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Êxodo 34 - O rosto de Moisés resplandece - Deus não se importa com a aparência, o que conta para Deus é o coração









Tudo começa com um comportamento específico de Moisés, destacado (e condenado) pelo apóstolo Paulo:

“E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3.13,18)

Ao dizer “não somos como Moisés”, o apóstolo Paulo não está falando de uma virtude do grande libertador de Israel. Essa seria a parte fácil de entender na vida e no comportamento de Moisés. Ele foi o maior vulto do Antigo Testamento. Alguém de quem Deus disse estar acima dos profetas. Alguém que profetizou a vinda do Messias nos seguintes termos: “Deus há de levantar um profeta semelhante a mim”.

O fato é que Paulo está apontando para um erro desse grande líder. Ele fala claramente de uma atitude de fingimento, de falta de transparência. Na verdade, esta é a razão que Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, atribui ao uso do véu por parte de Moisés.

E este erro não é exclusividade de Moisés; na verdade, é algo que todo líder (para não dizer todo cristão), em algum momento, também se encontrará lutando para não cometer.

POR QUE MOISÉS COBRIA O ROSTO?

Quando criança, debaixo da influência dos ensinos da escola bíblica dominical, eu achava que Moisés punha o véu sobre seu rosto para que as pessoas não se assustassem com seu rosto brilhando… ou seja, para que não vissem a glória! Mas Paulo desmente este mito e afirma que a razão do uso desse véu por parte desse grande líder era justamente o contrário: para que os israelitas não vissem que a glória estava sumindo!

Ao olharmos atentamente para o relato bíblico no livro de Êxodo, isto fica bem claro:

“Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele. Olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele. Então, Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes da congregação tornaram a ele, e Moisés lhes falou. 

Depois, vieram também todos os filhos de Israel, aos quais ordenou ele tudo o que o Senhor lhe falara no monte Sinai. Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto. Porém, vindo Moisés perante o Senhor para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado. Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, viam que a pele do seu rosto resplandecia; porém Moisés cobria de novo o rosto com o véu até entrar a falar com ele.” (Êxodo 34.29-35)

Embora as pessoas tenham se assustado ao ver o rosto de Moisés resplandecendo, o texto sagrado nos revela que ele lhes falou de cara limpa, sem véu algum. O homem de Deus colocou o véu somente depois de falar aos israelitas. 

E fez isto não só na primeira vez em que seu rosto brilhou; toda vez que ele saía da presença do Senhor o comportamento se repetia: 1) falava ao povo as palavras de Deus; 2) o povo via que seu rosto brilhava; 3) depois de falar e do povo ver que seu rosto brilhava, Moisés cobria a face com um véu até entrar na presença do Senhor e de novo sair com a cara resplandecente da glória divina.

A razão apresentada por Paulo na Epístola aos Coríntios é que Moisés não queria que os israelitas vissem que a glória estava sumindo. Aquela manifestação de glória experimentada pelo homem de Deus não era permanente. 

Cada vez que esse grande líder de Israel entrava na presença de Deus, recebia uma “recarga” de glória. Mas entre uma ida e outra, a glória desvanecia. E Moisés, como líder que já havia aparecido em público com o rosto brilhando, não queria que as pessoas vissem que a glória estava sumindo.

Para muitos líderes, depois de terem brilhado diante do povo, a grande dificuldade é serem vistos sem glória, sem unção. Há, dentro de muitos de nós, uma desesperada disposição de esconder nossas fraquezas e limitações. Esta é uma das “doenças” que pode atingir os líderes: o complexo de super-herói. 

Quando estamos cheios da glória exibimos o rosto resplandecente para todo o mundo; quando não temos, encobrimos o rosto (com um véu de engano) para que as pessoas pensem que ainda estamos brilhando – mesmo que, de fato, já não estejamos.

Este erro tem nome: dissimulação. E penso que pior do que errar é querer encobrir isso! Essa atitude é antiga; começou com Adão e Eva. A dificuldade do primeiro casal em admitir seu pecado fez com que eles se escondessem:

“Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim”. (Gênesis 3.7,8)

Este parece ser um padrão de comportamento do ser humano desde o início da humanidade. E repetidamente é visto na vida de líderes que, mais do que qualquer outra pessoa, devido ao seu nível de exposição pública e da responsabilidade de serem homens (ou mulheres) de Deus, não querem que ninguém, nunca, veja qualquer traço de fraqueza ou pecado em suas vidas.

Foi exatamente isto o que aconteceu com Davi. Ele cometeu pecado ao adulterar com Bate-Seba, mas isto não ofuscaria sua imagem até que a mulher lhe deu a notícia da gravidez resultante do erro deles. Então, a tentativa de encobrir o pecado cometido só deixou pior a situação. 

O pecado progride de adultério a homicídio, com a consequente perda do filho gerado (2 Samuel 11.6-25). Se o rei Davi tivesse reconhecido seu pecado, em vez de fazer de tudo para esconder seu erro, a história teria sido bem diferente e as consequências não tão graves.

Mas, como o homem que foi visto como herói nacional, aquele que as mulheres recebiam com cânticos em seu retorno das guerras, o ungido de Deus, seria avaliado pelo povo que liderava quando se mostrasse sem o brilho de Deus em sua vida?

É lógico que o líder deve ser exemplo, modelo para o rebanho, e que deve cuidar para não perder nunca o exemplo. Ele deve vencer suas fraquezas; o que ele não pode é tentar esconder as fraquezas que já o venceram!

Quando um líder cristão esconde uma fraqueza, uma limitação (e nem estou falando de pecado agora), sua atitude pode parecer qualquer outra coisa, mas ainda é dissimulação!

O apóstolo Pedro, um homem de grande estatura espiritual, uma das colunas da Igreja, quando esteve em Antioquia, acabou demonstrando esta inclinação ao fingimento para que sua imagem não ficasse “arranhada” diante dos demais líderes em Jerusalém:

“Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. 

E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2.11-14)

O assunto em questão não era esconder um pecado; somente um ponto de vista, uma opinião, um nível de liberdade que Pedro desfrutava no relacionamento com os gentios e que, obviamente, os irmãos que vieram de Jerusalém a Antioquia não concordavam. O que Pedro fez foi denominado por Paulo como um ato de dissimulação, de fingimento. Ele ainda destaca o fato de que “não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho”.

Assim como outros homens de Deus, como Moisés e Davi, o apóstolo Pedro estava preocupado com sua imagem. O que diriam a seu respeito se soubessem do convívio com os gentios? Líderes tendem a não querer mostrar fraqueza, mesmo se nem for fraqueza de fato, se só puder ser interpretada como tal.

Mas ao dizer “não somos como Moisés, que punha véu sobre a face”, Paulo mostra que, por haver entendido as consequências deste ato, ele preferiu agir com absoluta honestidade em todo o seu comportamento cristão:

“Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve”. (2 Coríntios 12.6 – NVI)

Ao examinar o contexto desta afirmação, vemos que Paulo estava falando sobre suas experiências com as visões celestiais. Em outras palavras, o apóstolo estava declarando: “Eu poderia impressionar as pessoas contando minhas experiências com Deus, mas não quero que o conceito delas a meu respeito se baseie nisso. 

Quero que só pensem acerca de mim o que pode ser visto, de forma simples, no convívio diário”. Ele diz claramente: “Eu evito que pensem que sou mais do que aquilo que realmente sou”.

Penso que entendo um pouco dessa atitude de Paulo, observando o exemplo de um pastor muito amigo meu: o Francisco. Quando eu tinha apenas três anos de idade, ele teve uma experiência extraordinária. Foi arrebatado em espírito por sete dias! 

Deitou-se para dormir num domingo à noite e, de repente, um anjo entrou em seu quarto declarando ter sido enviado da parte do Deus Altíssimo com o propósito de mostrar-lhe algumas coisas; tomou-o pela mão e partiu para o que gosto de chamar de um “tour celestial”. 

O Francisco “voltou” desse arrebatamento uma semana depois, na tarde do próximo domingo. A família, durante esse período, e devido ao fato do Francisco não acordar, chegou a chamar um médico que, ao examiná-lo, disse que todos os sinais vitais estavam bem e os aconselhou a esperar.

As coisas que o pastor Francisco viu e ouviu durante esse tempo são surpreendentes. Quando conheci esse querido irmão e soube dessa experiência, questionei porque ele quase não falava sobre isso. Ele me respondeu que fomos chamados para pregar a Palavra de Deus, não nossas experiências.

 Insisti que as experiências poderiam ser contadas como uma forma de ilustrar e aplicar as verdades bíblicas, não de substituí-las, e, na impetuosidade comum à mocidade, disparei: “Se fosse eu que tivesse passado sete dias no céu, já teria escrito um livro”. 

Diante disto, o Francisco apenas rebateu: “É por isso que você nunca foi. Esse tipo de experiência não é para fofoqueiro como você”. Minha vontade era dizer: “Desculpe a vergonha que passei”, mas entendi que o silêncio era a melhor forma de encerrar aquela conversa…

Compartilhei isso porque, à semelhança de Paulo, o pastor Francisco me ensinou muito sobre não fazer os outros pensar que somos mais espirituais do que o que realmente somos. Ele sempre me dizia que o “o homem de Deus” que ele era tinha que ser visto na simplicidade do relacionamento diário, não numa encenação exagerada de espiritualidade.

Diferente de Moisés, e de muitos de nós, Paulo preferia tirar a máscara e se apresentar da forma mais sincera e autêntica possível. E há uma razão para esta postura firme do apóstolo, que abordaremos melhor mais à frente: sem transparência e honestidade não há transformação!

O apóstolo Paulo valorizava muito este princípio, não só em sua própria vida como também na vida daqueles em que investia no discipulado. Muitas eu me perguntava: o que Paulo viu em Timóteo que o atraiu tanto? 

Esse discípulo precisou ser encorajado várias vezes a não negligenciar os dons que recebeu, a não deixar ninguém desprezá-lo pelo fato de ser jovem, e, além disso, não temos registros históricos de grandes conquistas ministeriais da parte dele. 

Então, o que será que Paulo enxergou nele que produziu uma identificação tão grande? Hoje a resposta me parece clara: uma fé sem hipocrisia:

“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” (1 Timóteo 1.5)

Outras versões usam as expressões “fé sem fingimento” ou “fé sincera”. Em sua segunda epístola a Timóteo, Paulo destaca novamente a fé sem hipocrisia (2 Timóteo 1.5), desta vez atribuindo-a diretamente à pessoa de Timóteo. Isto tudo mostra o quanto o apóstolo levava a sério a questão da transparência, da honestidade e da autenticidade.

AS CONSEQUÊNCIAS DE SE COBRIR O ROSTO

Algo assustador que percebo no ensino de Paulo, e que deve servir de forte advertência contra o uso do véu sobre o rosto, é que o “véu do engano” que um líder usa pode ser transmitido para os seus liderados e discípulos:

“Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado.” (2 Coríntios 3.14-16)

Observe a expressão “o mesmo véu permanece”. O apóstolo Paulo escreveu essa epístola cerca de mais de um milênio e meio depois de Moisés. 

No entanto, ele diz que “até os dias de hoje” o “mesmo véu permanece”. É lógico que ele não está falando do mesmo pedaço de pano físico usado pelo grande legislador de Israel. Até porque o texto diz que “o véu está posto sobre o coração deles”, afirmação que concede uma conotação espiritual a esse véu.

A Palavra de Deus nos revela que a atitude de fingimento de Moisés passou a operar (na forma de engano espiritual) no coração dos israelitas – que se orgulhavam de ser discípulos de Moisés (João 9.28). Líderes que decidem andar em dissimulação podem estar transferindo um péssimo legado aos seus liderados e discípulos.

Por outro lado, também encontramos na Bíblia o fato de que uma “fé sem fingimento” também pode ser transmitida de geração em geração:

“Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.” (2 Timóteo 1.5)

A fé sem fingimento que Paulo elogia na vida de Timóteo, seu filho espiritual, vinha sendo transferida por diferentes gerações: da avó Lóide para a mãe Eunice e, finalmente, da mãe Eunice para o filho Timóteo. Esse é o legado que os pais deveriam transmitir aos seus filhos e que cada líder deveria transferir aos seus liderados.

Essas consequências, ao meu entender, já deveriam trazer suficiente temor aos nossos corações de modo a que não venhamos incorrer no mesmo erro de Moisés. Entretanto, há um motivo que deveria gerar ainda mais temor aos que recorrem ao uso do véu em seu rosto. É que, sem desvendar o rosto, não há transformação a ser experimentada pelo poder de Deus.

A GLÓRIA VEM QUANDO SE REMOVE O VÉU

A transformação só acontece com o rosto desvendado. Se não “tirarmos a máscara”, seguramente o poder transformador operado pelo Espírito Santo não irá se manifestar:

“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3.18)

Você já percebeu a intensidade e a velocidade de transformação que se dá na vida de um novo convertido? Porém, em algum momento na caminhada, o processo de transformação e mudança de vida começa a estagnar. E não é porque o processo – de se conformar com a imagem de Jesus – já tenha se completado!

Depois de mais de vinte anos de ministério, observando o comportamento dos cristãos, posso dizer que isso é um fato. A transformação na vida dos crentes em geral parece perder sua força com o passar do tempo. 

E penso que uma das grandes razões para isso é que, no início da vida cristã, após a conversão, todos reconhecem as áreas que precisam tanto de mudança e se alegram por toda transformação alcançada (e até testemunham). 

Porém, depois de um tempo e de muitas vitórias alcançadas, quando o crente começa a ser reconhecido pelos seus irmãos como alguém mais maduro e espiritual, a tendência é não ser mais tão transparente ou sincero a respeito das falhas. E isso vem desde os tempos bíblicos!

Observe, por exemplo, o que aconteceu quando a Palavra de Deus foi pregada em Éfeso:

“E muitos dos que haviam crido vinham, confessando e revelando os seus feitos. Muitos também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus livros e os queimaram na presença de todos; e, calculando o valor deles, acharam que montava a cinquenta mil moedas de prata. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia.” (Atos 19.18-20)

Por que a Palavra de Deus crescia e prevalecia em Éfeso?

Não foi apenas porque foi pregada, e sim, porque as pessoas, depois de receberem a pregação, reconheciam e até mesmo confessavam publicamente os seus pecados! Estude cada avivamento na história e você descobrirá que houve confissão de pecados. Este é o ponto. Quando as pessoas reconhecem suas fraquezas, o poder do Espírito Santo pode se manifestar nelas. Isso é doutrina bíblica!

Deus só opera o seu poder transformador quando reconhecemos as áreas problemáticas, e apenas naquela área que admitimos nossos pecados. Veja o que aconteceu com o profeta Isaías quando teve uma visão do Senhor no templo:

“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! 

Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado”. (Isaías 6.5-7)

Já ouvi muitas vezes a pergunta: “qual o mistério do toque na boca?” E sempre respondo que não há nenhum mistério; foi a oração que o profeta fez reconhecendo impureza em seus lábios. 

Se a oração de Isaías fosse “sou um homem de olhos impuros”, então o toque santificador viria sobre os olhos. Meus filhos, em um de nossos cultos domésticos, afirmaram que, seguindo essa lógica, alguns crentes precisam de um “banho de brasas”!

Essa é uma verdade bíblica incontestável. Deus só age nas áreas em que reconhecemos nossos pecados. O Senhor Jesus ensinou sobre este princípio:

“Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam. 

Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores? Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2.15-17)

Quando, nesta alegoria, Jesus se compara a um “médico”, está falando de si como Salvador; quando fala do “doente” (que precisa da cura do médico) está falando do pecador (que precisa do perdão do Salvador). 

Porém, quando fala do “são”, não está se referindo a alguém que, por ser justo não precise do Salvador, pois as Escrituras abordam este assunto com clareza: “como está escrito: não há justo, nem sequer um” (Romanos 3.10). 

Se não há ninguém que possa ser justo sem Cristo, quem é esse “são” que não precisa de médico na parábola contada por Jesus? O texto não fala de alguém que seja realmente “são” (justo), mas de alguém que, porque acha que é justo, não reconhece a necessidade do Salvador. Ou seja, não há salvação sem arrependimento e reconhecimento de pecados.

E assim como na conversão, este princípio permanece em toda a vida cristã. Quando desvendamos o rosto, somos transformados. Quando dissimulamos, aparentando não ter pecado algum, a transformação simplesmente não pode acontecer. 

O Espírito Santo só manifestará seu poder transformador naquelas áreas que expusermos a Ele de forma sincera e honesta. Porém, além de reconhecer fraquezas diante de Deus (que já sabe delas, quer a gente admita ou não), também vejo a necessidade de fazermos isso diante dos homens.

Há uma diferença entre confessar seus erros a Deus e fazê-lo aos homens. Podemos afirmar que o perdão vem com a confissão do pecado a Deus; mas a cura vem com a confissão do pecado aos homens:

“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. (Tiago 5.16)

Os protestantes, em nome da Reforma, e no zelo de restaurar as verdades bíblicas abandonadas pela Igreja, saíram de alguns extremos para outros. Alguns grupos evangélicos decidiram “jogar fora o nenê junto com a água suja da banheira”. E uma das áreas onde criamos confusão foi na questão da “confissão de pecados”.

Sabemos, pelo ensino bíblico, que se alguém confessa seu pecado diretamente a Deus, receberá o perdão de seu pecado. Condicionar o perdão divino só ao perdão de um sacerdote – ou quem quer que seja – não está em linha com as Escrituras Sagradas. Entretanto, em nome de se consertar desvios doutrinários, criamos outros desvios!

Por exemplo, o apóstolo Tiago está falando sobre confessarmos os nossos pecados uns aos outros; o texto não fala de confissão na vertical – a Deus – e sim de confissão na horizontal – aos nossos irmãos. Quando confessamos nossos pecados ao Senhor, recebemos perdão:

“Se confessarmos os nossos pecados, ELE é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9)

Mas o texto de Tiago fala de uma confissão de pecados que fazemos “uns aos outros” e com um propósito diferente de ser perdoado (o que acontece quando confessamos a Deus): “para serdes curados”. Quando expomos a outros irmãos áreas de erro e pecado em nossas vidas estamos nos abrindo para receber CURA. Não é a vontade de Deus apenas continuar sempre perdoando alguém do mesmo pecado; mais do que isso, o Senhor quer dar a essa pessoa vitória sobre esse pecado!

Já vi, por exemplo, inúmeras situações de irmãos que estavam tendo problemas com pornografia e que contam, todos eles, a mesma história. Permaneceram, por muito tempo, chorando e confessando diante de Deus suas quedas nessa área; mas somente quando abriram com outros o seu problema é que finalmente alcançaram vitória sobre esse tipo de pecado.

É por isso que a religiosidade é tão danosa. Além de perpetuar a mentira – que tem como pai o próprio diabo – a pessoa que finge uma espiritualidade que não tem entra em uma condição de estagnação na vida espiritual em que não poderá haver transformação.

Por outro lado, é quando admitimos e reconhecemos as fraquezas que o poder de Deus pode, então, se manifestar e operar em nossas vidas:

“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (2 Coríntios 12.9,10)

Que tremenda definição de graça: o poder (de Deus) que se aperfeiçoa na fraqueza (as nossas)! O apóstolo está dizendo que aprendeu a ter prazer em reconhecer suas fraquezas e limitações, pois esse é o caminho para que o poder de Deus opere em nossas vidas.

Caminhar com o rosto desvendado não nos liberta apenas do alto custo (espiritual e emocional) de se viver de “teatro”, mas ainda permite que sejamos trabalhados e transformados pelo Senhor.

RASGANDO O CORAÇÃO E NÃO AS VESTES

É tempo de tirar as máscaras, remover o véu do rosto e andar em honestidade e transparência. Essa é a essência do verdadeiro arrependimento e o anseio que deve reinar em todo coração que deseja render-se totalmente a Deus. Penso que era disso que o profeta Joel, pelo Espírito Santo, falava aos israelitas de seus dias:

“Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.” (Joel 2.12,13)

Uau! Rasgar o coração e não as vestes! O que a Bíblia está dizendo?

O hábito dos hebreus de rasgar as vestes para mostrar, em público, as vestes de luto que, até então, estavam escondidas, é mostrado repetidas vezes nas Escrituras. Vejamos um exemplo:

“Quando o rei ouviu as palavras da mulher, rasgou as próprias vestes. Como estava sobre os muros, o povo viu que ele estava usando pano de saco por baixo, junto ao corpo.” (2 Reis 6.30 – NVI)

O rei de Israel saiu em público vestido normalmente e, de repente, rasgou as vestes comuns para mostrar que, de fato, estava de luto. Os seus verdadeiros sentimentos por toda a crise que atravessavam foi manifestado quando ele rasgou suas vestes. Era uma forma de dizer: “Vocês estão me vendo com roupas normais, mas meu interior está de luto!”

Através do profeta Joel, Deus pediu que os israelitas rasgassem o coração (para mostrar o seu real estado) como prova de arrependimento. A sinceridade e a transparência têm grande poder na luta com o pecado! O Senhor queria que o seu povo mostrasse como realmente estava o interior, pois Ele não se importa com a aparência; o que conta para Deus é o coração.

“O Senhor, contudo, disse a Samuel: Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração.” (1 Samuel 16.7)

O homem tenta manter a aparência porque é assim que os outros homens o veem e medem. Deus quer do homem a transparência não somente pelo fato d’Ele já conhecer o nosso coração, mas, também, porque quer que nós aprendamos a mostrar o nosso interior aos homens (que não podem vê-lo).

Que o entendimento dessas verdades nos ajude a abandonar qualquer expressão de hipocrisia de modo a, pela graça de Deus, andarmos como Paulo: com o rosto desvendado. Concluo com as palavras de Thomas Watson: “É melhor desmascarar nossos pecados antes que eles nos desmascarem”.

                                                  
                                                            Rosto desvendado - por Luciano Subirá

Êxodo 24 - Deus manda Moisés e os anciões subirem ao monte






Êxodo 24.18 - "E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites".

Que nesta ministração Deus possa nos trazer o verdadeiro entendimento sobre os marcantes 40 dias e 40 noites.

Vemos na palavra quantas vidas foram marcadas após 40 dias e 40 noites em momentos tremendos com Deus, 40 dias e 40 noites onde Deus teve a oportunidade de trabalhar nesses corações pra que eles fossem levados a algo novo e sobrenatural da parte do Senhor.

O que são os 40 dias e 40 noites?

Na bíblia eles são relatados como momentos onde Deus esteve trabalhando na vida de pessoas, momentos onde essas pessoas buscaram do Senhor e se preparando pra algo novo... Diríamos que este é um período de transformação.

Vejamos aqui alguns textos onde são relatados os 40 dias e 40 noites.

  * 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte (Êxodo 24.18 "E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites.";

Deuteronômio 9.9-11 "Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi;
E o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e nelas estava escrito conforme a todas aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia da assembléia.
Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança.";

Deuteronômio 10.10 "E eu estive no monte, como nos primeiros dias, quarenta dias e quarenta noites; e o Senhor me ouviu ainda por esta vez; não quis o Senhor destruir-te.")

  * 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gênesis 7.4 "Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.",

Gênesis 7.12 "E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.")


* Jesus jejuou 40 dias antes de começar o seu ministério (Mateus 4.2 "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;"; 

Marcos 1.13 "E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam"; 

Lucas 4.2 "E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome.").


* A Ascensão de Jesus acontece 40 dias depois da Ressurreição (Atos 1.3 "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.")


  * Toda a cidade de Nínive foi transformada quando Deus concedeu 40 dias para que o povo mudasse. (Jonas 3.4 "E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.").


* Elias foi transformado quando Deus o sustentou durante 40 dias com uma única refeição. (1 Reis19.8 "Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.").


* Davi teve a vida transformada depois de vencer Golias; que durante 40 dias desafiava o povo de Israel. (1 Samuel 17.16 "Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias.").


* Josué e Calebe receberam de Deus a promessa de entrar na terra prometida; depois de terem espiado a mesma por 40 dias. (Números 13.25 "E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.").

OBS: Sempre que Deus quis preparar alguém para os seus propósitos, Ele utilizou 40 dias.

OBS 02: O número 40 na bíblia simboliza a provação, como os 40 dias de Jesus no deserto, os 40 anos do povo de Deus também no deserto.

OBS 03: 40 = é o tempo necessário de sacrifício para a preparação de algo muito importante.

O que há nos 40 dias e 40 noites?
Ref. (Gênesis 7.4 - 7.12)

Confiança – neste caso podemos usar a história de Noé, ele não sabia o que aconteceria depois de 40 dias e 40 noites o que ele sabia é que neste período Deus faria “um limpa” na terra... 

Ele simplesmente se motivou pelo amor e confiou, fez o que Deus havia pedido sem pensar no que iria ocorrer na sua vida e na e sua família após os 40 dias e 40 noites, muitas vezes nós queremos nós motivar sobre que há de vir mais nos que precisamos viver no presente, se Deus lhe disse algo ou lhe pediu algo, não questione simplesmente faça e o que irá ocorrer Deus trata de lhe mostrar em tempo oportuno, se parar e pensarmos nós muitas vezes acabamos não nos movendo, porque o ser humano tem o leve fator de temer o desconhecido... mais quando se vive com Deus não se teme o desconhecido, simplesmente se entrega e o que Deus fará é uma conseqüência do que há de vir.
Ref. (Deuteronômio 9.9-11)

Entrega – com Moises ouve isso, ele subiu ao monte esteve em jejum e oração e Deus entregou a ele as tabuas com os 10 mandamentos. Muitas vezes somos motivados pelo momento e vivemos uma vida de divisão nos dedicamos a Deus e ao mundo, mais não é isso que Deus tem buscado desta geração, Deus espera que nos entreguemos a Ele que nos coloquemos diante d’Ele... 

Nos dedicando e buscando ouvir sua voz, suas direções e seus planos para nossas vidas. Por isso não se limite ao que você vê, vá além, faça pra Deus o teu melhor, entregue sua vida, família, planos, sonhos, projetos, trabalho, objetivos, problemas e tudo mais e você poderá ver por si só como Deus é maravilhoso e fiel pois Ele cuidará de todas as nossas coisa enquanto nós cuidamos das d’Ele.

Ref. (Mateus 4.2; Marcos 1.12; Lucas 4.2)

Provação – Jesus é uma experiência viva referente aos 40 dias e 40 noites, neste período ele esteve no deserto, jejuo, orou e foi tentado por satanás, mais o que mais nos chama a atenção nesses relatos é que as vitórias foram tremendas depois destes períodos que podemos chamar de “provação” é no deserto e nos 40 dias e 40 noites que cada coração foi provado, esses foram tempos suficientes onde Deus pode trabalhar de forma especial e tremenda na vida de cada um, um tempo onde Deus alinhou a vida de cada um a sua vontade, tempo de renuncia, entrega, sacrifício e principalmente amor. Que nós próximo 40 dias você tenha sua visão e vida transformados e marcados pelo poder do Senhor.


CONCLUSÃO: Lembre-se este período é o tempo de transformação na sua vida, se você tem estado no deserto, tem jejuado e buscado no Senhor, saiba que Ele não irá desampará-lo. Depois destes 40 dias e 40 noites a surpresa será tremenda sobre sua vida.

“As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.”
(1 Coríntios 2.9)

Que Deus os abençoe tremendamente e os encha de graça, poder e unção.

Que a vida de vocês seja transformada pela graça do Espírito Santo de Deus.

Que Deus te abençoe!! 

Êxodo 2 - O nascimento de Moisés / Joquebede mãe de Moisés


"E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses". (Êxodo 2.2)


"Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais,  porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei." (Hebreus 11.23)

JOQUEBEDE- A MÃE QUE CONFIOU NO SENHOR

INTRODUÇÃO: Antes de conhecermos a história de Joquebede, a mãe que confiou no Senhor, vamos ver os personagens que fizeram parte dela:

Joquebede - escrava hebréia no Egito, esposa de Anrão, mãe de Moisés, Miriã e Arão.

Moisés - filho legítimo de Joquebede, filho adotivo da filha de Faraó, irmão de Miriã e Arão.

Filha de Faraó - moça de coração compassivo, meigo e nobre, usada por Deus para salvar Moisés.

E CREU JOQUEBEDE NO SENHOR...

O povo de Deus, por causa da sua rebeldia perante o Senhor, tornou-se escravo no Egito. Faraó com medo que os judeus se tornassem muito fortes e se unissem a outro povo contra o seu reino, mandou matar todas as criancinha do sexo masculino.

Já se havia passado trezentos anos da morte de José, filho de Jacó e Raquel, quando nasceu Moisés, aquele que estava nos planos de Deus para salvar o povo judeu da escravidão.

Joquebede, sua mãe, o amava muito e não queria que os soldados de Faraó o descobrissem e o matassem jogando-o no rio Nilo.
Com a mão protetora do Senhor, Joquebede conseguiu esconder seu filho por três meses.

Moisés era um bebê bonito e amado por seus pais mas estava prestes a ser encontrado e morto.

Êxodo 1.22 nos mostra o porquê do desespero de Joquebede:
"Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida."

Todas as parteiras do Egito foram obrigadas por Faraó a matar todos os bebês do sexo masculino. Mas, dentre tantas parteiras, havia duas, Sifrá e Puá, que temiam mais ao Senhor do que a Faraó. Em seus corações era mais importante "...obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5.29).

Assim como Joquebede, elas amavam ao Deus todo poderoso e tinham em si mesmas princípios que ficariam com elas por toda suas vidas:

1- Deus sempre estaria em primeiro lugar em suas vidas;

2- Deveriam obedecer a Deus com alegria mesmo com risco de perder as próprias vidas;

3- Seriam sempre gratas por tudo que o Senhor já lhes havia dado;

4- Reverenciariam sempre o Senhor mesmo correndo riscos;

5- Obedeceriam sempre aos mandamentos do Senhor.

Se em vez de Sifrá e Puá, fôssemos nós que iríamos fazer o parto de Joquebede que decisão tomaríamos? Será que teríamos coragem de morrer por amor a Deus ou por obedecer à Sua Palavra? A mulher que é segundo o coração de Deus tem que ter sempre em seu coração o versículo que encontramos em Atos 5:29 e que diz: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." Amém?

Em Sua maravilhosa providência, Deus orientou as mãos das parteiras hebreias a fim de que o menino Moisés fosse poupado.

Cada acontecimento na vida de Joquebede estava dentro do plano cuidadoso do Senhor. E ela, como serva do Senhor usava da sabedoria que Deus lhe dera para por em prática os planos do Senhor para Seu povo. 

Mas ela estava também pondo em prática a sua fé. Ela confiava no Senhor e amava o seu filho. Ela, por confiar no Senhor, sabia que Deus estava no controle de tudo e Ele ia salvar o seu filho Moisés. Realmente, ela era uma mulher de fé. 

Poucas mulheres da Bíblia fizeram parte da galeria dos heróis da fé. Fazem parte dela: Sara, Raabe e... Joquebede. A Bíblia nos diz em Hebreus 11.23: "Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque... não temeram o mandamento do rei."

Muitas vezes, penso como o apóstolo Paulo quando ele diz: "... quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:21-24) 

Apesar disto tudo, eu sei que tenho que:

a- pela fé colocar no altar do Senhor todos os problemas que me rodeiam, todos os problemas que a meus olhos não têm solução;

b- pela fé tenho que crer que o Senhor está no controle de tudo;

c- pela fé devo confiar no Senhor como me diz Salmos 56.3: "Em qualquer tempo que eu temer, confiarei em Ti.";

d- pela fé devo fazer como Joquebede que, literalmente, fez como nos diz Eclesiastes 11.1: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás." - ela, pela fé, colocou Moisés num cesto de junco e lançou-o no rio Nilo. Ela deu este passo de fé mas, com certeza, o seu coração estava triste. Ela confiava no Senhor mas, como mãe, ela sofria com a separação, sofria por não saber o futuro do seu tão querido filhinho.

Deus estava vendo o sofrimento de Joquebede e decidiu ampará-la e, certamente, colocou em seu coração a certeza de dias melhores para seu filho. E a paz de Deus surgiu em seu coração dando-lhe tranqüilidade  e confiança. Que Pai maravilhoso nós temos!

Enquanto o Senhor trabalhava no coração dela, Ele também conduziu a filha de Faraó até a margem do rio. Foi Deus quem a fez ver o cesto onde se encontrava o pequenino Moisés e foi também Ele que colocou compaixão no coração desta jovem egípcia que teve amor pela criancinha logo que a viu.
Deus continuou agindo na vida da filha de Faraó e na vida de Joquebede. 

Vejam o que este Deus amoroso ainda fez: O pequenino Moisés precisava ser amamentado, então a filha de Faraó, que já havia decidido adotá-lo, autorizou Joquebede a levá-lo todos os dias para a sua casa para alimentá-lo com seu leite. Que provisão maravilhosa para esta mãe que repousou sua ansiedade nos pés do Senhor!

Lance o seu pão sobre as águas! Confie que o Senhor está cuidando do seu filho mesmo ele indo para outro país fazer um doutorado, mesmo ele estando se casando, mesmo ele indo morar em outra cidade, mesmo você sentindo que seu filho está indo embora da sua vida, mesmo você pensando que o está perdendo. 

Pela fé, creia que o Senhor está ciente da situação. Creia que Ele está agindo e dando o melhor para seu filho. Creia no Senhor e nunca duvide que Ele a ama, que ele ama seu filho e que os Seus planos são bem melhores do que os seus planos.

Joquebede amamentou seu filho Moisés por aproximadamente dois anos e meio. Durante este tempo o que podemos imaginar que aconteceu?

1- Podemos imaginar ela ninando seu filho com cantigas que falavam do amor de Deus por ele.

2- Podemos imaginar ela falando do Senhor, Criador dos céus e da terra.

3- Podemos imaginar ela falando do plano maravilhoso de Deus que enviaria o Seu Filho Jesus Cristo para morrer no lugar dele e dela e lhes dar a vida eterna.

Ela, com certeza, foi uma mãe que se importou com a vida espiritual de seu filho. Foi ela quem incutiu no coração de Moisés o amor pelo seu povo e, principalmente, o amor e obediência a Deus.

E você, minha irmã, ou você pai, está falando do amor de Deus a seu filho? Você lê, diariamente, a Bíblia a ele? Você ensina hinos de louvor a ele? Você o disciplina como o Senhor nos ensina na Sua Palavra?

Nunca esqueça que a alma de seu filho está em suas mãos. Deus lhe deu esta responsabilidade e você não pode falhar, pois o destino eterno do seu filho depende de você e de sua submissão a Deus. Você quer que seu filho seja salvo? Você quer que ele esteja ao lado do Senhor por toda a eternidade? 

Então comece desde cedo, ninando seu filhinho com...
"Foi Jesus que abriu o caminho pra o céu,
Não há outro meio de ir.
Nunca irei entrar no celeste lar
Se o caminho da cruz errar..."


Nunca nine seu filho com cantigas como:

"Boi, boi, boi,
Boi da cara preta
Vem pegar Joãozinho
Que tem medo de careta", 
pois ela nunca irá edificá-lo mas, com certeza, irá assustá-lo.

A Bíblia em Provérbios 22.6 me diz que devo educar "... a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele."

Novamente, gostaria de perguntar-lhe: Você está falando do Senhor todos os dias a seu filho? Nunca esqueça que A ALMA DO SEU FILHO ESTÁ EM SUAS MÃOS. Resumindo a vida de Joquebede vemos que ela...

1- foi uma mulher que amava a Deus e também amava seu filho que estava condenado a morrer nas águas no rio Nilo;

2- foi uma mulher corajosa ao esconder seu filho dos soldados de Faraó que procuravam criancinhas do sexo masculino para matar;

3- foi uma mulher de fé. Ela creu que o Senhor resolveria este grande problema que a seus olhos era de difícil solução;

4- assim como Ana, entregou seu filho Moisés ao Senhor confiando que Deus tinha o melhor para ele.

Siga os passos de Joquebede. Seja uma mulher de fé, aqui estamos falando de Joquebede, mais a palavra serve para ambos para você mãe e para você pai, confie que o Senhor está controlando não somente sua vida mas também a vida de seu filho, de seu marido, de sua família.

Seja corajosa(o), forte, sábia(o) e entregue seu filho nas mãos do Senhor.

Que Deus te abençoe!!

Livro de Êxodo / Quando foi escrito o livro de Êxodo? Quem escreveu o livro de Êxodo?




Título: Êxodo é o termo grego aplicado a este livro na Septuaginta, cujo significado é "saída", "partida", porque descreve a saída do povo de Israel do Egito. Em hebraico, o título do livro, como os demais, também  vem das primeiras palavras do texto. A saber: Shemot, que expressa: "os nomes de".

Autoria e Data: Conforme Marcos 7.10 "Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.", Moisés é o seu autor, pois foi testemunha ocular da maior parte dos acontecimentos narrados. Escreveu o livro entre 1450 e 1410 a.C., aproximadamente durante os anos de peregrinação.

Propósito: A palavra “êxodo” significa partida. No tempo definido por Deus, o êxodo dos israelitas do Egito marcou o fim de um período de opressão para os descendentes de Abraão (Gênesis 15.13 "Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,"), e o início do cumprimento da promessa da aliança com Abraão que seus descendentes não só viveriam na Terra Prometida, mas também se multiplicariam e se tornariam uma grande nação (Gênesis 12.1-3, 7). 

O objetivo desse livro pode ser definido como delinear o crescimento rápido dos descendentes de Jacó, do Egito ao estabelecimento da nação teocrática em sua Terra Prometida.

Resumo: Êxodo começa onde Gênesis terminou: com Deus lidando com o Seu povo escolhido, os judeus. Esse livro traça os eventos de quando Israel entrou no Egito como convidados de José, que era poderoso no Egito, até quando acabaram sendo libertados da escravidão cruel à qual tinham sido forçados por ... “novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José” (Êxodo 1.8).

 Os capítulos 1-14 descrevem as condições de opressão dos judeus sob Faraó, a elevação de Moisés como o seu libertador, as pragas que Deus trouxe sobre o Egito devido à recusa de seu líder de se submeter a Ele e a saída do Egito. 

A mão soberana e poderosa de Deus é vista nos milagres das pragas - terminando com a praga da morte dos primogênitos e a instituição da primeira Páscoa - na libertação dos israelitas, na abertura do Mar Vermelho e na destruição do exército egípcio.

 A parte do meio do livro de Êxodo é dedicada à peregrinação no deserto e à provisão milagrosa de Deus para o Seu povo. Mas apesar de Deus ter providenciado o pão do céu, água doce da amarga, água de uma rocha, vitória sobre aqueles que iriam destruí-los, Sua Lei escrita em tábuas de pedra por Sua própria mão e a Sua presença na forma de nuvem e colunas de fogo, as pessoas continuamente resmungavam e se rebelaram contra Ele.

 A terceira parte do livro descreve a construção da Arca da Aliança e o plano para o Tabernáculo com seus vários sacrifícios, altares, mobília, cerimônias e formas de adoração.

Os numerosos sacrifícios exigidos dos israelitas eram um retrato do último sacrifício, o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Na noite da última praga sobre o Egito, um cordeiro sem defeito foi morto e seu sangue aplicado nas ombreiras das casas do povo de Deus, protegendo-os contra o anjo da morte. 

Este comportamento aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus sem mancha ou defeito (1 Pedro 1.19 "Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,"), cujo sangue aplicado a nós garante a vida eterna. 

Entre as apresentações simbólicas de Cristo no livro do Êxodo está a história da água da rocha em Êxodo 17.6 "Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel." 

Assim como Moisés bateu na rocha para fornecer água que dá vida para o povo beber, assim Deus fez sofrer a Rocha da nossa salvação, crucificando-o pelo nosso pecado para que essa Rocha pudesse fornecer o dom da água viva (João 4.10 "Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".). 

A provisão do maná no deserto é uma imagem perfeita de Cristo, o Pão da Vida (João 6.48 "Eu sou o pão da vida.") providenciado por Deus para nos dar a vida eterna.

A Lei Mosaica foi dada em parte para mostrar à humanidade que eram incapazes de segui-la. Somos incapazes de agradar a Deus através do mantimento da lei; por isso, Paulo nos exorta: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).

A provisão de Deus para os Israelitas, da libertação do cativeiro ao maná e peregrinação no deserto, são indícios claros de Sua graciosa provisão para o Seu povo. Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).

Devemos confiar no Senhor pois Ele pode nos livrar de qualquer coisa. Entretanto, Deus não permite que o pecado continue impune para sempre. Como resultado, podemos confiar nEle e na Sua vingança e justiça. 

Quando Deus nos tira de uma situação ruim, não devemos tentar voltar atrás. Quando Deus faz exigências de nós, Ele espera que as obedeçamos, mas ao mesmo tempo Ele dá graça e misericórdia por saber que, sozinhos, não seremos capazes de obedecer totalmente.

Que Deus te abençoe!!

Gênesis 35 - Deus manda Jacó levantar um altar / Tirando os deuses estranhos


Introdução

Neste ensinamento aprenderemos como a voz de Deus poderá provocar mudanças significativas na conduta do seu povo. Jacó e sua família são ordenados pelo Senhor a um realimento na sua jornada espiritual. Após assumir uma postura de obediência, a família da promessa volta mais uma vez a estar no centro da vontade de Deus.

Como já vimos um pouco da história deste  grande patriarca chamado Jacó (se podemos assim dizer), foi um dia pequeno, falho, errou, precipitou-se, enfim, como todos os homens da história da humanidade tiveram suas falhas.

Após o encontro com Deus no Vau de Jaboque, Jacó estava preparado para encontrar seu irmão Esaú que há muito tempo o esperava para acertarem suas  antigas contas. Tudo acontece e ele sai dali vitorioso. 

Deus ordena ao patriarca subir a Betel e edificar-lhe ali um altar. Jacó limpa inclusive sua casa da idolatria dos que com ele estavam,  para servirem de verdade ao Deus vivo! Ele não divide sua glória com outrem.

DEUS FALA COM JACÓ ( Gênesis 35.1-15)

Os dias do Antigo Testamento são bem diferentes dos nossos dias no que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e a maneira como Ele fala com o homem.

Mesmo Jacó sendo o terceiro contando desde Abraão ao qual Deus havia feito uma grande promessa, Ele não fala com nenhum deles como fala conosco nos dias de hoje, na dispensação da graça em Cristo.

Quando lemos  Gênesis 35.1-15 notamos alguns pontos negativos na vida de Jacó, e devemos lutar para que não aconteça conosco:
Não devemos ouvir a voz de Deus em ocasiões esporádicas, de tempo em tempo.
Jacó não tinha domínio sobre sua casa (Versículo 2), pois as pessoas de sua casa tinham deuses estranhos.
Jacó não tinha domínio sobre seus liderados (Versículo 2), pois as pessoas que com ele estavam eram idólatras.

As vestes dos servos de Deus devem esta sempre limpas pelas atitudes do arrependimento, lavando-se pelo sangue do Cordeiro (a saber), Jesus de Nazaré.
Não há sociedade das trevas com a luz, Deus condena toda idolatria.

Betel: No hebraico, “casa de Deus”. Uma cidade da antiga Palestina a quase dezoito quilômetros ao norte de Jerusalém, que originalmente se chamava Lua. Para os antigos hebreus, trata-se de um lugar sagrado, quase tão importante quanto Jerusalém, devido à sua íntima associação com a história dos israelitas, a começar por Abraão. 

Foi ali que Abraão acampou certa feita (Gênesis 12.8 "E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor." - Gênesis 13.3 "E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai;").

A cidade chegou a adquirir o nome de Betel, “casa de Deus”,  porque foi nas proximidades que Jacó sonhou com uma escada que subia da terra ao Céu  (Gênesis 28.10-12 "Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã;
E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;").

Foi em Betel que Jacó edificou o altar e também foi ali que ele recebeu o seu novo nome "Israel". Há diversas referências bíblicas em todo o Velho Testamento sobre esta cidade, todavia ele foi destruída pelos babilônicos juntamente com Jerusalém no ano 587 A.C.

Após o exílio babilônico Betel tornou-se uma  pequena aldeia de mínima importância. O renascimento da época de Esdras e Neemias mostra que sua população era diminuta (Esdras 2.8). Não há qualquer alusão a Betel no Novo testamento.

Ao direcionar Jacó para ir a Betel Deus estava lembrando ao patriarca sobre o que aconteceu a 20 anos atrás quando ele fugia de seu irmão Esaú e quando ele fez um voto a Deus e estava na hora de pagá-lo. Deus não se esquece, se fez uma promessa, um voto, não se demore em cumpri-lo, pois Ele não se agrada de sacrifícios de tolos.

Jacó não foi desobediente à voz de Deus, ele se purificou, tirou todos os ídolos; ele, sua família e todos que com eles estavam foram ao local que Deus havia indicado: em sua casa, lugar da benção para a família.

Que onde estivermos possamos estar unidos com nossa família na casa de Deus e em qualquer lugar para apresentar sacrifícios de louvor e adoração ao Senhor, e também, sermos exemplo vivo para as demais pessoas ao nosso redor.

TIRANDO OS DEUSES ESTRANHOS (Gênesis 35.4)

A  santidade de Deus é algo inerente a Ele, e quem quiser ter verdadeira comunhão com a trindade eterna deve ser santo como Ele é.

Quando Deus manda Jacó levantar o altar, Ele não diz para Jacó como o quer, e o que ele deviria  tirar do meio dele, mas o patriarca era conhecedor da santidade do Altíssimo, não foi de qualquer jeito cumprir a ordem de Deus sobre levantar o altar.

Nos dias de hoje não é diferente, não podemos ir à casa do Senhor de qualquer jeito, oferecer sacrifícios para Deus de qualquer maneira, temos consciência dos ensinamentos que recebemos de nossos pastores, mediante a Palavra de Deus, estamos com o livro da Lei de Deus em nossas mãos e em nossos corações.

Nestes últimos dias da Igreja, temos visto muita coisa nova fora do contexto bíblico, fogo estranho no meio evangélico e devemos como servos de Deus e conhecedores do caminho da verdade falar a verdade e não nos calar! O caminho é estreito, não entra de qualquer jeito no céu. 

 Jacó não levantou o altar do jeito que ele e sua casa estava,  tirou a idolatria, os pendentes de ouro das orelhas do povo, isso significa renúncia, é dar valor à santidade de Deus.

O  sangue dos animais na antiga aliança era derramado para cobrir os pecados das pessoas, na nova aliança com Cristo o seu sangue foi derramado na cruz para nós redimir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. (Tito 2.14 "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.").

Se somos povo de Deus especial, e puro, não podemos andar como o mundo anda, usar as coisas deste mundo, nos não somos deste mundo e nossas vestes não podem ser como as pessoas deste mundo, nosso comportamento, nossa maneira de falar, nossos costumes e culturas, tem que ser de pessoas que tem as marcas de Cristo: especial e zeloso de boas obras. Se andarmos iguais a eles como vamos influenciá-los a virem para o Evangelho?

O apóstolo Paulo adverte: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12.1-2).

Infelizmente temos visto no meio evangélico,  pessoas tomando forma do mundo, não dando testemunho de cristão, pelo contrário, se dizem que é crente serve de escândalo para os que estão à sua volta. A Palavra de Deus diz que devemos ser a luz do mundo e o sal da terra. 

Há pessoas que tentam justificar sua maneira de viver igual ao mundo dizendo que usos e costumes não são doutrina, todavia a Bíblia diz que se comer carne escandaliza teu irmão não coma (1 Coríntios 8.13 "Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.").  

Poderíamos falar um pouco dos costumes do povo de Deus desde a chamada de Abraão até entrarem na terra prometida, veríamos um povo misto, desobediente, alguns insubmissos, e por estas e outras razões não entraram na terra prometida. Será que nós somos diferentes?

A TERCEIRA COLUNA LEVANTADA POR JACÓ

Uma coluna é um poste firme, posto na posição vertical, que pode ser usado para suportar porções superiores de um edifício, embora também em posição ereta, isolada ou em grupo, sem qualquer função de apoio.
Talvez o mais antigo uso de  uma coluna seja o de servir de marco, como monumento ou como sinal de voto (símbolo de função religiosa). 

Nesses  casos, usualmente uma única coluna era usada. Poderia ser apenas uma pilha de pedras (Gênesis 28.18 "Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela.").

Jacó erigiu uma espécie de coluna sobre o sepulcro de Raquel (Gênesis 35.20 "E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.")

A adoração dos cananeus empregava a  coluna memorial. Ao povo de Israel foi ordenado que derrubassem as colunas usadas nas adorações pagãs, como as dos cananeus (Êxodo 23.24 "Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme às suas obras; antes os destruirás totalmente, e quebrarás de todo as suas estátuas.").

As colunas da Igreja são seus membros mais fortes e sustentadores. Esses dão apoio ao trabalho da Igreja, servindo de elementos fundamentais na mesma.

As colunas falam sobre a força espiritual mediante a qual a alma será eternamente segura e abençoada. A Bíblia ainda fala da coluna de nuvem que aparecem algumas vezes no Velho testamento em ocasiões especificas, fala também da coluna de fogo, quando Israel andava pelo deserto.

A vida de Jacó entra em outra dimensão depois que ele recebe a visita de Deus e o orienta a levantar o altar em Betel , cumprindo o voto feito a 20 anos atrás quando fugia da face de seu irmão. Diz que o terror de Deus era sobre as cidades que estavam ao redor de Jacó.

Quando a vida de um cristão esta de acordo com a vontade de Deus, não existe nada e nem ninguém que o possa detê-lo, os projetos de Deus serão realizados mesmo que o inimigo se levante para impedi-los. Os avivamentos vieram e virão quando o homem se colocar na obediência às ordenanças do Senhor.

Deus continuara levantando pessoas para realizarem grandes obras, para que todo o propósito Dele seja realizado, nenhum dos planos de Deus cairá por terra. Todos nós somos úteis na obra do Senhor,”  Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos”

Conclusão:

Oxalá que nos dias atuais as pessoas tivessem a mesma atitude encontrada na vida de Jacó, no tocante a apresentar-se perante Deus para levantar um altar e nele oferecer sacrifícios.

Os dias de Jacó são bem diferentes dos nossos dias, no Antigo Testamento as pessoas não tinham a presença de Deus constantemente como temos hoje, o Espírito Santo não vivia com eles, hoje Ele está conosco para nos ajudar a todo instante, por isso a bíblia diz: “em todo tempo sejam alvos os teus vestidos”

Tenhamos cuidado com as pequenas coisas e pessoas que de tão importantes para nós tornam-se indiretamente uma idolatria .

Que Deus te abençoe!!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...