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1 Samuel 10 - Samuel unge Saul como rei de Israel / O povo escolhe Saul para ser rei




Veremos um breve resumo dos capítulos 8 - Os israelitas pedem um rei e Deus concede-o.

Capítulo 9 - Saul busca as jumentas extraviadas e vai ter com Samuel.

Capítulo 10 - Samuel unge Saul como rei de Israel/ O povo escolhe Saul para seu rei.


Muitos dos males sofridos pelas nações em todos os tempos decorrem do fato de que elas tem tido, a sua frente, pessoas que servem a si próprios, ao invés de servirem a Deus.

“Não esperemos, em nossa pátria, governo de justiça e de paz e de segurança, enquanto não pudermos levar, para os altos postos de nossa pátria, homens e mulheres realmente tementes a Deus.”


“Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele escolheu para sua herança". (Salmos 33.12)


Depois de longo período dos juízes segue-se, na História de Israel, o reinado, cujo início focalizaremos. O reinado abrange a vida de três reis, com a duração de 120 anos (1102 – 982 a. C.) e foi um período de progresso e até de esplendor para Israel. 


Todavia assinala a rebeldia do povo, porque ao pedir um rei, estava, na realidade, desprezando o sistema de governo que Deus tinha planejado para seguir seus próprios planos. Essa rejeição iria trazer para o povo, conforme Samuel o preveniu, perdas, encargos e sofrimentos. Mas Deus condescendeu com o povo, e ajudou-o na escolha do primeiro rei.

(1 Samuel 10.17-25
"
17 -Convocou Samuel o povo ao SENHOR, em Mispa,
18 -e disse aos filhos de Israel: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Fiz subir a Israel do Egito e livrei-vos das mãos dos egípcios e das mãos de todos os reinos que vos oprimiam.
19 -Mas vós rejeitastes, hoje, a vosso Deus, que vos livrou de todos os vossos males e trabalhos, e lhe dissestes: Não! Mas constitui um rei sobre nós. Agora, pois, ponde-vos perante o SENHOR, pelas vossas tribos e pelos vossos grupos de milhares.
20 -Tendo Samuel feito chegar todas as tribos, foi indicada por sorte a de Benjamim.
21 -Tendo feito chegar a tribo de Benjamim pelas suas famílias, foi indicada a família de Matri; e dela foi indicado Saul, filho de Quis. Mas, quando o procuraram, não podia ser encontrado.
22 -Então, tornaram a perguntar ao SENHOR se aquele homem viera ali. Respondeu o SENHOR: Está aí escondido entre a bagagem.
23 -Correram e o tomaram dali. Estando ele no meio do povo, era o mais alto e sobressaía de todo o povo do ombro para cima.
24 -Então, disse Samuel a todo o povo: Vedes a quem o SENHOR escolheu? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então, todo o povo rompeu em gritos, exclamando: Viva o rei!
25 -Declarou Samuel ao povo o direito do reino, escreveu-o num livro e o pôs perante o SENHOR. Então, despediu Samuel todo o povo, cada um para sua casa". ).

O povo pede um rei – Leia 1 Samuel 8: Por muitos anos Samuel julgou com toda a justiça, mas ao envelhecer, colocou os seus filhos como juízes sobre o povo, os quais não andaram segundo os seus caminhos. 


Perverteram de tal maneira o juízo (1 Samuel 8.1-3 - "E sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel. E o nome do seu filho primogênito era Joel, e o nome do seu segundo, Abia; e foram juízes em Berseba. Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito".), que os anciãos de Israel se congregaram e vieram a Samuel, a Ramá, e exigiram dele que colocasse sobre o povo um rei. 

Embora fosse esse o pretexto, na realidade o povo queria era igualar-se às demais nações. Manifestava, assim, um espírito vaidoso e rebelde. Mas o Senhor, visto que trata com o homem respeitando sua liberdade, depois de mandar Samuel alertar o povo sobre os perigos e as desvantagens do que pediam, ordenou a escolha do rei.

Saul é ungido e aclamado rei – 1 Samuel 9.2 - "Este tinha um filho, cujo nome era Saul, moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo". Saul era modo, belo e majestoso.


Leia 1 Samuel 9. 10 ao 27. Samuel o encontrou Saul, quando ele procurava uns animais de sua fazenda, e, avisado por Deus de que era ele o escolhido para reinar, tomou azeite e o ungiu. Depois convocou o povo para apresentar-lhe o escolhido. 


O povo reuniu-se em Mizpá e o aclamou rei (1 Samuel 9.24 "Levantou, pois, o cozinheiro a espádua, com o que havia nela, e pô-la diante de Saul; e disse Samuel: Eis que o que foi reservado está diante de ti. Come; porque se guardou para ti para esta ocasião, dizendo eu: Tenho convidado o povo. Assim comeu Saul aquele dia com Samuel".)

Em seguida, declarou o direito do reino, isto é, organizou as leis do reino, e as escreveu num livro. ( 1 Samuel 10.25 - "E declarou Samuel ao povo o direito do reino, e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o SENHOR; então despediu Samuel a todo o povo, cada um para sua casa".)


Samuel pode, assim, ser considerado o organizador do Reino de Israel. Terminada a solenidade, todos voltaram para suas ocupações costumeiras, inclusive o próprio Saul. ( 1 Samuel 10.25 - "E declarou Samuel ao povo o direito do reino, e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o SENHOR; então despediu Samuel a todo o povo, cada um para sua casa".)


Revelara-se, até então, possuidor de excelentes qualidades, que o fariam um bom rei. Entre elas, destacamos:


1) Humildade. Escolhido e procurado por Samuel, relutou, escondeu-se, quando era para ser apresentado ao povo. ( 1 Samuel 10.20-23 "Tendo, pois, Samuel feito chegar todas as tribos, tomou-se a tribo de Benjamim. E, fazendo chegar a tribo de Benjamim pelas suas famílias, tomou-se a família de Matri; e dela se tomou Saul, filho de Quis; e o buscaram, porém não se achou. Então tornaram a perguntar ao SENHOR se aquele homem ainda viria ali. E disse o SENHOR: Eis que se escondeu entre a bagagem. E correram, e o tomaram dali, e pôs-se no meio do povo; e era mais alto do que todo o povo desde o ombro para cima".)


Dizendo ser filho da menor das tribos de Israel, e da menor das famílias de sua tribo. ( 1 Samuel 9.21 "Então respondeu Saul, e disse: Porventura não sou eu filho de Benjamim, da menor das tribos de Israel? E a minha família a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas com semelhantes palavras?")


2) Coragem. Lutou contra os amonitas e os derrotou (Leia 1 Samuel 11), e enfrentou, ousadamente, os filisteus.

O reinado visto como deslealdade – Leia I Samuel 10.17-20: Nesse texto há dois ensinos de grande valor:

1) O primeiro está no exemplo de Samuel. Não era desses líderes cheios de vaidade e egoísmo, capazes de quebrar lanças e de colocarem o mundo abaixo para permanecerem no cargo de poder. Não colocava a si mesmo em primeiro lugar, mas sim o interesse do Reino de Deus e a vontade do povo. Era , naqueles dias, um verdadeiro democrata. Se o povo queria um rei, e se Deus mesmo permitira que o tivesse, não seria ele que o impediria. Ele mesmo cooperou humildemente na escolha e na unção do rei, e na organização do reino.


2) O segundo está no fato de que nessa decisão o povo está praticando deslealdade para com Deus. O reinado nasceu da rebelião do povo. Em 1 Samuel 10.18 "E disse aos filhos de Israel: Assim disse o SENHOR Deus de Israel: Eu fiz subir a Israel do Egito, e livrei-vos da mão dos egípcios e da mão de todos os reinos que vos oprimiam", Deus lembra que ele mesmo tinha tirado o povo do Egito e o tinha protegido até ali.


Em 1 Samuel 10.19, "Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que vos livrou de todos os vossos males e trabalhos, e lhe tendes falado: Põe um rei sobre nós. Agora, pois, ponde-vos perante o SENHOR, pelas vossas tribos e segundo os vossos milhares", declara Samuel a culpa do povo em rejeitar, por mera vaidade, o Deus que o tinha protegido. O plano de Deus para Israel era o de um reino teocrático, isto é, de um reino em que Deus mesmo o governaria por meio de servos de sua escolha.


Finalizando


Ainda corremos o risco de, pela nossa vaidade e pretensão, deixarmos os melhores caminhos que Deus tem escolhido para nós para seguirmos os nossos próprios planos. O fim nunca será o melhor se assim fizermos. Aprendamos a sondar a vontade de Deus em tudo quanto fizermos.
Deus permitiu ao povo ter a sua própria forma de governo. Deus respeita o livre arbítrio do ser humano. Além de permitir, ainda ajudou-o na escolha do rei. Esse fato aumenta nossa responsabilidade. 

Temos um Deus que nos ama e que nos quer guiar, mas que não impede de fazermos nossas escolhas. Vejamos, pois onde colocamos nossos pés.
Muitos dos males sofridos pelas nações em todos os tempos decorrem do fato de que elas tem tido, à sua frente, pessoas que se servem a si próprios, ao invés de servirem a Deus. Não esperemos, em nossa pátria, governos de justiça e de paz e de segurança, enquanto não pudermos levar, para os altos postos de nossa pátria, homens e mulheres realmente tementes a Deus.

O plano de redenção de Deus foi realizado mesmo com a mudança imposta pela exigência do povo. Deus é soberano, e seus desígnios não deixam de se cumprir. Mas Israel teria deixado de passar por muitas tragédias se, docilmente, se tivesse deixado conduzir conforme Deus planejara. 


Deus faz sua obra, muitas vezes, a despeito de nós. Nossas escolhas não o impedem de realizar seus planos, mas, indo pelos caminhos mais difíceis, temos de sofrer as dores consequentes de nossa teimosia.

A rejeição de Samuel foi considerada como rejeição do próprio Deus. Cremos que, quando os cristãos se levantam, por motivos vaidosos, contra o seu pastor e a sua liderança, estão rejeitando e amargurando ao próprio Senhor Jesus, Senhor da obra.


Não há, em toda a história, um quadro mais belo de reprimido patriotismo e de pronta obediência à vontade divina do que o que se vê no velho Samuel quando renuncia a liderança da nação e unge o jovem Saul para reinar em seu lugar’ Esta lição deve ser aproveitada por aqueles que estão na liderança do trabalho de Deus. O reino é dele e não nosso. 

Se há necessidade por alguma circunstância séria, de deixarmos o nosso lugar para que outro ocupe, devemos abandoná-lo imediatamente. Não amarguradamente, colocando empecilhos aos passos do sucessor, mas fielmente, procurando ajudá-lo no início da carreira.

"Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança".(Salmo 33.12).


O Salmista se referia a Israel, como povo escolhido, mas a bem aventurança que ele enuncia se aplica a qualquer povo. A nação que se constituísse de pessoas tementes a Deus; que, em seu conjunto, temesse a Deus, e o tomasse como Deus, seria feliz. Os males dos povos, as crises, as guerras, as fomes, as injustiças, etc., vêm sempre de que os povos não tomam o Senhor como Deus.


Os governantes, via de regra, preocupam-se mais em servir-se a si próprios do que a Deus. O princípio se aplica, também, a nós, cristãos, que formamos o Israel espiritual. Daí se compreende que o melhor serviço que as igrejas de Cristo podem prestar é mesmo pregarem o evangelho.


Que Deus continue nos ajudando e nos abençoando! Que a Graça, a Paz e a Misericórdia do Senhor e Salvador Jesus Cristo; Que o Grande, Eterno, Infinito e Sublime Amor de Deus; e que as Consolações, o Conforto, a Comunhão e o Poder do Espírito Santo, sejam com todos, hoje, sempre, eternamente!


Amém!

Que Deus te abençoe!

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