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1 Samuel 22 - Saul mata todos os Sacerdotes de Nobe








O que andas falando? Andas falando o bem ou mal?

A Bíblia relata o episódio de Davi e os sacerdotes de Nobe   (1 Samuel 21. 1-7), quando Doegue estava presente, e viu quando o Sacerdote Aimeleque deu pães consagrados a Davi e a espada de Golias.

Veja o texto: (I Samuel 21.7 “Estava, porém, ali naquele dia um dos criados de Saul, detido perante o SENHOR, e era seu nome Doegue, edomeu, o mais poderoso dos pastores de Saul.” ).

Doegue era alguém que estava na Casa de Deus, e ao invés de aproveitar esse tempo, que estava lá para adorar ao Senhor, estava sim, observando para falar mal em seguida.

Um dos maiores problemas que temos no meio cristão é a “língua desenfreada”, ou seja, pessoas que não sabem controlar o que falam, e acabam falando coisas inconvenientes, palavras que não deveriam ser faladas.

A Palavra de Deus nos faz algumas admoestações: (Romanos 3.13-14 ''A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura.'')  

(Tiago 1. 26 ''
Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.'')

E ainda: (Tiago 3.5 ''
Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.'')

A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas.

Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar.

Usamos a língua, tanto para agradecer ao Senhor e Pai, como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus” (Tiago 3. 5-9).

Agora perceba que o problema é antigo, e mesmo tendo o Espírito Santo deixado, essas e outras admoestações, muitos de nós ainda não aprendemos e nem praticamos.

A morte e a vida estão no poder da língua. Dependendo, do que você fale, determinará uma bênção ou de maldição em sua vida.

Dependendo do que você fale, você pode estar semeando a morte ou a vida em sua família, seus negócios, seu ministério, sua Igreja, etc.

Jesus Cristo nos garantiu vida abundante, vida plena, total, completa; contudo, as vidas de muitos de seus servos não estão como Ele gostaria que estivesse, e isso devido, ao tipo de palavras que estão saindo da boca desses crentes.

Jesus, certa feita, afirmou: (Mateus 15.18-19 ''Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.'')

Observe outro ensinamento de Jesus: (Mateus 5.22 ''Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.'').

Está claro. Dependendo do que você fale contra seu irmão, estará sujeito a julgamento no tribunal, e até o inferno de fogo.

A coisa é seria. Com a palavra de Deus não se brinca. Precisamos estar consciente do que estamos falando: (Tiago 3.2 ''Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.'').

O homem prudente no falar tem o controle sobre todo o corpo, isto é, pode controlar todas as suas atitudes. Mas, aquele que não tem controle no falar, também perde o controle de todo o corpo, ou seja, não controla suas atitudes e vive como perdedor, e trazendo mal as pessoas ao seu redor.

Se quisermos ter a estatura do varão perfeito, temos que começar pela boca, aprendendo a falar e como utilizar bem as palavras.

Há quem diga que, se queremos ser homens e mulheres espirituais, precisamos começar colocando os joelhos no chão (oração), e isto é certo, contudo se não controlar a língua, o que falamos, você pode colocar tudo a perder.

A língua controla o joelho, mas o joelho nunca controlará a língua. As minhas palavras podem me levar à perfeição. Você quer ser perfeito? Então aprenda a controlar o que você fala.

Agora voltemos a Doegue e veja o mal que a palavra inconveniente desse homem trouxe aos sacerdotes de Nobe:

1. Doegue é um espírito mentiroso.

(I Samuel 22. 9-10
 ''Então respondeu Doegue, o edomeu, que também estava com os criados de Saul, e disse: Vi o filho de Jessé chegar a Nobe, a Aimeleque, filho de Aitube, O qual consultou por ele ao SENHOR, e lhe deu mantimento, e lhe deu também a espada de Golias, o filisteu.'').

Observe a mentira de Doegue: Aimeleque, o sacerdote, nem consultou a Deus, e Davi, nem lhe pediu isso. Davi apenas pediu pães e uma arma (I Samuel 21. 3-4,6 e 9).

A Bíblia fala que a nossa palavra deve ser “sim, sim, não, não. Pois o que disso passar vem do Maligno” (Mateus 5. 37).

Esquecemo-nos das palavras bíblicas, e por esquecermos, estamos trazendo maldição sobre nossa vida e na vida da comunidade.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8.44)

(Efésios 4.25 ''Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.'').

Doegue é um espírito de mentira, e a mentira não provém do Deus, e sim, do diabo.

2. Doegue é um espírito de fofoca

Além de trazer mentira, Doegue era fofoqueiro. Isto é, ele vivia levando e trazendo “fofocas”. Era uma pessoa que tudo que via contava para os outros, e quando contava, acrescentava mais alguma coisa.

O grande pensador grego Aristóteles afirma que “não há remédio algum para a mordedura venenosa da calunia”, da fofoca.

Quando os comentários feitos sobre uma pessoa, não visam uma proposta de ajuda ou de socorro, quando nossos comentários não visam dar suporte e auxílio a alguém, certamente esses comentários serão palavras de maldição, são fofocas, e isso deve ser banido do nosso meio.

A fofoca é um mal que se propaga a velocidade do som, ela tem a força dos ventos e o poder destruidor do terremoto, e isso, certamente não vem de Deus, e sim do diabo.

As fofocas contaminam os bons costumes, azedam e afetam as relações interpessoais.

As fofocas e os “disse me disse”, destroem a eficácia do trabalho que realizamos para o Reino de Deus e o ambiente saudável e harmonioso de qualquer sociedade interna e da Igreja.

Cuidado para não julgar precipitadamente as pessoas e os fatores que as motivam a agir de modo pouco convencional ou duvidoso, a primeira vista.

A mesma língua ferina, que critica e envenena as ações de outras pessoas, poderá voltar-se contra si mesmo e deixá-lo em apuros como crítico contumaz e insensato.

Preocupe-se e ocupe-se com aquelas coisas que contribuem para o desenvolvimento do seu caráter, de sua edificação e do crescimento da sua Igreja e do Reino de Deus.

A fofoca, certamente, não tem esses atributos. “Cuide do próprio negócio” – diziam e ensinavam os presbiterianos puritanos que fizeram a colonização norte-americana.

Platão, um dos pais da filosofia grega, afirma: “Os sábios falam porque têm algo a dizer; os tolos (os fofoqueiros – acréscimo meu), porque têm que dizer algo”.

A Bíblia afirma: (Levítico 19.16 ''Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o SENHOR.'') 

(Provérbios 11.13 ''
O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto.'').

(Provérbios 20.19 ''O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios.'').

Doegue é um espírito de fofoca, e a fofoca não traz edificação, e sim é um elemento de divisão que inibe o crescimento da obra de Deus.

3. Doegue é um espírito de destruição.

Este tal Doegue, com suas mentiras e fofocas, trouxe ainda mais desgraça para Davi e para aqueles que serviam a Deus.

Por quê? Porque Satanás que é o pai da mentira, usa a fofoca, a mentira para destruição.

Veja no que deu essas mentiras e fofocas de Doegue: (I Samuel 22. 13-16 '' 13 - Então lhe disse Saul: Por que conspirastes contra mim, tu e o filho de Jessé? Pois deste-lhe pão e espada, e consultaste por ele a Deus, para que se levantasse contra mim a armar-me ciladas, como se vê neste dia? 14 - E respondeu Aimeleque ao rei e disse: E quem, entre todos os teus criados, há tão fiel como Davi, o genro do rei, pronto na sua obediência, e honrado na tua casa? 15 - Comecei, porventura, hoje a consultar por ele a Deus? Longe de mim tal! Não impute o rei coisa nenhuma a seu servo, nem a toda a casa de meu pai, pois o teu servo não soube nada de tudo isso, nem muito nem pouco. 16 - Porém o rei disse: Aimeleque, morrerás certamente, tu e toda a casa de teu pai,'').

O resultado foi que o Rei Saul irado e cheio de inveja de Davi, decretou a morte de todos os sacerdotes de Nobe. Contudo os soldados da guarda se recusaram a matar os sacerdotes, pois sabiam da Lei de Deus que proibia: “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” (1 Crônicas 16.22).

No entanto, Doegue, o fofoqueiro, cheio do poder do diabo, pois ao dar brecha com mentiras e fofocas permitiu a ação de Satanás em sua vida, pegou da espada e matou 85 sacerdotes do Senhor que estavam em Nobe.

(I Samuel 22.18 ''Então disse o rei a Doegue: Vira-te, e arremete contra os sacerdotes. Então se virou Doegue, o edomeu, e arremeteu contra os sacerdotes, e matou naquele dia oitenta e cinco homens que vestiam éfode de linho.'').

Que espírito de destruição estava com aquele Doegue, o fofoqueiro. Era tão grande que envolveu o Rei Saul, o invejoso.

Saul não satisfeito com a morte dos 85 sacerdotes do Senhor, ainda mandou matar todas as pessoas que viviam em Nobe, pois eram familiares dos sacerdotes mortos: (I Samuel 22.19 ''Também a Nobe, cidade destes sacerdotes, passou a fio de espada, desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, e até os bois, jumentos e ovelhas passou a fio de espada.'').

Vejam o resultado do que pode levar uma pessoa fofoqueira: a morte de inocentes.

Somente um sacerdote escapou, Abiatar, que levou a notícia a Davi, que assim se expressa:  (I Samuel 22.21-22 ''E Abiatar anunciou a Davi que Saul tinha matado os sacerdotes do SENHOR. Então Davi disse a Abiatar: Bem sabia eu naquele dia que, estando ali Doegue, o edomeu, não deixaria de o denunciar a Saul; eu dei ocasião contra todas as almas da casa de teu pai.'').

Davi fica totalmente impressionado com o poder da fofoca, e ao escrever o Salmos 52, assim se expressa: TÍTULO: “Masquil de Davi para o cantor-mor, quando Doegue, o edomeu, o anunciou a Saul, e lhe disse: Davi veio a casa de Abimeleque”.

(Salmos 52.1-5 '' 1 - Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente. 2 - A tua língua intenta o mal, como uma navalha amolada, traçando enganos. 3 - Tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a retidão. 4 - Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta. 5 - Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes.'').

Veja o Salmo 120: “Quando estive aflito, pedi ajuda a Deus, o SENHOR, e ele me respondeu. Ó SENHOR, livra-me dos mentirosos e dos falsos! Mentirosos, que será que Deus vai fazer com vocês? Como será que ele vai castigá-los? Ele os castigará com as flechas afiadas de um soldado e com brasas. Viver entre vocês me faz sofrer tanto como se eu morasse em Meseque ou entre a gente de Quedar. Há muito tempo que estou morando com aqueles que odeiam a paz. Quando falo de paz, eles falam a favor de guerra” (Salmos 120.1-7 NTLH).

Veja agora o Salmo 140:  (Salmos 140.1-3 ''Na minha angústia clamei ao SENHOR, e me ouviu. SENHOR, livra a minha alma dos lábios mentirosos e da língua enganadora. Que te será dado, ou que te será acrescentado, língua enganadora?'').

Davi ficou convencido do poder da língua, da palavra, e por isso, para não se deixar levar por esse mal, ele faz a seguinte oração ao Senhor: (Salmos 141.3 ''Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios.''

Doegue é um espírito de destruição e deve ficar longe de nossa vida. A Igreja que busca Santidade, Unidade e Crescimento, precisa compreender e praticar esta palavra de Deus.

CONCLUSÃO

Comece a declarar palavras abençoadoras sobre tua vida, tua família, teus negócios, tua Igreja, teu ministério, teu pastor, teus filhos. Muita coisa começará a mudar. Creia.

Quanto mais o inimigo se levantar, maior será o poder de Deus em nós. O diabo precisa saber que você tem as palavras de Deus em sua boca, porque você é um escolhido de Deus, e tem na mente as palavras de Cristo, e ao falar, fala com a autoridade de Cristo. Aleluia!

Tuas palavras podem “viajar”, levando cura, salvação e bênçãos. Como Jesus, suas palavras traspassarão rios, vales, montanhas, paredes e chegarão até ao enfermo, que ficará curado.

Espero, em Cristo Jesus, que você esteja com o coração preparado, não só, para entender, mas para crer e praticar estas palavras.

Aquele que sabe “em quem tem crido”, certamente poderá dizer como o salmista que, eu não tenho medo das más notícias, ou seja, das más palavras.

A Bíblia diz que bendito é, os que nos abençoarem, e que malditos, serão todos os que no amaldiçoarem.

Devemos usar as nossas palavras corretamente e veja os benefícios, que ela traz a sua vida, contudo, cuidado, pois, como disse no início, a morte e a vida estão no poder da língua.
                                                                                                        
                    Deus te abençoe. Amém!  

1 Samuel 22 - Davi esconde-se na caverna de Adulão





(1 Samuel 22.1-5 “ 1 - Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para Ter com ele. 2 - Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. 3 - Dali passou Davi a Mispa de Moabe (atual Jordânia) e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. 4 - Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo que Davi esteve nesse lugar seguro. 5 - Porem o profeta Gade disse a Davi: Não fiques nesse lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de herete.'')


Introdução:


Adulão: Significa Justiça do povo, refugio, esconderijo; é um complexo de cavernas que fica no vale de Elá, e segundo os arqueólogos e exploradores, existem partes desse complexo de cavernas que ainda não foram exploradas, e certamente caberiam ali todo aquele exercito que se ajuntou a Davi.

Mas poderíamos estar nos perguntando: O que Davi, um valente, o homem que derrotou o gigante Golias, o valente cantado pelas mulheres de Israel em suas musicas (Saul matou a mil e Davi aos Dez milhares), o que esse homem estava fazendo ali naquela caverna.

A caverna de Adulão foi um lugar de tratamento na vida de Davi.

Davi havia vivido um momento de glória, estava bem com o povo, e esse estar de bem com povo, por Ter caído nas graças do povo, por Ter sua unção reconhecida e valorizada pelo povo, Davi despertou ciúmes em Saul , despertou a inveja de Saul, que passou então a persegui-lo.

Saul perseguiu a Davi porque ele sabia que o reino seria tirado dele, porque o profeta havia dito a ele que seu reino seria rasgado e tirado de suas mão, e ele então começou a perceber que ele era o rei, mas o ungido não era ele.
Israel passou a viver uma situação interessante, o rei que estava no trono, tinha perdido a sua unção.
O Ungido de Deus não estava no trono, Israel passou a viver uma situação de Ter um Ungido e um ex-ungido.

Saul não aceitava essa situação, mas a unção de Deus havia sido tirada de sobre ele, aquele Saul que antes profetizava junto aos profetas e que a bíblia nos fala que o Senhor havia tirado uma porção do seu Espírito de sobre os 70 profetas e colocado sobre ele era coisa do passado.

Queridos: a unção pode ser retirado de nós se não obedecermos à vontade do senhor, se não fizermos aquilo para o qual nos capacitou, se não nos dermos com amor e responsabilidade para o seu reino, a unção pode ser retirada de sobre nos.
É isso mesmo que você esta lendo: A UNÇÃO SE PERDE.

Foi o que aconteceu com Saul, ele perdeu a unção do Espírito de Deus em sua vida.
O que é unção? Unção é uma capacitação especial que o Senhor nos dá para realizarmos a sua obra.

Perde-se a unção e fica somente o azeite sobre os cabelos.
Tem muita gente vivendo somente de sua força e do azeite que ainda pensa estar sobre sua cabeça, mas a unção de Deus se foi a muito tempo.

Davi estava ali naquela caverna por causa da perseguição do ex-ungido Saul, e ali foi um lugar de tratamento de Deus na vida de Davi.

O QUE ADULÃO PODE SIGNIFICAR PARA NÓS?


1) Adulão é um lugar de significado profético:

1 Samuel 22.1 – “ Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para Ter com ele.”

A palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, nos conta que os irmãos de Davi não criam nele, não o valorizavam, tanto é que por ocasião da guerra com os filisteus, quando Golias desafiava ao povo de Israel, Davi chegando ao campo de batalha foi destratado por seus irmãos que o chamaram de michiriqueiro, curioso, intrometido, metido a besta, e agora estavam ali buscando refugio junto a Davi em Adulão.

Davi aqui é como uma figura de Jesus, seus irmãos não criam nele, escarneciam dele no começo de seu ministério, conforme vemos em João 7.3-5 “Dirigiram-se pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa esse lugar e vai para a Judéia, para que também os seus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém há que procure ser conhecido em publico e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem mesmo seus irmão criam Nele.”
 
A Palavra de Deus nos relata que depois de um tempo os irmão de Jesus, os filhos de Maria, creram nele e buscaram nele refugio, tanto que Tiago, irmão de Jesus, se tornou Pastor da Igreja de Jerusalém e nos deixou como legado a epistola de Tiago.

Os irmãos de Jesus são os filhos de Israel, e isso é profético, pois Israel nos tempos da tribulação buscara refugio no Senhor.
 
2) Adulão é lugar de sair da superficialidade e buscar profundidade insondável.

Na caverna de Adulão, existem lugares profundos ainda não sondados, lugares onde não se conseguia medir a profundidade.
Mas Davi conhecia em profundidade ao Senhor, ele conhecia o Bom Pastor (Salmo 23) aquele que o havia livrado do Urso e do Leão, aquele que havia entregue o gigante e todos os filisteus em suas mãos. Davi conhecia aos Senhor, e seu conhecimento não era superficial.
Precisamos entrar em Adulão para conhecermos ao Senhor com intimidade
 
3) Adulão é lugar de transformar a humilhação em honra.

Quem foram os homens que procuraram a Davi: (Vers.02) “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espirito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.”

Ali estava um Rei ungido, refugiado numa caverna, e só veio ao seu encontro, só veio estar com ele aqueles que realmente precisavam dele.
Os filhos de Coré ouviram muitas vezes, conforme nos relatam no Salmo 42:

“1 Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!
2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?
3 As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus?
4 Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.
6 Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar.
7 Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
8 Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
9 A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?
10 Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus?
11 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.”


Hoje você pode estar na mesma situação de Davi, quando as pessoas que o rodeiam te perguntam: “Onde está o teu Deus?”
O Senhor livrou Davi das mãos de Saul e muitos daqueles endividados, daqueles apertados, amargurados de espírito se tornaram em heróis em Israel, porque o Nosso Deus é um Deus que exalta ao humilde e abate ao soberbo. Adulão é o lugar que aceita os perseguidos e injustiçados e os redime, os transforma, e os torna gente.

4) Adulão é lugar de troca de liderança e governo.

Aqueles 400 homens, antes serviam a Saul, mas não encontraram nele unção, não encontraram nele refrigério, não encontraram nele um sacerdote que os apascentasse diante do Pai, foram rejeitados por todos, mas encontraram refrigério e abrigo em Adulão. Davi recebeu a todos.

O senhor Jesus, assim como Davi em Adulão diz para você nessa noite : “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. Eu vos receberei.

Aqueles homens que antes serviam a Saul, agora serviam a Davi, Trocaram o governo de suas Vidas.

Hoje também, é o tempo de você mudar o Governo e a orientação de sua vida. A religião não salva e nem justifica ninguém, mas Jesus sim.
Ele, Jesus é o nosso refugio seguro, Ele é a rocha de nossa salvação.
Refugiasse Nele agora.
 
Conclusão

Caverna de Adulão: Lugar de Justiça, lugar de esconderijo, lugar de refúgio, lugar de escape,
Lugar de reconhecimento, aqueles que hoje te desprezam, que te abandonam lá na frente, você
será reconhecido, seja sua família, amigos, irmãos, não sei, independentemente de quem for
na caverna de Adulão Deus te fará que os teus realmente conheceram quem realmente você é, 
o teu reconhecimento não será na sua vitórria, e sim após a vitória.

Na caverna de Adulão também você passará por humilhações, sentira só, solidão, desprezo,
esquecimento, Deus colocará pessoas aos seu lado endividados, com espirito desgostoso,
de mal com a vida, mais quando essas pessoas passarem por seu caminho, chegarem ao teu
encontro não é para você abandoná-los, e assim para você ajudá-los, estender a sua mão e
socorrê-los.

Concluindo é na caverna de Adulão que Deus irá te preparar para vencer novamente seu inimigo,
para vencer novamente as lutas e tribulações, é lá que Deus irá te preparar para fazer a sua obra,
te prepará-lo para vencer.
Você esta amargurado, apertado, perseguido, endividado, doente etc. Jesus é a nossa caverna de Adulão, Corramos para Ele agora.

Que Deus te abençoe!

1 Samuel 9 - Saul busca as jumentas extraviadas e vai ter com Samuel



Samuel Entende a Mensagem: Saul Será o Rei de Israel. (1 Samuel 9.1-17)

Ainda que os acontecimentos deste texto sejam para o benefício de Saul e de todo Israel, seu benefício primário é para Samuel. Afinal de contas, por instrução de Deus, Samuel prometeu um rei a Israel, e agora ele deve compreender exatamente quem pode ser esse rei. Os acontecimentos de nosso texto levam Saul ao contato com Samuel de um jeito que faz este profeta ter certeza de que ele é o escolhido de Deus.

Quis, o pai de Saul, é um homem de certa reputação da tribo de Benjamim. Nosso texto nos informa que ele é um homem de bens (1 Samuel 9.1). Esta expressão pode ser entendida como se referindo à coragem de um homem, seu sucesso e suas habilidades militares, ou mesmo à sua riqueza. Por uma razão ou outra, ele é um homem de renome. Saul vem de uma boa descendência. 

E ainda que Saul não tenha estabelecido sua própria reputação, ele tem todos os atributos físicos que o tornarão extremamente útil ao povo. Em resumo, ele é aquilo que nossas adolescentes chamariam de um gato. É alto (mais alto quer qualquer outro Israelita), moreno (como as pessoas daquela parte do mundo - e, uma vez que ele trabalha no campo, deveria ter um bronzeado espantoso), e lindo. No entanto, será necessário muito mais do que isto para que Saul cumpra seu chamado como rei.

E assim é que alguns animais do rebanho de Quis se perdem. Não sabemos como as jumentas se soltaram, mas, de alguma forma elas fugiram de sua fazenda. Quis manda seu filho, Saul, atrás dos animais perdidos, instruindo-o a levar consigo um dos servos para ajudar. 

Os dois partem para uma busca mal sucedida, até que as jumentas perdidas se transformam numa preocupação, mas algo que, de certa forma, acaba sendo proveitoso. Nos três dias seguintes eles cobrem uma grande área, mas não encontram as jumentas. Saul está prestes a jogar a toalha e desistir de tudo. Com toda a certeza seu pai começará a se preocupar mais com eles do que com as jumentas.

O jovem servo de Saul não tem tanta certeza. Ele sabe que chegaram muito próximo do lugar onde vive o homem de Deus. Parece que nem o servo, nem Saul conhecem este homem de Deus pelo nome, e que o servo sabe muito mais sobre ele do que Saul. Este homem de Deus é um vidente, nome antigamente usado para designar um profeta. 

O servo conhece Samuel por sua reputação, não pelo nome. Ele é um homem muito estimado, cujas palavras se cumprem - um verdadeiro profeta. Talvez possam lhe perguntar sobre sua jornada e descobrir o paradeiro das jumentas.

Saul parece gostar da idéia, mas levanta um problema muito prático - eles não têm nada para oferecer ao vidente. Suas reservas estão completamente vazias. Eles consumiram todos os seus suprimentos e sequer têm pão para comer. Como podem solicitar seus serviços sem nada lhe oferecer em troca? O servo também tem solução para este problema. 

Ele tem uma moeda que prata que será suficiente. Com este incentivo, Saul consente em pedir ajuda ao homem de Deus, ao que parece, completamente esquecido de quem ele é ou a que isto pode levar.

Quando Saul e o servo alcançam as imediações da cidade, encontram algumas jovens indo buscar água, e indagam se o vidente está lá. Elas dizem que o homem realmente está lá e que, se eles se apressarem, podem pegá-lo enquanto ainda está disponível. 

Ele está para abençoar o sacrifício e então celebrar a refeição com alguns convidados. Logo que tudo comece, Saul e seu servo terão que esperar algum tempo, uma vez que não são convidados e não ousariam interromper o sacrifício e a celebração. Este é o momento certo, mas precisam se apressar.

Saul e seu servo continuam subindo em direção à cidade. Quando se aproximam, Samuel os vê chegando. É neste ponto que encontramos outro parêntese, descrito nos versos 15 e 16. Do ponto de vista meramente humano, a chegada de Saul é improvável (eles vagueavam por lá, mal sucedidos em encontrar os animais perdidos, e agora estão sem comida e ansiosos por voltar prá casa). Do ponto de vista das jovens, eles estavam com sorte. Do ponto de vista divino eles eram esperados, como veremos a seguir. 

Um dia antes Deus falou com Samuel, indicando que ele encontraria o novo rei no dia seguinte. Será alguém da tribo de Benjamim e deve ser ungido por Samuel. Este rei é um gracioso presente de um Deus misericordioso, que ouviu o clamor de Seu povo e está levantando este homem para livrar Israel das mãos dos filisteus. 

Quando Samuel levanta os olhos e vê Saul e seu servo chegando à cidade, Deus lhe diz que este é o homem. Dessa forma Samuel sabe que aquele que vem em sua direção é o escolhido de Deus como rei de Israel.

 

Saul é Informado e Transformado (1 Samuel 9.17 à 27 - 1 Samuel 10.1 à 9)


Enquanto Samuel sabe que Saul é o escolhido de Deus como rei de Israel, Saul não tem este conhecimento. A próxima seção é amplamente dedicada ao processo usado por Deus para informar e transformar Saul como novo rei. Fica evidente pelo nosso texto que Saul não conhece Samuel. Quando chega à entrada da cidade, Saul se volta para a primeira pessoa que vê e pergunta o caminho para a casa do vidente. Samuel é aquele a quem Saul faz a pergunta. Ele o informa que é o vidente. 

Antes mesmo de Saul poder deixar escapar sua pergunta, Samuel lhe diz palavras que ele nunca pensou que ouviria. Samuel o instrui a subir à sua frente ao alto, onde o sacrifício e a refeição cerimonial estão prestes a serem realizados. Saul deve comer com Samuel nesse dia, e depois passar a noite. Na manhã seguinte Samuel lhe dirá tudo quanto está no seu coração e depois o despedirá. 

Tendo dito isto, Samuel prossegue dizendo algo que deve deixar Saul espantado: Quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não se preocupe o teu coração com elas, porque já se encontraram. E para quem está reservado tudo o que é precioso em Israel? Não é para ti e para toda a casa de teu pai? (1 Samuel 9.20)

Saul nem mesmo tem que fazer a pergunta, pois Samuel já sabe o que ele quer saber. Sem Saul nem mesmo perguntar, Samuel lhe diz o que está faltando, há quanto tempo estão procurando, e o que foi encontrado. Se isto surpreende Saul, mais surpresas ainda estão por vir. Samuel disse a Saul que lhe contaria tudo quanto estava em seu coração... no dia seguinte (verso 19). Se esta questão das jumentas perdidas não é o que está em seu coração, então, o que é?

Creio que são as coisas ditas a seguir por Samuel a Saul, no verso 20: E para quem está reservado tudo o que é precioso em Israel? Não é para ti e para toda a casa de teu pai? As palavras que Saul diz em resposta a Samuel, registradas no verso 21, são a essência daquilo que Saul terá em seu coração a partir de agora, uma vez que a questão das jumentas já foi resolvida. 

O que significam as palavras de Samuel? E por que Samuel as diz a Saul? Como pode ser isto, se ele nem mesmo é de uma tribo ou família importante? Creio que isto seja o que Samuel coloca na cabeça de Saul, e que ele explicará mais detalhadamente na manhã seguinte. E assim será.

Samuel, Saul e seu servo seguem seu caminho para o alto, onde Samuel lhes dá o lugar de honra à cabeceira da mesa dos convidados. Samuel é um homem de fé. Quando Deus o informa que o rei virá no dia seguinte (1 Samuel 9.16), ele deixa reservado para Saul o lugar do convidado de honra na refeição cerimonial (1 Samuel 9.23-24). 

Ele separou uma porção escolhida, dizendo ao cozinheiro para servi-la quando instruído a fazê-lo (tão logo surgisse o rei prometido). Quando Saul e seu servo se assentam, Samuel instrui o cozinheiro a trazer a porção que estava reservada, à espera de sua chegada. O homem que parece ser um visitante inesperado é, na realidade, esperado, e nenhum outro senão o convidado de honra.

Há mais uma conversa entre Samuel e Saul sobre o eirado antes que Saul se prepare para a noite. Logo cedo na manhã seguinte, Samuel desperta Saul para despachá-lo em particular antes que o povo esteja circulando e observando com grande curiosidade e interesse. 

Quando eles estão deixando a cidade, Samuel instrui Saul a enviar seu servo adiante para que possa lhe falar em particular. Quando ele faz isto, Samuel toma seu vaso de azeite e unge sua cabeça, beijando-o, e informando que Deus de fato o escolheu para governar sobre todo Israel.

Sem dúvida, esta é uma bomba para Saul. Pelos acontecimentos dos dias anteriores e pelas misteriosas afirmações que Samuel lhe fez, era evidente que ele só poderia estar falando de Saul como o futuro rei. Mas agora não há lugar para mal-entendidos. As palavras e as ações de Samuel (a unção) deixam muito claro que Saul foi designado e ungido para ser o rei. 

Mas Saul é um homem que precisa de algum convencimento (1 Samuel 10.22). Então Samuel profetiza a respeito dos acontecimentos que ocorrerão nas próximas horas. Primeiro, na estrada para o túmulo de Raquel, eles encontrarão dois homens que os informarão sobre aquilo que Samuel já lhes dissera, ou seja, que as jumentas perdidas foram encontradas, e que o pai de Saul estava agora preocupado com seu filho.

Mais adiante, quando alcançarem o carvalho de Tabor, irão encontrar três homens subindo para adorar a Deus em Betel. Um dos homens terá três cabritos, o outro três pedaços de pão, e o terceiro um odre de vinho. Estes três não somente saudarão a Saul e seu servo, eles lhes darão dois pedaços de pão, que eles devem pegar. Este pão servirá como mantimento pelo restante do caminho pra casa.

Os versos 14 a 16 do capítulo 10 são parte da confirmação particular de Deus a Saul de sua escolha como rei de Israel. O escritor descreve os acontecimentos seguintes ao encontro de Saul com Samuel em ordem cronológica; assim, a chegada de Saul em sua casa, e seu diálogo com o tio, vêm depois dele se tornar profeta por algum tempo (versos 10-13). Mas, para seguir com o argumento, a conversa com o tio é parte da confirmação particular de Saul.

Quando Saul chega em casa, seu tio lá está para saudá-lo e questioná-lo sobre o que ele fez nos últimos dias. Saul dá apenas um resumo dos fatos, para que a questão da sua unção não seja levantada ou discutida. Talvez o silêncio de Saul tenha apenas estimulado seu tio, pois, certamente ele está interessado no que aconteceu, especialmente por saber que Saul se encontrou com Samuel. 

Saul está disposto a lhe dizer somente a parte referente às jumentas; assim, terá que ser Samuel aquele que apresentará publicamente Saul como rei de Israel, o que acontece na próxima seção.

 

O Rei é Apresentado a Israel (1 Samuel 10.10 à 27 - 1 Samuel 11. 1 à 13)


Finalmente Saul e seu servo alcançam o monte de Deus, onde a tropa dos filisteus está acampada, e onde ocorre o terceiro sinal. O terceiro sinal é diferente dos dois primeiros em pelo menos duas coisas. Primeiro, é testemunhado publicamente e, pelo menos parcialmente compreendido como algo importante. 

Já fomos informados sobre a profecia que Samuel deu a Saul a respeito dos dois homens que ele encontraria e depois dos três homens a caminho de Betel, mas não temos um relato completo de como estas coisas ocorrem. 

Apenas temos a informação geral de que todos esses sinais se deram naquele mesmo dia (1 Samuel 10.9). Mas, quando chega a terceira profecia - aquela que fala sobre o Espírito vindo sobre Saul - temos um relato que inclui o impacto que isto tem sobre a nação. 

Os dois primeiros sinais são quase inteiramente para o benefício exclusivo de Saul. Somente a ele foi dito que estas coisas aconteceriam. Qualquer um que presenciasse o cumprimento destas duas profecias não entenderia que são sinais, pois ignoraria sua predição detalhada. Mas este terceiro sinal é algo que chama a atenção do povo, tanto que se transforma em provérbio.

Segundo
, o que acontece a Saul no monte de Deus não é normal, é sobrenatural. O Espírito de Deus desce sobre ele e ele profetiza, junto com aqueles que são conhecidos como profetas. Não há dúvida por parte daqueles que testemunham este acontecimento surpreendente - Saul está entre os profetas. Então, por que isto é importante? É importante porque é uma demonstração pública de que Deus capacitou Saul para julgar a nação. 

Em Êxodo 18, Jetro, o sogro de Moisés, o aconselha a distribuir o peso do trabalho de julgar a nação. A indicação daqueles 70 juízes é descrita em Números 11, onde todos os 70 profetizam diante dos olhos da nação, demonstrando que o Espírito de Deus está sobre eles, capacitando-os a servirem como juízes. A mesma coisa está acontecendo agora com Saul.

 O Espírito de Deus veio sobre ele, capacitando-o a julgar a nação como seu rei. Este acontecimento é claramente sobrenatural, e é público. De fato, a mudança de Saul se torna proverbial, para que mesmo aqueles que não testemunhem este sinal possam ouvir falar sobre ele. Esta é a primeira indicação pública de que Saul deve ser o rei de Israel.

A próxima indicação será muito mais notória. Samuel convoca todo o Israel a Mispa (o lugar onde se arrependeram e se voltaram para Deus no início do ministério de Samuel - ver capítulo 7), onde ele se defronta com uma audiência muito ansiosa. Em todo o seu entusiasmo e otimismo pelo que está por vir, Samuel uma vez mais relembra aos Israelitas que sua exigência por um rei é uma manifestação de desobediência e incredulidade. 

Samuel indica que isto foi (no capítulo 8), e ainda é neste mesmo dia, uma rejeição a Deus. Este Deus, que eles trocaram por um rei humano, é o Único que os livra de todas as suas dificuldades. Não é o seu novo rei quem os livrará delas, pois foi Deus quem sempre os livrou, e quem continuará a livrá-los. A despeito do pecado de Israel, Deus está prestes a lhes dar graciosamente o rei que estão exigindo.

O rei, como visto em Deuteronômio 17.15, deve ser um homem da escolha de Deus, e esta escolha será indicada por sorteio. A primeira restrição é para a linhagem de Benjamim e então, finalmente, para Saul, exatamente aquele que Deus já indicou previamente a Samuel, aquele que Samuel já ungiu como rei. Mas este processo é para o benefício das pessoas da nação, para que sejam convencidos de que Saul é o escolhido de Deus.

Quando Saul é indicado por sorteio, ele não pode ser encontrado em parte alguma. Ninguém parece saber dele ou de seu paradeiro. É por meio de mais uma indagação ao Senhor que Ele indica que Saul está escondido entre a bagagem. O povo corre até lá, encontra Saul e o traz a Samuel. Quando as pessoas olham para Saul, ficam muito impressionadas. 

Eis um homem que já sabemos que é muito bonito (1 Samuel 9.2), e uma vez mais é dito que ele é mais alto que qualquer outro israelita. De fato, Saul é o Golias de Israel, um gigante, e, fora isto, um homem extremamente atraente. De uma perspectiva meramente física, Saul é material de primeira.

Samuel mostra ao povo o que a escolha extremamente agradável de Deus faz. Deus não faz e não dá nenhuma tranqueira. Saul é um magnífico espécimen humano. Ninguém poderia ter pedido melhor. E assim o povo começar a gritar: Viva o rei!’ (verso 24 do capítulo 10). Neste ponto Samuel esclarece todas as regras que fazem parte do governo real, escrevendo isto num livro que coloca diante de Deus. E então despede o povo para casa.

Da mesma forma, Saul vai para sua casa, acompanhado por um grupo de homens valentes cujos corações Deus tocou. Estes homens parecem ser algo como o serviço secreto de Saul, acompanhando-o aonde quer que vá, protegendo-o de qualquer um que possa querer prejudicá-lo. Estes valentes são mais uma evidência de que Saul, de fato, é o escolhido de Deus como rei de Israel.

No entanto, nem todo o povo entende desta forma, pois nosso texto nos informa que há um grupo - de desordeiros - que não vê Saul como seu libertador. Será que estes homens conhecem o velho Saul tão bem? Eles o desdenham por ter se escondido em meio à bagagem? Ele não é o seu tipo de líder?

 Realmente não sabemos porque eles olham Saul com desprezo, mas seu pecado mais grave é duvidar e discutir a escolha de Deus. Enquanto todos os outros trazem presentes para Saul, estes desordeiros não. Seu desdém por Saul é óbvio. Todavia, Saul prefere ficar em silêncio e não fazer nada com eles por enquanto. No entanto, eles aparecerão outra vez em nosso texto.

O que os israelitas realmente querem é um rei que os livre de seus inimigos. Eles querem um rei que vá adiante deles na guerra (1 Samuel 8.19-20). E, especificamente, eles querem um rei que lide com Naás, o rei dos amonitas (1 Samuel 12.12). A prova da realeza de Saul será conclusiva se ele puder liderá-los na guerra com sucesso. O capítulo 11 é justamente sobre tudo isto.

Naás, o rei amonita, sitiou a cidade israelita de Jabes-Gileade. O povo está prestes a desistir e pedir a Naás que declare seus termos de paz. As pessoas de Jabes-Gileade estão dispostas a lhe serem sujeitas; eles parecem realmente não ter escolha. Mas os termos de paz do rei são severos. Ele não apenas quer que a cidade israelita se renda, mas insiste em vazar o olho direito de cada um deles. Isto causará pelo menos duas coisas: 1) humilhará os israelitas; 2) os incapacitará, fazendo com que lutem com grande dificuldade. (Já tentou apontar uma arma ou mirar um arco e flecha sem o olho direito?)

O povo de Jabes pede a Naás sete dias para pedir auxílio a seus irmãos judeus. Se ninguém vier em seu socorro, eles prometem que se sujeitarão a ele. Mensageiros são enviados por todo o Israel, pedindo auxílio. Parece que nada está sendo feito, e que ninguém pretende se envolver. Mas, finalmente, a mensagem chega a Gibeá de Saul, e quando chega, o povo daquela cidade começa a chorar. Saul está vindo do campo e observa o lamento e pergunta o que aconteceu. Quando lhe dizem, fica furioso. 

Ele mata uma junta de bois (seus bois, ou de algum espectador indiferente?), parte-os em pedaços e envia os pedaços por todo o território de Israel, avisando que, qualquer um que se recuse a se reunir para a guerra, encontrará seus bois mortos da mesma forma. 

Parece que alguns estavam se desculpando em vir em auxílio de seus irmãos por não poderem se ausentar de suas fazendas naquele momento. As ações de Saul deixam claro que eles não terão nada com que trabalhar em suas fazendas se eles se recusarem a ajudar seus irmãos. Ele ameaça lhes tirar o equivalente a seus tratores.

Um grandioso montante de 300.000 soldados se reúne, 30.000 dos quais são homens de Judá. Uma mensagem é enviada ao povo de Jabes, assegurando-lhes que a ajuda está a caminho. Os homens de Jabes informam a Naás que no dia seguinte irão se entregar. Naás acha que isto significa que eles pretendem se render. 

O povo de Jabes espera que isto signifique que irão se entregar à luta. E assim, quando os irmãos israelitas atacam os amonitas no dia seguinte, eles realmente se entregam lutando, e o resultado é uma derrota devastadora dos amonitas. Como o texto indica não ficaram dois deles juntos (verso 11).

Saul vira herói num instante. Uma coisa para Saul é estar entre os profetas; ainda outra coisa é ele ser escolhido rei por sorteio. Mas, quando ele é aquele que pode reunir toda a nação e assim derrotar os amonitas, esta é toda a prova que o povo precisa ou quer. E agora, o povo pergunta, Quem são aqueles que diziam: Reinará Saul sobre nós? Deixem que sejam trazidos à frente e tratados por nós!

O momento mais admirável de Saul não é ao reunir a nação para a guerra, nem ao obter a impressionante vitória sobre os amonitas. Seu momento mais admirável é quando trata daqueles de seu próprio povo que falaram contra ele.

 Saul pode se vingar, e assim fazendo, trazer grande contentamento ao povo, assim como a si mesmo. Mas Saul se recusa a arrefecer o entusiasmo do dia com tal atitude. Foi o Senhor quem salvou a Israel (verso 13), e assim Saul não levantará a mão contra aqueles que desdenharam dele. Israel verdadeiramente tem seu rei, e alguém bom nisso.

 

Conclusão


Esta última observação provavelmente é a mais inesperada, ou seja, Saul é um bom rei. Infelizmente, antes disso eu só havia considerado Saul em retrospectiva. Não podia olhar para Saul sem primeiro pensar em Davi. E quando pensava em Saul à luz de Davi, Saul sempre ficava em segundo plano, e com boas razões. Além disso, descobri que sou culpado de ver o início de Saul como rei de Israel apenas sob a luz de seus últimos dias, dias que o colocaram sob uma luz bem obscura.

No entanto, se tomarmos este texto como ele se apresenta, precisamos olhar de modo diferente para Saul, à luz dos seguintes fatos: 1) Saul é um gracioso presente de Deus a Seu povo, a despeito de sua exigência pecaminosa em ter um rei. Deus dá Saul a Israel como seu rei por misericórdia e compaixão, pois notou as calamidades e o sofrimento da nação, e mandou Saul livrar o povo, da mesma forma que fez desde o êxodo (1 Samuel 9.16; 1 Samuel 10.18). 

2) Saul não é dado a Israel porque Deus quer que ele fracasse, escolhendo assim a pior espécie humana possível para dar à nação como rei. Deus escolhe um homem fisicamente superior, cuja aparência e estatura parecem se ajustar perfeitamente à tarefa que lhe está sendo dada. 

3) Deus sobrenaturalmente capacita Saul, colocando nele Seu Espírito, para habilitá-lo a julgar e a liderar com sabedoria e poder. Qualquer fraqueza que Saul tenha como homem, Deus a trata sobrenaturalmente, para que ele se torne um outro homem (1 Samuel 10.6,9). 

4) E, finalmente, Deus identifica Saul de tal forma que ninguém, exceto alguns tolos desordeiros, negam que ele seja o rei indicado.

Deus não está tentando sabotar o reinado de Saul, ainda que certamente Ele saiba que seu reinado fracassará. As falhas de Saul não são devido à sabotagem de Deus, mas ao seu fracasso pessoal em andar nos caminhos de Deus, ao seu fracasso de confiar em Deus e obedecê-Lo. Saul falha em tomar posse dos recursos que Deus graciosamente lhe deu para capacitá-lo a governar com justiça e retidão. 

Saul não é um rei de segunda classe, dado por um Deus despeitado; ele é um rei de primeira linha, completamente equipado para sua tarefa, e totalmente responsável por suas falhas. Este rei, sem dúvida, não é um Davi, mas também não é um fracassado. Para mim, este é um novo pensamento, mas um pensamento ensinado em nosso texto.

Como Deus é gracioso conosco, apesar de nosso pecado. Deus dá um rei a Israel, mas este rei não é como o rei das outras nações. Este rei é o ser humano mais magnífico disponível, um homem transformado no coração e sobrenaturalmente capacitado pelo Espírito de Deus. 

Quando Saul anda no Espírito, age como o libertador do povo de Deus. Quando anda no Espírito, reconhece que as vitórias sobre seus inimigos são vitórias de Deus, não suas. Ele é um homem marcado por humildade e graça. Isto mudará, e bem depressa. Mesmo que saibamos que esta mudança ocorrerá, vejamos quão magnífico é este rei, pelo menos por algum tempo.

A vitória militar dos israelitas liderada por Saul (capítulo 11) não é devido a Israel ter um rei, nem a qualquer mérito por parte de Israel, mas unicamente devido à graça e misericórdia de Deus, que ouve o clamor de Seu povo e uma vez mais vem para salvá-lo. Os israelitas depressa abraçam este novo rei. Ele é o tipo de rei que eles querem. Quando Jesus vem como Rei de Israel, Ele não é nenhum Saul. Não tem uma aparência impressionante, que atrai os homens, e não é abraçado entusiasticamente como o Filho de Deus:

Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. (Isaías 53.1-3)

Finalmente, este texto é uma passagem fascinante no que se refere a conhecer a vontade de Deus. Deus revelou através do profeta Samuel que Ele daria um rei a Israel (I Samuel 8). E então, providencialmente (de forma circunstancial) leva Saul e seu servo ao exato lugar onde está Samuel, e à festa onde Saul é um desconhecido (de nome), mas esperado, convidado de honra. 

Deus revela diretamente a Samuel que o rei chegará no dia seguinte. Quando Samuel vê Saul pela primeira vez, Deus lhe diz que este é o convidado prometido, que deve ser o rei de Israel. E então, por meio de sinais sobrenaturais, por sorteio, e por uma vitória militar espetacular, Ele indica a Saul e a toda a nação de Israel que este homem deve ser seu rei.

Não vemos Saul buscando o reinado, nem mesmo buscando a Deus em oração. Ele está disposto a encontrar Samuel para pedir orientação divina a fim de encontrar suas jumentas, mas isto somente depois que seu servo dá a idéia e se oferece para pagar por isto. Saul é designado como rei de Israel quando cuida dos afazeres diários da vida. Quem pensaria que este homem começaria procurando jumentas e acabaria sendo apontado como o rei de Israel?

Parece também que Samuel obtém a orientação divina ao cuidar do curso normal de sua vida e ministério. Samuel está ministrando como sempre faz, quando Deus lhe diz que o rei chegará no dia seguinte. Samuel compreende a vontade de Deus a respeito do rei de Israel, quando desempenha fielmente seus deveres como profeta e juiz de Israel. 

Deus tem um jeito de tornar clara Sua vontade para nós, quando nos é necessário conhecê-la. Ele não tenta esconder Sua vontade, e quando é seu intento revelá-la, não podemos evitá-la. A vontade de Deus não é um segredo que precisa de uma técnica especial para ser conhecido.

Quando você se levantar amanhã de manhã, pense neste texto e no que ele implica. Que tarefa irritante estará em seu caminho? Será procurar jumentas perdidas? Provavelmente não, mas haverá algumas tarefas cotidianas e irritantes, que parecem consumir sua vida com pouco significado. Deus tem um modo de usar tais tarefas irritantes como meios para fins muito maiores.

Israel ansiosamente aguarda a chegada de seu rei. Cada ação, cada palavra de Samuel é vista com grande expectativa e interesse. Se estes antigos israelitas aguardavam tão ansiosamente seu primeiro rei, quanto mais ansiosos devemos estar pela vinda do Rei dos reis, nosso Senhor Jesus Cristo? Será que iniciamos cada dia nos perguntando se este é o dia? Estamos cuidando fielmente de nossas obrigações, ansiosos em agradar ao Rei que vem? Vamos começar cada dia com senso de ansiosa antecipação, sabendo que a vinda de nosso Rei pode ser hoje.

Seus seguidores, e mesmo Seus discípulos mais próximos, querem que Jesus seja um rei como Saul, mas Jesus se recusa. Ele não vem para acabar com o governo romano, mas para dar Sua vida em resgate de muitos. Ele vem a um mundo pecaminoso, e suporta a pena de homens vis, para que possam ter seus pecados perdoados e se tornem filhos de Deus. Este é o tipo de rei que muitos rejeitam hoje. Eles gostariam de um rei mais parecido com Saul. 

Saul é o primeiro rei de Deus, e no início é um bom rei. Mas, na verdade, há somente um único grande rei, e este é Jesus, o Rei dos judeus, que veio à terra como filho do homem (sem deixar Sua divindade), viveu uma vida sem pecado, e foi crucificado por causa do pecado dos homens, e ressurgiu da morte ao terceiro dia. Este é o mesmo Rei que irá voltar, e então, todos O reconhecerão, e todo joelho se sobrará diante Dele. Ele subjugará todos os Seus inimigos e então governará sobre a terra em perfeita justiça. Este é o Rei pelo qual esperamos.
                                                             
                                                            Que Deus te abençoe!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...