Sem a manifestação do poder de sobrenatural de Deus, o cristianismo é como qualquer outra religião.
As seguintes características são evidentes em pessoas religiosas ou legalistas:
1 - Observam todas as regras, mas são rebeldes aos princípios fundamentais da Palavra de Deus e ao novo mover do Espírito Santo;
2 - Querem viver para Deus, em vez de viver de Deus. A ênfase aqui é que a nossa força vem de Deus, não para fazer coisas para Deus, mas para permitir a Sua vida por intermédio de nós (Gálatas 2.20 "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim").
As pessoas religiosas obedecem à palavra de Deus por medo, insegurança e orgulho, a fim de ganhar aceitação para serem recebidas com um nível de santidade maior que os outros, ou para se sentirem superiores, e não por amor e obediência a Deus;
3 - Têm uma "linguagem" cristã bem desenvolvida, a qual é raramente ou nunca praticada. Com os lábios, confessam Jesus, mas o coração deles está longe do Senhor.
Falam em servir a Deus, mas suas ações diferem dos seus trabalhos ("Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;");
4 - Têm aparência de espiritualidade, mas falta-lhes o poder ("Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." 2 Timóteo 3.5).
São doentes, mas não têm poder para curar-se. Estão deprimidos, mas não têm poder para libertar-se. Sofrem de raiva e ódio, porque não têm a vida do Espírito Santo, que deve levá-los a produzir frutos espirituais ("Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei." Gálatas 5.22-23);
5 - Estão cheios de orgulho, de contenda, de inveja e de competição e;
6 - Não recebem a revelação de que a santidade desenvolve-se diante de Deus, não pelo esforço humano ou por boas obras. Por isso, lutam em suas próprias forças para tornarem-se aquilo que Deus já realizou por intermédio de Jesus.
Eles tentam ser dignos de aproximarem-se de Deus com seus próprios méritos, quando já foram dignos [desse feito] pelo sangue de Cristo.
("E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome;
E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente." Mateus 21.18-19).
Uma frondosa figueira sem figos representa o espírito sem religião ou da atividade religiosa; ela tem uma aparência de santidade, mas não tem poder de dar vida, nem frutos para o Reino, o que é muito importante.
Para entender completamente o que ela representa, é preciso voltar ao tempo de Adão e Eva em Gênesis.
Quando os primeiros humanos pecaram, perceberam que estavam nus e correram para cobrirem-se com folhas de figueira, pensando que iriam torná-las aceitáveis aos olhos de Deus. Eles foram ao Senhor com as almas poluídas, acreditando que as folhas encobririam seus erros.
Quando as pessoas se sentem culpadas diante de Deus, tratam de cobrir-se de atividades religiosas. Mas a Escritura é clara: só o sangue de Jesus nos faz aceitável diante do Pai ("Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados." Mateus 26.28).
Em Gênesis, Deus fabricou túnicas a partir da pele de animais para substituir as folhas de figueira e cobrir Adão e Eva. Os animais abatidos são o primeiro símbolo do sacrifício de Cristo e de Seu sangue derramado na cruz para nos redimir do pecado.
A igreja, hoje, há uma grande variedade de "folhas de figueira"; algumas "folhas" podem ser vistas em outras igrejas pentecostais e carismáticas ou evangélicas. Umas estão nas congregações batistas e metodistas, algumas, em igrejas católicas, outras, na adventistas e assim por diante.
No entanto, é interessante notar que, em muitas denominações e organizações cristãs, há cristãos genuínos, que produzem verdadeiros frutos para Deus, e não são religiosos. Independentemente de como nós nos chamamos ou à qual denominação, pertencemos, se não produzimos frutos para Deus, tudo o que temos é religião.
O fruto representa uma vida interior que agrada a Deus. As folhas representam uma aparência externa que desagrada a Deus.
Jesus foi à figueira porque queria comer frutos. Ele queria provar do seu fruto. Se Jesus viesse hoje para comer do seu fruto, o que você oferecia de comida para o Senhor? Há frutos de amor, de paz, e de paciência em sua vida?
Você pode apresentar o fruto de almas ganhas para o Seu Reino, doentes curados e casamentos curados? Ou a sua vida e seu ministério são uma figueira com muitas folhas de aparência religiosa? Se você não tem frutos para oferecer a Jesus, então, tudo o que você tem é uma religião.
Não queremos que Deus nos amaldiçoe como Jesus amaldiçoou a figueira, mas devemos preparar-nos para sermos transformados para Sua glória, para darmos muitos frutos,
(João 15.5-8 "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulo").
A Palavra de Deus ensina-nos claramente que somos salvos pela graça, e não por obras, leis e práticas (Efésios 2.8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.").
O Espírito Santo não impõe sobre as pessoas uma religião; a nossa obediência e nosso amor a Deus expressam-se voluntariamente, de dentro para fora.
Conformados VERSUS Transformados
("E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados [...]" Romanos 12.2).
A palavra grega para conformar é susjematízo. Esse termo vem de duas raízes: sol, que significa "com'', e jrema, que é a "aparência", a "forma" ou a "condição externa".
Em seguida, a palavra transformar refere-se a adaptar e acomodar, a tomar forma, forma ou aparência do padrão deste mundo. Quando nos conformamos com algo ou com alguém, deixamos de ser transformados.
Susjematízo enfatiza a mudança de aspecto, não a mudança interna. Às vezes, esse termo também é traduzido como "disfarce". A ideia aqui é que o mundo pressiona-nos a darmos uma forma segundo o seu modelo - assim como colocamos o pé em um sapato novo, de maneira que buscamos acomodação, dá-nos aparência de mudança.
A aparência externa não remove o pecado, a depressão, a amargura, nem nos dá uma vida plena. Funciona por meio da concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 João 2.16).
Em essência, o que o mundo oferece é apenas um disfarce, não o que estamos destinados a ser, ou o que podemos ser em Cristo.
Quando olhamos para nós mesmos à luz dessas revelações, algumas questões surgem: Tenho sido verdadeiramente transformado? Sou o mesmo, ou mudei? Parei-me de transformar-me? O poder e a presença de Deus estão em minha vida?
Se não, quando perdi o sobrenatural? Sou irrelevante para o avanço do reino de Deus? Quando os cultos da igreja tornaram-se rotineiros? Deus está chamando cada cristão, para mudar, porque quer levar-nos a outro nível.
Ele quer fazer uma coisa nova (Isaías 43.19 "Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo").
O QUE É TRANSFORMAÇÃO?
"[...] mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento [...]" Romanos 12.2
A palavra grega para transformar é metamorfóo. Meta significa "entre", "com", "depois" ou "atrás'', e morfe significa "forma".
Metamorfóo significa, então, "forma de mudança", "transformação" ou "transfigurar".
Essa é a mesma palavra usada em Mateus 17.2 quando se fala sobre a transfiguração de Jesus. A principal ideia transmitida por esse verbo é viver um modo de vida com a finalidade de nascer para outra [vida].
Por exemplo: o bicho da seda "morre" para sua velha e primitiva forma, a fim de transformar-se em uma linda borboleta. Esse processo natural leva-o a experimentar uma vida melhor.
Da mesma maneira, um bebê, depois de nove meses no ventre, nasce. Ele entra em nova área por meio do processo do nascimento, caso contrário, pode morrer e pôr a vida de sua mãe em perigo.
Da mesma maneira, se não renovarmos nosso entendimento, seremos processados até perdemos a vida, porque a morte traz estagnação espiritual.
Nenhuma transformação é permanente até que renovemos a nossa mente.
Deus quer que morramos para nosso velho homem (nossa velha maneira de pensar e nosso velho modo de vida) para abrirmos nossas mentes para grandes coisas que Ele tem para nós.
A renovação do nosso entendimento é a porta que dá acesso ao sobrenatural, porque, sob a inspiração do Espírito Santo, ela começara manifestar uma total transformação em nosso caráter e em nosso comportamento.
Morfe indica uma mudança interna estrutural. Como resultado, provoca uma mudança exterior de nossas ações. Enquanto isso jrema, que, como vimos anteriormente, é uma das raízes da palavra transformar que aparece em Romanos 12.2, referindo-se a uma simples mudança externa e superficial, um disfarce.
Deus quer dar-nos uma total transformação e transfiguração, que nos torna imagem de Seu Filho Jesus. Você está conformado ao seu ambiente?
Você está conformado com a sua denominação? Você está conformado com a sua enfermidade, com sua pobreza ou com o seu pecado? Você está conformado com as suas circunstâncias?
Faça uma análise dessas perguntas e responda, se algumas dessas repostas for não, faça alguma coisa para mudar, peça força, orientação e direção a Deus e tudo Ele fará!!!
Não tente fazer nada com suas forças, porque você pode lá na frente se arrepender, mais peça para Deus te ajudar e te dar uma resposta para esta pergunta, Ele irá te dar uma saída, apenas creia!!!
Que Deus te abençoe, te guarde e te dê a paz!!!
