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1 Reis 13 - Um profeta prediz contra o altar / Um Leão mata o profeta / Cuidado com os falsos profetas




Introdução:

Elevado ao trono pelas dez tribos de Israel que se haviam rebelado contra a casa de Davi, Jeroboão, outrora servo de Salomão, estava em posição de proceder a sábias reformas tanto nos negócios civis como nos religiosos. 

Sob o governo de Salomão havia ele mostrado aptidão e sadio discernimento; e o conhecimento que havia adquirido durante anos de fiel serviço capacitava-o a governar com prudência. Mas Jeroboão deixou de pôr em Deus sua confiança.

O maior temor de Jeroboão era que em qualquer tempo no futuro o coração de seus súditos se deixasse cativar pelo ocupante do trono de Davi. Raciocinou ele que se às dez tribos fosse permitido visitar com freqüência a antiga sede da realeza judaica, onde os cultos do templo eram ainda dirigidos como nos anos do reinado de Salomão, muitos poderiam sentir-se inclinados a renovar sua submissão ao governo centralizado em Jerusalém. 

Trocando idéia com seus conselheiros, Jeroboão determinou, num ousado golpe, desfazer, tanto quanto possível, a probabilidade de uma revolta contra seu governo. Isto pretendia ele levar a termo criando dentro dos limites de seu recém-formado reino dois centros de adoração: um em Betel e o outro em Dã. Nesses lugares deviam as dez tribos ser convidadas a se reunir, em vez de em Jerusalém, para adorar a Deus.

Planejando esta transferência, intentava Jeroboão apelar à imaginação dos israelitas, colocando perante eles alguma representação visível para simbolizar a presença do Deus invisível. Conseqüentemente, mandou fazer dois bezerros de ouro, e estes foram postos dentro de nichos nos centros indicados para adoração. Nesta tentativa para representar a divindade, Jeroboão violou o claro mandamento de Deus: "Não farás para ti imagem de escultura. ... Não te encurvarás a elas nem as servirás." Êxodo 20:4 e 5.

Tão forte era o desejo de Jeroboão de conservar as dez tribos afastadas de Jerusalém, que perdeu de vista a fraqueza fundamental de seu plano. Ele deixou de tomar em consideração o grande perigo a que estava expondo os israelitas, pelo colocar perante eles o símbolo idólatra da divindade, com os quais seus ancestrais haviam estado tão familiarizados durante os séculos de seu cativeiro no Egito. 

A estada recente de Jeroboão no Egito devia tê-lo ensinado a loucura de colocar perante o povo tais representações pagãs. Mas seu decidido propósito de induzir as tribos do norte a não continuar sua visita anual à cidade santa, levou-o a adotar a mais imprudente das medidas. "Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém", insistiu ele; "vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito". I Reis 12:28.    Assim foram eles convidados a se prostrarem perante imagens de ouro e a adotar estranhas formas de culto.

O rei procurara persuadir os levitas, alguns dos que estavam vivendo em seus domínios, a servirem como sacerdotes nos altares recém-erguidos em Betel e Dã; mas nesta tentativa ele foi ao encontro do fracasso. Foi então compelido a elevar ao sacerdócio homens "...dos mais baixos do povo...". I Reis 12:31. Alarmados com as perspectivas, muitos dos fiéis, incluindo-se um grande número de levitas, fugiram para Jerusalém, onde podiam adorar em harmonia com os divinos reclamos.

"E fez Jeroboão uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar. Semelhantemente fez em Betel, sacrificando aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera." I Reis 12:32.

Cuidado com os falsos profetas!

O ousado desafio do rei a Deus ao pôr de lado instituições divinamente indicadas, não foi permitido passar sem repreensão. No momento mesmo em que ele estava oficiando e queimando incenso durante a dedicação do altar estranho que havia levantado em Betel, apareceu ali perante ele um homem de Deus do reino de Judá, enviado para denunciá-lo pela presunção em introduzir novas formas de culto. 

O profeta "clamou contra o altar... disse: Altar, altar assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens que se queimarão sobre ti. "E deu naquele mesmo dia um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o Senhor falou: Eis que o altar se fenderá, e a cinza, que nele está, se derramará". Imediatamente o "altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara pela palavra do Senhor". I Reis 13:2, 3 e 5.

Ao ver isto, Jeroboão se encheu de um espírito provocador contra Deus, e procurou conter o que lhe tinha apresentado a mensagem. Cheio de ira, ele "...estendeu a sua mão de sobre o altar, dizendo: Pegai dele..."    I Reis 13.4. 

Seu ato impetuoso encontrou reprovação imediata. A mão estendida contra o mensageiro de Jeová tornou-se de súbito impotente e seca, e não a podia tornar a trazer a si.

Tomado de terror, o rei apelou ao profeta para que intercedesse por ele a Deus. "Ora à face do Senhor teu Deus", suplicou ele, "e roga por mim, que a minha mão se me restitua. Então o homem de Deus orou à face do Senhor, e a mão do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes." I Reis 13:4 e 6.

Inútil fora o esforço de Jeroboão para revestir de solenidade a dedicação de um altar estranho, cujo respeito haveria levado ao desrespeito pelo culto de Jeová no templo de Jerusalém. Pela mensagem do profeta, o rei de Israel deveria ter sido levado ao arrependimento, a renunciar seus ímpios desígnios, os quais estavam desviando o povo do verdadeiro culto de Deus. Mas ele endureceu o coração, e decidiu seguir o caminho de sua própria escolha.

Por ocasião da festa em Betel, o coração dos israelitas não estava completamente endurecido. Muitos eram suscetíveis à influência do Espírito Santo. O Senhor decidiu que os que estavam indo a passos rápidos para o caminho da apostasia deviam ser impedidos em seu curso antes que fosse demasiado tarde. 

Ele enviou Seu mensageiro para interromper o procedimento idólatra, e revelar ao rei e ao povo qual seria o resultado de sua apostasia.   A ruptura do altar era um sinal da desaprovação de Deus à abominação que estava sendo praticada em Israel.

O Senhor procura salvar, não destruir. Ele Se deleita na libertação de pecadores. "Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio". Ezequiel 33:11. Por meio de advertências e rogos Ele convida o obstinado a cessar de praticar o mal, e a voltar-se para Ele e viver. 

Dá a Seus escolhidos mensageiros santa ousadia, para que os que ouvirem temam e sejam levados ao arrependimento. Quão firmemente o homem de Deus repreendeu o rei E esta firmeza era essencial; de nenhuma outra maneira podiam os males existentes ter sido reprovados. 

O Senhor deu a Seu servo ousadia, para que impressão perdurável fosse feita nos que ouviram.  Os mensageiros do Senhor não devem jamais temer a face do homem, mas sim permanecer inflexíveis pelo direito. Enquanto sua confiança estiver posta em Deus, não precisam temer; pois Aquele que lhes deu uma tarefa também lhes assegura Seu protetor cuidado.

Havendo apresentado sua mensagem, o profeta estava para retornar, quando Jeroboão lhe disse: "Vem comigo a casa, e conforta-te, e dar-te-ei um presente". "Ainda que me desses metade da tua casa", replicou-lhe o profeta, "não iria contigo, nem comeria pão nem beberia água neste lugar. Porque assim me ordenou o Senhor pela Sua palavra, dizendo: Não comerás pão nem beberás água, e nem voltarás pelo caminho por onde foste." I Reis 13:7-9.

Bom teria sido ao profeta se ele tivesse se apegado ao seu propósito de retornar sem demora à Judéia. Enquanto viajava por outra rota, foi surpreendido por um ancião que declarava ser profeta, e que se representou falsamente ante o homem de Deus, declarando: "Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou pela palavra do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água"     I Reis 13.18. Insistentemente a mentira foi repetida, o convite inculcado, até que o homem de Deus foi persuadido a voltar.

Visto que o profeta verdadeiro concordou em tomar um curso contrário à linha do dever, Deus permitiu-lhe sofrer a penalidade da sua transgressão. Enquanto ele e o que o convidara a retornar a Betel estavam à mesa, a inspiração do Todo-poderoso veio ao falso profeta, e ele "clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor: Porquanto foste rebelde à boca do Senhor, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te mandara... teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais".            I Reis 13:18-22.

Esta profecia de juízo foi logo literalmente cumprida. "E sucedeu que, depois que comeu pão, e depois que bebeu, albardou ele o jumento. ... Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver estava lançado no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e o leão estava junto ao cadáver. E eis que os homens passaram, e viram o corpo lançado no caminho, ... e vieram, e o disseram na cidade onde o profeta velho habitava. E, ouvindo o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à boca do Senhor." I Reis 13:23-26.

A penalidade que alcançou o infiel mensageiro foi ainda uma posterior evidência à verdade da profecia proferida sobre o altar. Se, após desobedecer à palavra do Senhor, ao profeta fosse permitido ir a salvo, o rei teria usado este fato numa tentativa de vindicar sua própria desobediência. 

Na ruptura do altar, no secamento do braço e na terrível sorte daquele que ousara desobedecer uma ordem expressa de Jeová, Jeroboão deveria ter discernido o pronto desprazer de um Deus ofendido, e esses juízos deviam tê-lo advertido a não persistir na prática do mal. 

Mas longe de se arrepender, Jeroboão "dos mais baixos do povo tornou a fazer sacerdotes dos lugares altos". Assim não apenas pecou ele mesmo grandemente, mas "fez pecar a Israel". I Reis 13:33 e 34. 
"E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da Terra." I Reis 14:16.

Ao final de um conturbado reinado de vinte e dois anos, Jeroboão sofreu desastrosa derrota numa guerra com Abias, sucessor de Reoboão. "E Jeroboão não recobrou mais nenhuma força nos dias de Abias; porém o Senhor o feriu e morreu." II Crônicas 13:20.

A apostasia introduzida durante o reinado de Jeroboão tornou-se cada vez mais acentuada, até que finalmente resultou em ruína total do reino de Israel. Antes mesmo da morte de Jeroboão, Aías, o idoso profeta de Siló que muitos anos antes predissera a elevação de Jeroboão ao trono, declarou:

"O Senhor ferirá a Israel, como se move a cana nas águas; e arrancará Israel desta boa terra que tinha dado a seus pais, e o espalhará para além do rio, porquanto fizeram os seus bosques, provocando o Senhor à ira. E entregará Israel por causa dos pecados de Jeroboão, o qual pecou, e fez pecar a Israel." I Reis 14:15 e 16.

Todavia o Senhor não abandonou a Israel sem antes fazer tudo que poderia ser feito para levá-lo de volta à submissão a Si. Através dos longos, escuros anos quando rei após rei se puseram em ousado desafio ao Céu e levaram Israel a idolatria cada vez mais profunda, Deus enviou mensagem após mensagem a Seu transviado povo. Por intermédio de Seus profetas deu-lhes toda oportunidade de deter a maré da apostasia e retornar a Ele. 

Durante os anos que sucederiam à cisão do reino, Elias e Eliseu viveriam e trabalhariam, e os ternos apelos de Oséias, Amós e Obadias deviam ser ouvidos na terra. Jamais deveria o reino de Israel ser deixado sem nobres testemunhas do suficiente poder de Deus para salvar do pecado. 

Mesmo nas horas mais escuras, alguns permaneceriam leais ao seu divino Rei, e em meio da idolatria viveriam inculpáveis à vista de um Deus santo. Esses fiéis foram contados entre o piedoso remanescente por cujo intermédio o eterno propósito de Jeová devia ser finalmente cumprido.

Que Deus te abençoe!!

1 Reis 12 - Roboão causa separação entre as tribos / A impiedade de Roboão



               

 Introdução:

Roboão é um nome que significa "ele aumenta o povo". Nasceu um ano antes do seu pai Salomão assumir o trono de Israel, quando ele era muito jovem ainda. Sua mãe era uma amonita chamada Naamá. Como não existe o registro de qualquer outro filho de Salomão, assume-se que ele era seu único filho.


Se realmente foi o único filho de Salomão, isso o legitimava como sucessor ao trono do seu pai, se a dinastia de Davi continuasse no poder. Mas o SENHOR já havia prevenido a Salomão que, por causa da sua infidelidade ao SENHOR, a sua descendência, a partir do seu filho, perderia o trono de Israel, ficando apenas com uma tribo além de Judá que era a sua própria.
Embora de início fosse aparentemente aceito por todo o povo como o legítimo sucessor de Salomão no trono, ele não havia sido ungido rei por um profeta em nome do SENHOR como os reis anteriores.
No entanto todo o povo de Israel se reuniu em Siquém para o fazer rei, e ele tendo completado o sepultamento e os dias de luto pelo seu pai, seguiu para lá para receber a investidura.
Entrementes Jeroboão, a quem Salomão quisera matar e por isso fugira para o Egito, voltou do Egito quando soube da morte de Salomão e se reuniu ao povo em Siquém. O profeta Aías havia revelado em segredo a Jeroboão anos antes que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão.
O povo sentia que tinha sido tratado opressivamente por Salomão e, quando Roboão chegou, exigiu primeiro que Roboão prometesse aliviar a sua carga como condição para se submeter a ele  (1 Reis 12.4 ''Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.'' ).
Roboão pediu o prazo de três dias para deliberar o assunto, e foi consultar os velhos e sábios conselheiros do seu falecido pai. Estes lhe disseram que, se agradasse ao povo fazendo a sua vontade, ganharia a sua lealdade para sempre.
Roboão desprezou seu conselho e foi consultar os jovens que haviam crescido com ele e o serviam. Estes sabiam o que ele queria e o incentivaram a dar uma resposta dura ao povo.
Roboão se agradou com o conselho desses seus companheiros e, terminado o prazo, com o povo reunido diante dele com Jeroboão, ele declarou que, ao invés de atender ao que o povo pedia, ele exigiria muito mais ainda dele do que Salomão (1 Reis 12.11 ''E o rei respondeu ao povo duramente; porque deixara o conselho que os anciãos lhe haviam dado. E lhe falou conforme ao conselho dos jovens, dizendo: Meu pai agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.'' ).
Convém notar aqui que, desde o tempo em que entraram na terra prometida, houve alguma rivalidade e ciumeira entre as tribos do norte, lideradas pela tribo de Efraim, e as do sul, lideradas por Judá.
Efraim havia sido o filho mais novo de José, a quem Jacó havia dado a maior bênção (Gênesis 48:19 ''Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.'' ), 

(Gênesis 49:26 ''As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.'' ) e seus descendentes eram herdeiros da promessa que lhe havia sido feita. 
Julgavam por isso que tinham direito de liderança sobre o povo. Josué era dessa tribo, e Samuel vinha da sua terra. A tribo de Efraim é mencionada isoladamente como aceitando Isbosete, benjamita, como rei ao invés de Davi que era da tribo rival de Judá.
As tribos do norte aceitaram Davi sete anos depois bem como seu sucessor Salomão, mas ressentiam a primazia de Judá, em cujo território foi estabelecida a capital, com o centro de governo e o centro religioso do reino, bem como o elevado tributo exigido por Salomão para suas custosas edificações ali.
Compreende-se portanto a sua rebelião quando Roboão lhes disse que ia aumentar o seu jugo, e a declaração do povo: (1 Reis 12.16 "...Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé!..." Israel voltou para suas tendas sem aclamar Roboão como rei, mas os que habitavam nas cidades de Judá permitiram que ele reinasse sobre eles, pois era da sua tribo.
Roboão tentou persuadi-los a mudar de idéia usando Adorão, superintendente dos que trabalhavam forçados, como intermediário, mas ele foi recebido a pedradas e morreu. Roboão teve que fugir às pressas para Jerusalém para salvar a pele.
Israel em seguida mandou chamar Jeroboão para o meio da congregação, e o investiu como rei, assim como Aías lhe havia anunciado (1 Reis 12.20 ''E sucedeu que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o chamaram para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém seguiu a casa de Davi senão somente a tribo de Judá.'' ).
Roboão finalmente decidiu armar os homens das tribos que estavam com ele e iniciar uma campanha militar contra as tribos rebeldes.

Mas Deus instruiu a Semaías, um homem de Deus, para que dissesse a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao resto do povo, que não desse prosseguimento a essa campanha mas que cada um voltasse para sua casa, porque fora Deus que fizera a separação. 

Eles obedeceram à palavra do SENHOR, e voltaram para suas casas (1 Reis 12.24 ''Assim diz o SENHOR: Não subireis nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque eu é que fiz esta obra. E ouviram a palavra do SENHOR, e voltaram segundo a palavra do SENHOR.'' ).

A impiedade de Roboão - 1 Reis 14.21-31


Não tardou muito para Roboão revelar o seu verdadeiro caráter de infidelidade a Deus.
 
Após ter confirmado o reino e se fortalecido, ele deixou a lei do SENHOR, e, com ele, todo o Israel, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR e provocando o seu zelo, mais do que os seus pais.


Os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes, a prostituição-cultual e todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
 
O seu castigo veio no quinto ano do seu reinado: o rei Sisaque, do Egito, sogro de Jeroboão que agora reinava sobre Israel, invadiu o território de Judá com um poderoso exército, tomou as cidades fortificadas e subiu contra Jerusalém.
 
O SENHOR, através do profeta Semaías, preveniu Roboão e os seus príncipes que esta invasão veio em reciprocidade por que eles O haviam deixado. Eles reconheceram que o castigo era justo, e por isto Deus consentiu que continuassem vivendo, mas subjugados ao rei Sisaque.
 
Eles se renderam a Sisaque, que então tomou Jerusalém e se apossou de todos os tesouros que Salomão havia acumulado na Casa do SENHOR e no palácio real, e fez de Roboão o seu vassalo.


Os arqueólogos encontraram umas esculturas que celebram esse evento em Karnac, no Alto Egito, mostrando o rei Sisaque segurando em suas mãos uma coluna de prisioneiros, com os nomes das cidades capturadas em Judá, as que Roboão havia fortificado.
 
Roboão não teve paz durante seu reinado, pois depois disso esteve sempre em guerra com Jeroboão. Finalmente, aos 58 anos e depois de reinar por dezessete anos ele morreu.


Que Deus te abençoe!!

1 Reis 11 - A idolatria de Salomão e ira de Deus contra ele / Deus excita adversários contra Salomão / A morte de Salomão




Introdução:

(1 Reis 11.1 ''E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias,'' ).

Salomão se tornou num dos maiores fracassos de toda a história bíblica. A origem do fracasso foi o seu amor por mulheres estrangeiras. Riquíssimo e famoso, não havia falta de reis e príncipes ao seu redor que lhe oferecessem suas filhas, irmãs e parentes em casamento.
A lei não proibia a poligamia entre os judeus, que podia ser até necessária em certas circunstâncias (Deuteronômio 25:5-10) mas Salomão claramente desobedeceu à lei quando, apegado a elas pelo amor:
  • Multiplicou mulheres para si: um milhar delas, entre esposas e concubinas (Deuteronômio 17:17 ''Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si.'' ).
  • Muitas das suas mulheres eram das nações com cujas mulheres o SENHOR havia especificamente proibido os judeus de se casarem (Deuteronômio 7:1-4 ''Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; E o SENHOR teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.'' ).
As conseqüências desses casamentos, claramente já previstas na lei, inevitavelmente vieram sobre ele: em sua velhice (pouco mais de 50 anos) suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses.
O seu coração já não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como havia sido o de Davi seu pai. Davi também havia sido polígamo, mas se limitou a tomar para si mulheres israelitas, com exceção de Maacá que lhe deu Absalão, e nunca faltou em sua fidelidade ao SENHOR com respeito à idolatria.
Talvez nos surpreendamos em como Salomão podia deixar o SENHOR Deus de Israel para seguir e edificar santuários para esses deuses cananeus, depois de ter construído e consagrado um tão suntuoso templo para o verdadeiro Deus:
  1. Astarote, deusa dos sidônios: chamada "rainha dos céus",        (Jeremias 44:25 ''Assim fala o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não somente falastes por vossa boca, senão também o cumpristes por vossas mãos, dizendo: Certamente cumpriremos os nossos votos que fizemos de queimar incenso à rainha dos céus e de lhe oferecer libações; confirmai, pois, os vossos votos, e perfeitamente cumpri-os.'' ), freqüentemente associada ao deus-sol Baal (Senhor). Ela eqüivale à deusa Semiramiz da Babilônia, como Baal ao deus-sol Ninrode. Também era chamada Istar, uma das grandes deusas dos assírios.
  2. Milcom, ou Moloque (rei), abominação dos amonitas: seu deus nacional, a quem se sacrificavam crianças que eram queimadas vivas. Seu símbolo era o fogo, e o peixe, símbolos também de Ninrode dos babilônios. Eqüivale ao Quemos dos moabitas.
A origem desses deuses, como vemos, está na Babilônia, fazendo parte da religião babilônica que é a mãe de todas as religiões pagãs do mundo (não judaico-cristãs). Dela lemos em Apocalipse 17. Os israelitas haviam sido prevenidos contra adorar outros deuses, particularmente Moloque (Êxodo 20:1-6; Levítico 18:21; Levítico 20:1-5).
É de se notar que Salomão não se afastou de Deus de repente. Isso se deu aos poucos ao casar-se, primeiro com uma princesa do Egito, depois outras princesas, muitas das quais cananéias. Para agradá-las ele permitiu que continuassem na sua idolatria e eventualmente construiu santuários para que ali oferecessem incenso e fizessem sacrifícios aos seus ídolos. Por fim, ele próprio comparecia com elas para assistir e tomar parte nos rituais. Um "pequeno" pecado só para agradar os outros ou para manter uma amizade pode ser o primeiro passo no caminho que nos afasta de Deus.
Deus conhece a nossa natureza e as nossas fraquezas, e os seus mandamentos são sempre para o nosso bem. Quando alguém não os obedece, as conseqüências inevitavelmente se seguirão. Não é suficiente conhecer a Palavra de Deus, ou mesmo crer nela: é preciso obedecê-la em todas as nossas ações e decisões. Tal qual Salomão, o homem mais sábio que já existiu, nós não somos tão fortes quanto pensamos.

O SENHOR aparece pela última vez a Salomão ( I Reis 11.9-13)

O SENHOR se indignou com Salomão por causa da sua infidelidade, e lhe apareceu novamente, pela terceira e última vez, avisando que o reino de Israel seria tirado do seu filho e dado ao seu servo, porque Salomão não havia cumprido com a sua parte da aliança feita após a dedicação do templo. Mas em consideração a Davi e por amor a Jerusalém ele permitiria que a sua descendência ficasse com uma tribo (além da tribo de Judá que era a de Davi).

Aparecem os inimigos ( I Reis 11.14-40)

A paz que existia no reinado de Salomão, e que lhe havia permitido dedicar todo o esforço da nação em atividades pacíficas dando-lhe uma invejável prosperidade, começou a ser ameaçada pelos seus inimigos. "Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz" (Isaías 47:21). Três deles são descritos aqui:
  1. Hadade o edomita: da linhagem real de Edom, ele havia fugido ainda muito jovem para o Egito com alguns dos seus homens quando o rei Davi conquistara Edom. Este era um território, atualmente da Jordânia, de importância estratégica pois controlava o caminho para o mar Vermelho. Hadade casou-se com a cunhada do faraó, e voltou para Edom durante o reinado de Salomão, dando início a operações militares contra ele.
  2. Rezom, rei de Damasco: bandoleiro, fugido de Zobá onde Davi havia feito um morticínio, foi coroado rei de Damasco pelos seus homens. Ele agora reinava sobre a Síria e detestava Israel, fazendo-se seu adversário todos os dias de Salomão.
  3. Jeroboão da tribo de Efraim: ainda jovem, tinha sido colocado por Salomão como capataz de uma de suas obras percebendo que era homem valente e capaz, moço laborioso. Um dia o profeta Aías revelou-lhe em segredo que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão. Explicou ainda que apenas uma tribo (além de Judá) ficaria com o filho de Salomão, assim afligindo a descendência de Davi, mas não para sempre: é uma profecia do reinado do descendente de Davi (Jesus Cristo) e do reinado de Davi no milênio. Jeroboão e a sua descendência ficariam no trono das dez tribos de Israel, depois da morte de Salomão, desde que ele e a sua descendência ouvissem e obedecessem ao SENHOR em tudo, e andassem nos Seus caminhos, e fizessem o que era reto perante Ele, guardando os Seus estatutos e os Seus mandamentos, como fez Davi. Jeroboão, no entanto, talvez por impaciência levantou a mão contra o rei Salomão, e este procurou matá-lo. Mas conseguiu fugir para o Egito onde foi bem acolhido pelo rei Sisaque.

A sua morte ( I Reis 11.41-43)

Neste ponto chegamos rapidamente a um ponto final, como se não interessasse mais saber nada sobre o apóstata Salomão. 
Quase que desprezivelmente, está escrito ( I Reis 11.41 "Quanto aos mais atos de Salomão, a tudo quanto fez, e à sua sabedoria, porventura, não estão escritos no Livro da História de Salomão?" ). Este livro não faz parte do cânone bíblico, e é provavelmente uma crônica do seu reino disponível aos escribas que escreveram o livro de 1 Reis, e que não foi conservada.
É um triste fim para quem começou tão bem e gozou das ricas bênçãos de Deus, prosperando materialmente mais do que qualquer outro dos Seus servos aqui na terra. Mas não conseguiu permanecer nos caminhos de Deus e ser fiel até a sua morte.
Seria diferente se tivesse seguido o que ele próprio aconselhou no fim do seu livro de Eclesiastes: 
( Eclesiastes 12.13 "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." ).

Que Deus te abençoe!!

1 Reis 10 - A rainha de Sebá vem visitar Salomão / A mulher Sábia!






(1 Reis 10.4-5 " Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, E a comida da sua mesa, e o assentar de seus servos, e o estar de seus criados, e as vestes deles, e os seus copeiros, e os holocaustos que ele oferecia na casa do SENHOR, ficou fora de si'' ).


Introdução:

No século VI a.C., havia uma rainha muito bela e muito rica que reinava na cidade de Sabá. Esta cidade ficava cerca de dois mil quilômetros da cidade de Jerusalém.
Neste tempo, os meios de comunicação eram muito precários. As notícias, mesmo com todas estas dificuldades, se espalhavam através de pessoas que andavam a pé ou viajavam em jumento ou camelo.

Lendo o livro de 1 Reis, conhecemos esta mulher que além de bonita e rica era também corajosa e decidida. Notícias do rei Salomão, de sua sabedoria e do seu Deus chegavam até ela. 

Podemos imaginar o que ela, provavelmente, pensava: "Será verdade que exista um homem tão sábio sobre a face da terra?" e ainda: "Será que existe um deus tão poderoso que faça tantos milagres nesta terra tão distante?" E as perguntas tomavam conta de sua mente e ela continuava... "E se tudo isto for verdade? E se, realmente, este homem existe? E se este deus que tanto falam for verdadeiro?"

Indagações se misturavam em sua cabeça e então ... ela fez uma decisão muito importante que iria mudar toda a sua vida: ELA IRIA ATÉ ISRAEL PARA VER SE TUDO O QUE ESTAVAM DIZENDO ERA VERDADE.
A sua viagem até Jerusalém seria muito longa mas ... ela decidiu fazê-la. Reunindo soldados, servos, animais, presentes e bastante comida, ela partiu de Sabá rumo a Jerusalém, onde ela estaria frente a frente com o homem mais sábio do mundo, o rei Salomão. Calcula-se que a cada dia, ela viajava com toda a sua comitiva, cerca de trinta quilômetros. Isto ela fez por setenta e cinco dias.

Observando esta mulher decidida e corajosa que queria conhecer Salomão e, provavelmente, queria aprender de sua sabedoria, nos lembramos de nós, mulheres que almejam ser decididas, corajosas e sábias. Mas só existe uma "pequena diferença: para conseguir tudo isto não precisamos viajar quilômetros e quilômetros, pois temos diante de nós a Palavra de Deus com toda a sabedoria que o nosso Senhor quer colocar em nossos corações para que nos tornemos mulheres sábias e belas a Seus olhos. 

Infelizmente, para muitas de nós, esta sabedoria é inatingívelestá longe demaisestá difícil e é difícil de entendê-la. Mas a Palavra de Deus nos diz em (Tiago 1:5 ''E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.'' ).

Irmã, assim como a rainha de Sabá, sejamos corajosas e coloquemos em nosso coração o desejo de aprender do Senhor, crescer em Seus caminhos e nos transformarmos em mulheres cheias de sabedoria.

O grande desejo desta rainha era não apenas conhecer o rei cuja sabedoria foi dada por seu Deus mas também conhecer o Deus que fez maravilhas na vida dele.
Ela era uma mulher que queria saber a verdade e queria ver com seus próprios olhos tudo que ela ouvira falar. 

O próprio Jesus a elogiou ao ver o seu esforço em vir de tão longe para conhecer a sabedoria de Salomão. Em Mateus 12:42 Jesus disse: ''A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.'' ).

Irmã, não seria bom se o Senhor pudesse dizer de mim e de você ... "Ela vem todos os dias ter momentos de comunhão comigo e aprender de Mim para que possa se transformar numa mulher sábia e assim poder transmitir às outras mulheres o que Eu ensino a ela na Minha Palavra"?

Irmã, sejamos corajosas e fortes com as coisas do Senhor. Assim como a rainha de Sabá, não devemos medir esforços, nem distância, nem tempo para aprendermos mais sobre Aquele que não mediu esforços para morrer no meu e no seu lugar para nos dar a vida eterna. Devemos assim como ela, partir em busca de sabedoria.
Esta mulher merece, realmente, a nossa admiração, pois ela...

1- Não se preocupou com o cansaço a fim de que pudesse alcançar seu objetivo;

2- Não se preocupou com a distância, embora, provavelmente, tivesse que viajar uns setenta e cinco dias;

3- Não se preocupou com quanto iria gastar com os presentes que ela estaria levando para o rei Salomão - muito ouro, especiarias e pedras preciosas.

O mais importante para ela era conhecer o rei Salomão, ver se, realmente, era como ela tinha ouvido falar e saber mais sobre o Deus que ele confiava.
Depois de uma longa e cansativa viagem, esta bela e rica rainha que veio ver e ouvir da sabedoria de Salomão, chegou a Israel com toda a sua comitiva: "com camelos carregados de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas" (1 Reis 10.2b). 

A Bíblia nos diz que ela "...disse-lhe tudo quanto tinha no seu coração", e ainda que "... Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas, nada houve que não lhe pudesse esclarecer" (1Re 10:2c,3).

Quando a rainha viu a sabedoria de Salomão, a casa que ele fizera, a comida que havia na sua mesa, o modo de agir de seus servos, as suas vestes, os seus copeiros e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, a Bíblia nos diz que ela "ficou fora de si" (1 Reis 10:5b).

Ah, irmã, muitas de nós têm os corações endurecidos e não mais se maravilham ...

1- Quando ouvem a Palavra de Deus;
2- Quando lêem a Bíblia;
3- Quando cantam hinos de louvor ao Senhor;
4- Quando oram.

Muitas de nós não sentem necessidade de sabedoria, pois a nossos olhos já somos suficientemente sábias.
Muitas de nós não sentem vontade de crescer espiritualmente para se transformarem em mulheres segundo o coração de Deus.
Como seria bom para nossas almas se alguém pudesse dizer de nós o que ela disse ao rei:
"Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti ..." (1 Reis 10:9a).
Como seria bom se alguém nos dissesse: "Bem-aventurados são aqueles que te cercam, teu marido, teus filhos e os que trabalham para ti e que têm a oportunidade de ouvir a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti..."
Ah, irmã, que privilégio ser uma mulher do agrado do Senhor!

Em 1 Reis 10:13 a Bíblia nos diz que... "... o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou, tudo quanto pediu, além do que dera por sua generosidade..."
E a rainha de Sabá partiu para a sua terra com seus servos, conhecendo não apenas o homem mais sábio do mundo  - o rei Salomão - mas conhecendo um Deus que lhe deu um coração desejoso de buscar conhecimento não só das coisas terrenas mas das coisas eternas.

Em Mateus 6:21 a Palavra de Deus nos diz que "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."

Então, irmã, que o nosso tesouro esteja repousando nos braços do Senhor e que o nosso coração esteja almejando, ardentemente, crescer no pleno conhecimento de Deus, pois só assim Ele nos abençoará com sabedoria.

 (Provérbios 14:1 ''Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.'' ).

                                                                                       Por: Valdenira Nunes 

1 Reis 4 - A sabedoria de Salomão / Dá-nos sabedoria Óh Deus!




Introdução:

A sabedoria está, juntamente com a fé, como um dos pilares fundamentais para o homem conhecer a Verdade absoluta, que é JESUS CRISTO. A Bíblia Sagrada faz menção a vários homens que se destacavam pela sabedoria que possuíam: Noé, José do Egito, Moisés, Samuel, Davi, Jó, Isaías, João Batista, Pedro e João (esses dois apesar de terem sido pescadores se tornaram sábios), Paulo e tantos outros. Mas nenhum recebeu um destaque especial pela grande sabedoria que detinha como Salomão, filho e sucessor do rei Davi, e autor de mais de 3000 mil provérbios e 105 cânticos. 

O nome Salomão significa pacífico, mas não foi pela busca nem pela transmissão da paz que ele ficou conhecido. Salomão pediu algo que talvez muitos hoje em dia não atentassem a pedir: pediu sabedoria. E assim DEUS fez: “DEUS deu a Salomão sabedoria e muitíssimo entendimento, e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. A sabedoria de Salomão era maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios” (1 Reis 4:29-30).

O próprio JESUS, Filho de DEUS, fez referência a essa sabedoria ao fazer uma dura advertência aos escribas e fariseus, considerados os maiores doutores da Lei judaica na época: “A rainha do Sul se levantará no dia do Juízo com esta geração, e a condenará; pois veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui, está quem é maior do que Salomão” (Mateus 12:42)

Foi Salomão também, no décimo ano do seu governo, quem construiu o opulento e belíssimo Templo para DEUS, o qual durou sete anos para ser erguido, palácios reais e muitas naus. A Sabedoria de Salomão rompeu fronteiras e atraiu a atenção de muitos outros reis poderosíssimos. 

Um exemplo disso foi a visita da Rainha de Sabá, na Arábia, a qual, depois de saber de sua fama, procurou-o para prová-lo nos enigmas mais complicados: “Salomão lhe respondeu a todas as suas perguntas; nada lhe houve difícil demais que não soubesse explicar” (2 Crônicas 9:2)
.
Houve grande riqueza material no período em que Salomão esteve à frente do Governo do povo de Israel, a ponto da mesma rainha afirmar após se maravilhar com toda a magnificência: “Foi verdade a palavra que ouvi na minha terra, acerca dos teus feitos e da tua sabedoria. Porém eu não acreditava naquelas palavras, até que vim, e vi com os meus olhos. Deveras, não me disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi. Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria!” (1 Reis 10:6-8). Imagino o semblante estupefato da rainha ao proferir estas palavras… 

Mas por que Salomão se tornara um homem extraordinariamente sábio? As três razões, as quais vamos expor adiante, devem servir de parâmetro para nossa vida nos dias de hoje. Devemos nos espelhar nas boas atitudes dos homens de DEUS, que, ao seu tempo, deixaram-nos um grande legado de valores morais e espirituais.

Salomão fora considerado sábio:

1)  Porque amava a Deus, o Sábio dos sábios

O amor que Salomão tinha por DEUS era algo indiscutível. Ele vira tudo o que o Senhor havia feito de maravilhoso na vida e no reinado do seu pai, Davi. Salomão cria que o Senhor DEUS era fiel suficiente para derramar também sobre ele as profundas bênçãos que havia derramado sobre Davi. 

O amor dele por DEUS fê-lo andar nos Seus caminhos e guardar os Seus estatutos: “Salomão amava ao Senhor, andando nos estatutos de Davi, seu pai, mas nos altos oferecia sacrifícios e queimava incenso” (1 Reis 3:3)

Aprendemos aqui que é impossível amar a DEUS sem buscar a Sua Santa vontade. João, em sua primeira Epístola, escreveu bem sobre a relação do Amor com as atitudes: “Aquele que diz: eu o conheço (a Deus), e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (2:4). Portanto, o amor muito antes de ser um sentimento é comportamento, medido pelas atitudes do homem em relação ao seu Criador.

2)  Porque era humilde

Mesmo sendo conduzido a um cargo de grande responsabilidade, Salomão não se fez de rogado nem permitiu que a soberba tomasse conta de sua alma. Antes, ele sabia que pelas suas próprias forças e conhecimento não seria capaz de conduzir o Povo de Israel nos caminhos de justiça e de verdade. 

Portanto, Salomão admitiu a sua insuficiência e a sua fraqueza, revelando, consciente da grande causa que lhe fora colocada em suas mãos, a sua incapacidade humana de administrar o seu destino: “Agora, ó Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo no lugar de Davi, meu pai. Mas eu sou apenas um menino pequeno, e não sei como sair, nem como entrar” (1 Reis 3:7)

No livro de Tiago, no Novo Testamento, há a confirmação: “Quem entre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria” ( Tiago 3:13)

Por isso, Salomão, ao amar a DEUS e ao reconhecer diante do PAI a sua fraqueza, tornou-se forte e sábio. Não procure resolver os dilemas de sua vida pelo seu próprio esforço. O que nós adquirimos como bons fundamentos de vida é muito pouco para a perfeita condução de uma vida com tantos obstáculos e problemas enormes. Só JESUS pode nos dar a direção certa. Ele “é o Caminho” (João 14:6) de Sabedoria que não só nos faz pisar em terra firme como nos garante vida eterna com DEUS. Seja humilde. A humildade é ponto de partida para quem quer ser sábio de verdade.

3)  Porque ele soube pedir 

Salomão teve propósitos grandiosos. Mas sabia que riquezas materiais nem seculares não eram suficientes para obtenção do êxito de tudo o que planejou. Ele necessitava de algo mais, de um tesouro que não era e nem podia ser vendido em nenhum mercado do mundo e que nenhum centro de estudos era capaz de produzir, por melhor desenvolvimento tecnológico que tivesse: a sabedoria

Salomão recebeu sabedoria quando pediu que DEUS fosse a sua fonte de sabedoria: “Portanto, dá ao teu servo um coração entendido para julgar o teu povo, para prudentemente discernir entre o bem e o mal. Pois quem poderia julgar este teu grande povo?” (1 Reis 3:9)

No versículo seguinte, vemos o resultado por ter pedido corretamente a DEUS: “Esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa”. A Bíblia nos revela o segredo: “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não censura, e ser-lhe-á dada” (Tiago 1:5). Foi o que Salomão fez. 

Daí os maiores poderosos terem se curvado diante da grandeza espetacular a que ele produzia. E a sabedoria que DEUS deu a ele foi uma sabedoria prática, descrita na suntuosidade de suas realizações. A sabedoria para caminhar e enfrentar as grandes adversidades do dia-a-dia no mundo ou entre os irmãos na igreja; a sabedoria para decidir algo quando formos chamados; a sabedoria para deixar de fazer quando necessário e, principalmente, a sabedoria para entrar na presença do PAI. 

A verdadeira sabedoria nos reveste das bênçãos espirituais que estão guardadas para nós no céu. Em Mateus está escrito: “Buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (6:33)

Há muita igreja por aí direcionando os seus cultos para a busca dos bens materiais, interpretando equivocadamente alguns versículos bíblicos. São lugares onde as pessoas não se firmam por aquilo que DEUS é, mas no que ELE pode dar. Por isso, a palavra que vem dos púlpitos é letra morta, sem o toque do Espírito Santo; e o povo, que se alimenta dessa palavra, vive sem qualidade espiritual.

Conclusão

Agora preste bem atenção: Salomão foi um rei importantíssimo nos 40 anos que passou sob a liderança dos israelitas e, como vimos, de uma sabedoria extraordinária. Mas o fim de Salomão está descrito no livro de Reis: “então dormiu Salomão com os seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai. E Roboão, seu filho, reinou em seu lugar” (1 Reis 11:43)

JESUS afirmou que ELE era maior do que Salomão (Mateus 12:42 ''A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.'' ) e advertia aos maiores religiosos daquele tempo a ouvirem a Sua voz e a seguirem os Seus mandamentos. 

O aviso de JESUS é claro e simples e também se destina a você: Alguém maior que Salomão hoje está entre nós! A arrogância do nosso ser nos impede de chegarmos aos melhores lugares nessa vida. 

Um coração sábio não pretende entrar em palácios reais de tesouros materiais opulentos como os do tempo de Salomão. Mas deseja se revestir, mesmo fraco e limitado, das virtudes e das grandezas de DEUS. É nesse lugar onde os corações sábios desejam estar e direcionar a vida. 

A falta de sabedoria nos faz desamparados e envergonhados. Que DEUS, então, habilite-nos à sabedoria, que nos fará eternamente com ELE! Amém! Graças a DEUS! Ora vem, Senhor JESUS!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...