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1 Reis 17 - Elias prediz contra Acabe, e é sustentado pelos corvos / A viúva de Sarepta





INTRODUÇÃO:


A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões:
  • A história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer a sua vontade. Não importam onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se;
  • O episódio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolheu dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que serviria como instrumento na construção de seu propósito;
  • Deus ordenou a uma viúva pobre, humilde e que estava em situação pior que a do profeta, mas havia outras tantas em melhores condições, mas Deus tinha o seu plano e estratégias para abençoar os dois lados. Mesmo que fosse incomum um homem se achegar a uma mulher, o profeta assim o fez e cumpriu a vontade de Deus;
  • A pessoa que mais recebeu de Deus foi a viúva e não Elias, pois ele foi enviado até ela, conforme o relatado por Jesus (Lucas 4.25-26 ''Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome;
    E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.''
    ).

a) Trajetória de Elias – de Querite a Sarepta:

“Elias perde sua zona de conforto na fonte e Querite”, pois o ribeiro secou devido a seca (1 Reis 17.1), momento em que Deus ordenou a ida de Elias à Sarepta, para que fosse sustentado por uma viúva, sem nome, pagã, pobre, sem esperança e perspectiva (1 Reis 17.8-9) que estava em situação pior que a dele e quem sabe até simpatizante de Jezabel, adoradora de Baal. 

Pela lógica humana esperaríamos que Deus enviasse o profeta para a casa de um abastado líder ou pessoa influente, mesmo naquela região, circunvizinha de Sidom, terra da rainha má, mas ele foi enviado até a casa mais humilde. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Por que Deus agiu assim? Deus poderia ter enviado Elias para a casa de um dos líderes religiosos de Sarepta que estivesse em condições de recebê-lo e hospedá-lo durante aquele período de provação. Ou, o Senhor poderia tê-lo encaminhado ao homem mais rico do local e convencesse o homem a manter Elias até quando fosse necessário. 

Mas Deus ordenou que o profeta buscasse o destino mais improvável, a casa mais humilde, a pessoa mais necessitada naquele momento: uma viúva sem eira nem beira. O texto bíblico diz que a situação daquela mulher era tão crítica, que ela estava prestes a preparar a sua última refeição e aguardar, com o único filho, a morte. Então, por que Deus enviou o profeta à viúva de Sarepta, que estava vivendo um momento de dificuldade e escassez muito maior que a experimentada por ele”?

I – UM PROFETA EM TERRA ESTRANHA

1. A FONTE DE QUERITE

A profecia de Elias sobre a seca, que também o atingiria, deu inicio ao combate entre o verdadeiro Deus e Baal, por isto ele recebeu a orientação divina para se esconder no ribeiro de Querite (1 Reis 17.3 ''Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.'' ). 

Ele havia se tornado um personagem grato em Israel, pois esta sua mensagem (1 Reis 17.1 ''Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.'' ), soou como um desafio a Acabe, forçando-o a sair de cena temporariamente, caso contrário seria encontrado e morto pelo casal real.

Em Querite, ele foi sustentado milagrosamente e da forma mais improvável               (1 Rs 17.3-6 ''Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.'' ). 

Aquele era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final da jornada de Elias, Deus queria fazer algo a vida de Elias e aquele local era propício. 

Sobre isto o professor Francisco A. Barbosa escreveu:

“Querite” – deriva do verbo original (Cha-vath), que significa “cortar, colocar no tamanho certo. A ideia é de aparelhar”. É exatamente isso que Deus faz com os seus homens no campo de treinamento. Quando lemos a história de Elias, aprendemos que Deus tem seus campos de treinamento onde cada um dos chamados por Ele são preparados para os grandes enfrentamentos. 

Podemos enxergar duas razões pelas quais Deus enviou Elias para o Querite: Proteção e Treinamento. Silêncio e solidão fazem parte da experiência no campo de treinamento. Ao aceitar ir para aquele campo de treinamento, Elias estava pronto para servir ao Senhor pública ou reservadamente”.

Ele não poderia fixar-se naquele local, porque ali não havia a fonte permanente, pois se tratava de um rio temporário dependente das águas das chuvas, justamente o que faltava na época. 

Aquela provisão seria temporária, fato este constatado pelo profeta, já que a cada dia ele percebia que o ribeiro ia se secando, mas contrariando a logica humana, ele permaneceu no local e não correu da situação. Somente saiu quando Deus ordenou que fosse a Sarepta, de Sidom. Quem faz de Querite o seu ponto final certamente terá problemas, porque esta fonte um dia seca.

2. ELIAS EM SAREPTA

No momento em que o ribeiro se secou um novo tempo se iniciou para Elias, que se afastou de sua terra, de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Reis 17.9 ''Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.'' ). Ele não questionou a Deus e não ficou procurando sentido ou lógica nas ordens recebidas. 

Foi chamado para defender o culto ao verdadeiro Deus em Israel, mas foi enviado para Sidom, nação governada pelo pai de Jezabel                          (1 Reis 16.30 ''E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele.'' ). 

Deus tirou um profeta da terra prometida, por algum tempo e o esconde justamente no território do inimigo.

A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilometros de Sidom, conhecida como Zarefate em algumas versões (Obadias 1.20 ''E os cativos deste exército, dos filhos de Israel, possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do sul.'' ), 


e como Sarepta no Novo Testamento (Lucas 4.26 ''E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.'' ), 


terra da temida Jezabel              (1 Reis 16.31 ''E sucedeu que (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.'' ).

Ás vezes o Senhor faz coisas que parece não ter logica alguma! No entanto, esse foi o único lugar do qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta                        (1 Reis 18.10 ''Vive o SENHOR teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então fazia jurar os reinos e nações, que não te haviam achado.'' ). 
São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.

A ordem foi: “Levanta-te, e vai para Sarepta”, porque uma viúva o sustentaria, mas a situação dela era precária. Em Israel havia a lei que garantia alguns direitos para as viúvas, mas as nações vizinhas não atentavam para elas. A seca não foi somente para Israel saber que o Senhor era Deus, mas serviu também para Elias descobrir isto, pois percebeu que outras nações também foram atingidas, no caso Sidom. Em breve ele veria o socorro divino para os estrangeiros.

II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS


1. A SOBERANIA E GRAÇA DE DEUS.

Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito (1 Reis 17.9 ''Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.'' ). Elias precisava sair da região controlada por Acabe. 

Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Primeiramente, ordenou-lhe que se escondesse junto ao ribeiro de Querite. Os corvos tiveram ordens de alimentá-lo. Em seguida, Deus ordenou novamente e enviou Elias a Sarepta, onde ordenou que uma viúva               (1 Reis 17:9) o alimentasse. Essa viúva parecia ser um instrumento incomum para Deus – “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Ela não era israelita. Era uma viúva sem posição social e sem influência nem poder. Ela mesma estava quase morrendo de fome”.

O texto é bem claro em referir-se a viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias. Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lucas 4.25-26 ''Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.'' ). 

Era uma gentia que, graças ao designo divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino. É bem capaz que ela não percebeu que estivesse sendo usada por Deus.

Será que a experiência da provisão milagrosa recebida no Querite serviu para aumentar a confiança de Elias, enquanto ele caminhava à Sarepta? Mas em sua chegada teve uma surpresa negativa, pois avistou a viúva apanhando lenha na entrada da cidade, solitária, já que não possuía ninguém que pudesse ajudá-la. Que abalo na fé do profeta? 

Uma viúva solitária, sem recursos, com um filho, como poderia sustentá-lo? Ele estava andando andando por fé e não por vista (2 Coríntios 5.7 ''(Porque andamos por fé, e não por vista).'' ).

2. A PROVIDÊNCIA DE DEUS.

A providência divina para com Elias antecipou o que o apóstolo Paulo escreveria algum tempo depois. As coisas loucas seriam usadas para confundir os sábios e os fracos seriam usados para confundir os fortes                       (1 Coríntios 1.27 ''Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;'' ). 

Um gigante espiritual ajudado por uma frágil, viúva e pobre. O que Elias deve ter pensado sobre esta situação? Será que durante a viagem imaginava encontrar uma mulher com recursos e posses? 

A providência divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Reis 17.4-6 ''E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.'' ). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.

Ora, em uma nação onde era exigido por lei cuidar de seus profetas, é pasmoso que Deus tenha recorrido a uma viúva estrangeira para cuidar do seu profeta” e justamente no território de Baal, a terra natal daquela que o procurava. Deus providenciou o socorro a Elias de onde ele jamais imaginava ou esperava. O ambiente era estranho, os personagens envolvidos eram duvidosos, a situação de ambos eram embaraçosas, mas Elias não duvidou e confiou.

Deus permitiu que passasse necessidades durante a viagem, tanto que na chegada pediu água para a mulher. Logo descobriu que ela o sustentaria. Comedido e educado, pediu também um bocado de pão, do tamanho da mão dela, ou seja, somente o necessário.
 
Ele não se aproveitou da situação, bem diferente dos fariseus            (Mateus 23.14 ''Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.'' ). 

Mesmo de Sidom, uma estrangeira, ela amava o próximo e atendeu prontamente ao profeta. Havia tantas viúvas em Israel, mas Deus escolheu a de Sarepta (Lucas 4.25-26).

Ela sabia que ele era israelita, “vive o Senhor teu Deus”. Ela reconheceu a soberania de Deus, por isto foi a escolhida. A viúva fez a parte dela, cumpria seu deveres, por isto Elias teve a certeza de que ela o sustentaria, então ele entregou a benção profética para ela. Ele pediu que ela fizesse um bolo pequeno e não grande e somente para ele.

Seria estranho para Elias morar com uma gentia, com filho, viúva e em uma cidade que estava sofrendo com o que houvera ele mesmo profetizado. Muitos comentários maldosos devem ter surgido, sem contar que as diferenças históricas e étnicas o tornavam não bem visto naquelas terras.

Quem sabe não acusaram a mulher de trazer a maldição de Baal sobre eles, já que esta divindade estava em uma suposta guerra com Jeová, o Deus de Israel. Depois que acolheu o profeta, o seu filho adoeceu e a sua situação piorou a cada dia. 

Parece que a história se repetia para Elias, pois quando estava no ribeiro, foi provido por Deus, mas a cada dia via o ribeiro secando. Da mesma forma estava aquela viúva, sendo abençoada com a multiplicação, mas contemplava seu filho sofrendo, por isto ela não deu ouvidos aos comentários. 

No dia da morte do filho ela desabafou. Ela pensava que Deus amava somente Israel e que a multiplicação do azeite e da farinha havia sido somente para socorrer o profeta (1 Reis 17.18 ''Então ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade, e matares a meu filho?'' ).

(1 Reis 17.19,22,23,24 '' 19 - E ele disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama, 22 - E o SENHOR ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. 23 - E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive. 24 - Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade.'' ).

“Agora sei que tú és homem de Deus”, só agora. Depois de tanta multiplicação, somente agora é que foi reconhecer isto? Ela descobriu que o Senhor era o único, em todas as nações.

III – O PODER DA PALAVRA DE DEUS

1. A ESCASSEZ HUMANA E A SUFICIÊNCIA DIVINA

A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada (1 Reis 17.12 ''Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos.'' ). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante. 

O termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco, mas era dela. Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito! A viúva que deveria sustentar Elias, estava passando por necessidades, mas isto não impediu que ela acreditasse diante da autoridade demonstrada por Elias. 

Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“No mundo bíblico, quando tudo ia bem, as viúvas eram personagens marginais. Especialmente se não tinham filhos crescidos para cuidar delas. Eram facilmente vitimadas e tinham limitados recursos legais. Em tempo de uma grande seca, as coisas eram ainda piores para elas. Cada família estava lutando pela própria sobrevivência e não havia sobras para viúvas pobres. Essa mulher recebeu o pedido de alimentar o profeta. 

Quando consideramos sua realidade social e econômica, ela era, realmente, a candidata mais improvável. Só havia um punhado de farinha e um pouco de óleo entre essa pobre mulher e a morte pela fome. A mulher que Deus havia escolhido para alimentar o profeta Elias durante o período da seca disse: “Vive o Senhor, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhe dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos” (1 Reis 17:12). Aquela viúva agiu com honestidade e sinceridade”

2. DEUS, A PRIORIDADE MAIOR.

O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz:                   (1 Reis 17.13 ''E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho.'' ). 

O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar Deus, em primeiro lugar, contrariando a lógica humana. O texto sagrado afirma que ”foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (Reis 17.15 ''E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.'' ). 

Tivesse ela dado ouvidos a sua razão e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a benção. O segredo, pois, é colocar a Deus em primeiro lugar (Mateus 6.33 ''Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.'' ).

IV – O PODER DA ORAÇÃO

1. A ORAÇÃO INTERCESSORIA

A seca profetizada por Elias (1 Reis 17.1 ''...nestes anos nem orvalho nem chuva haverá senão segundo a minha palavra.'' ), se cumpriu. 

Tiago, porém, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração (Tiago 5.17 ''Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.'' ). 

Novamente o profeta encontra se diante de um novo desafio e somente a oração provaria a sua eficácia. O filho da viúva morreu e Elias tomou as dores da pobre mulher, pondo se em seu lugar e clamando ao Senhor                   (1 Reis 17.19-21 ''E ele disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama, E clamou ao SENHOR, e disse: O SENHOR meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho? Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao SENHOR, e disse: O SENHOR meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.'' ). Deus ouviu e respondeu ao seu servo. 

Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Ele...  orando, pediu que não chovesse'', e, por três anos e seus meses, não choveu sobre a terra (Tiago 5:17). Em outra ocasião, já em Sarepta, o filho da viúva falecera, e Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à oração de Elias, realizando a primeira ressurreição (volta à vida) da Bíblia – “...Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele. E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu” (1 Reis 17:21,22)

Por meio de Elias, o testemunho de Deus foi dado em terras estrangeiras por meio deste grande milagre. Observe no versículo 21 que Elias foi insistente, perseverante, na sua oração: “se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor...”. 

O próprio Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lucas 18:1 ''E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,'' ).

2 – A ORAÇÃO PERSEVERANTE

Elias orou com insistência, estendendo-se sobre o menino três vezes. Por alguns minutos esteve frente ao silêncio de Deus, mas não desistiu. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração, ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lucas 18.1) e é com tal perseverança com que conseguiremos alcançar nossos objetivos ou que nossas orações não foram ouvidas. 

Sobre isto o professor Francisco A. Barbosa escreveu:

“Uma das grandes lutas para qualquer cristão jovem ou maduro está em entender que o silencio de Deus não quer dizer que sua oração não foi aprovada. Pode ser que haja uma demora para a resposta, mas esta demora não quer dizer que sua oração foi desaprovada.

Moisés, Elias e Daniel aprenderam isto. Enquanto eles continuavam a orar, enquanto perseveravam na oração, Deus respondeu a tudo o que perseverantemente buscavam. 

Moisés viu a glória de Deus (Êxodo 33.12-16, 18), Elias viu a chuva chegar depois de 3 anos e meio de seca (1 Reis 18.41-46 e Tiago 5.17,18) e Daniel recebeu a revelação de Deus (Daniel 10.1-12). 

Eram como Bartimeus do Velho Testamento. Estavam no lugar certo na hora certa, persistiram em oração e a fé deles cresceu para encontrar o perfeito tempo de Deus, o qual resultou em fantásticas experiências de resposta divina. Perseverança na oração nos ajuda a ficarmos prontos espiritualmente para o que Deus está fazendo no reino espiritual. Quantas vezes desistimos, nos desgostamos ou nos desesperamos justamente antes da resposta vir”?

CONCLUSÃO

A soberania de Deus sobre a história, sobre os povos e o cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita à Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstâncias que possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.

OBJETIVOS DESTE ESTUDO:

1) Compreender que Deus é o nosso provedor:
  • Deus proveu Elias e a viúva e continua o mesmo.

2) Explicar o poder da graça de Deus para com os gentios:
• Havia muitas viúvas em Israel, mas Deus escolheu outra;
• Abençoou uma pobre viúva de Sidom. Graça aos gentios.

3) Conscientizar-se do poder da Palavra e da oração.
• Elias entregou a mensagem à viúva. Ela creu;
• Elias orou pelo filho morto e sua oração foi eficaz


                                                                                      
              Que Deus te Abençoe!

1 Reis 15 - Asa é bom rei sobre Judá / A queda de Asa





Confia no Senhor de Todo o Teu Coração

Quando o reino de Israel foi dividido em 931 a.C., o futuro espiritual escureceu para ambas as metades da nação. Jeroboão, rei das tribos nortistas, levou Israel à adoração de seus bezerros de ouro em Dã e Betel e nomeou um sacerdócio diferente. 

De outro lado, sob a liderança de Roboão, (1 Reis 14:22 "Fez Judá o que era mau perante o SENHOR; e, com os pecados que cometeu, o provocou a zelo, mais do que fizeram os seus pais" ). 

Os sucessores destes monarcas foram igualmente péssimos. Tanto Nadabe, filho de Jeroboão, como Baasa, que organizou um golpe e exterminou a família de Jeroboão, continuaram a idolatria no reino do norte. 

Abias, filho de Roboão, pregou bem (2 Crônicas 13), mas na prática ele também conduziu Israel para longe do Senhor: (1 Reis 14:22 "Andou em todos os pecados que seu pai havia cometido antes dele; e seu coração não foi perfeito para com o Senhor" ).

Finalmente, uma luz brilhou. Asa, filho de Abias, voltou-se para Deus.         (1 Reis 15.11-13 '' E Asa fez o que era reto aos olhos do SENHOR, como Davi seu pai. Porque tirou da terra os sodomitas, e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram.E até a Maaca, sua mãe, removeu para que não fosse rainha, porquanto tinha feito um horrível ídolo a Asera; também Asa desfez o seu ídolo horrível, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom'' ).

As realizações espirituais de Asa foram muitas. Ele removeu os santuários dos ídolos e entrou em acordo com os homens de Judá e com os imigrantes de Israel para buscarem a Deus com todo o seu coração e alma. Com coragem e convicção especial ele até se opôs à rainha mãe Maaca, e a depôs por causa da horrenda imagem que ela tinha feito. Asa foi o primeiro foco brilhante entre os reis do reino dividido.

Uma das coisas impressionantes sobre Asa foi sua confiança no Senhor. Uma vez, Zerá, o etíope, veio batalhar contra Asa com um exército de um milhão de homens. O exército próprio de Asa contava com escassamente a metade disso. Muitos reis teriam imediatamente recorrido a algum esquema que tivessem maquinado para enfrentar o perigo, porém não Asa. 

(2 Crônicas 14.11 "Clamou Asa ao Senhor, seu Deus, e disse: ...Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão. Senhor, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem" ). Como resultado da confiança de Asa nele, o Senhor concedeu-lhe uma grande vitória e os etíopes fugiram.

A queda de Asa

Baasa, rei de Israel, percebeu que muitos dos cidadãos de seu país estavam desertando para Judá, para se juntarem ao renascimento espiritual iniciado por Asa. Por isso, ele invadiu Judá, capturou a cidade fronteiriça de Ramá, e fortificou-a como uma espécie de Muro de Berlim, para impedir o povo de ir e vir de Judá (1 Reis 15.17 ''Porque Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá, e edificou a Ramá, para que a ninguém fosse permitido sair, nem entrar a ter com Asa, rei de Judá.'' ). Uma vez que Ramá ficava a apenas 7 ou 8 quilômetros distante de Jerusalém, a capital, Asa sentiu-se ameaçado. 

Parecia que Baasa estivesse fortificando a cidade para servir como ponto de partida para um ataque direto com a própria Judá. Asa entrou em pânico. 

Em vez de se voltar para o Senhor, ele enviou prata e ouro do templo e do palácio a Ben-Hadade, rei da Síria, para pedir-lhe que rompesse seu tratado com Baasa e o atacasse (1 Reis 15.18-19 ''Então Asa tomou toda a prata e ouro que ficaram nos tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros da casa do rei, e os entregou nas mãos de seus servos; e o rei Asa os enviou a Ben-Hadade, filho de Tabrimom, filho de Heziom, rei da Siría, que habitava em Damasco, dizendo: Haja acordo entre mim e ti, como houve entre meu pai e teu pai; eis que te mando um presente, prata e ouro; vai, e anula o teu acordo com Baasa, rei de Israel, para que se retire de sobre mim.'' ). Sua estratégia funcionou perfeitamente. 

Ben-Hadade invadiu alegremente Israel pelo norte e Baasa teve que retirar seus soldados de Ramá, na sua fronteira do sul, para enfrentar a ameaça.   

Asa desfez prontamente as fortificações de Ramá, terminando assim a crise       (1 Reis 15.20-21 ''E Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa, e enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, e a Dã, e a Abel-Bete-Maaca, e a toda a Quinerete, com toda a terra de Naftali.  E sucedeu que, ouvindo-o Baasa, deixou de edificar a Ramá; e ficou em Tirza.'' ).

Ainda que, às vezes, os planos dos homens "funcionem", eles nunca são os melhores. 

Deus enviou um profeta, Hanani, para repreender Asa. (2 Crônicas 16:7-9 "Porquanto confiaste no rei da Síria e não confiaste no Senhor, teu Deus, o exército do rei da Síria escapou das tuas mãos. Acaso não foram os etíopes e os líbios grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Porém, tendo tu confiado no Senhor, ele os entregou nas tuas mãos. Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá guerras contra ti" ). 

É sempre melhor confiar no Senhor. Quando não o fazemos e somos repreendidos, precisamos considerar a crítica e nos arrependermos. Asa, apesar de seu caráter notável durante muitos anos, não o fez. Ele simplesmente ficou furioso com Hanani e o prendeu. Mais tarde, recusou-se a voltar-se para o Senhor até mesmo quando contraiu uma grave doença no pé.

Aplicações

A confiança é fundamental em nossa relação com Deus; não há substitutos para  ela. Os muitos anos de destacado compromisso com Deus não puderam   evitar a ira do Senhor quando Asa confiou em si mesmo, e não nele. Conquanto o perigo que Asa enfrentou fosse formidável, ele não foi desculpado por fazer o tratado com Ben-Hadade. 

Ele deveria ter-se voltado para o Senhor. Sua reação, quando foi repreendido, piorou seu apuro; ele deveria ter-se arrependido humildemente. A fé é um elemento fundamental em nossa relação com Deus; sua importância é quase impossível de enfatizar excessivamente. Como aplicá-la em situações concretas em nossas vidas?

  • Enfrentando crises. Conforme enfrentamos várias crises, é fácil nos voltarmos para soluções humanas, em vez do Senhor. 
    Crises financeiras podem levar-nos a desonestidade ou a sacrificar o Senhor pela carreira, em vez de nos voltarmos para ele para resolver o problema. 
    Crises emocionais podem levar-nos a buscar soluções em drogas e em terapias humanistas, antes de levar os problemas ao Senhor. 
    Crises familiares podem levar a aconselhamento baseado em pressuposições atéias, em vez de a um novo compromisso com a vontade de Deus. 
    Crises físicas podem levar-nos a colocar nossa principal fé em médicos e medicamentos, em vez de colocá-la no Senhor. 

    Deus pode usar médicos (Colossenses 4:14 ''Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.'' ), mas todas as bênçãos, incluindo cura, no final, procedem do Senhor. (Provérbios 3:5-6 "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" ).

  • Convertendo os perdidos. Nossa principal missão, como a de Jesus, deve ser buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10 ''Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.'' ). 

    A maneira como buscamos cumprir esta tarefa prova nossa fé. Do ponto de vista bíblico, a semente é a palavra, e o poder para converter está no evangelho. 
    Os cristãos do primeiro século convertiam os outros pregando Jesus Cristo e este crucificado (Leia: 1 Coríntios 2:1-5). Uma abordagem tão simples referente ao evangelismo testa nossa confiança no Senhor.    Não parece que possa conseguir resultados impressionantes. E, de fato, não consegue, em termos humanos. 

    Ela apela apenas para uns poucos (Mateus 7:13-14 ''Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.'' ), e não atrai o povo bem respeitado do mundo                  ( Leia: 1 Coríntios 1:26-31). 

    A tentação está em arrumar nossos próprios métodos para ‘atingir os perdidos’ e para a igreja crescer. Há igrejas que recorrem a alimento, atividades recreativas, divertimento, eventos sociais, aulas de Inglês, e muitas outras coisas para tentar atrair pessoas. Usando um suprimento constante de pães e peixes, há igrejas de hoje que buscam manter a própria multidão que Jesus permitiu que se fosse (João 6). 
    É preciso fé real para confiar que a palavra de Deus sozinha é suficiente para chamar aqueles que Deus determinou salvar.

  • Corrigindo os desviados. O Senhor tem sido muito explícito sobre como devemos tratar os irmãos que andam desordenadamente. 
    Primeiro, deverão ser admoestados (1 Tessalonicenses 5:14 ''Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.'' ). 

    Os irmãos precisam chamar a coragem para enfrentar aqueles que caem no pecado (Tiago 5:19-20 ''Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.'' ); 
    (Gálatas 6:1 ''Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.'' ); 
    (Mateus 18:15-17 ''Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.'' ). 

    Segundo, eles devem ser publicamente repreendidos e notados como infiéis (1 Timóteo 5:20 ''Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor'' ); 
    (2 Tessalonicenses 3:14-15 ''Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe.Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão.'' ); 
    (1 Coríntios 5:4-5 ''Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.'' ). 
    Finalmente, outros irmãos têm que recusar associar-se com eles.

    Estes passos são desafiadores. A coisa mais fácil para uma igreja fazer é simplesmente pacificar e acomodar aqueles que são infiéis ao Senhor, permitindo que o grupo seja fermentado aos poucos pela influência corruptora do pecado tolerado       (1 Coríntios 5:6-8 ''Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.'' ). 

    Os métodos de Deus podem parecer ásperos e intolerantes. Tememos que pessoas sejam afastadas. Elas podem não querer juntar-se a um grupo que tenha padrões tão estritos, assim como a disciplina de Deus, aplicada a Ananias e Safira, fez com que não cristãos se afastassem dos irmãos (Atos 5:13 ''Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima.'' ). 

    Não gostamos de sentir-nos rejeitados, por isso precisamos de coragem para seguir as instruções do Senhor sobre a disciplina da igreja.

  • Discernindo a vontade de Deus. Na confusão religiosa de nossos dias, com doutrinas conflitantes por todo lado, para onde nos voltaremos para determinar o que o Senhor realmente quer? Muitos se fecham em si mesmos. Eles buscam a vontade de Deus consultando seus sentimentos, intuição ou experiências religiosas. Mas é impossível conhecer a vontade de Deus subjetivamente. 

    O único modo de podermos saber os pensamentos de Deus é pela sua revelação (Leia: 1 Coríntios 2:10-16)

    Outras pessoas se dirigem a chefes ou a organizações religiosas pensando que ali podem encontrar a vontade de Deus. 

    Mas todo o ensinamento de homens precisa ser testado pela palavra de Deus (Leia: 1 João 4:1-6; Mateus 7:15-20), uma vez que há muitos lobos vestidos de cordeiros. 
    Alguns, como Asa, nem se preocupam em tentar encontrar o que o Senhor quer. Precisamos ativamente buscar a guia do Senhor, através de sua palavra, em todas as situações. Quando agimos e pensamos independentemente, acabamos fracassando.
A história de Asa é  trágica porque, depois de haver começado tão bem, ele terminou confiando em seus próprios planos e mal-tratando aqueles que tentaram ensinar-lhe o que o Senhor queria. Que possamos sempre confiar no Senhor em todas as situações.

Que Deus te abençoe!!

O Amor Companheiro / Encontrando o amor de sua vida





O que é um Amor Companheiro?

Tenho trabalhado com várias pessoas - algumas casadas e outras não-casadas - e acho que sei como se parece o amor companheiro. Tenho assistido isso acontecer em sua forma mais precoce quando começa a brotar entre duas pessoas. Tenho observado ele tomar forma nos relacionamentos durante as fases intermediárias mais empolgantes e estudado e o admirado durante o auge de sua expressão. 

Permita-me compartilhar com você sete observações que tenho feito sobre o amor companheiro.

  • O amor genuíno oferece a liberdade de compartilhar o seu eu real e autêntico. Duas pessoas que compartilham de maneira apaixonada da suas descobertas individuais sobre elas mesmas dificilmente podem abster-se de amarem-se. Porque é a partir do ato de compartilhar as partes mais centrais e profundas de nós mesmos que permitimos que outra pessoa realmente nos conheça. Quando mais somos conhecidos, mais podemos ser amados. Se apenas as coisas superficiais a nosso respeito são conhecidas, seremos amados apenas superficialmente.
  • As pessoas que se amam de uma forma douradora e madura parecem reconhecer a importância de encontrar a totalidade individual, e sabem que isso normalmente vem durante períodos de tranquilidade e solidãoEsses casais sabem que bem lá no fundo dos seus centros individuais se escondem os campos mais ricos em significado. Cultivar de maneira bem sucedida um pensamento e um sentimento interno, requer a eliminação de uma estática que faz parte de nossas vidas diárias, um barulho que às vezes podemos criar a menos que sejamos cuidadosos. De certo modo, ambos os indivíduos no casamento são dependentes um do outro para a tranquilidade necessária para explorar a região interna. Foi Rainer Maria Rilke que disse tão refletidamente: ''Um bom casamento é aquele no qual cada um estabelece um guardião de sua solidão. Uma vez que a percepção é aceita mesmo entre os seres humanos mais chegados, infinitas distâncias continuam a existir, um maravilhoso convívio lado a lado pode crescer, se estiverem êxito em amar a distância isso torna possível para cada indivíduo ver o outro por completo junto a um amplo céu''.
  • As pessoas que se amam profundamente identificam o valor de desenvolver três espaços em seus relacionamentos. Uma para ele, um para ela, e outro para eles. Isto pode parecer contraditório ao próximo ponto, mas realmente não é. Os interesses comuns são importantes, porém de maneira idêntica são os interesses individuais. Tenho uma irmã e um cunhado que tem dominado esse segredo de amar. Assim como fazem tudo juntos, também têm um tempo separados. Ferne é cantora e membro a muito tempo do Sweet Adelines, o grupo de canto internacional. Ela viaja por todo o país para cantar e se socializa com suas muitas amigas. Seu esposo, Dick, um psicólogo que primeiro atraiu o meu interesse para o campo, tem sempre apoiado o trabalho de Ferne, mas ele é um pescador. Frequentemente reúne um grupo de amigos para uma semana de pesca no lago. Os hobbies separados para esses dois oferece oportunidades para que adquiram experiências e se revigorem. Quando estão juntos, têm muito mais a oferecer um para o outro.
  • O Amor companheiro leva você a gostar das mesmas coisas que a outra pessoa gosta. Dei-me compartilhar um exemplo do meu próprio casamento. Gosto muito de beisebol. Sou fã incansável do Chicago Cubs, e tenho sido durante toda a minha vida. Se você é fã do Cubs, tem que ser incansável - a última vez que eles venceram as Séries Mundiais foi em 1908. Se você é marido ou mulher de um fã do Cubs, existem muitas reações que você pode ter, especialmente você tem que conviver com a transmissão dos jogos diariamente. Minha esposa deve ter chegado á conclusão há muito tempo que o meu apreço pelos Cubs jamais iria diminuir, por mais que tentassem me desencorajar. Então por causa do seu amor por mim, Marylyn se tornou uma fã secreta dos Cubs. Ela teria dado qualquer coisa para que eles ganhassem a Série Mundial ou a flâmula da Liga Nacional - ou apenas desse uma boa exibição. Ela quer que eu seja feliz, então em silêncio torcia pelo Cubs. Você pode dizer que ela nem mesmo ''amava'' o Cubs, mas eu sou esperto o suficiente para saber que quem ela ama realmente sou eu. O Cubs para ela são dignos de admiração apenas porque se preocupa profundamente comigo. Eu costumava quebrar a cabeça com o fato de que alguns casais parecem ter tantos interesses em comum, enquanto outros tinham tão pouco. Em tempo, entretanto, descobri que muito poucos compartilham esses interesses naturalmente. Mais propriamente, eles são desenvolvidos. Eles se amam tanto que começam a gostar da mesma coisa que a amada gosta.
  • Um amor duradouro envolve um compromisso generoso com a felicidade da pessoa amada. Harry Stack Sullivane era um psiquiatra brilhante, e seus artigos eram muito influentes quando eu estava me formando. Ele disse uma vez: ''O amor começa quando uma pessoa percebe que as necessidades da outra são tão importantes quanto as suas''. Quando você começa a sentir que a pessoa que ama está ficando cada vez mais atenta ao seu ''verdadeiro você'' e tenta ajudar a fazer com que as suas necessidades mais profundas sejam satisfeitas, você está à margem de uma experiência rica e satisfatória. Do mesmo modo, quando você descobre que as necessidades e os desejos da pessoa amada são tão importantes quantos os seus, o amor genuíno está nascendo. Quando essa percepção se torna clara, você estará experimentando o tipo de amor que pode sustentar um relacionamento duradouro.
  • O amor companheiro exige verdade - e a verdade requer felicidade. Não formamos uma ligação com a pessoa que não podemos confiar, seria o mesmo que escalar uma montanha com uma corda desfiada. Estou convencido de que existem vários aspectos que são dignos de confiança. Primeiro, precisamos confiar se esta pessoa está genuinamente interessada em nós - na nossa segurança, no nosso crescimento e no nosso sucesso. Segundo, precisamos confiar que ela manterá as promessas e fugirá de compromissos que prejudicam o relacionamento. E terceiro, se tornar digno de confiança requer amor incondicional. É esse nível de confiança que faz o teste do tempo para o amor generoso e genuíno que resistirá.
  • As pessoas que se amam tem compartilhado os sonhos e têm planos para alcança-los? Em outras palavras, os casais que sonham grandes sonhos juntos, tendem a se amar cada vez mais. E quando armam uma estratégia sobre como alcançar os seus sonhos, geralmente são mais felizes. Muitas vezes pergunto aos casais que estão pretendendo se casar: ''Onde vocês dois pretendem estar daqui a 10 ou 20 anos?'' Quando começam a falar, posso dizer se já falaram ou não a respeito do futuro. Se ambos tem sonhos e planos a serem realizados, tenho uma forte suspeita de que irão conseguir vencer na vida.                                                                                                                                                          Neil Clark Warren

1 Reis 13 - Um profeta prediz contra o altar / Um Leão mata o profeta / Cuidado com os falsos profetas




Introdução:

Elevado ao trono pelas dez tribos de Israel que se haviam rebelado contra a casa de Davi, Jeroboão, outrora servo de Salomão, estava em posição de proceder a sábias reformas tanto nos negócios civis como nos religiosos. 

Sob o governo de Salomão havia ele mostrado aptidão e sadio discernimento; e o conhecimento que havia adquirido durante anos de fiel serviço capacitava-o a governar com prudência. Mas Jeroboão deixou de pôr em Deus sua confiança.

O maior temor de Jeroboão era que em qualquer tempo no futuro o coração de seus súditos se deixasse cativar pelo ocupante do trono de Davi. Raciocinou ele que se às dez tribos fosse permitido visitar com freqüência a antiga sede da realeza judaica, onde os cultos do templo eram ainda dirigidos como nos anos do reinado de Salomão, muitos poderiam sentir-se inclinados a renovar sua submissão ao governo centralizado em Jerusalém. 

Trocando idéia com seus conselheiros, Jeroboão determinou, num ousado golpe, desfazer, tanto quanto possível, a probabilidade de uma revolta contra seu governo. Isto pretendia ele levar a termo criando dentro dos limites de seu recém-formado reino dois centros de adoração: um em Betel e o outro em Dã. Nesses lugares deviam as dez tribos ser convidadas a se reunir, em vez de em Jerusalém, para adorar a Deus.

Planejando esta transferência, intentava Jeroboão apelar à imaginação dos israelitas, colocando perante eles alguma representação visível para simbolizar a presença do Deus invisível. Conseqüentemente, mandou fazer dois bezerros de ouro, e estes foram postos dentro de nichos nos centros indicados para adoração. Nesta tentativa para representar a divindade, Jeroboão violou o claro mandamento de Deus: "Não farás para ti imagem de escultura. ... Não te encurvarás a elas nem as servirás." Êxodo 20:4 e 5.

Tão forte era o desejo de Jeroboão de conservar as dez tribos afastadas de Jerusalém, que perdeu de vista a fraqueza fundamental de seu plano. Ele deixou de tomar em consideração o grande perigo a que estava expondo os israelitas, pelo colocar perante eles o símbolo idólatra da divindade, com os quais seus ancestrais haviam estado tão familiarizados durante os séculos de seu cativeiro no Egito. 

A estada recente de Jeroboão no Egito devia tê-lo ensinado a loucura de colocar perante o povo tais representações pagãs. Mas seu decidido propósito de induzir as tribos do norte a não continuar sua visita anual à cidade santa, levou-o a adotar a mais imprudente das medidas. "Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém", insistiu ele; "vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito". I Reis 12:28.    Assim foram eles convidados a se prostrarem perante imagens de ouro e a adotar estranhas formas de culto.

O rei procurara persuadir os levitas, alguns dos que estavam vivendo em seus domínios, a servirem como sacerdotes nos altares recém-erguidos em Betel e Dã; mas nesta tentativa ele foi ao encontro do fracasso. Foi então compelido a elevar ao sacerdócio homens "...dos mais baixos do povo...". I Reis 12:31. Alarmados com as perspectivas, muitos dos fiéis, incluindo-se um grande número de levitas, fugiram para Jerusalém, onde podiam adorar em harmonia com os divinos reclamos.

"E fez Jeroboão uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar. Semelhantemente fez em Betel, sacrificando aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera." I Reis 12:32.

Cuidado com os falsos profetas!

O ousado desafio do rei a Deus ao pôr de lado instituições divinamente indicadas, não foi permitido passar sem repreensão. No momento mesmo em que ele estava oficiando e queimando incenso durante a dedicação do altar estranho que havia levantado em Betel, apareceu ali perante ele um homem de Deus do reino de Judá, enviado para denunciá-lo pela presunção em introduzir novas formas de culto. 

O profeta "clamou contra o altar... disse: Altar, altar assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens que se queimarão sobre ti. "E deu naquele mesmo dia um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o Senhor falou: Eis que o altar se fenderá, e a cinza, que nele está, se derramará". Imediatamente o "altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara pela palavra do Senhor". I Reis 13:2, 3 e 5.

Ao ver isto, Jeroboão se encheu de um espírito provocador contra Deus, e procurou conter o que lhe tinha apresentado a mensagem. Cheio de ira, ele "...estendeu a sua mão de sobre o altar, dizendo: Pegai dele..."    I Reis 13.4. 

Seu ato impetuoso encontrou reprovação imediata. A mão estendida contra o mensageiro de Jeová tornou-se de súbito impotente e seca, e não a podia tornar a trazer a si.

Tomado de terror, o rei apelou ao profeta para que intercedesse por ele a Deus. "Ora à face do Senhor teu Deus", suplicou ele, "e roga por mim, que a minha mão se me restitua. Então o homem de Deus orou à face do Senhor, e a mão do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes." I Reis 13:4 e 6.

Inútil fora o esforço de Jeroboão para revestir de solenidade a dedicação de um altar estranho, cujo respeito haveria levado ao desrespeito pelo culto de Jeová no templo de Jerusalém. Pela mensagem do profeta, o rei de Israel deveria ter sido levado ao arrependimento, a renunciar seus ímpios desígnios, os quais estavam desviando o povo do verdadeiro culto de Deus. Mas ele endureceu o coração, e decidiu seguir o caminho de sua própria escolha.

Por ocasião da festa em Betel, o coração dos israelitas não estava completamente endurecido. Muitos eram suscetíveis à influência do Espírito Santo. O Senhor decidiu que os que estavam indo a passos rápidos para o caminho da apostasia deviam ser impedidos em seu curso antes que fosse demasiado tarde. 

Ele enviou Seu mensageiro para interromper o procedimento idólatra, e revelar ao rei e ao povo qual seria o resultado de sua apostasia.   A ruptura do altar era um sinal da desaprovação de Deus à abominação que estava sendo praticada em Israel.

O Senhor procura salvar, não destruir. Ele Se deleita na libertação de pecadores. "Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio". Ezequiel 33:11. Por meio de advertências e rogos Ele convida o obstinado a cessar de praticar o mal, e a voltar-se para Ele e viver. 

Dá a Seus escolhidos mensageiros santa ousadia, para que os que ouvirem temam e sejam levados ao arrependimento. Quão firmemente o homem de Deus repreendeu o rei E esta firmeza era essencial; de nenhuma outra maneira podiam os males existentes ter sido reprovados. 

O Senhor deu a Seu servo ousadia, para que impressão perdurável fosse feita nos que ouviram.  Os mensageiros do Senhor não devem jamais temer a face do homem, mas sim permanecer inflexíveis pelo direito. Enquanto sua confiança estiver posta em Deus, não precisam temer; pois Aquele que lhes deu uma tarefa também lhes assegura Seu protetor cuidado.

Havendo apresentado sua mensagem, o profeta estava para retornar, quando Jeroboão lhe disse: "Vem comigo a casa, e conforta-te, e dar-te-ei um presente". "Ainda que me desses metade da tua casa", replicou-lhe o profeta, "não iria contigo, nem comeria pão nem beberia água neste lugar. Porque assim me ordenou o Senhor pela Sua palavra, dizendo: Não comerás pão nem beberás água, e nem voltarás pelo caminho por onde foste." I Reis 13:7-9.

Bom teria sido ao profeta se ele tivesse se apegado ao seu propósito de retornar sem demora à Judéia. Enquanto viajava por outra rota, foi surpreendido por um ancião que declarava ser profeta, e que se representou falsamente ante o homem de Deus, declarando: "Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou pela palavra do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água"     I Reis 13.18. Insistentemente a mentira foi repetida, o convite inculcado, até que o homem de Deus foi persuadido a voltar.

Visto que o profeta verdadeiro concordou em tomar um curso contrário à linha do dever, Deus permitiu-lhe sofrer a penalidade da sua transgressão. Enquanto ele e o que o convidara a retornar a Betel estavam à mesa, a inspiração do Todo-poderoso veio ao falso profeta, e ele "clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor: Porquanto foste rebelde à boca do Senhor, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te mandara... teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais".            I Reis 13:18-22.

Esta profecia de juízo foi logo literalmente cumprida. "E sucedeu que, depois que comeu pão, e depois que bebeu, albardou ele o jumento. ... Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver estava lançado no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e o leão estava junto ao cadáver. E eis que os homens passaram, e viram o corpo lançado no caminho, ... e vieram, e o disseram na cidade onde o profeta velho habitava. E, ouvindo o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à boca do Senhor." I Reis 13:23-26.

A penalidade que alcançou o infiel mensageiro foi ainda uma posterior evidência à verdade da profecia proferida sobre o altar. Se, após desobedecer à palavra do Senhor, ao profeta fosse permitido ir a salvo, o rei teria usado este fato numa tentativa de vindicar sua própria desobediência. 

Na ruptura do altar, no secamento do braço e na terrível sorte daquele que ousara desobedecer uma ordem expressa de Jeová, Jeroboão deveria ter discernido o pronto desprazer de um Deus ofendido, e esses juízos deviam tê-lo advertido a não persistir na prática do mal. 

Mas longe de se arrepender, Jeroboão "dos mais baixos do povo tornou a fazer sacerdotes dos lugares altos". Assim não apenas pecou ele mesmo grandemente, mas "fez pecar a Israel". I Reis 13:33 e 34. 
"E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da Terra." I Reis 14:16.

Ao final de um conturbado reinado de vinte e dois anos, Jeroboão sofreu desastrosa derrota numa guerra com Abias, sucessor de Reoboão. "E Jeroboão não recobrou mais nenhuma força nos dias de Abias; porém o Senhor o feriu e morreu." II Crônicas 13:20.

A apostasia introduzida durante o reinado de Jeroboão tornou-se cada vez mais acentuada, até que finalmente resultou em ruína total do reino de Israel. Antes mesmo da morte de Jeroboão, Aías, o idoso profeta de Siló que muitos anos antes predissera a elevação de Jeroboão ao trono, declarou:

"O Senhor ferirá a Israel, como se move a cana nas águas; e arrancará Israel desta boa terra que tinha dado a seus pais, e o espalhará para além do rio, porquanto fizeram os seus bosques, provocando o Senhor à ira. E entregará Israel por causa dos pecados de Jeroboão, o qual pecou, e fez pecar a Israel." I Reis 14:15 e 16.

Todavia o Senhor não abandonou a Israel sem antes fazer tudo que poderia ser feito para levá-lo de volta à submissão a Si. Através dos longos, escuros anos quando rei após rei se puseram em ousado desafio ao Céu e levaram Israel a idolatria cada vez mais profunda, Deus enviou mensagem após mensagem a Seu transviado povo. Por intermédio de Seus profetas deu-lhes toda oportunidade de deter a maré da apostasia e retornar a Ele. 

Durante os anos que sucederiam à cisão do reino, Elias e Eliseu viveriam e trabalhariam, e os ternos apelos de Oséias, Amós e Obadias deviam ser ouvidos na terra. Jamais deveria o reino de Israel ser deixado sem nobres testemunhas do suficiente poder de Deus para salvar do pecado. 

Mesmo nas horas mais escuras, alguns permaneceriam leais ao seu divino Rei, e em meio da idolatria viveriam inculpáveis à vista de um Deus santo. Esses fiéis foram contados entre o piedoso remanescente por cujo intermédio o eterno propósito de Jeová devia ser finalmente cumprido.

Que Deus te abençoe!!

1 Reis 12 - Roboão causa separação entre as tribos / A impiedade de Roboão



               

 Introdução:

Roboão é um nome que significa "ele aumenta o povo". Nasceu um ano antes do seu pai Salomão assumir o trono de Israel, quando ele era muito jovem ainda. Sua mãe era uma amonita chamada Naamá. Como não existe o registro de qualquer outro filho de Salomão, assume-se que ele era seu único filho.


Se realmente foi o único filho de Salomão, isso o legitimava como sucessor ao trono do seu pai, se a dinastia de Davi continuasse no poder. Mas o SENHOR já havia prevenido a Salomão que, por causa da sua infidelidade ao SENHOR, a sua descendência, a partir do seu filho, perderia o trono de Israel, ficando apenas com uma tribo além de Judá que era a sua própria.
Embora de início fosse aparentemente aceito por todo o povo como o legítimo sucessor de Salomão no trono, ele não havia sido ungido rei por um profeta em nome do SENHOR como os reis anteriores.
No entanto todo o povo de Israel se reuniu em Siquém para o fazer rei, e ele tendo completado o sepultamento e os dias de luto pelo seu pai, seguiu para lá para receber a investidura.
Entrementes Jeroboão, a quem Salomão quisera matar e por isso fugira para o Egito, voltou do Egito quando soube da morte de Salomão e se reuniu ao povo em Siquém. O profeta Aías havia revelado em segredo a Jeroboão anos antes que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão.
O povo sentia que tinha sido tratado opressivamente por Salomão e, quando Roboão chegou, exigiu primeiro que Roboão prometesse aliviar a sua carga como condição para se submeter a ele  (1 Reis 12.4 ''Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.'' ).
Roboão pediu o prazo de três dias para deliberar o assunto, e foi consultar os velhos e sábios conselheiros do seu falecido pai. Estes lhe disseram que, se agradasse ao povo fazendo a sua vontade, ganharia a sua lealdade para sempre.
Roboão desprezou seu conselho e foi consultar os jovens que haviam crescido com ele e o serviam. Estes sabiam o que ele queria e o incentivaram a dar uma resposta dura ao povo.
Roboão se agradou com o conselho desses seus companheiros e, terminado o prazo, com o povo reunido diante dele com Jeroboão, ele declarou que, ao invés de atender ao que o povo pedia, ele exigiria muito mais ainda dele do que Salomão (1 Reis 12.11 ''E o rei respondeu ao povo duramente; porque deixara o conselho que os anciãos lhe haviam dado. E lhe falou conforme ao conselho dos jovens, dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.'' ).
Convém notar aqui que, desde o tempo em que entraram na terra prometida, houve alguma rivalidade e ciumeira entre as tribos do norte, lideradas pela tribo de Efraim, e as do sul, lideradas por Judá.
Efraim havia sido o filho mais novo de José, a quem Jacó havia dado a maior bênção (Gênesis 48:19 ''Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.'' ), 

(Gênesis 49:26 ''As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.'' ) e seus descendentes eram herdeiros da promessa que lhe havia sido feita. 
Julgavam por isso que tinham direito de liderança sobre o povo. Josué era dessa tribo, e Samuel vinha da sua terra. A tribo de Efraim é mencionada isoladamente como aceitando Isbosete, benjamita, como rei ao invés de Davi que era da tribo rival de Judá.
As tribos do norte aceitaram Davi sete anos depois bem como seu sucessor Salomão, mas ressentiam a primazia de Judá, em cujo território foi estabelecida a capital, com o centro de governo e o centro religioso do reino, bem como o elevado tributo exigido por Salomão para suas custosas edificações ali.
Compreende-se portanto a sua rebelião quando Roboão lhes disse que ia aumentar o seu jugo, e a declaração do povo: (1 Reis 12.16 "...Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé!..." Israel voltou para suas tendas sem aclamar Roboão como rei, mas os que habitavam nas cidades de Judá permitiram que ele reinasse sobre eles, pois era da sua tribo.
Roboão tentou persuadi-los a mudar de idéia usando Adorão, superintendente dos que trabalhavam forçados, como intermediário, mas ele foi recebido a pedradas e morreu. Roboão teve que fugir às pressas para Jerusalém para salvar a pele.
Israel em seguida mandou chamar Jeroboão para o meio da congregação, e o investiu como rei, assim como Aías lhe havia anunciado (1 Reis 12.20 ''E sucedeu que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o chamaram para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém seguiu a casa de Davi senão somente a tribo de Judá.'' ).
Roboão finalmente decidiu armar os homens das tribos que estavam com ele e iniciar uma campanha militar contra as tribos rebeldes.

Mas Deus instruiu a Semaías, um homem de Deus, para que dissesse a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao resto do povo, que não desse prosseguimento a essa campanha mas que cada um voltasse para sua casa, porque fora Deus que fizera a separação. 

Eles obedeceram à palavra do SENHOR, e voltaram para suas casas (1 Reis 12.24 ''Assim diz o SENHOR: Não subireis nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque eu é que fiz esta obra. E ouviram a palavra do SENHOR, e voltaram segundo a palavra do SENHOR.'' ).

A impiedade de Roboão - 1 Reis 14.21-31


Não tardou muito para Roboão revelar o seu verdadeiro caráter de infidelidade a Deus.
 
Após ter confirmado o reino e se fortalecido, ele deixou a lei do SENHOR, e, com ele, todo o Israel, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR e provocando o seu zelo, mais do que os seus pais.


Os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes, a prostituição-cultual e todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
 
O seu castigo veio no quinto ano do seu reinado: o rei Sisaque, do Egito, sogro de Jeroboão que agora reinava sobre Israel, invadiu o território de Judá com um poderoso exército, tomou as cidades fortificadas e subiu contra Jerusalém.
 
O SENHOR, através do profeta Semaías, preveniu Roboão e os seus príncipes que esta invasão veio em reciprocidade por que eles O haviam deixado. Eles reconheceram que o castigo era justo, e por isto Deus consentiu que continuassem vivendo, mas subjugados ao rei Sisaque.
 
Eles se renderam a Sisaque, que então tomou Jerusalém e se apossou de todos os tesouros que Salomão havia acumulado na Casa do SENHOR e no palácio real, e fez de Roboão o seu vassalo.


Os arqueólogos encontraram umas esculturas que celebram esse evento em Karnac, no Alto Egito, mostrando o rei Sisaque segurando em suas mãos uma coluna de prisioneiros, com os nomes das cidades capturadas em Judá, as que Roboão havia fortificado.
 
Roboão não teve paz durante seu reinado, pois depois disso esteve sempre em guerra com Jeroboão. Finalmente, aos 58 anos e depois de reinar por dezessete anos ele morreu.


Que Deus te abençoe!!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...