desastrada hora, porque naquele momento seu irmão Jacó cozinhava umas lentilhas. Certamente estavam bem temperadas e exalando um aroma tentador (Gênesis 25.29).

Esaú pediu a Jacó um pouco daquele legume. Porém Jacó, aproveitando-se da fraqueza e da fome do irmão, respondeu que dar não, mas vender sim. Se Esaú concordasse em vender-lhe sua primogenitura por um prato daquelas lentilhas, o negócio seria fechado imediatamente.

Eram gêmeos, mas Esaú nascera primeiro. Era o filho primogênito, portanto. Tinha todos os direitos da primogenitura listados no Antigo Testamento, como dupla herança (Deuteronômio 21.17 "Mas ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver; porquanto aquele é o princípio da sua força, o direito da primogenitura é dele."), e liderança sobre os irmãos e à frente da família (Gênesis 27.29,40; 49.8). 

Era também considerado propriedade do Senhor (Êxodo 13.2 "Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.").

Porém, Esaú era um homem instintivo, acostumado a agir sem refletir. Certamente jamais parara para avaliar o que significava ser o primogênito de seu pai Isaque, que por sua vez era o legítimo herdeiro da promessa que Deus fizera a Abraão, promessa que um dia seria passada a ele, Esaú. Caso permanecesse fiel à promessa, um dia entraria genealogicamente na linhagem direta do Messias, Jesus Cristo!

Porém sua mente carnal e um tanto bestializada (e quantos evangélicos vivem hoje dentro das igrejas com uma mente assim!), aberta e atraída para a vida e a expressão dos seus baixos instintos, não tinha nenhuma reverência ou senso de valor da promessa que Deus fizera ao velho patriarca de Ur.

Esaú disse a Jacó: “Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?” (Gênesis 25.32). Era um homem imediatista. Disposto a trocar um bem de valor eterno, incalculável, por um reles prato de legumes. (E mesmo que tivesse sido por um churrasco completo, ou por um carneiro assado, a imensa desigualdade dos valores da negociação teria permanecido a mesma). 

Péssimo e desastroso negociador esse Esaú! Que Deus nos livre de o diabo ajuntar contra nós a fome e a tentação. A fome com a vontade de comer. E se o próprio diabo estiver fazendo um bico como garçom...

Será que Esaú era cego? Ou era louco? Não. Não era nada disso.
Foi simplesmente um homem que vendeu e não pesou o que vendia: “E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e este comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se: Assim desprezou Esaú a sua primogenitura” (Gênesis 25.34).

O fato é que Esaú aceitou a proposta de seu irmão "expertíssimo" e vendeu sua primogenitura por um pedaço de pão e umas míseras lentilhas. Mandou às favas (aliás, trocou por favas) a herança material e espiritual de Isaque, a herança material e espiritual de Abraão, a bênção dos patriarcas, o maior patrimônio que existia sobre a terra, desde o tempo em que Adão também desastrosamente (e por tudo o que o fruto proibido representava por trás de sua aparente simplicidade de comida) perdera o Éden.

O homem que vende sem avaliar o que está vendendo, não é de admirar que venda por um prato de lentilhas a maior herança que há no mundo. Troca sua salvação pelo azedo e malcheiroso prato de lentilhas da pornografia na Internet, por exemplo. Ou pelo prato de lentilhas do adultério. Ou pelo prato de lentilhas da mentira. Ou pelo prato de lentilhas do roubo. Ou por qualquer outro reles e miserável prato de lentilhas. 

Se antes de vender o maior bem que ele possuía (e que nós possuímos, a salvação eterna, que custou o sangue de Jesus) , Esaú tivesse ido buscar uma balança e colocado de um lado a sua primogenitura (o direito de receber herança material aqui na terra - a bênção patriarcal recebida de Abraão -, e a promessa de receber a vida eterna no céu - a bênção sacerdotal recebida de Jesus), e do outro lado da balança o prato de lentilhas, será que ele teria vendido assim mesmo sua herança tão miseravelmente como vendeu? 

Eis a razão porque há hoje tantas almas no inferno. Esta história envolvendo Esaú e Jacó aconteceu na antiguidade, e uma só vez, mas hoje é repetida milhares e milhares de vezes no mundo. O papel de Jacó é representado pelo demônio; o de Esaú, por muitos de nós. 

O demônio oferece um prazer fugaz, um instante de aparente felicidade, e pede em troca a herança que Cristo conquistou para nós no Calvário. 

E muitos, por negociarem sem a balança na mão (a balança é a cruz), não pesam a miséria, a insignificância do que o diabo está oferecendo, e fechando os olhos como seres entorpecidos pelos apelos da carne, aceitam a proposta do diabo, e consequentemente, ficam sem a bênção da comunhão com Cristo aqui na terra, e passam a correr o risco de perder a herança da vida eterna no céu.

Quando Esaú vendeu sua primogenitura, não percebeu a enorme besteira que fizera, nem demonstrou a mínima preocupação por isto. Porém, quando percebeu que realmente ficara sem a primogenitura e a bênção, pois Jacó lhe roubara as duas, desabou em prantos (Gênesis 27.34-38). 

Pobres Esaús deste mundo! Vendem a alma, a paz com Jesus, a vida eterna no céu pela momentânea satisfação de um apetite carnal, pela ilusão de uma glória efêmera e enganosa, por dinheiro, sexo e poder, e nem percebem a espantosamente desastrosa negociação que fizeram.

Só perceberão como negociaram pessimamente (mas infelizmente, já muito tarde) quando chegar aquele Grande Dia em que Jesus separará os justos dos ímpios, e dará a bênção e a herança eterna aos que forem colocados à sua mão direita, e a condenação eterna a esses Esaús que ficarão à mão esquerda do Senhor Jesus. 

Só então os Esaús entenderão que perderam a bênção e a herança eterna no céu prometidas a Abraão, a Isaque e a Jacó, e estendidas a "todas as famílias da terra" abençoadas pelo descendente humano de Abraão, o nosso Salvador Jesus Cristo.

Esses Esaús perderam sua primogenitura por a terem trocado com Satanás por coisas tão ou mais vis do que um prato de lentilhas.

Que Deus te abençoe!!

           

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...