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1 Samuel 19 - Jônatas aplaca o ciúme que seu pai tem de Davi / Mical engana a seu pai e salva a Davi




Davi guardado por Deus

Queria começar esta mensagem comparando Davi a um gato, o qual, dizem, tem “sete vidas”. Mas isso não seria apropriado para Davi, pois parece que ele tem muitas “vidas” mais. Em apenas dois capítulos ( 18 e 19), Saul tenta matá-lo, pelo menos, doze vezes:

1 Samuel 18.11 - Saul atira sua lança em Davi duas vezes
1 Samuel 18.13 - Saul constitui Davi como comandante de 1000 homens, esperando que ele seja morto
1 Samuel 18.17 - Merabe é oferecida a Davi, se ele “lutar as batalhas do Senhor como um valente”
1 Samuel 18.20f. - Mical é oferecida a Davi por 100 prepúcios de filisteus e ele traz 200
1 Samuel 19.1 - Saul ordena que Jônatas e seus servos matem Davi
1 Samuel 19.10 - Saul arremessa a lança em Davi novamente
1 Samuel 19.11f - Saul envia mensageiros à casa de Davi para matá-lo
1 Samuel 19.18f - Saul envia três grupos de homens a Ramá para pegar Davi, indo, depois, ele mesmo

No capítulo 20, Saul não só continua tentando matar Davi, mas também arremessa sua lança em Jônatas por defendê-lo (1 Samuel 20.33).

No capítulo 22, Saul mata Aimeleque e toda a casa de seu pai (exceto um) e depois aniquila aqueles que vivem em Nobe, a cidade dos sacerdotes.

Não posso evitar, mas acho que se Saul tivesse se empenhado para matar os inimigos de Israel (como os filisteus) como se empenhou para matar seus servos leais (tais como Davi, Jônatas e Aimeleque), ele teria sido um grande rei e líder militar. Em seu estado mental desordenado, seus maiores aliados são considerados inimigos e seus inimigos se tornam seus aliados (para matar Davi). 

Saul se torna um homem extremamente paranóico. Ele teme seu servo mais leal, Davi, o qual não matará seu rei nem mesmo quando tem o que parece ser a oportunidade perfeita para isso. 

Inicialmente Saul procura esconder sua animosidade, seu ciúme e seu ódio de Davi, mas isto acaba no primeiro versículo do capítulo 19. Daí em diante Saul atenta abertamente contra a vida de Davi e qualquer um que ele ache que o apoie ou defenda.

Nosso texto descreve quatro libertações divinas de Davi das mãos do rei Saul. A primeira é descrita no Capitulo 19 dos versos 1 a 7, quando Jônatas censura seu pai e argumenta com ele sobre sua reação ao sucesso de Davi.

segunda está registrada dos versos 8 a 10, quando Saul, providencialmente, não acerta sua lança em Davi.

terceira vem de Mical, a esposa de Davi e filha de Saul. Ela desce Davi pela janela e depois engana seu pai e seus servos para dar tempo a Davi de escapar. Finalmente, há a libertação religiosa de Davi por meio de Samuel e as profecias dos homens enviados por Saul em sua captura, nos versos 18 a 24.

Esta mensagem será pregada na manhã do domingo que antecede o Natal. Alguns podem estranhar a razão pela qual farei isto, uma vez que a passagem parece não ter nada a ver com a festividade que estamos prestes a comemorar. 

Permitam-me assegurar-lhes que a estreita relação entre este texto e a história do Natal não é forçada. Atentando às palavras de nosso texto, aprenderemos o que existe em Saul que é tão contraditório ao espírito do Natal e, na realidade, ao espírito cristão. Nosso texto é importante para aqueles que conhecem a Cristo como Salvador e para aqueles que precisam conhecê-Lo desta forma.

Salvo pela Razão(1 Samuel 18.30 - 19.7)

Uma coisa que Saul não suporta em seus servos é o sucesso. Como Satanás, Saul não admite ficar em segundo plano. Assim, quando os comandantes israelitas saem à batalha, Davi está entre eles (1 Samuel 18.13) e se sai melhor do que todos eles (1 Samuel 18.30).

Sem nenhuma pretensão, a fama de Davi continua a crescer. Sua sabedoria (sem dúvida produto do Espírito Santo, ver 1 Samuel 16.13) o distingue dos demais comandantes. Ele é muito querido.

É justamente isso o que Saul mais teme. Abandonando suas táticas de capa e espada, ele dá ordens a seus servos - incluindo Jônatas - para matar Davi. Jônatas fez uma aliança com Davi, a qual, com toda a certeza, não pretende quebrar. 

Mas a verdadeira razão para ele não fazer nenhum mal a Davi é por ser “mui afeiçoado a ele”. Proteger Davi é mais do que um dever para Jônatas; ele se deleita em Davi. Jônatas realmente ama Davi como a si mesmo (1 Samuel 18.1). 

Portanto, ele começa a reverter a ordem de seu pai para matá-lo. Se for necessário, Jônatas transgredirá esta ordem, mas ele prefere argumentar com seu pai para revogá-la. No capitulo 19.1 a 7 ele consegue seu intento.

Primeiro Jônatas previne Davi sobre as ordens de seu pai. Ele insiste para Davi ficar alerta e se esconder até que ele fale com seu pai. Estranhamente, ele diz a Davi que irá se encontrar com seu pai exatamente no mesmo lugar onde Davi deve se esconder (versos 2 e 3). 

Será que isto é para que Davi observe a coisa toda? Será que Jônatas quer garantir a Davi que nada acontecerá pelas suas costas? Além disso, ele promete informar Davi sobre o resultado da discussão.

A maneira como Jônatas lida com seu pai a favor de Davi é um modelo para nós em diversos aspectos. Primeiro, encontramos aqui o exemplo de um amigo que ama o próximo como a si mesmo. Confrontar (ou deveríamos dizer “contradizer”) Saul é um negócio perigoso, mesmo assim, ele o faz. 

Segundo, Jônatas se submete, e a seus interesses pessoais (o trono, por exemplo), aos interesses de Davi (ver 1 Samuel 23.17). 

Terceiro Jônatas é um filho fiel e submisso a seu pai. Ele o aborda diretamente e lhe fala com respeito. Ele fala bem de Davi. Por um lado, Jônatas suplica pela vida de Davi; por outro, suplica que seu pai faça aquilo que é melhor para ele mesmo. 

Ele relembra a Saul que Davi é seu servo mais fiel e dedicado, cujas ações sempre o beneficiaram. Ele também o relembra que, quando Davi matou Golias, o próprio Saul se regozijou com a vitória, pois também era a sua vitória (1 Samuel 19.5). Agir de maneira hostil contra Davi não seria justo ou sábio, e ainda pior, seria pecado, pois seria derramar sangue inocente (1 Samuel 19.4-5).

Por ora, Saul é persuadido pelos argumentos de Jônatas. Ele jura que “tão certo como vive o SENHOR” Davi não será morto (verso 6). Não é uma promessa que durará muito tempo, mas é uma admissão de culpa, temporária e parcial, da parte de Saul, e uma confissão da inocência de Davi. 

Jônatas chama Davi, fala sobre o encontro com seu pai e o resultado, e depois o leva à presença dele. Por algum tempo, pelo menos, as coisas são como costumavam ser (verso 7).

Um Resgate Providencial (1 Samuel 19.8-10)

Parece que Saul quer as duas coisas: não parece ansioso para sair com seus homens e lutar com os filisteus; mas, quando Davi sai contra eles e volta como herói, ele se enche de fúria e ciúmes. Não há indicação de que Saul vá à guerra contra os filisteus, mas sabemos que Davi vai e obtém uma vitória importante (verso 8).

Isso acarreta uma reprise literal do capítulo 18, versos 6 a 9. O “espírito maligno da parte do Senhor” se apossa de Saul, que está sentado em sua casa com a lança na mão. (Davi também está na casa, com a harpa nas mãos - verso 9). 

Cheio de ciúmes, Saul tenta encravar Davi na parede com sua lança, mas Davi, de alguma forma, se desvia e foge de sua presença na escuridão da noite, escapando da morte uma vez mais (verso 10).

A estreita relação entre o ciúme de Saul e a possessão do “espírito maligno da parte do Senhor” no (verso 9) é digna de nota. Sabemos que este “espírito maligno da parte do Senhor” se apossa de Saul com a saída do Espírito Santo (1 Samuel 16.14-15).

Também sabemos que este espírito não possui Saul da mesma forma todas às vezes. Anteriormente, quando o espírito vinha sobre ele, Davi era convocado para tocar sua harpa e o espírito se afastava (1 Samuel 16.23). Embora saibamos que a harpa tocada por Davi fazia o espírito deixar Saul, não é dita a razão pela qual o espírito se apossava dele. 

O ciúme e a fúria de Saul poderiam ser a causa da possessão do espírito, talvez até mais do que uma consequência.
Quando Saul estivesse “cheio” de ciúmes ou de fúria, o espírito viria sobre ele naquele momento, quando estava mais vulnerável. Quando perdemos o autocontrole, seja pela raiva, por ambição, pelas drogas ou por imoralidade sexual (para dar alguns exemplos), nos expomos às influências satânicas ou demoníacas. Creio que seja por isto que Saul é possuído pelo espírito maligno quando reage incontrolavelmente ao sucesso de Davi na guerra.


Davi na Corda Bamba ou A Grande Descida(1 Samuel 19.11-17)

Davi pode ter escapado noite adentro, mas Saul não está disposto a abandonar seu plano de capturá-lo e matá-lo. Ele coloca alguns de seus homens de emboscada do lado de fora da casa de Davi. Suas ordens são para que esperem até de manhã e então o matem. Davi parece se sentir seguro quando chega à sua casa. Mical conhece seu pai bem melhor. 

Enfaticamente ela diz a Davi que, a menos que ele fuja enquanto ainda está escuro, não viverá mais um dia. A hora de Davi escapar é esta. Até posso ver Mical enfrentando Davi, com as mãos na cintura, dizendo ao seu ingênuo marido como são as coisas com papai.

A relutância de Davi talvez esteja relacionada à única forma de ele poder escapar. Não será uma saída muito honrosa. Se ele quiser viver, terá que deixar sua dignidade para trás. A casa deles deve estar localizada junto aos muros da cidade. Mical tem que descer seu marido pela janela para ele alcançar o chão, fora dos muros da cidade, e desaparecer na escuridão da noite.

O outro lado da fuga também não é muito glorioso. Uma coisa é Davi sair de casa, à noite e sem ser notado. No entanto, Mical também sabe que precisa ganhar tempo para ele, a fim de que sua fuga seja bem sucedida. Quando os servos de Saul batem à porta, Mical está pronta para recebê-los. Ela tem tudo preparado. 

Na cama, ela colocou um ídolo com as roupas de Davi, para dar a impressão de sua forma, com um tecido de pelos de cabra na cabeça. À distância, sem poder olhar de perto, alguém poderia pensar que Davi estivesse de cama, talvez muito doente.

Os mensageiros de Saul retornam e relatam o que Mical lhes disse. Saul fica desconfiado e manda os mensageiros de volta à casa de Mical para trazerem Davi, a fim de matá-lo pessoalmente. Deve ter sido uma piada quando estes caras arrancam as cobertas e descobrem um ídolo do lar, habilmente colocado ali para enganá-los. 

Talvez vermelhos de vergonha, os mensageiros retornam e dizem a Saul que foram enganados. Saul fica furioso com sua filha por tê-lo enganado e por ter deixado Davi escapar. Uma vez mais Mical tenta enganar seu pai, dizendo-lhe que Davi ameaçou matá-la se ela não cooperasse. Isto se encaixa muito bem à avaliação distorcida que Saul tem de Davi, embora esteja longe da verdade.

Certamente há um toque de humor neste episódio. Ele mostra como os planos de Saul para matar Davi são inúteis. Devemos fazer uma pausa por um momento para relembrar como Davi conseguiu sua esposa. Anteriormente, quando Golias ridicularizava Saul e o exército de Israel, o rei ofereceu sua filha ao homem que o enfrentasse e matasse (1 Samuel 17.25).

Por direito, Davi deveria ter recebido uma das filhas de Saul como esposa. Depois de Davi ficar famoso e Saul sentir ciúmes dele, Saul lhe faz outra oferta de uma esposa:

“Disse Saul a Davi: Eis aqui Merabe, minha filha mais velha, que te darei por mulher; sê-me somente filho valente e guerreia as guerras do SENHOR; porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, e sim a dos filisteus.” (1 Samuel 18.17)

Davi recusa a oferta crendo, sinceramente, ser indigno de receber uma das filhas de Saul como esposa, e também consciente de não poder pagar o dote exigido (1 Samuel 18.18, ver também o verso 23).

Quando Saul lhe oferece novamente uma de suas filhas, ele é bem mais perspicaz na maneira como trata do assunto: (Leia: 1 Samuel 18.20-27)

Quando fica claro que Davi quer se casar com Mical e que, alegremente, providenciará o número de prepúcios filisteu exigido (na verdade, o dobro = 200), Saul fica pasmo. Saul tem certeza que o amor de Mical por Davi (e o dele por ela) acarretará a morte deste quando ele tentar matar esse tanto de filisteus.

Uma vez mais, os planos de Saul vão para o espaço. Davi consegue os prepúcios (duas vezes mais) e recebe uma das filhas de Saul como esposa.
Ela ama Davi e não está disposta a fazer parte de qualquer complô para matá-lo. Mais do que isto, é ela quem salva Davi de seu pai. Uma vez mais, Saul atirou em seu próprio pé (ou devo dizer furou) tentando matar o ungido do Senhor.

Ao deixarmos este salvamento, não devemos negligenciar o Salmo 59, que é a reflexão de Davi sobre esta libertação. Embora não ousemos tentar tratar deste salmo em detalhes, duas observações podem ser feitas. Primeira, você perceberá que Mical não é mencionada no salmo. 

Não que é ela seja de alguma forma menosprezada por Davi, como se não tivesse participado de seu salvamento. Neste salmo Davi não está olhando para a causa imediata de sua libertação, mas para a causa principal - Deus. Assim, Davi louva a Deus por salvar sua vida. 

Segunda, a descrição de Davi de seus perseguidores soa como se eles fossem gentios, não judeus (ver Salmos 59.5-8). 

Não ficaria surpreso se os homens que Saul enviou para capturar Davi fossem gentios. Sabemos que ele contratava mercenários (ver 1 Samuel 14.52).

Tais homens não teriam escrúpulos para ajudar a matar Davi, quando os israelitas poderiam ter. Que conveniente é para Saul (um judeu) utilizar esses mercenários (gentios) para se opuser ao rei de Deus, da mesma forma que os líderes religiosos judaicos se opuseram a Cristo anos mais tarde. Finalmente, Davi fala dos homens que procuram capturá-lo como mentirosos (Salmos 59.12).

Seriam estes homens alguns daqueles que falsamente acusaram Davi diante de Saul? (ver 1 Samuel 24.9; 1 Samuel 26.19)

Um Resgate Religioso: Salvo pelo Espírito ou Pelos Esforços de um Verdadeiro Profeta (1 Samuel 19.18-24)

Os esforços de Mical para retardar os perseguidores de Davi dão resultado. Davi escapa noite adentro e foge para Ramá, onde se encontra com Samuel e lhe conta tudo o que Saul fez. Então, ele e Samuel deixam Ramá e vão para Naiote. 

A notícia de que Davi e Samuel estão em Naiote chega aos ouvidos do rei que, então, envia alguns de seus homens para prender Davi. Quando estes homens chegam a Naiote, encontram um grupo de profetas que está profetizando. Samuel está entre eles, presidindo o grupo. O Espírito de Deus desce sobre os homens enviados por Saul para capturar Davi e eles também começam a profetizar.

Não é dito o que estes homens fazem quando estão possuídos pelo Espírito, exceto que profetizam, mas podemos nos aventurar a supor que talvez não estejam muito longe do alvo. Sabemos, com certeza, que eles não prendem Davi ou fazem mal a Saul. 

Se eles profetizam, é razoável supor que suas palavras incluam o louvor a Deus. Também é possível que profetizem a respeito do próximo rei de Israel. Se estes homens, sob o controle do Espírito de Deus, proclamam Davi como o próximo rei como pode tomar parte no plano de Saul para matá-lo? Do ponto de vista de Saul, este primeiro grupo de homens está fora.

Saul não aprende muito bem a lição. Não sabemos exatamente que tipo de relatório chega a ele sobre a primeira “companhia” enviada para prender Davi. O texto só indica que “foi dito a Saul”. Se ele é informado de que o Espírito de Deus desceu sobre seus homens e eles profetizaram, ele não capta o sentido da mensagem. 

Assim, ele envia um segundo grupo para prender Davi. (Temos certeza que, desta vez, ele escolhe homens que não sejam tão inclinados à “espiritualidade”). No entanto, quando este segundo grupo chega, acontece exatamente a mesma coisa com eles. Saul, então, envia um terceiro destacamento, só para que a mesma coisa se repita novamente.

Saul simplesmente ainda não entendeu que seus esforços são inúteis. Se na última tentativa ele disse a si mesmo “agora vai!”, desta vez deve ter pensado: “se quiser algo bem feito, faça você mesmo”. 

E assim ele chega à Ramá e vai até o grande poço que está em Seco. Lá, ele pergunta onde Samuel e Davi podem ser encontrados. Dizem a ele que ambos estão em Naiote, em Ramá, por isso ele prossegue até Naiote. No caminho, o Espírito de Deus desce sobre o próprio Saul e ele profetiza até chegar ao seu destino.

Deve ter sido um grande espetáculo. Saul, com certeza, estava muito irritado por ter enviado três destacamentos para prender Davi sem nenhum sucesso. Agora, ele está determinado a fazer o serviço ele mesmo. 

Você pode imaginar o seu humor quando se aproxima do lugar onde estão Davi e Samuel? De repente, o Espírito de Deus o domina, fazendo-o tirar sua túnica e estender-se nu diante de Samuel pelo resto do dia e durante toda a noite.

Saul pretende matar Davi e eliminar a ameaça ao trono? Ele não consegue nem mesmo prendê-lo e, agora, talvez esteja até profetizando que Davi certamente será rei. Saul chega como rei, com toda a autoridade e poder, determinado a realizar seu plano? Agora ele jaz nu diante de Samuel.

A notícia da chegada de Saul e sua conduta inesperada circulam rapidamente. Imagino que as pessoas que ouvem a notícia vêm averiguar e ver por si mesmas. Nu em pelo, Saul não parece tão valentão (perdão pela expressão). Estou mais interessado na questão dos lábios daqueles que veem Saul neste estado espiritual: “Está Saul entre os profetas?” (verso 24).

Como a chegada e a conduta de Saul podem ser explicadas? Será que todo mundo sabe que ele está procurando matar Davi? Se não sabem, sua chegada e sua conduta são ainda mais misteriosas. Que outra razão haveria para Saul agir como profeta, entre profetas? Nós sabemos. 

Nenhum homem pode ser controlado pelo Espírito de Deus e executar seu plano demoníaco para matar o ungido de Deus. Eis um jeito de Deus garantir a segurança de Davi. Mesmo quando tenta fazer o serviço ele mesmo, Saul não consegue ter sucesso para impedir o intento de Deus. Como disse o Cristo glorificado anos mais tarde a “Saul(o)” (Paulo, o apóstolo): “Dura cousa é recalcitrares contra os aguilhões” (Atos 26.14).

Precisamos observar mais uma coisa neste parágrafo final do capítulo 19: sua semelhança com o incidente ocorrido anteriormente na vida de Saul:

“Então, seguirás a Gibeá-Eloim, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e harpas, e eles estarão profetizando. O Espírito do SENHOR se apossará de ti, e profetizarás com eles e tu serás mudado em outro homem. Quando estes sinais te sucederem, faze o que a ocasião te pedir, porque Deus é contigo. Tu, porém, descerás adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás, até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer. Sucedeu, pois, que, virando-se ele para despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração; e todos esses sinais se deram naquele mesmo dia. Chegando eles a Gibeá, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; o Espírito de Deus se apossou de Saul, e ele profetizou no meio deles. Todos os que, dantes, o conheciam, vendo que ele profetizava com os profetas, diziam uns aos outros: Que é isso que sucedeu ao filho de Quis? Está também Saul entre os profetas? Então, um homem respondeu: Pois quem é o pai deles? Pelo que se tornou em provérbio: Está também Saul entre os profetas?” (1 Samuel 10.5-12).

Não parece coincidência demais que esta expressão encontrada no capítulo 10 seja, literalmente, repetida no capítulo 19? A primeira vez é no início do reinado de Saul. O Espírito desceu sobre Saul como prova de que ele era o rei escolhido de Deus, e também para capacitá-lo a agir como rei.

Assim, o coração de Saul é mudado e ele “se torna outro homem” (1 Samuel 10.6, 9-10).
O Espírito de Deus desce sobre ele quando ele encontra um “grupo de profetas” (1 Samuel 10.5, 10). Quando Saul profetiza com os outros profetas, as pessoas que testemunham o fato ficam surpresas e dizem “Que é isso que sucedeu ao filho de Quis? Está Saul entre os profetas?” (1 Samuel 10.11)
Estes dizeres, então, se tornam um provérbio entre o povo (1 Samuel 10.12).

As semelhanças entre os dois incidentes são marcantes, embora separadas por muitos anos. Nos dois casos, o Espírito de Deus desce sobre Saul e ele profetiza com os outros profetas. Aqueles que testemunham este acontecimento ficam surpresos e perguntam “Está também Saul entre os profetas?”. Em nenhum dos casos o fenômeno profético dura mais do que um dia, e depois cessa (muito parecido com aquilo que vemos em Números 11.16-30).

No entanto, há também algumas diferenças. O primeiro fenômeno profético acontece bem no início do reinado de Saul. Na realidade, a vinda do Espírito sobre ele é uma evidência de que Deus o preparou para desempenhar seus deveres como rei (compare com Números 11.16-30).
Parece ser um tipo de credenciamento de Saul como rei de Israel. O segundo e último fenômeno chega ao final de sua carreira, depois que lhe é dito que seu reinado chegaria ao fim.

Quando Saul profetiza nesta última vez, é mais como um credenciamento de Davi (talvez meio indireto) do que de Saul. É quase como se Deus usasse o primeiro fenômeno como prova de que Saul é o rei e o segundo como prova de que seu reino está próximo do fim. Eis aqui algo para meditarmos um pouco mais.

Conclusão

Alguns podem estranhar porque, no domingo antes do Natal, não deixei de lado esta série em I Samuel e preguei uma “mensagem de Natal”, como já fiz outras vezes. Quando estudei o texto, percebi o quanto é parecido com a história do “primeiro Natal”. Temos Davi, a quem Deus escolheu e ungiu como rei de Israel. 

O rei Saul sabe que Davi é o rei de Deus e, por isso, sente-se ameaçado, embora Davi não procure tirá-lo do trono para reinar em seu lugar. Cheio de ciúmes, Saul tenta matá-lo e, não importa o quanto tente capturá-lo e matá-lo, seus planos sempre fracassam. Não existe jeito de Davi - o rei de Deus - ser morto por um homem como Saul, ou por qualquer outro. Em certo sentido, podemos dizer que Davi leva uma vida encantada, pois é o propósito de Deus para ele que se torne o próximo rei.

A história do Natal é sobre outro rei, o “Filho de Davi”, a quem Deus constituiu para governar sobre o povo de Israel. Quando este rei nasceu, os magos do Oriente O buscaram para adorá-Lo. O rei Herodes, junto com o povo de Jerusalém, fica muito atribulado (não deleitado!) porque estes nobres estão à procura do “Rei dos judeus” (Mateus 2.1-3).

Ele chama os líderes religiosos judaicos, procurando saber o lugar onde este “Rei” pode ser encontrado. Ele também diz aos magos para avisá-lo quando encontrarem este “Rei”. Ele não faz isto para adorar o Senhor Jesus (como os magos), mas para matá-lo.

Herodes tem tamanha intenção de se livrar deste “Rei”, o qual ele acha ser uma ameaça ao seu reino, que mata todos os meninos na área de Belém, na esperança de que o “Rei” esteja entre eles. A despeito de todos os seus esforços, Herodes fracassa.

Como o rei Saul, Herodes não aprende a lição que todos os reis terrenos deveriam saber: que o monarca ungido de Deus, Jesus Cristo, o Messias prometido, não pode ser derrotado ou destruído. Esta é a lição ensinada no Salmos 2 que Diz:

“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira.”

Os sábios do Oriente estão certos e Herodes (como Saul) totalmente errado. Ninguém pode derrotar o ungido de Deus. E esse rei é Jesus Cristo. Ele virá outra vez e subjugará os Seus inimigos. E então reinará sobre todas as coisas. Aqueles que se submetem a Ele como o rei ungido e designado por Deus, com Ele reinarão; os que resistirem será destruído.

O bebê na manjedoura, Jesus Cristo, é o Messias prometido, o rei que governará sobre todas as coisas. Ele é também o descendente de Davi. Deus não somente designa Davi como o rei de Israel, Ele o designa como aquele do qual nascerá o Rei. Que tolice é Saul tentar destruir Davi.
Da mesma forma que Saul cai prostrado e humilhado diante do profeta Samuel, todo aquele que resistir a Jesus Cristo, o rei de Deus, um dia cairá diante Dele e O professará como o Rei dos reis:

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.5-11).

Esta é a mensagem do Natal. Esta é a mensagem do evangelho. Deus enviou Seu filho para ser o Salvador do mundo. Ele O enviará segunda vez para ser o Rei dos Reis. Todos aqueles que rejeitaram a Jesus como Salvador serão Seus inimigos quando Ele voltar. 

E todos aqueles que O resistirem agora, um dia cairão diante Dele como o Aquele que os derrotou. Todos aqueles que O receberem agora, como o único meio de Deus para salvação de seus pecados, reinarão com Ele quando Ele voltar. Se Saul nos ensina alguma coisa, é que é uma tolice resistir ao rei designado por Deus. Não vamos cometer o mesmo erro.

                                                                                                                                                                         Que Deus te abençoe!

Gênesis 19 - Ló recebe os dois anjos em sua casa / Destruição de Sodoma e Gomorra / Não olhe para trás!




Lucas 17.32 "Lembrai-vos da mulher de Ló".

A partir do capitulo 17 versículo 20, o Senhor Jesus começa a falar os seus discípulos, acerca da vinda e da manifestação do seu reino, no meio dos homens. Neste capítulo 17 e no verso adiante, o Senhor Jesus usa alguns exemplos de comparações para exemplificar para seus discípulos como se daria a vinda e a manifestação do seu reino no meio dos homens.

O Senhor Jesus disse que a vinda e a manifestação do seu reino seria semelhante o fato que ocorreu nos dias de Noé, quando o senhor pediu para Noé que construísse uma arca para a salvação da humanidade.

O senhor também disse que a vinda e a manifestação do seu reino, seria semelhante ao fato que ocorreu nos dias de Ló, quando Deus tirou milagrosamente dos limites de Sodoma, após de tira-los de dentro da cidade, Deus mandou fogo e destruí toda aquela cidade.

O Senhor também disse que a vinda e a manifestação do seu reino teria semelhança com o reino, ilumina desde uma extremidade até outra extremidade.

No meio daquele discurso e ensino acerca da sua vinda e manifestação do seu reino, o Senhor Jesus diz para seus discípulos uma expressão muito forte: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.

Porque o Senhor Jesus pede para lembrar-nos da mulher de Ló?

A bíblia tem vários nomes de mulheres que marcaram sua época, mulheres como Rute, mulheres como Sara, Rebeca, Raquel, Joquebede, Mirian, mulheres como Ana, Esther, Maria, Isabel, O Senhor ele não nos pede para lembrar-se de nenhuma dessas mulheres, mais é foi claro em dizer: “Lembra-vos da mulher de Ló”.

O que essa mulher fez? O que ela criou de tão magnifico e tão grandioso ao ponto de chamar a atenção do Senhor Jesus?

Essa mulher ela não deixou nada de grandioso, mais o que deixou ela “famosa”, se é assim que podemos dizer, foi um grande erro que ela cometeu, onde em Gênesis 19 esta escrito que Deus decide destruir a cidade de Sodoma e Gomorra, devido ter sido uma cidade promiscua mergulhado no pecado, na imoralidade, no homossexualismo e todas as ordens de males. 

Então Deus decide destruir aquela cidade, mais antes de Deus destruir, atendendo a uma oração de um amigo chamado Abraão, Deus envia dois anjos que vão até Sodoma, eles deixam uma mensagem de juízo, chegam até a casa de Ló, e diz para Ló e para sua família o seguinte: “Deus nos enviou até aqui porque, ele decidiu que vai destruir toda essa cidade, aqui não vai ficar nada, aqui não vai sobrar nada, mas ele nos enviou aqui para tirar você e sua família de dentro da cidade com vida”.

Marcaram o dia, e no dia da saída a bíblia no capitulo 19.17 Diz: “E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças”. 


Ló e sua família vão saindo daquela cidade, saem com muita lentidão, eles não tem pressa, saem meio que sem vontade, desanimado, e aqueles anjos tinham pressa no que iriam fazer.

Há detalhe muito importante para nós deixados no versículo 17, duas ordenanças:

1° Ordem: Quando saírem de Sodoma não olhes mais para trás, não olhes para trás.

O que quero dizer com isso é que não olhes para trás se houver curiosidade, não olhes para trás se alguém te chamar e você quiser atender, atenda, responda olhando para frente, se na caminhada houver uma paisagem bonita que a chamou atenção, enquanto ela estiver diante de seus olhos, a sua direita, a sua esquerda, vocês poderão olhar, porem quando ela ficar para retaguarda não olhe, não olhe para trás.

A segunda ordem que o anjo da é semelhante à primeira, ele diz: “além de vocês não poderem olhar para trás, NÃO PARES”.

2° Não pares: Não pares em hipótese nenhuma, se haver feridas nos seus pés, caminhe com os pés feridos, mas não pare.
Se houver o cansaço, caminhe cansados, mas não parem. 
Se houver desânimo, caminhe mesmo que desanimado, mas não pare.
Se perderem a vontade de caminhar, caminhe sem vontade.
Se alguém amaldiçoar na caminhada, caminhe debaixo de maldição.
Se levantares contra sua vida, caminhe debaixo dos levantes, diante deles.
Se houver obstáculos no caminho, não pare suba por cima, vai em frente.
Se no caminho houver vale, não pare, suba ele desça ele, mas não pare.
Se houver espinhos no caminho, fira os pés nos espinhos, mas não pare.
Se houver pedras, caminhe por cima delas.
Se houver fraqueza, vai fraco. Se houver lágrimas, caminhe com lágrimas.
Se caluniarem caminhe debaixo de calúnia.
Se a tua família não concordar, caminhe debaixo de discórdia, mas não pare!

Haja o que houver não pare, era ordem que Deus estava dando para aquela família, não olhes para trás e não pares.

E quando aquela família ia saindo daquela cidade, estão obedecendo às ordenanças, que os anjos do Senhor lhes tinham dado, eles estão olhando para frente, mas em Gênesis 19.26 Diz: E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal”.

Aqui agora a mulher de Ló resolve desobedecer às ordenanças do anjo do Senhor, e ai ela para na caminhada e olha para trás, no momento em que ela olhou para trás, o seu corpo foi transformado em uma estatua de sal, aquela mulher perdeu o casamento, perdeu o direito de ser mãe, perdeu seus sonhos, seus planos, o direito de cantar a Deus de glorificar a Deus, porque no meio da caminhada ele olhou para trás.

Quando se passa uns milhares de anos, o Senhor Jesus esta pregando, sobre seu reino, e no meio da mensagem ele diz para seus discípulos: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.

Jesus estava dizendo o seguinte para seus discípulos, se vocês quiserem participar do meu reino, lembrem-se da mulher de Ló, ou seja, nunca olhe para trás, nunca pare, porque o meu reino é para aqueles que olham para frente, para o alvo, em Hebreus 12.2 Diz: Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”.

Porque os seres humanos são atraídos para olharem para trás?

Na vida parece que olhar para trás, torna muito mais atrativo, do que olhar para frente, parece que existe alguma coisa que rouba nossa direção dianteira e nos leva a olhar para nossa retaguarda, para aquilo que se foi.

Citarei aqui algumas atrações que as vezes nos levam a olhar para trás:

1° Decepções do passado: Decepções do passado cuidado com ela, as decepções do nosso passado são as lembranças mais presentes que temos na nossa memória, as decepções do passado ela tem o poder de destruir todas as áreas de nossas vidas. A vida Sentimental, quantos casais, que não tem paz, alegria, o romantismo se foi, o carinho se foi, o namoro acabou, por causa das decepções do passado. 

Sempre quando estão a sóis, na mesa, todas as conversas giram em torno do passado, o dia em que você me traiu, o dia em que você falou que ia chegar e não chegou o dia que prometeu e não cumpriu, o dia que você comprou aquele carro que não gostei, o dia que gritou comigo, dia que me respondeu mal, as decepções do passado, estão assassinando destruindo a união conjugal. 

As decepções do passado atrapalham a vida sentimental de pessoas que amaram uma única vez na vida e foram decepcionadas e depois disso nunca mais querem amar, decidiram viver uma vida solitária, sozinha, e quando alguém lhe da um conselho você pode ser feliz, você pode conhecer alguém, e aquela pessoa diz: Tenho medo de sofrer de novo, eu tenho medo de ser traída, medo de ser traído, tenho medo de sofrer as mesmas decepções que vivi no passado.

Decepções do passado atrapalham a vida profissional, Decepções do passado atrapalham a vida ministerial, quantos que tem ministérios na igreja que cantam e não estão cantando, pregam não estão pregando, o cantor ou cantora teve uma oportunidade um dia e veio cantar, ensaiou o playback, ficou bonita, até disseram que parecia a cantora oficial. 

Ela veio animada para o culto, quando chegou na hora colocou o playback, deu tudo errado, ela se adiantou, cantou fora do playback, ficou decepcionada, ficou triste, e decidiu nunca mais cantar na igreja, olha o que as decepções do passado fazem, muitos olham para ela e diz nossa mais você canta muito lindo, poderia louvar ao senhor na igreja, e ela diz: Eu não tenho coragem, um dia tentei e não deu certo.

Decepções do passado destroem Ministério Pastoral, o fato de ter apascentado uma igreja e ter ido mal, isso não significa que irás mal sempre, o fato de pregar um dia mal, não significa que pregarás mal a vida inteira.

Decepções do passado também destroem a vida Espiritual, quantos que vão para casa do senhor e não consegue adorar, não consegue cantar, não conseguem glorificar a Deus, iria até levantar as mãos mais lembrou que pecou de manhã, lembrou que o mês passado cometeu um pecado grave, e não conseguiu adorar, exaltar, as decepções do passado silenciou a voz dessa pessoa que era adoradora, desse jovem, desse Senhor, dessa Senhora, desse adolescente.

Decepções do passado são cruéis, impediram de falar novas línguas, te impediram de adorar, de chorar, de celebrar e de glorificar a Deus, mais uma coisa quero te dizer, se tem uma coisa que entristece o coração de Deus é quando ele olha para sua igreja, ele encontra, começando pelo altar obreiros paralisados com decepções do passado, paralisados pelo pecado, pelos insucessos do passado, pelas fraquezas do passado. 

É quando ele olha pra nave da igreja, vê casais brigando, discutindo, não é por nada novo e sim por coisas do passado, é quando ele olha para igreja e vê um cantor e uma cantora com os lábios cerrados, por causa do passado, ou quando ele olha um pregador que já não prega mais por causa do passado, é quando ele e vê que não está recebendo a glória merecida e devida por causa do passado, isso entristece e mexe com a alma de Deus.

Mais porque entristece o coração de Deus? 

É porque até hoje nunca houve e nunca vai haver um ser humano que seja capaz de concertar aquilo que passou, não adianta ser inteligente, ser formado, ter o cérebro privilegiado pelo raciocínio rápido, passado não se concerta passado é algo descartável, ninguém concerta, não adianta ficar dizendo: Eu deveria ter orado mais, eu deveria ter jejuado mais, eu deveria ter consagrado a minha vida, eu deveria ter resistido a tentação, eu deveria ter dito sim, eu deveria ter dito não, eu deveria ter viajado. 

Era ter sido mais sábio, era para eu não ter desconfiado tanto, eu deveria ter confiado mais, eu deveria ter sido mais paciente, não eu não deveria ter sido tão paciente assim, eu deveria ter sido mais persistente, não eu deveria ter desistido cedo, eu deveria ter acreditado na minha mãe, eu deveria ter ouvido meu pai, eu deveria ter obedecido meu pastor, eu não estaria nessa desgraça toda. 

Eu deveria ter perdoado, eu não deveria ter ofendido, eu deveria ter ido para igreja aquele dia, eu não deveria ter faltado, eu deveria ter sido mais fiel a Deus, a eu não deveria ser tão fiel assim, eu deveria ter santificado mais, eu deveria ter lido mais a bíblia, eu deveria ter buscado aconselhamento.

Não adianta o caminho do relógio é para frente, o tempo não volta o que passou ninguém concerta, ninguém remenda, ninguém mexe.

Mais ai você me pergunta, O que eu faço, o que devo fazer? Meu passado não tem jeito?

Não tem jeito, o pecado que esta feito esta feito, o perdão que foi alcançado foi alcançado, a unção recebida foi recebida, a perdida foi perdida, o ministério destruído foi destruído, o restaurado foi restaurado, o que deu errado deu errado, o que deu certo deu certo.

E o que eu faço?

Lembra-te do apóstolo Paulo, um dos apóstolos mais inteligentes da história da humanidade, grande pensador, um homem de Deus, e Paulo disse eu aprendi um segredo que posso dizer: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece...” (Filipenses 4.13), 

Eu aprendi um segredo que me faz dizer:  Mais em todas essas coisas somos mais que vencedores, porque ele nos amou.” (Romanos 8.37), 

Eu aprendi um segredo que me faz cantar: “Se Deus é por nós quem será contra nós.” (Romanos 8.31), 

Eu aprendi um segredo que me faz dizer na cara do diabo: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. (Romanos 8.33), 

Ele diz em Filipenses 3:13.14 Diz: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". 

Eu aprendi a esquecer das lágrimas de ontem, das perdas de 2013, 2012, 2011, 2010, eu aprendi a me esquecer do dia em que cai, eu aprendi a esquecer do dia que zombaram de mim, do dia que me criticaram, eu aprendi a esquecer da empresa falida, dos relacionamentos que não deram certos, eu aprendi a esquecer do meu passado e olhar somente para o meu futuro.

O futuro que Deus tem para você, sua família, seu ministério, para tua casa, é maior que teu passado, o futuro é maior, pois quem estava caído no passado, andara de pé no presente, quem perdeu vai ganhar, quem era triste vai sorrir, quem andava chorando cantara o hino da vitória, quem era derrotado será um vencedor. 


O futuro que Deus tem para sua vida é maior que o passado, é maior que as decepções, é maior que o sofrimento é maior que as dores, é maior que as lágrimas, é maior que as humilhações, Deus ele é maior, somente creia.

"Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas".(Isaías 43.18)

Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro”. (Isaías 43.25) 

                                                            Que Deus o abençoe!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...