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2 Reis 20 - Ezequias adoece / Uma vitória não significa o fim da batalha






Introdução

Ezequias é reconhecido como um bom rei, um rei que confiou em Deus e obedeceu seus mandamentos, um rei que realizou profundas reformas religiosas em Judá, eliminando a idolatria e resgatando a adoração e o louvor a Deus. Mas, no apogeu de sua carreira ficou doente de uma enfermidade grave e mortal. Deus, então, utiliza-se de um profeta chamado Isaías para recomendar ao rei Ezequias que coloque em ordem a sua casa porque a doença que ele havia acometido o levaria a morte. O que podemos aprender dessa história? Que lições podemos tirar da enfermidade e da cura de Ezequias?

1 – UMA NOTÍCIA NADA AGRADÁVEL DE RECEBER

1  Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.
O profeta Isaías recebe de Deus uma incumbência nada fácil de ser cumprida. Ele teria que ir até o rei para fazer uma visita e anunciar que a doença o levaria rapidamente à morte e que ele deveria por em ordem sua casa. Este é um tipo de visita que ninguém gostaria nem de fazer e muito menos de receber, principalmente a um rei no auge de seu reinado. Para Isaias também não era nada cômodo fazer esta visita, pois nunca se sabe a reação de um rei, que poderia não gostar da visita e mandar prende-lo e até matá-lo, como fez Acabe com o profeta Micaías. Esta doença de Ezequias nos ensina algumas lições:


A – Uma vitória não significa o fim da batalha
1  Naqueles dias, ...

Quais dias era estes? Depois da grande vitória sobre o imenso exército da Assíria em que um único anjo do Senhor matou 185.000 soldados assírios. Ezequias venceu a batalha sem precisar que seu exército empunhasse a espada. Uma grande vitória! Depois disso vem a sua doença, o que nos mostra que uma vitória não significa o fim da batalha. Nem sempre, por se perder uma batalha, perde-se uma guerra. Mas, o contrário também é verdade: Nem sempre, por se ganhar uma batalha, se ganha uma guerra. 
Israel foi vitorioso em suas guerras, mas perdeu muitas batalhas. A verdade é que estamos em guerra com o império das trevas e esta guerra é contínua, pois termina uma batalha, seja ela com vitória ou derrota, podemos ter a certeza de que logo haverá outra batalha a ser combatida, com outra situação, com outro contexto, pois Deus nos coloca diante de adversidades diversas para ver nossa reação diante de cada uma delas. Que venhamos a aprender com nossos erros e não venhamos a insistir em estratégias que não funcionam.
Às vezes, nos cansamos de lutar e sentimos vontade de desistir. Nos fragilizamos diante da intensidade dos ataques malignos, nos rendemos diante dos desgastes provocados pelas batalhas, mas um cristão jamais deve deixar de lutar, pois somente os corajosos conquistarão o céu, os covardes serão lançados fora. Deus se alegra com os que desenvolvem a valentia espiritual, que não se acovardam no meio do caminho e que fazem dos momentos difíceis uma oportunidade para vencer o inimigo. 

Satanás, nosso maior inimigo, sempre estará armando ciladas para nos derrubar, e, se nós não estivermos preparados, perderemos não só a batalha, mas perderemos também a guerra! Por isso a Palavra nos adverte a estarmos sempre alertas quando nos diz:

(1 Pedro 5.8-9 ''Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.'' ).

A melhor notícia que temos em meio à nossa guerra é que lutamos contra um inimigo derrotado, vencido por Cristo lá na cruz, pois Paulo nos diz que:
(Colossenses 2.13-15 ''E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.'' ).

Jesus já conquistou, na Cruz do Calvário, a nossa vitória sobre as trevas, porém, existe uma insistência crônica por parte do inimigo em tentar nos esfriar em meio ao processo de conquista. Nunca nos esqueçamos de que não existem caminhos fáceis, por isso devemos trilhá-los passo a passo para não sermos apanhados de surpresa.

B – Servir a Deus não significa ser imune contra o mal

(2 Reis 20.1a ''NAQUELES dias adoeceu Ezequias de morte...'' ).
Neste Mundo Todos Sofrem e aqui está um exemplo disso: o rei Ezequias era uma excelente pessoa e um bom rei. A Bíblia confirma isso ao relatar sua história:

- Ele fez o que era reto perante o Senhor. 
- Ele removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo (combateu a idolatria).
- Ele confiou no Senhor (dependência).
- Ele se apegou ao Senhor, não deixou de segui-Lo (intimidade).
- Ele feriu os filisteus (Não fez aliança com os inimigos como o fez seu pai).

Mesmo com um histórico de vida memorável, com tantas virtudes a seu favor, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal, jovem, na flor da idade, quando estava realizando uma obra de restauração espiritual, ou como diríamos hoje, um reavivamento espiritual de Judá. A realidade é que a doença alcança tanto os bons como os maus, tanto gente nova como de idade avançada, tanto aqueles que estão sendo uma benção para a igreja como aqueles que não são, tanto as pessoas que ofereceram tudo como ainda as que têm muito a oferecer para Deus.

Fazer a vontade de Deus tem o seu galardão, tem a sua bênção, possui suas vantagens, mas não nos isenta das tribulações. O fato de sermos cristãos não significa que estamos assegurados contra qualquer tragédia. Somos atingidos também pelas tribulações da vida. É a condição financeira que entra em colapso, impossibilitando honrar os compromissos; o emprego que não existe; a violência; assaltos; filhos problemáticos e rebeldes; casamento que não anda bem; drogas; sexo; inimizades, dentre outros que compõem uma longa lista.
Então, qual a diferença de ser ou não cristão?  A diferença é que nas provações e lutas da vida não estamos sozinhos. Temos um Deus conosco. Temos uma esperança que nos sustenta, a esperança de que a morte não é o fim, pois Deus nos ressuscitará e nos dará a vida eterna. Quem não teme ao Senhor sofre só e sem esperança. Morre em seu desespero. Somos mais do que vencedores por meio de Cristo Jesus, porém não estamos isentos das batalhas e das guerras que surgirão para forjarem o nosso caráter. 

Paulo fez um convite nada agradável a Timóteo:
(2 Timóteo 2.3-6 ''Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.
O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos.'' ).

Deus permite que Seus filhos sofram, mas faz com que todas as coisas, tanto as boas como as ruins, cooperem para o bem daqueles que O amam. Deus estava com José e abençoava a tudo que ele fazia, mas este homem foi vendido pelos próprios irmãos a mercadores e, no Egito, na casa de Potifar, foi acusado de algo que não fez e lançado na prisão por causa isso. José saiu daquela prisão para ser governador do Egito. 

A promessa de Deus é que nenhuma provação nos será maior do que podemos suportar:
(1 Coríntios 10.13 ''Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.'' ).

Não sei como você está agora, mas se está atribulado saiba que Deus permitiu esta tribulação em tua vida porque Ele confia em você e sabe que pode suportá-la. Sabe por que algumas vezes perdemos uma batalha? Porque não utilizamos as armas da maneira correta e nos desviamos das estratégias de Deus. Quando andamos pela nossa própria estratégia, fazendo a nossa própria vontade, achando que já sabemos tudo, ficamos soberbos, caminhamos pelo nosso próprio caminho e destinamo-nos à queda. 

Fazemos isso quando achamos que os filhos de Deus não podem sofrer, não devem ficar doentes, não devem ser pobres, não podem enfrentar dificuldades financeiras. Fazemos isso quando achamos que Deus é rígido demais, que está jogando pesado conosco, que não nos tem tratado com amor, mas com dureza. 

Estratégias erradas! Estratégias malignas! A ordem de Deus é:
(Tiago 1.12 ''Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.'' ).

As promessas de Deus são para o vencedor e ele deve ser corajoso, guerreiro e preparado para a guerra, para a vida difícil, árdua, porque não é aqui o nosso lugar de descanso.

C – É necessário estarmos preparados para quando nossa hora chegar

(2 Reis 20.1 ''...veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.'' ).
Uma segunda provação, mais terrível que a primeira, aflige agora o rei: A morte bate a sua porta. Ser filho de Deus não garante perfeita saúde por toda a vida e não afasta a possibilidade de morte súbita e nem de morte prematura. Quem era Ezequias? Um rei bom que preferiu agradar ao Senhor com um reinado justo e realizou uma reforma religiosa em Judá restaurando a adoração e o louvor a Deus, mas que de repente a morte bate a sua porta.

A morte é uma realidade com a qual somos confrontados diariamente através das notícias nos jornais e na televisão. A pergunta importante é: estamos preparados para a morte e para o que vem depois? Todos nós, sem nenhuma exceção, justos ou injustos, estamos sujeitos a morte repentina em decorrência de alguma anomalia no coração ou de outra enfermidade e, portanto é necessário que estejamos preparados para a morte, seja ela demorada, súbita ou prematura. Colocar a casa em ordem é estar espiritualmente preparado para morrer a qualquer hora. 

Se acharmos que com a morte tudo acaba, estamos enganados, pois a Bíblia diz que:
(Hebreus 9.27 ''E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,'' ).

Não é o “nada” que nos espera, ou uma vida em outra forma como muitas religiões e filosofias nos querem fazer acreditar. Não! O que nos espera é o julgamento de Deus. Isto quer dizer que vamos ter que prestar contas na presença de Deus de nossos atos e sobre como reagimos em relação ao Seu Filho nesta vida. Isto decidirá onde passaremos a eternidade: no céu ou no inferno. 

E se não quisermos acreditar que isso seja verdade, seremos surpreendidos na nossa partida e teremos um arrependimento tardio, como teve o homem rico que, em agonia no inferno, clamava por misericórdia, mas era tarde demais. Se preparar para a morte significa colocar sua vida com Deus em ordem. Para isso existe somente um caminho: aceitar a salvação que Jesus Cristo oferece através de Sua morte na cruz:
(João 3.16-17 ''Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.'' ).

(Atos 4.12 ''E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.'' ).
(João 14.6 ''Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.'' ).

Não deixe para mais tarde a sua decisão sobre onde você gostaria de passar a eternidade – com Jesus na Glória ou longe dEle na perdição eterna? Dê este passo agora e entregue sua vida para Jesus. Ele lhe receberá com os braços abertos, lhe perdoará toda culpa e lhe dará vida eterna. Jesus lhe espera a tomar esta decisão há tanto tempo!
O rei Ezequias, em sua angústia, mais uma vez se volta para o Senhor. Certamente não poderia entrar no santuário como costumava fazer para orar, mas é sempre possível encontrar Deus, mesmo em um leito de enfermidade. Ele apenas virou a cabeça e orou ao Senhor e Deus lhe ouviu a oração. Quantas pessoas acamadas têm tido essa abençoada experiência todos os dias!

O rei Ezequias, após uma laboriosa vitória é novamente provado por Deus, agora através de uma enfermidade mortal. Não vivemos em uma estância de férias, não existe trégua em nossa guerra, não estamos imunes dos ataques e das atrocidades de nossos inimigos, precisamos estar sempre preparados, fortalecidos na graça daquele que pode nos sustentar.

2 – UMA ATITUDE CORRETA DIANTE DE UMA MÁ NOTÍCIA

O que fez o rei Ezequias quando recebeu a má notícia de sua morte? A Bíblia diz que o rei chorou e abriu seu coração a Deus. Pelas suas palavras vemos que estava preparado para morrer, mas ele não se conformou em deixar este mundo na flor da idade, sem terminar aquilo que havia começado no seu reinado. Desesperadamente clama ao Senhor. Esta experiência de Ezequias nos ensina algumas lições:

A – A oração sempre deve ser o nosso primeiro recurso

(2 Reis20.2 ''Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR.'' ).
Muitos, no lugar de Ezequias, reagiriam de maneira bem diferente. Certamente, alguns, tomados pelo desespero, se descontrolariam, enquanto que outros cairiam em profunda depressão, chorando incessantemente e haveria os que blasfemariam culpando a Deus pela situação. Provavelmente, alguns precipitariam ao suicídio, outros se culpariam acreditando estarem sofrendo algum castigo. Enfim, muitas outras reações que certamente difeririam da adotada pelo rei Ezequias. 

Só mesmo alguém tomado por uma profunda convicção poderia agir como ele agiu. Com o corpo debilitado e enfraquecido pela enfermidade, mas com o espírito forte, não conseguindo levantar-se do leito em que se encontrava, ali mesmo virou-se e com o rosto voltado para a parede e fez seu clamor através de uma oração ao seu Deus. Seu primeiro e único recurso foi a oração.

Deus tem um propósito a realizar em nossa vida, mas Ele deseja que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça a Sua vontade. Esta é a função da oração, preparar o caminho para que Deus realize Sua vontade. Sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja conforme a vontade de Deus para que suas orações sejam respondidas. Jesus disse que:
(1 João 5.14-15 ''E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.'' ).

A oração tem como objetivo estabelecer a vontade de Deus em nossa vida, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.
A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de Seu falar em nosso coração ou através de circunstâncias exteriores. É através da oração que colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual.

Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao desânimo e ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, pois quando não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. Devemos ser sensíveis a voz do Espírito Santo enquanto estamos orando para podermos discernir se esse falar é ou não de Deus, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induzirão ao erro. 

Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo:
(1 Tessalonicenses 5.17 ''Orai sem cessar'' ). 

(Efésios 6.18 ''Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,'' ).
Orar sem cessar é um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado com as coisas que são lá do alto:

(Colossenses 3.1-2 ''Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,'' ).

Estar com os pensamentos voltados para Deus é uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta através da oração.
A oração nos conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. Quando estamos alegres, ela deve ser nossa primeira expressão de gratidão, quando estamos chorando, ela deve ser nosso primeiro recurso de clamor. Ezequias nunca se esquecia e nunca deixava para depois o recurso da oração. Para ele a oração era o primordial.


B – Devemos chegar ao Senhor com sinceridade e objetividade

(2 Reis 20.3 ''Ah, SENHOR! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos...'' ).

A oração não é algo formal a ser usado para atrair a atenção dos homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados por Jesus. Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas de seus antepassados e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração onde quer que estivessem. Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter para eles um caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.
A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração. Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus.



Muitos se acham no direito de serem atendidos por Deus, mas Ele não atende uma oração se o coração que ora está fingindo, dividido entre a luz e as trevas, que vive no erro, no engano e na mentira, que não se humilha diante dele. Ezequias, mesmo sendo rei, se humilhou diante de Deus e a sua oração que apresentou a Deus foi ouvida e recebida.

C – Diante da dor não devemos nos calar, mas apresentá-la ao Senhor.

(2 Reis 20.3b ''... e chorou muitíssimo.'' ).
A visita do profeta levou o rei a pleitear diante de Deus, em oração, pela vida. Ezequias se humilhou diante do Senhor não somente em oração, mas também com muito choro. Não se desespere diante da dor, pois está nela a oportunidade de crescermos e evoluirmos na fé. A verdade é que todos nós queremos o céu, mas nos esquecemos da trajetória que temos a percorrer até lá e desejamos ter uma caminhada sem aperto, nos esquecendo das palavras de Jesus o qual nos advertiu que o caminho para o céu é estreito e apertado. 

Dor e sofrimento fazem parte da natureza que habita em nós. Eles nos incomodam e nos fazem reagir e através deles somos modificados por Deus, que vai forjando em nós o nosso caráter, lavado muitas vezes pelas nossas lágrimas. Há uma frase que descreve com propriedade as razões da aflição: "Quanto mais numerosos os espinhos, mais belas serão as rosas".

Chorar é bom! Com o sofrimento o choro chega e ele traz alívio. O choro é um amigo que conforta, deixando clara a sua missão: expressar o que vem do âmago, e ao mesmo tempo consolar. Quando precisarmos reduzir o sofrimento temos um recurso natural: o chorar. Chore, e lembre-se da frase de Jesus: "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados".
Somos o exército de Deus e somos preparados por Ele para enfrentar situações extremamente adversas, portanto, devemos resistir bravamente, afinal, fomos capacitados e enchidos com o Espírito Santo. Entregar-se aos problemas é sinônimo de fraqueza e derrota. 

Por que alguns são abalados? 

Porque edificaram suas casas sobre a areia! Sem o devido alicerce da comunhão verdadeira com Deus. É a vida cristã aparente, desprovida do Espírito e da genuína filiação. Estes, mesmo apresentando-se como pessoas dinâmicas na igreja são desconhecidos pelo Pai. Quando os problemas vêm como um forte vento, logo são abatidos e derrotados.

Os filhos genuínos do Senhor são fortes, inabaláveis, preparados para vencerem as maiores dificuldades que possam sobrevir à vida. Estes não negam a sua filiação e a exemplo de Cristo Jesus, vão até as últimas conseqüências, esperando no amparo incontestável do Pai Celeste, pois eles sabem que o Senhor, criador dos céus e da terra, sabe das suas dificuldades e promete o amparo.
Chorar não é sinal de fraqueza. Abater-se não é sinal de derrota. Apresentar sua queixa ao Senhor não é sinal de rebeldia. Podemos chorar sim. Vamos nos abater muitas vezes sim e devemos apresentar ao Senhor nossa dor. Jó fez isso! Ele falou muitas vezes para o Senhor: Está doendo. Estou sofrendo. Não há espaço mais para dor. Não há mais lágrimas para derramar, acabou, secou a fonte. Isso não é rebelar-se contra Deus, mas é ser sincero diante dele. Veja a oração do salmista:

(Salmos 102.1-12 ''SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.
Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.
Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.
O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.
Por causa da voz do meu gemido os meus ossos se apegam à minha pele.
Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um mocho nas solidões.
Vigio, sou como o pardal solitário no telhado.
Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que se enfurecem contra mim têm jurado contra mim.
Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida,
Por causa da tua ira e da tua indignação, pois tu me levantaste e me arremessaste.
Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando.
Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração.'' ).

Ezequias foi sincero e lhe disse que não achava justo ter que deixar a terra dos viventes na flor da idade, afinal, ele amava ao Senhor e era obediente. 

Lemos em Salmo 121, onde o salmista Davi diz:
(Salmos 121.1 ''Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro.'' ).

Ele mesmo responde:
(Salmos 121.2 ''O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.'' ).

Ezequias também esperava o socorro do Senhor. Quando estamos na tempestade, precisamos recorrer a Jesus e lhe suplicar que acalme a tempestade.

3 – UMA NOTÍCIA AGRADÁVEL DE RECEBER


Esta experiência nos mostra que não há crise que Deus não possa reverter. No tempo dele, Deus poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança. Não desanime. Não entregue os pontos. Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida. Ele quer ser seu amparo, quer ser seu sustentador. Deus reverteu o quadro de Ezequias de morte para a vida e podemos aprender algumas lições com esta provação passada pelo rei:

A – Deus recolhe em seu odre as lágrimas de seus filhos

(2 Reis 20.4-5 ''Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Senhor dizendo:
Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor.'' ).

Deus mandou um recado para Ezequias: vi as tuas lágrimas. Deus não desperdiça as lágrimas de seus filhos, Ele olha e recolhe em seu odre cada lágrima que derramamos. Se você não sabe um odre é um recipiente de couro para guardar líquidos. Deus é um Pai amigo que está sempre do nosso lado pelo caminho da vida. É Ele quem nos socorre. O Senhor conhece o nosso entusiasmo, o propósito de nosso coração e as nossas lágrimas escondidas. Ele vê as lágrimas ocultas que ninguém vê. Ele sente a nossa amargura de alma como ninguém outro. Ele entende a nossa dor mais do que imaginamos.
E em nossa companhia, as lágrimas vêm e vão, às vezes com maior ou menor freqüência, mas sempre vêm e vão. Mas as lágrimas se secam com um lenço, ninguém guarda lágrima, ninguém carrega um vidrinho e vai guardando as suas lágrimas, mas Deus sim porque Ele recolhe nossas lágrimas em seu odre e é na hora do choro, da amargura que Ele entra com a sua misericórdia em nossa vida.

Davi havia passado por um momento muito difícil na vida e vem contando isto no Salmo 56, mas quando Davi chorou as suas lágrimas foram secas por Deus!  De maneira poética Davi ilustra:

(Salmos 56.8 ''Tu contas as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro?'' ).
Deus está atento ao que se passa conosco. Temos um Deus vivo que se importa conosco, que vê nossas lágrimas de dia e de noite, até mesmo aquelas mais ocultas, que ninguém vê e ninguém sabe. Mais do que isso, nossas lágrimas tem valor diante de Deus: não estão elas inscritas no teu livro? Ele se importa! Deus se importa com tua dor, com teu coração, muito mais do que você possa imaginar! Você tem lágrimas? Talvez suas lágrimas não sejam visíveis, não cheguem a escorrer pela face, mas lá dentro, no coração, há um choro seu. Deus vê estas lágrimas também e as recolhe em seu odre e as escreve em seu livro.

Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8.28). 

Lembre-se de que o sofrimento é a escola superior do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida. Quando Deus nos permite sofrer, é porque está nos dando um curso avançado. Depois da tempestade, passamos a conhecer Deus melhor.
As recompensas que Deus tem para dar àqueles que confiam nEle são muito maiores do que os sofrimentos que enfrentamos. Deus tem muito mais para dar do que o mundo tem para nos afligir com dores. A Palavra nos diz que:

(Salmos 126.5-6 ''Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.'' ).

(Salmos 30.5 ''Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.'' ).

Deus não é uma energia cósmica, um olho dentro de um triângulo, não é uma pirâmide, não é pedra de cristal, mas é um Deus pessoal, presente, que ama as pessoas, que entra nas suas vidas, que deseja participar da casa, da vida delas e que quer enxugar as suas lágrimas, transformar as suas vidas! Deixe sua vida nas mãos deste Deus!


B – Deus estende aos seus filhos a sua graça
(2 Reis 20.6 ''E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo.'' ).


Aqui está um exemplo de que as coisas podem mudar. Tudo mudou na vida do rei com a oração. E se você perceber a oração foi mais forte do que a própria profecia. A profecia era clara: Ezequias põe em ordem tua casa porque você morrerá e não viverá. 

Mas Ezequias ora e Deus ouve a sua oração e cancela a profecia. Deus era o autor da profecia, com Ele está o dom da vida, Ele podia cancelar aquela ordem. Mas Deus fez muito mais por Ezequias, pois além de dar a vida, prometeu livra-lo da Assíria por todos os seus dias.
6  Livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, e defenderei esta cidade.


Deus estende a sua graça aos seus filhos. Ele é um Deus de amor que ama seus filhos e os trata com misericórdia. Ele é compassivo, paciente, benigno e tardio em irar-se e Ele nos trata com todas estas virtudes. Deus nos trata como filhos que somos. Quando pedimos pão, Ele não nos dá pedra, quando pedimos e não recebemos, não quer dizer que Ele não nos ouviu, mas sim que a sua vontade foi diferente da nossa e significa também que Ele tem um plano melhor para nós do que o nosso. Deus nos atende além do que pedimos:
(Efésios 3.20 ''Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,'' ).


Se você crê em Jesus, se você já foi lavado pelo Seu sangue, se já foi remido pelo Seu sangue, você é filho, você é herdeiro, você é ovelha, você é propriedade exclusiva de Jesus, você é a menina dos olhos dele, você é extremamente precioso, Ele ama você, Ele morreu por você, Ele verteu seu sangue por você, Ele morreu em seu lugar, em seu favor, para dar a você perdão, para dar a você redenção, para dar a você restauração, para dar a você vida eterna. Ele estende até você a sua graça.

C – Deus tranqüiliza o coração de seus filhos

(2 Reis 20.9-11 ''Disse Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás?
Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, mas volte a sombra dez graus atrás.
Então o profeta Isaías clamou ao Senhor; e fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que tinha declinado no relógio de sol de Acaz.'' ).


O fiel e piedoso rei recebe, além da cura, o mais extraordinário sinal ao retroceder a sombra no relógio de sol que seu pai mandou fazer. Deus lhe mostra que aceitou a sua petição para adiar sua morte e tranqüiliza seu coração com um sinal extraordinário.
Quando Pedro estava preso, ele sabia que Tiago estava morto e que ele seria o próximo a ser executado; sabia que a sua sentença de morte já estava lavrada. Mas, diz o texto que ele dormia na noite em que, no dia seguinte, deveria ser executado. Isso é maravilhoso! Possivelmente, qualquer outra pessoa ficaria desesperada, não conseguiria dormir nem por um instante. 

Apesar de estar preso, apesar de estar algemado, apesar de estar guardado por segurança máxima, Pedro dormia, porque Deus tranquiliza nosso coração na hora da tribulação. Pedro descansava na Soberana Providência de Deus e naquela noite ele seria libertado pelo anjo de Deus das mãos de Herodes.

Conclusão

A experiência de Ezequias nos mostra que nunca devemos desacreditar na oração, que nunca devemos deixar de orar.

Não sei qual é o seu problema, mas se você está amargurado e aflito, Jesus pode aliviar a sua alma e te trazer paz e descanso. Talvez você esteja enfrentando algumas lutas e algumas perdas em sua vida. Quem sabe está sofrendo baixas em sua vida financeira e isso angustia muito o coração. 

Talvez, esteja passando pelo drama de ver seus filhos fugirem das suas mãos, do seu controle e isso esmaga o coração. Talvez, como Ezequias, esteja enfrentando o drama de uma doença séria, grave, que se estabeleceu em seu corpo e tem gastado seu tempo e seus recursos, mas não tem tido o retorno que esperava. 

Talvez, esteja vivendo o drama de um casamento machucado, cheio de incompreensão, enquanto esperava mais presença, mais companhia, mais compreensão, mais carinho, mais amor. Talvez, esteja passando por noites muito longas buscando respostas, explicações, mas a única resposta é o barulho da tempestade que assolou sua vida. 

Deus pode reverter este quadro. Descanse nele e se você se sente oprimido por alguma coisa, ou por alguém, levante os seus olhos para o alto, coloque o joelho no chão, e clame Àquele que pode te dar descanso alívio e paz.


             Que Deus te Abençoe!

2 Reis 13 - Eliseu adoece e Jeoás vem ter com ele / A morte de Eliseu





Neste estudo, estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Todavia, como homem ele era mortal. 

Não temos como escapar, um dia enfrentaremos a morte. Porém, ela não nos assusta. Eliseu começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. 

Ele viveu todos os seus dias como servo do Senhor e com certeza pode declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia [...]” (2 Timóteo 4.7). 

Que quando chegar o nosso dia, possamos também declarar estas mesmas palavras.

Eliseu

Pontos fortes e êxitos:

    Foi sucessor de Elias como profeta de Deus
    Teve um ministério que durou mais de 50 anos.
    Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.
    Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.
    Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.


Lições de vida

    Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.

    Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.

introdução

Neste estudo, acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU

1. A velhice de Eliseu. Um bom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Reis 9.1 ''Então o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas, e lhe disse: Cinge os teus lombos; e toma este vaso de azeite na tua mão, e vai a Ramote de Gileade;'' ). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.

Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.

2. O sofrimento de Eliseu. O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Reis 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.

Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A doença não conseguiu impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.


II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU

1. A ação de Deus na profecia. Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. 

Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pedro 1.20-21 ''Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.'' ).

Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Reis 2.21 ''Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o SENHOR: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade.'' ); 

(2 Reis 3.16 ''E disse: Assim diz o SENHOR: Fazei neste vale muitas covas.'' ). 

A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Reis 13.17 ''Porque assim diz o SENHOR: Não vereis vento, e não vereis chuva; todavia este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós, o vosso gado e os vossos animais.'' ) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. 

Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Reis 3.15 ''Ora, pois, trazei-me um músico. E sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do SENHOR.'' ).

2. A participação humana na profecia. Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. 

Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.

Uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mateus 9.29 ''Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.'' ).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Aprendemos mediante a última profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida.


III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

1. A eternidade e fidelidade de Deus. É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Reis 13.20-21 ''Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés.'' ). 

Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.

Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.

2. A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus.

Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (João 21.19-23). 

A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hebreus 11.4 ''Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.'' ).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Mesmo depois de morto, Eliseu foi lembrado como um autêntico homem de Deus.

IV. O LEGADO DE ELISEU

1. Legado sócio cultural. Já estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Reis 6.1  ''E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito'' ). 

Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. 

Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Reis 4.13 ''Porque ele tinha falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo.'' ). Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

2. Legado espiritual. Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: Abertura do Jordão (2 Reis 2.13,14); A purificação da nascente de água (2 Reis 2.19-22); O azeite da viúva (2 Reis 4.1-7); O filho da sunamita (2 Reis 4.8-37); A panela envenenada (2 Reis 4.38-41); A multiplicação dos pães (2 Reis 4.42-44); A cura de Naamã (2 Reis 5.1-19), e O machado que flutuou (2 Reis 6.1-7).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

CONCLUSÃO

“Joás visitou Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: ‘Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!’, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Reis 2.12 ''O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.'' ). 

O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.

Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta”

A morte de Eliseu

Aqui chegamos ao fim de todos os homens, mesmo aqueles que possuem um ministério tão marcante quanto o de Eliseu: a morte. Tal qual Elias, Eliseu conheceu o fim do seus dias. Desta lição, podemos tirar pelo menos duas grandes lições:

Eliseu morreu de uma doença. O detalhe da Palavra de Deus não nos permite ter equívocos: “Eliseu estava doente da sua doença de que morreu...” (2 Reis 13.14). Esse verso pode deixar constrangidos os proponentes da confissão positiva, que alegam que um crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em pecado. 

Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas dessa fixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural.

Precisamos entender dois princípios claros: a) que a nossa obrigação é orar ao Senhor pedindo cura, e é Ele quem manda a cura para o seu povo, conforme a sua vontade; b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças. 

Ainda que isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.

Eliseu teve um ministério respeitado. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros profetas. E mesmo depois de morto, realizou um milagre de ressurreição. 

Este último fato não nos permite crer que podemos rogar a “santos homens e mulheres” para que nos ajudem em nossas dificuldades, pois se observarmos a narrativa dessa ressurreição, não foi feito nenhum pedido ao “santo Eliseu” para que ele ressuscitasse o homem morto que foi jogado em sua cova. 

O fato simplesmente aconteceu pelo poder de Deus, e não pela súplica direcionada a um profeta que estava no céu e poderia interceder pelo morto a Deus. Nossas orações devem ser para o Senhor, e não para pessoas consideradas santas. Nosso único intercessor é o Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, e ninguém mais. 

Assim termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Reis 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.

Que Deus te abençoe!!

2 Reis 10 - Jeú extermina a casa de Acabe






Como é notório, estamos vivendo os últimos tempos e não há como negar que também estamos presenciando uma época de apostasia. 

A própria Palavra de Deus nos garante isso:


(Mateus 24.12E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.'' ).
Isso me faz lembrar a nação de Israel quando foi governada pelo rei Acabe. Uma nação que Deus escolheu para Ele, e a mesma se voltou contra Ele – trocaram a adoração a Deus por ídolos de Baal.

Entendendo um pouco sobre o reinado de Acabe, podemos perceber que ele assumiu o trono após a morte de seu pai, Onrí, um homem que chegara ao trono por meio do assassinato e que fez o que era mal aos olhos do Senhor. 


Acabe, por sua vez, para ampliar ainda mais o seu poder, resolveu casar-se com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidômos. Ele decidiu prostrar-se a Baal e dedicar um altar ao mesmo, o que ocasionou ira ao Senhor de Israel. Tal aliança profana levou a destruição aos israelitas, mas o pesadelo de Israel estava apenas começando, pois Jezabel mandou matar TODOS os profetas de Israel.

Satanás levantou Jezabel, esposa de Acabe, como um instrumento para silenciar a voz profética de Deus na Terra. Uma mulher com espírito opressor queria envolver toda Nação israelita. 
Jezabel aparece pela primeira vez durante o reinado de Acabe, rei de Israel, em 869-850 a.C (1 Reis 16.31 ''E sucedeu que (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.'' ). 

Assim como seu pai, ela queria se aproveitar de um homem com espírito fraco e uma autoridade passiva, pois só assim ela seria capaz de ampliar o seu reinado perverso. O que podemos confirmar em (1 Reis 21.25 “Ninguém houve, pois, como Acabe que se vendeu para fazer o que mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, instigava.” ).

A figura de Acabe simboliza a abdicação da autoridade ou, pelo menos, a autoridade passiva. Ele se apresenta como uma mentalidade que evitas confrontos e não assume seus erros, ou seja, um verdadeiro covarde! Alguém com este espírito, mesmo que seja forçado a formar alianças profanas, ele prefere fazer tal aliança só para promover a paz a qualquer custo. O espírito de Acabe está sempre disposto a sacrificar o futuro a fim de obter a paz no presente.

Mas foi necessário que Deus estabelecesse um novo rei em Israel, Jeú. Como relata em (2 Reis 9. 6-7 ''Então se levantou, entrou na casa, e derramou o azeite sobre a sua cabeça, e disse: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do SENHOR, sobre Israel. E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do SENHOR, da mão de Jezabel.'' ).

Num trabalho em equipe, os espíritos de Acabe e Jezabel silenciosamente formam um relacionamento de interdependência. Como numa simbiose, existe uma necessidade mútua, e um cuida do outro para alcançarem seus objetivos. Como muitos líderes de hoje, o reinado de Acabe foi caracterizado pela tentativa de aplacar Jezabel cedendo as suas exigências.


Assim como Acabe permitia que Jezabel sacrificasse crianças como forma de adoração, por meio da promoção pessoal, controle e esquemas de manipulação, este espírito também procura abortar aqueles que são jovens e imaturos no Senhor. Então, em contra partida, Deus levantou o profeta Elias, com qual desafiou Acabe e destruiu os profetas de Baal, no monte Carmelo.

Neste ponto da História, uma grande reviravolta acontece com o povo israelita. Jeú estava disposto a cumprir a vontade de Deus em exterminar toda a casa de Acabe, pois a linhagem de Davi corria o perigo de ser corrompida e de acabar desaparecendo por causa dos casamentos com membros da família de Acabe,

(2 Reis 11.1-3 ''Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se, e destruiu toda a descendência real.
Mas Jeoseba, filha do rei Jorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pós, a ele e à sua ama na recâmara, e o escondeu de Atalia, e assim não o mataram.
E esteve com ela escondido na casa do SENHOR seis anos; e Atalia reinava sobre o país.''
).



A execução de Acazias e de seus irmãos por Jeú impediu que a linhagem de Davi sofresse a destruição absoluta. Como Deus tem sempre um propósito, foi necessário que a linhagem permanecesse intacta para a vinda de Jesus.

Assim como Israel estava vivendo uma época de apostasia, nós também estamos vivendo essa época. Nossa sociedade voltou às costas para Deus. O pecado está cada vez mais infestando o Corpo de Cristo e a vida de seus líderes. O inimigo sempre tentou silenciar as vozes proféticas de Deus e abortar a oração de intercessão. Novamente, o nome de seu instrumento é Jezabel – um poder espiritual diabólico que busca enganar, profanar e destruir as autoridades de Deus.

Seu objetivo é desativar e destruir indivíduos, ministérios e a própria igreja. De tempos em tempos, todo cristão fica vulnerável ao perigo de ser influenciado por esse poder controlador e manipulador. De certa forma, nós tentamos controlar outras pessoas, porém, quanto mais tempo alguém apela para o controle e a manipulação sem se arrepender, mais forte o espírito se torna.

Embora a ilustração bíblica para Jezabel seja voltada para o sexo feminino, este poder demoníaco também influencia os homens. No entanto, é necessário o espírito de Acabe para sustentar o espírito Jezabel.

Mas chegou o momento de uma nova ordem. Deus está alinhando a terra de acordo com a sua vontade e um clamor está se levantando na terra e adquirindo força. Deus está levantando uma geração profética. Geração esta, que carrega o espírito de Elias e tem unção para operar milagres, destituir o reino das trevas e realizar grandes façanhas para o Reino de Deus.

Nesses dias, Deus está nos chamando, mas como O responderemos? 


Como Jeú ou como Acabe? 

Assim como Jeú recebeu a tarefa de expurgar do Reino de Deus da influencia profanadora e desmoralizante de Acabe e Jezabel. Somos chamados hoje para removermos esses mesmos espíritos apóstatas da Igreja.

(2 Reis 10.11 ''Também Jeú feriu a todos os restantes da casa de Acabe em Jizreel, como também a todos os seus grandes, os seus conhecidos e seus sacerdotes, até não deixar nenhum restante.'' ).

Que Deus te Abençoe!!

A Mentira do Ativismo gay e da cura gay








O "Eu Escolhi Esperar" é uma campanha de pureza sexual e para nós imoralidade sexual não é somente a prática da relação sexual antes do casamento. Ensinamos a luz das escrituras sagradas que existem uma série de outros pecados, em torno da nossa sexualidade: pornografiamasturbaçãolascívia (despertar ou estimular sexualmente uma pessoa que não é seu cônjuge), adultério (envolvimento ou relacionamento extra conjugal) zoofilia (relação sexual com animais), pedofilia (não somente o abuso físico, mas a atração sexual por crianças), necrofilia (relação sexual com cadáveres), sodomia (sexo anal), voyeurismo (prazer em assistir cenas de sexo ao vivo), fetichismo, incesto e a homossexualidade.

O tema em foco no momento é a homossexualidade. É diária a campanha do ativismo gay. Não sou contra que lutem por seus direitos mas o que me incomoda (demais) é a forma distorcida e enganosa com que o fazem. Por exemplo, o novo termo que eles criaram, apelidaram e taxaram de "CURA GAY", do qual até cristãos falam mal achando que foi uma criação dos pastores Silas Malafaia e/ou Marcos Feliciano.

A criação do termo "cura gay" é uma referência ao Projeto de Decreto Legislativo 234/11 do deputado João Campos, do PSDB, que suspende dois itens da resolução do Conselho Federal de Psicologia que proibiam psicólogos de atender pacientes que buscassem ajuda para se libertar dos impulsos e desejos homossexuais. Que para mim ROUBA o direito da pessoa que por alguma razão não está feliz com sua tendência homossexual  e deseja ser ajudada por um profissional.

A militância gay (radicais que apesar de ser um número pequeno de pessoas) consegue fazer um grande barulho, pois tem a mídia ao seu lado, que é dirigida em sua grande maioria por pessoas com prática homossexual, e através dela conseguem promover tendenciosamente o conceito da homossexualidade, omitem verdades, escondem a realidade da vida homossexual, manipulam números, distorcem discursos e promovem uma guerra "HOMO x HETERO" ao redor do mundo e principalmente no Brasil.

Por outro lado, vejo também outros radicais religiosos, que não estão conduzindo o tema e a discussão de forma saudável, sábia e com o amor revelador de Jesus. E assim imagino que irmãos em Cristo, que amam e servem a Deus com temor, não desejam viver experiências homossexuais, sofrem reféns do silêncio e não sabem a quem pedir ajuda, porém lutam com os impulsos, desejos e atrações por pessoas do mesmo sexo. Neste momento a igreja cristã de um modo geral não está preparada para ajudar, atender e orientar nossos irmãos em Cristo que estão sofrendo com suas tentações sexuais.

Como somos uma campanha de pureza estaremos nos preparando para encarar de frente essa realidade e nos disponibilizarmos ao Senhor para cooperar com Ele na edificação, ajuda e em alguns casos, no socorro sobre a homossexualidade, seus tabus e lutas.

Decidi publicar um texto que li dias atrás, muito bom, sobre o HOMOSSEXUALIDADE de um professor e ministro que tem se dedicado a usar as redes sociais e a internet como um grande púlpito e sala de aula para todos aqueles que apreciam uma boa leitura mergulhada nas verdades da Palavra de Deus. O texto é longo, mas vai ajudar muito a quem sente desejos homossexuais e não sabe o que fazer. Segue na integra, o que li no Facebook do Pr. Augustus Nicodemus.

Carta à um ex-gay tentando voltar atrás
[Uma carta é fictícia bem como as personagens aqui mencionadas].

Meu caro Sandro,

Espero que esta o encontre bem, com muita saúde e alegria em todas as coisas.

Soube pelo seu pastor que você está pensando em desistir da fé e sair da igreja porque, passados já cinco anos que você recebeu Jesus como seu Senhor e Salvador, você continua a sentir desejos homossexuais e atração por homens. Ele me disse também que sua esposa, a Rita, tem sofrido muito com tudo isto, muito embora você tenha sido bastante honesto com ela e não tenha, em nenhum momento, sido infiel no casamento.

Seu pastor, que foi meu aluno no seminário teológico, me pediu para escrever para você, especialmente pelo fato de que fui eu quem lhe ajudou nos primeiros dias depois da sua experiência de conversão. Espero que esta carta seja usada por Deus para ajudar você neste momento difícil.

Sei que você ficou ainda mais confuso por causa do alarde da imprensa sobre um projeto que os ativistas gays apelidaram de “cura gay”. A verdade dos fatos é que esta designação irônica é a reação deles ao Projeto de Decreto Legislativo 234/11 do deputado João Campos, do PSDB, que suspende dois itens da resolução do Conselho Federal de Psicologia que proibiam psicólogos de atender pacientes que buscassem ajuda para se libertar dos impulsos e desejos homossexuais. 

O PDC 234 foi aprovado recentemente na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados. Os ativistas gays apelidaram o PDC 234 de "cura gay", uma designação irônica e maliciosa, pois o projeto não é sobre isto. Ele apenas restabelece o direito dos pacientes de pedirem ajuda e dos psicólogos de ajudarem e não usa o termo "cura". Se você quiser mais detalhes sobre os fatos, recomendo o artigo de Reinaldo Azevedo sobre o assunto.

Mas, minha carta não é sobre os fatos acima mencionados, mas sobre a crise que você está passando com estes desejos homossexuais, mesmo sendo um crente em Jesus Cristo. Você se lembra que eu lhe alertei para o fato de que crer em Jesus como Senhor e Salvador não significaria a imediata libertação de todas as consequências espirituais, psicológicas e mentais dos anos em que você viveu como homossexual praticante. O pecado deixa profundas cicatrizes em nossas vidas, marca a ferro e fogo nossa consciência com imagens, impressões, experiências, gostos e desejos, que levam muitos anos para serem vencidos.

Seu pastor me falou que você vinha lendo material de determinados autores que afirmam que homossexuais, uma vez convertidos, se tornam completamente libertados não somente da prática de relações com pessoas do mesmo sexo como também da atração por pessoas do mesmo sexo. Sandro, não duvido que em alguns casos isto possa acontecer. Sei que há casos concretos de pessoas que viviam na homossexualidade e que, depois da conversão a Jesus Cristo, libertaram-se inclusive da atração por pessoas do mesmo sexo. Todavia, isto nem sempre é o que acontece, como, infelizmente, é o seu caso. Você precisa entender, contudo, que a continuidade de desejos homossexuais depois de uma legítima conversão não significa necessariamente uma derrota e nem que Deus falhou com você.

Acho que você está esquecendo um ponto básico da doutrina cristã, que é a diferença entre pecado e tentação. A atração por pessoas do mesmo sexo é diferente da prática de relações sexuais entre elas. A primeira é uma tentação, a segunda é pecado. Tentação e pecado são duas coisas diferentes. Sandro, eu tenho um coração corrompido pelo pecado, a minha natureza é pecaminosa a despeito da minha justificação pela fé em Cristo e da presença do Espírito de Deus em mim. Diariamente, do meu coração corrompido procedem desejos, intenções, reações e pensamentos carnais e pecaminosos. Associado a isto, há as tentações externas trazidas pelo mundo, pelas pessoas e por Satanás.

Diariamente homens cristãos casados se sentem tentados a olhar uma segunda vez para mulheres que não são sua esposa e se sentem tentados a imaginar e desejar ter relações com elas. Todavia, ser tentado a fazer isto não é a mesma coisa que fantasiar estas relações ou tê-las na prática. Diariamente cristãos verdadeiros reprimem estes desejos, dizem não a estes pensamentos e evitam a segunda olhada. Pensam na esposa, nos filhos e particularmente em Deus, que odeia e abomina o adultério, e no Senhor Jesus que morreu exatamente por causa destes pecados. Cada dia em que resistem a estes impulsos e vontades é um dia de vitória e de libertação.

Caro Sandro, creio que o mesmo pode se aplicar a outras vontades pecaminosas, como desejos homossexuais, desejos de machucar outras pessoas, a cobiça por coisas... a lista é grande. A conversão a Cristo não significa a expulsão do pecado aqui e agora do nosso coração. É isto que você precisa entender.

Mas agora me deixe voltar a um daqueles estudos bíblicos que lhe passei no início do discipulado e que, pelo jeito, você esqueceu. Lembre que o processo estabelecido por Deus para libertar pessoas do pecado é realizado por ele em três etapas que acontecem em sequência e nesta ordem. Na primeira, Deus nos liberta da culpa do pecado - justificação. Na segunda, do poder do pecado - santificação; e na terceira, da presença do pecado em nós - glorificação. Lembra do quadro que desenhei para você naquele domingo?

Só recordando: a primeira etapa, a libertação da culpa do pecado, é a justificação, que é um ato de Deus, único e pontual, no qual ele nos considera justos diante dele mesmo com base nos méritos de Cristo. Corresponde, na nossa experiência, à conversão, arrependimento e fé. É um ato legal de Deus feito de uma vez para sempre e é a base das etapas seguintes. Foi o que aconteceu com você naquele dia que você, arrependido e quebrantado por seus pecados, voltou-se para Cristo em fé suplicando o seu perdão.

A etapa seguinte é libertação do poder do pecado.  Trata-se da santificação, que é um processo que se inicia imediatamente depois da justificação e que dura nossa vida toda. Ele consiste, não na erradicação do pecado e de nossa natureza decaída, mas em mortificar esta natureza, dominá-la, subjugá-la e mantê-la sob controle. Essa é a etapa do processo de salvação que você está vivendo agora. Lembra da ênfase que dei à necessidade de usar os meios de graça como oração, meditação e comunhão com outros irmãos em Cristo? 

Lembra que oramos para que o Espírito de Deus produzisse diariamente em você o fruto do domínio próprio? Sandro, neste processo há uma luta constante, ferrenha e interminável que você tem que travar contra o pecado que habita em você, contra as tentações de Satanás e do mundo. Todavia, esta luta em si não é pecado. Ser tentado não é pecado. Sentir desejos pecaminosos, vontade de fazer o mal, disposição para o que é errado, estas coisas vão nos acompanhar todos os dias de nossa vida e não são pecado – a não ser que cedamos a elas. A vitória consiste em dizer "não" a todas elas, diariamente, todos os dias de nossa vida, pelo poder do Espírito.

A terceira etapa que lhe falei é a glorificação, quando ocorrerá a libertação da presença do pecado em nós. Ela ocorrerá quando morrermos ou se estivermos vivos quando da vinda do Senhor Jesus. Haverá a ressurreição dos mortos e a transformação dos crentes que estiverem vivos. Todos os filhos de Deus serão transformados para serem como o Senhor Jesus, num corpo glorificado e sem pecado, glorioso, imortal e incorruptível, com o qual os filhos de Deus viverão eternamente no novo céu e na nova terra onde habita a justiça. Só então, Sandro, você e eu seremos finalmente livres dos desejos carnais que habitam em nosso coração.

Deus não prometeu que você ficaria livre de toda tentação e de todos os desejos a partir do momento que você cresse em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Você foi perdoado e justificado de seus pecados – inclusive do pecado do homossexualismo. Mas isto representou apenas o início do seu processo de libertação do poder do pecado que habita em você, processo este que é incompleto e imperfeito nesta vida, embora bastante real. Você precisa aprender a lutar e a dominar todos os seus desejos pecaminosos, inclusive o desejo de ter relações com pessoas do mesmo sexo, da mesma forma que os crentes heterossexuais lutam e dominam seus desejos de prostituição, fornicação, adultério, impureza e pornografia.

No seu caso, após a conversão você recobrou a atração pelo sexo oposto, casou com a Rita e tiveram dois filhos. Mas isto nunca significou que você ficaria livre da tentação pelo mesmo sexo, como você está sendo tentado agora. Outros, não conseguiram casar e optaram por viver solteiros, no celibato, sem relações sexuais com qualquer pessoa. Resolveram renunciar a tudo para se manterem fiéis a Cristo que disse que o caminho é estreito e a porta é apertada. Em qualquer situação, Sandro, a vitória consiste em resistir ao desejo e seguir o caminho da obediência, que é a mesma coisa para os heterossexuais.

Acredito que você está desanimando desnecessariamente pois de alguma forma foi levado a pensar que a conversão lhe libertaria completamente dos desejos que você tinha antes de conhecer a Jesus Cristo. Espero que esta carta seja útil para trazer verdadeira libertação.

Por favor, não interprete minha carta erroneamente. Não estou limitando o poder de Deus ou dando brecha para que você volte aos seus antigos pecados com a consciência tranquila. Como eu disse, as relações homossexuais, na prática ou nas fantasias eróticas de quem se masturba diante de um computador, são pecado e iniquidade. Ser tentado a fazer isto não é. Portanto, fique firme, continue a praticar as disciplinas e exercícios espirituais, continue a conversar com a Rita e a abrir seu coração para ela e a ver seu pastor regularmente. Conte comigo em tudo que precisar. Acima de tudo, não desista, pois Deus nunca nos prometeu uma viagem tranquila, somente uma chegada certa.

Termino declarando a minha mais completa confiança na veracidade destas promessas bíblicas, que deixo para sua meditação:

Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Romanos 6.14). Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. 21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. 22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; 23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor(Romanos 6:20-23).

Do seu irmão e amigo,

Augustus

Nelson Junior

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...