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Juízes 7 - Gideão com trezentos homens vence os midianitas




Gideão e os 300


(Juízes 7.1 a 7 "01. Então Jerubaal (que é Gideão) se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele havia, e se acamparam junto à fonte de Harode, de maneira que tinha o arraial dos midianitas para o norte, no vale, perto do outeiro de Moré. 02. E disse o SENHOR a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. 03. Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido, volte, e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram. 04. E disse o SENHOR a Gideão: Ainda há muito povo; faze-os descer às águas, e ali os provarei; e será que, daquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém de todo aquele, de que eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. 05. E fez descer o povo às águas. Então o SENHOR disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. 06. E foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. 07. E disse o SENHOR a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; portanto, todos os demais se retirem, cada um ao seu lugar.")

INTRODUÇÃO


Esta mensagem é uma palavra que vai impactar seu coração, mas para isso você precisa abrir seu coração e deixar que a palavra do Senhor faça morada em ti, pois conhecereis a verdade e a verdade vos libertará e sem dúvida a verdade é a boa e agradável palavra de Deus.

Quero falar de um evento grandioso que marcou a vida do povo de Deus, quando um homem se propôs a fazer a vontade de Deus. Este homem é conhecido por Gideão ou em hebraico Gidon, alguém que saiu do nada, do abstrato para se tornar um Juiz, para se tornar uma ferramenta nas mãos do Todo Poderoso. Mas também veremos o que acontece com aqueles que se metem no caminho de um ungido por Deus, por isso a bíblia diz que coisa terrível é cair nas mãos do Deus altíssimo.


Mas o enfoque se dará a aqueles que estavam com Gideão em um propósito de livrar Israel de sete anos de sofrimento e humilhação causada pelos inimigos, os povos Amalequitas e Midianitas.


Quero chamar a atenção do povo de Deus para a batalha, pois sabemos e cremos que os dias ficam cada vez mais difíceis, e não podemos nos omitir da luta, e a palavra do Senhor nos alerta que Ele nos deu espírito de poder e não espírito de medo. Então vamos juntos conhecer a história de Gideão e seus 300 homens e assim crescermos juntos e vencermos todos os inimigos.


QUEM ERA GIDEÃO?

Seu nome traduzido é “O talhador ou destruidor”. Era filho de Yoash que é Joás, da tribo de Manasses. Também foi chamado Jerubaal (Juízes 6.32) que significa “baal que se vire”, e Jerubesete (II Samuel 11.21) que significa “contenda com ídolo”. Habitava na cidade de Ofra, e foi escolhido por Deus de um modo muito extraordinário para libertar os israelitas do jugo dos midianitas, sob o domínio dos quais, Israel tinha sofrido pelo espaço de sete anos. 


Os inimigos rapaces e cruéis destruíam todos os anos, os produtos da terra de Canaã, à exceção dos que podiam ser escondidos nos retiros fortificados das montanhas. Foi Gideão o sétimo juiz de Israel, que julgou os israelitas pelo espaço de cinqüenta anos, e também recusou ser o rei de Israel. Em seus dias, Israel abandonara a Deus e estava numa condição muito debilitada, atemorizado por ladrões midianitas, que saqueavam o país e faziam à vida intolerável (Juízes 6.1-5).



Este era o homem que Deus escolheu para livrar Israel das mãos dos inimigos. Agora analise comigo a atitude de Gideão. Segundo suas próprias palavras, ele era pobre, alguém que aos olhos da sociedade não merecia créditos ou confiança, mas se analisarmos bem veremos que provavelmente durante a noite Gideão colhia o trigo e durante o dia ele malhava o alimento no lagar, que era o lugar de se pisar a uva, pois o trigo era batido na eira e não no lagar. Isso nos mostra a vontade de Gideão em ter suprimentos para sua família, pois se não fizesse assim os inimigos levariam seu alimento e os deixaria passando fome.


QUEM ERAM OS INIMIGOS DE ISRAEL – Juízes 6.3

Israel havia se desviado dos caminhos do Deus Eterno, e descambado para idolatria, que em minha opinião é o pior de todos os pecados, pois ao idolatrarmos uma entidade estamos declarando o desprezo pelo Deus verdadeiro. Então Deus permite que inimigos se levantem para oprimir o povo, pois a brecha já estava aberta para a ação legal do inimigo de nossas almas. Assim naquela época levantaram se os Midianitas e os Amalequitas, juntos como insetos. 

E por sete longos anos eles subiam e tomavam todo o alimento e arrebatavam todo o rebanho do campo. E para sobreviver os Israelitas escondiam alimentos em cavernas feitas nas montanhas calcárias.


Os Midianitas eram parentes dos Israelitas, descendentes de Mídiã, um filho de Abraão e Quetura em seu segundo casamento. Era um povo nômade que vivia ao leste do rio Jordão do mar Morto, ou seja, ficavam no lado oriental de Gileade, Moabe e sul de Edom para o noroeste da Arábia.



Os Amalequitas eram uma tribo também nômade, localizada no Neguebe, na península do Sinai, eram descendentes de Amaleque, neto de Esaú (Gênesis-36.12,36). Os Midianitas e os Amalequitas formaram uma coalizão, para ferirem a Israel.



Sabe o que aprendo aqui? É que muitas vezes, ou na maioria das vezes, nossos inimigos estão perto de nós, são os da nossa casa.


O EXERCITO DE GIDEÃO

A bíblia nos revela que após uma conversa com o Anjo do Senhor, que segundo alguns estudiosos uma Teofania, Gideão conclama ao povo para irem para guerra, e ajunta um exército de 32.000 homens, aparentemente um bom número de homens, mas para conseguirem vencer o inimigo, cada um do exército de Israel teria que matar cerca de 4 homens do exército inimigo, mas agora vem Deus e manda que Gideão faça um proclame dizendo que aos covardes, medrosos que voltem para casa.


Penso que Gideão acreditasse que uns 50 a 100 homens fossem embora, mas para sua decepção 22.000 homens eram covardes, assim só ficaram 10.000 homens, o que tornou a coisa mais difícil, pois agora cada Israelita teria que matar 13 homens do exercito inimigo. Novamente vem a Deus e acha que ainda é muita gente, e manda que se levem os 10.000 para beberem água, na fonte que recebeu o nome de “Fonte de Gideão”. 

Deus diz que os que levassem à água a boca lambendo como se faz um cachorro fosse posto a parte. Dentre estes, 9.700 se ajoelharam e beberam água como quem estava displicente com o inimigo, e assim foram dispensados, ficando 300 homens, que agora teriam que matar a fio da espada cada um cerca de 4.333 homens do exército inimigo, pois saiba você que o grupamento dos Midianitas e Amalequitas eram um Exército de 135.000 homens. 



Gideão tinha apenas 300 homens que de acordo com as palavras do Anjo venceriam os inimigos. É quase difícil de acreditar que isso fosse possível, mas quando a palavra de Deus está empenhada no negócio, então não haverá derrotas. Você pode estar hoje diante da maior adversidade de sua vida, mas se entregar sua vida a Jesus, sua vitória chegará, e então você cantará um cântico de vitória e se exultara.


A FONTE DE GIDEÃO

O texto em epígrafe é bem claro. Gideão se acampa na fonte de Harote, mas o mais interessante é que Harote significa “fonte do medo, do terror” (Jeová parece sempre brincar com as palavras). Então Deus ordena a Gideão para que leve os 10.000 homens que ficaram para beberem água.


Talvez aquelas águas aos olhos do povo de Israel, fossem águas desprezadas, mas a sede era grande e bem sabemos que o corpo humano é formado de 70% de água, e naquela situação eles não suportariam a batalha. Muitas vezes achamos que Deus não virá a nosso socorro, pensamos que estarmos sozinho, mas saiba de uma coisa, Deus nunca fará aquilo que você pode e tem capacidade de fazer, Ele faz o que para nós é impossível. 

Ele nos levará a uma fonte de Harote, mas como e de que maneira nós beberemos da água, dependerá de cada um. Alguns beberam de forma diferente e para eles naquele momento algo sobrenatural aconteceu, e se você também souber que maneira se portará diante do poço o sobrenatural estará perto.



Fico a pensar por que Deus escolheria seu exercito no momento de beberem água. Ou o porquê muitos nem chegaram a provar daquelas águas. E pensar que 22.000 homens foram covardes e que 9.700 homens foram displicentes, mas ainda assim 300 foram fieis às palavras do Senhor. Aprendi que nossas atitudes mostram quem somos verdadeiramente para Deus.



A fonte de Gideão é a resposta para muitas de nossas perguntas. É também a solução para nossos problemas, é o remédio na hora certa. Então orei a Deus e lhe pedi que me fizesse chegar a fonte de Gideão, e o Senhor me revelou esta palavra.


GIDEÃO E SEUS 300 HOMENS

Ainda hoje muitos desistem da batalha, mas Gideão conservou a fé na palavra que o Senhor lhe trouxe junto ao carvalho em Ofra. Manteve-se firme e fiel ao Deus de Israel, ao contrário de muitos dentre o povo de hoje.


Mesmo lhe restando 300 homens ele sabia que Deus estava com eles. Mas e agora o que fazer. Deus disse que Gideão venceria os Midianitas, mas Deus não disse como isso aconteceria. É aí que colocamos em prática algo que Deus nos dá em momentos difíceis. 



Gideão sabia que precisava de uma estratégia e ele então conhecia o inimigo. Será que nós aprendemos algo sobre quem realmente é nosso inimigo? Será que você sabe quem é aquele que quer lhe matar? Você sabe algo sobre satanás?



Gideão sabia que os Midianitas eram um povo supersticioso e então ele chama seus 300 homens e diz a eles:



“Amigos, chegou a hora da vitória. Vocês crêem? E todos disseram SIM, CREMOS!! Então cada um vote a sua casa e pegue um vaso e uma tocha e voltem aqui.”



Assim os 300 homens corajosos foram e trouxeram tudo conforme Gideão havia dito agora cada homem tinha um vaso na mão esquerda e uma tocha na mão direita. Talvez pensemos como eles usariam a espada?



Gideão sabia que uma lenda Midianita contava que os inimigos outrora derrotados voltariam para vingarem suas mortes e de seus entes, mas com uma fúria incontrolável eles teriam no lugar da cabeça uma tocha de fogo. Assim Gideão mandou que os seus 300 homens cercassem o arraial dos inimigos e todos no mesmo momento iriam gritar e quebrando os vasos acenderiam as tochas.



Imagine você 135.000 homens ouvindo ao mesmo tempo o som de trezentos vasos sendo quebrados e trezentos homens gritando a mesma coisa, sendo cercados por tochas de fogo. O pavor tomou conta dos inimigos ao ponto que eles matavam uns aos outros e alguns poucos fugiram.



Deus vai colocar um pavor no coração dos inimigos daqueles que forem corajosos e fieis a Ele. Eu profetizo que você não vai precisar usar sua espada, mas mesmo assim eles vão fugir de diante de nossas faces.


CONCLUSÃO

Posteriormente aquele lugar em que Gideão teria levado seus homens para beberem água que antes se chamava a fonte do terror e do medo, passou a se chamar A FONTE DE GIDEÃO, pois ali se iniciou a vitória de 300 homens contra 135.000 inimigos, mas com uma diferença. É que os 300 de Israel estavam na direção de Deus e os 135.000 Midianitas e Amalequitas, NÃO!!!!!!!!


Precisamos ainda hoje achegarmos a fonte das águas de Gideão. Dobre seus joelhos ainda hoje e peça para o Senhor te fazer beber das águas da FONTE DE GIDEÃO.



Deus manda que os 10.000 desçam ás águas e ali Gideão se posiciona e penso eu que manda que de dez em dez desçam e bebam água e os que ajoelhavam e enfiavam a cabeça nas águas pusesse a parte, e os que agachassem e levasse a água na boca também colocasse a parte.


22.000 homens logo no começo se entregaram ao medo e a covardia, pois estes não tinham nada a ver com os verdadeiros vencedores e nem chegaram a beber da água da fonte de Gideão.


9.700 beberam das águas e mataram a sede, mas foram displicentes podendo ser surpreendidos pelo inimigo, pois se ajoelharam e enfiaram a “cara” na água. E assim ainda hoje muitos se entregam á Jesus e não mais vigiam, ficando vulneráveis ao ataque do inimigo e são derrotados, não provando do gosto da vitória.



Porém 300 homens, que são a minoria, beberam da água e mesmo na hora de saciarem a sede, continuaram vigiando o inimigo para não serem surpreendidos, pois estes levavam a água até a boca, e assim foram vencedores, e provaram do milagre de Deus no meio da batalha.


Note que mesmo os 22.000 covardes e os 9.700 displicentes tiveram benefícios com a vitória dos 300 corajosos, pois agora Israel estava livre de seus inimigos, e eles faziam parte desse povo, e penso eu que até chegaram a comemorar a vitória de seus inimigos, mas eles não estavam lá.


A Fonte de Gideão ainda hoje está a jorrar a água. Mas, Quem beberá da fonte e continuará na peleja? Quem estará no local da vitória? Quem contará a história verdadeira sobre a derrota do inimigo?



Agora pasmem seus corações. Eu fiz uma conta matemática e cheguei a seguinte conclusão:


Se Gideão conseguiu reunir 32.000 e ainda assim foi corajoso, então:


1) 22.000 homens covardes correspondem a ---– 69% do total


2)  9.700 homens displicentes correspondem a -– 30% do total

3) 300 homens corajosos correspondem a -------– 1% do total

E assim eu concluo esta mensagem com a seguinte colocação:

69% do povo que está dentro das igrejas são covardes e se o anticristo viesse agora eles se entregariam como ratinhos medrosos e encurralados, se borrando de medo. São pessoas que na verdade só querem a benção e não querem sequer mover um dedo em prol da obra de Deus.


30% do povo que se chama de povo de Deus não passam de servos inúteis que vão aos cultos, mas de forma displicentes tentam servir a Deus. Estes até chegam a serem abençoados e provam da água, mas nunca provarão da totalidade da benção e jamais contarão como aconteceu a vitória.



1% desse mesmo povo são aqueles a quem Deus procura, pois o salmista diz que os olhos de Deus procuram os fieis da terra. E o próprio Jesus disse que o Pai procura adoradores, não adoração, mas adoradores, para que o adorem em espírito e em verdade, ou seja, com coragem e com atenção, que vão até o fim, lutando o bom combate, crendo em seus corações que quando terminar a luta, quando terminar a batalha aqui na terra, um dia encontrarão com o Senhor Deus, e com ele morará pra sempre nas regiões celestiais.


Você faz parte de qual dos três grupos? 

Que você possa fazer parte dos 1%, dos 300 valentes e corajoso!


                                                        Que Deus te Abençoe!

A história de Josué - Um grande Líder Cristão



Líder: Aquele que ocupa a função de guia ou chefe.

Este livro narra as histórias edificantes de Israel sob a orientação desse grande homem de Deus que deixou preciosas lições de vida e liderança, não apenas para o seu povo, em sua época, mas para todos os que amam, servem e adoram ao Senhor. Aqui destacaremos os aspectos biográficos de Josué e sua preparação para suceder a Moisés no comando do povo de Deus.

I. ASPECTOS BIOGRÁFICOS

1. O significado do nome Josué. Josué, inicialmente, chamava-se Oséias (Números 13.8), todavia, mais tarde, Moisés mudou seu nome (Números 13.16 Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué.). 

Oséias em hebraico significa apenas “salvação”, enquanto que Josué, “o Senhor é salvação”. O grande profeta certamente sabia que aquele fiel e corajoso jovem ainda seria poderosamente usado por Deus para “salvar seu povo” das mãos dos inimigos, conduzindo-o com segurança à Terra Prometida.
O nome Josué aparece na Bíblia mais de 200 vezes.

2. Sua origem. Josué filho de Num e neto de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êxodo 33.11), nascera no Egito à época em que seu povo estava debaixo do jugo de Faraó. Criado como escravo, o jovem teve a oportunidade de conviver com Moisés, e assistir seus extraordinários feitos por meio das mãos poderosas do Senhor.

Sendo o primeiro filho de sua família (1 Crônicas 7.27), Josué jamais esquecera da célebre noite em que as portas das casas do seu povo foram cobertas com sangue de cordeiros a fim de que os primogênitos não fossem eliminados pelo anjo da morte (Êxodo 12.13, Josué 29-31).
Josué tornara-se príncipe (maioral), como seu avô (1 Crônicas 7.20,26,27; Números 2.18-19; Números 10.22).


II. JOSUÉ, UM LÍDER ESCOLHIDO POR DEUS

1. Escolhido para suceder Moisés (Deuteronômio 31.7,14,23). Embora Deus tenha escolhido Josué desde o ventre de sua mãe para cumprir seus santos desígnios, a mudança de seu nome sugere-nos que sua escolha para sucessor de Moisés, deu-se em razão de seu bom caráter e de suas habilidades de liderança para conduzir Israel à conquista da Terra Prometida.

No momento em que Deus ordenara a Moisés “chama a Josué” (v.14), iniciou-se a preparação de mais um grande líder de Israel. Josué foi um fiel servidor, por isso Deus lhe honrou com uma posição tão distinta.

2. A preparação de Josué para dirigir o seu povo. Os métodos de preparação de um líder para Deus são diferentes dos do mundo. Os sistemas mundanos preparam seus líderes levando em conta meramente suas habilidades intelectuais, humanas; enquanto que a preparação de um líder para os assuntos do reino de Deus depende dos critérios e dos motivos divinos. 

A proeminência de Josué em Israel ocorreu somente depois de muitos anos de fidelidade, tanto ao Senhor como a Moisés, o líder que lhe ensinara o caminho de um governo eficaz. Moisés ensinou a Josué a depender totalmente da direção de Deus em todas as circunstâncias de sua vida.

3. Os desafios que Josué enfrentou na sua preparação. Até assumir a liderança de Israel, Josué foi desafiado em várias circunstâncias enfrentando diversos obstáculos, os quais lhe deram condições de aprender a lidar com as adversidades. 

Ao longo da caminhada para Canaã o corajoso líder experimentou a aridez dos desertos causticantes, a falta d'água, de alimentos básicos, sem falar nos enfrentamentos com povos hostis. Essas experiências ensinaram-lhe a depender de Deus e a respeitar a liderança de Moisés.

Houve momentos em que Moisés precisou de homens capazes e corajosos para ajudá-lo a combater, por exemplo, os amalequitas no deserto de Refidim. Foi então que o grande profeta incumbiu a Josué de escolher homens para o combate (Êxodo 17.8-9). Amaleque não resistiu e foi derrotado!

Escolhido por Moisés (Números 11.28), Josué também foi um dos doze espias enviados a esquadrinhar a terra de Canaã (Números 13.8-16). De lá, apenas Josué e Calebe trouxeram notícias positivas ao grande líder de Israel (Números 14.6-30).


III. JOSUÉ, UM LÍDER CONFORME A PROVIDÊNCIA DE DEUS

1. Josué sucede a Moisés depois de sua morte (Deuteronômio 34.7-9). Com a morte de Moisés, Josué enfrentara o grande desafio de conquistar a confiança do povo e substituir aquele que os liderara segundo a sábia vontade de Deus. Josué era o homem que o Eterno buscava para dar continuidade à obra de redenção de Israel. 

Os líderes que Deus levanta passam, mas o seu povo jamais fica abandonado ou à mercê da própria sorte. O Altíssimo sempre prepara outros para sucederem os que vão passando (Josué 1.1-9).

2. Josué, usado por Deus como um canal de bênçãos para o seu povo. A lição que aprendemos neste edificante relato é que Deus usa seus servos para cumprir seus eternos propósitos. A despeito de ser um homem simples do povo, Josué tornou-se um instrumento divino para conduzir Israel à Terra Prometida. Em nenhum momento Josué deixou de reconhecer que Deus sempre esteve no controle de tudo. 

Ele nunca tentou tomar para si a glória que pertence somente a Deus. Josué entendeu perfeitamente que as águas do Jordão só se abriram pelo poder do Eterno, e que não foram suas estratégias militares que fizerem ruir os muros de Jericó (Josué 3; 4; 6). Assim como Deus usou a Josué, também pode e quer usar-nos em sua obra. Só depende de nossa fidelidade e compromisso com Ele.

IV. QUALIDADES DO CARÁTER DE JOSUÉ (Êxodo 17.8-15)

Dentre as muitas qualidades morais e espirituais que pontuam a vida e a história de Josué, três são imprescindíveis àqueles que desejam exercer liderança na igreja:

1. Obediência. Porque era obediente a Deus, Josué também foi um “servidor obediente” ao seu líder (Êxodo 17.9,10; 24.13). Obedecer por amor, equivale à verdadeira submissão, isto é, colocar-se sob a autoridade de alguém. 

O verdadeiro líder, apesar de reconhecer sua autoridade, nunca age isolada e presunçosamente. Josué aprendeu bem cedo que o sucesso de seu ministério dependeria de sua obediência a Moisés, seu líder, e à Palavra de Deus (Josué 1). Ele sabia que no tempo apropiado Deus o honraria como líder principal de Israel.

2. Fidelidade. Josué tinha um caráter íntegro, por isso, pode manter-se leal a Deus e a Moisés. Ele assumira um compromisso de fidelidade que o tempo não conseguiu abalar. Fidelidade ou lealdade é uma qualidade moral de Deus (Tiago 1.17). Paulo nos ensina em 2 Timóteo 2.13 que a fidelidade de Deus é o corolário da sua auto-coerência. 

Moisés, em seu belíssimo cântico, antes de morrer (Deutetonômio 32.4,15,18), ilustrou a lealdade divina valendo-se metaforicamente da “rocha”, isto é, “Ele é a Rocha” em que se pode confiar.

Josué aprendeu a confiar na fidelidade divina, logo, em tudo que fazia, sua fidelidade era demonstrada em atitudes firmes no cumprimento das alianças feitas com Deus e dos seus mandamentos (Deuteronômio 7.9).

3. Caráter ilibado. Na liderança, o bom caráter é determinante para o sucesso de qualquer empreendimento. Em diversas situações Josué soube manter o equilíbrio e assim não quebrar os princípios aprendidos com Moisés. Ora, o caráter tem a ver com o mundo interior de motivos e valores morais que moldam nossas ações. 

É, na verdade, o elemento delimitador absoluto da qualidade da nossa liderança. É ele que fortalece nossas capacidades enquanto as mantêm sob controle. O caráter faz distinção entre os que administram bem o poder e os que abusam dele. Os valores de um caráter cristão ideal, tais como piedade, abnegação, integridade e honestidade, são imprescindíveis à vida de um líder cristão.


CONCLUSÃO

Deus, ainda hoje, continua chamando e capacitando homens e mulheres que estejam dispostos a se submeterem por amor à sua santa vontade, a fim de liderar a sua Igreja, conduzindo-a ao seu destino final

Deus chama os homens e os capacita para serem líderes de seu povo na terra. Ele não os escolhe pelos seus atributos físicos, mas espirituais e morais. O Senhor não convoca os soberbos, porém estende as mãos aos humildes. Ele não arregimenta o ancião por sua experiência, nem o jovem por sua força, mas o servo por sua obediência. 

O Eterno não precisa de um guerreiro para vencer um gigante, mas de um pastor que o adore. Ele faz com que uma anciã estéril se torne mãe de reis e príncipes. Tudo o que Deus pede ao homem ou mulher a quem torna líder é: “Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei, dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares” (Josué 1.7).

''Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.'' (2 Timóteo 2.15).


Que Deus te abençoe!

Josué 24 - Josué traz à memória do povo tudo o que Deus tinha feito por eles / Josué faz, de novo, concerto com o povo.




INTRODUÇÃO

Josué estava velho e sabia que não viveria por muito tempo. Ele tomou, então, a decisão de trazer ao povo algumas palavras de advertência. Então, após reunir todas as tribos de Israel, inclusive os anciãos, juízes e oficiais em Siquém, Josué relembrou ao povo a fidelidade de Deus em cumprir com suas promessas e conclamou todo o povo, a fim de levá-los a uma renovação do concerto, em que se comprometeram em servir ao Senhor com fidelidade e dedicação. 

Neste discurso, Josué não destacou sua liderança, habilidades e qualificações; pelo contrário, concentrou sua atenção na bondade de Deus e seu cuidado para com Israel (Josué 24.2-13); e, repetidas vezes admoestou ao povo a permanecerem fiéis ao Senhor, 
(Josué 24.14-28).

I - ONDE FOI REALIZADO ESTE DISCURSO?
  • Foi em Siquém que Josué realizou seu último discurso. A cidade de Siquém (do hebraico “ombro”) estava situada entre os montes Gerizim e Ebal, a 64 Km ao norte de Jerusalém. Josué dispunha de bons motivos para convocar o povo em Siquém, tendo em vista que eventos importantes haviam acontecido nesta cidade:

  • Foi em Siquém que Abraão recebeu a promessa que Deus daria aos seus descendentes a terra de Canaã, e erigiu um altar a fim de demonstrar a sua fé no único e verdadeiro Deus (Gênesis 12.6-7);

  • Foi em Siquém que Jacó, ao retornar de Padã-Arã, sepultou os ídolos que seus familiares haviam trazido (Gênesis 35.4);

  • Foi em Siquém que Josué erigiu um altar e revisou as leis diante de todo o povo, depois da primeira fase da conquista de Canaã (Josué 8.30-35).
II - QUAIS AS PRINCIPAIS LIÇÕES QUE PODEMOS EXTRAIR DO DISCURSO DE JOSUÉ?

Muitas lições podemos extrair deste discurso, dentre elas:

2.1 Josué relembra ao povo a fidelidade de Deus: “Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses. Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã; também multipliquei a sua descendência…E eu vos dei a terra em que não trabalhastes, e cidades que não edificastes, e habitais nelas e comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes” 
(Josué 24.3-13). 

Josué traz à memória do povo, um breve relato da história de Israel, desde a chamada de Abraão até a conquista de Canaã, com o intuito de demonstrar a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Isto nos ensina sobre o dever que temos de transmitirmos às gerações futuras os feitos do Senhor e Sua fidelidade para com o seu povo, (Deuteronômio 32.7); (Juízes 6.13).

2.2 Josué convoca o povo a temer e a servir ao Senhor: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor” (Josué 24.14). 

Depois de ouvir o relato da história de Israel, o povo foi conclamado a lançar fora os ídolos e servir única e exclusivamente a Deus. Isto porque
 “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6.24). 

Na verdade, a palavra idolatria significa “toda e qualquer adoração a ídolos”. Mas, a idolatria não se restringe apenas a adoração a ídolos.
 Tudo aquilo que, em nosso coração, tira a primazia de Deus, torna-se um ato de idolatria. O que significa dizer que, qualquer apego excessivo a uma pessoa ou objeto também torna-se numa idolatria. Ao contrário do que muita gente pensa, idolatria não é só adorar a outros deuses, mas também o apego excessivo ao dinheiro, a pessoas e objetos, também são práticas idólatras. 

No Antigo Testamento, por exemplo, Deus adverte a nação de Israel para que não fizesse para si, imagens de esculturas (Êxodo 20.3-5). Já no Novo Testamento o apóstolo João, advertindo a igreja, diz:
 “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” (I João 5.21). E o apóstolo Paulo, exortando aos cristãos em Corinto, que fugissem da idolatria, escreve: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.” (I Coríntios 10.14).

2.3 Josué leva o povo a tomar uma decisão: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais…” (Josué 24.15).

Josué leva o povo a fazer uma escolha: se serviriam ao Senhor ou aos ídolos. Isto nos ensina que cada israelita tinha a liberdade de escolher a quem servir e adorar. 


Como podemos observar, a doutrina do livre-arbítrio é bíblica, pois podemos observá-la não só nas Escrituras (Mateus 11.28-30; João 7.17; João 12.32 ; Atos 2.38; Romanos 8.32; Tito 2.11; etc), mas na própria experiência humana, que mostra a capacidade nata do ser humano de escolha; do contrário, o homem não poderia ser responsabilizado moralmente por seus atos. 

A própria Bíblia nos mostra o homem sendo convocado ao arrependimento (Mateus 3.2; Mateus 4.17; Marcos 1.15; Atos 2.38; Atos 3.19; Atos 17.30, 1 Timóteo 2.4). Se o mesmo fosse incapaz de fazê-lo, Deus não o exigiria.

2.4 Josué apresenta-se como exemplo: “…porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15). 

A despeito da decisão dos israelitas, Josué e sua família estavam determinados a servirem a Deus. Dessa forma, ele apresenta-se como exemplo e modelo para todo o povo. Eis aí o grande desafio para o povo de Deus, principalmente para os líderes: servir de exemplo. 

Por isso o apóstolo Paulo diz a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4.12); e também reprendeu os judeus, porque se consideravam guia dos cegos e luz dos que estavam em trevas, mas o nome de Deus era blasfemado por causa deles (Romanos 2.17-24).

2.5 Josué fez concerto com o povo: “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo e lho pôs por estatuto e direito em Siquém”. (Josué 24.25). 

A renovação do concerto entre o Senhor e Israel importou num duplo compromisso: 1º. Deus prometeu cuidar do seu povo; e 2º. os israelitas comprometeram-se a servir unicamente ao Senhor Deus. Foi um pacto permanente e mútuo entre Deus e Israel.

Segundo o Novo Concerto mediante a morte de Cristo, o crente também se compromete a seguir a Cristo através do arrependimento, fé e obediência. Ele, por sua vez, comprometeu-se a ser nosso Senhor e Salvador e a nos conduzir ao lar celestial, à presença do Pai. 

Assim como aconteceu a Israel no Antigo Testamento., primeiramente Deus veio até nós, com misericórdia e graça e estabeleceu as condições do Novo Pacto. Nós, como Israel dos tempos antigos, devemos viver segundo os princípios estabelecidos neste Novo Concerto.

III - JOSUÉ ERGUE UM MEMORIAL

No mesmo local em que foi realizado o discurso, Josué tomou uma grande pedra como memorial, para que o povo de Israel não viesse a esquecer do pacto restabelecido com o Senhor. “E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; e tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do Senhor. E disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será por testemunho, pois ela ouviu todas as palavras, que o Senhor nos tem falado; e também será testemunho contra vós, para que não mintais a vosso Deus”. (Josué 24.26-27)

IV - A MORTE DE JOSUÉ

O livro de Josué termina com a morte de Josué, o grande homem de Deus, aos cento e dez anos de idade. Sua fidelidade e obediência a Deus, e a Moisés, fez com que ele pudesse ver, antes de sua morte, o cumprimento da promessa de Deus: a conquista de Canaã. 

Mas não apenas isto. Sua vida serviu de exemplo para todo Israel: “Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram muito tempo depois de Josué, e que sabiam todas as obras que o Senhor tinha feito a Israel” (Josué 24.31). O exemplo de Josué influenciou toda a nação, conduzido-a a obediência a Deus.

CONCLUSÃO


Sem dúvidas, Josué é um dos grandes personagens da Bíblia. Sua vida de fé, obediência, perseverança e determinação servem de exemplo para cada um de nós. 

As dificuldades que enfrentou em sua vida, como a escravidão no Egito, a peregrinação no deserto e as batalhas na conquista de Canaã, trouxeram-lhe grandes experiências e possibilitou uma maior comunhão com Deus. 

Por isso, antes de sua morte, ele traz à memória do povo a fidelidade a Deus e convida-os para renovação do pacto com o Senhor.

Que Deus te abençoe!


Josué 9 - Os gibeonitas enganam Josué, que faz com eles aliança - Proposta de uma aliança perigosa





Aliança Perigosa 

INTRODUÇÃO


O diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua fúria. Ele é mais perigoso em suas ciladas do que em sua força. Ele é mais perigoso quando trabalha em surdina do que quando nos enfrenta cara a cara.


O texto em tela nos fala de um estratagema astucioso que levou Israel a tomar uma decisão precipitada. O inimigo disfarçado foi mais poderoso do que os inimigos que empunharam armas de guerra (Josué 9.1-2). O inimigo camuflado prevaleceu.


Josué fez aliança com o inimigo pensando estar tomando uma decisão sábia. A situação parecia tão óbvia que ele nem chegou a consultar a Deus.

I. A PROPOSTA DE UMA ALIANÇA PROIBIDA – Josué 9.6


Os gibeonitas propuseram a Josué uma aliança imediata e urgente. Mas quem eram os gibeonitas? Aliados ou inimigos? Eles faziam parte dos povos que precisavam ser desalojados da terra prometida. O que a Palavra de Deus tinha a dizer a Josué sobre aquele acordo proposto?


A ordem de Deus era clara para Josué:

“Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não sejam por cilada” (Êxodo 34.12).

A aliança com os povos vizinhos era uma cilada para Israel. Mas por que?

Porque os induziria ao casamento misto:

“… nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos” (Deuteronômio 7.3).

O casamento misto foi uma das estratégias mais sutis usadas para derrotar o povo de Deus. O dilúvio varreu a terra porque a terra corrompeu-se quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens. Israel se misturou com as nações idólatras e através de casamentos mistos, a nação de Israel acabou adorando deuses estranhos.


Salomão foi o exemplo maior dessa desobediência – (Ler 1 Reis 11.1-6).


O profeta Amós disse: “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Amós 3.3). 

O apóstolo Paulo é categórico:

“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? O que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2 Coríntios 6.14-16).

O casamento misto oferece três possibilidades:


1) A conversão do cônjuge incrédulo – 75% não se convertem;
2) O esfriamento espiritual do cônjuge crente;
3) A solidão espiritual do cônjuge crente.

Porque os induziria à apostasia e ao ecumenismo - “Fariam desviar teus filhos de mim para que servissem a outros deuses…” (Deuteronômio 7.3).

A aliança com os povos vizinhos levou Israel muitas vezes a servir a outros deuses. O livro de Juízes mostra esse fato. Muitos abandonam sua fidelidade a Deus, deixam de frequentar a igreja, esfriam-se na fé e perdem a intimidade com Deus por causa de determinadas alianças firmadas.


O ecumenismo é ainda hoje um dos perigos mais graves que a igreja enfrenta. É a ideia de que toda religião é boa e todos são em última instância iguais. O ecumenismo matou igrejas na Europa, na América e está matando igrejas no Brasil. Não há unidade fora da verdade. Não há salvação fora de Cristo.

Porque lhes traria sofrimento e perturbação - “… os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinho nos vossos olhos, e como aguilhão nas vossas ilhargas, e vos perturbarão na terra em que habitardes” (Números 33.55-56).

Uma aliança conjugal, comercial, empresarial, espiritual fora da vontade de Deus traz tanto desconforto quanto espinho nos olhos. Tanto sofrimento como aguilhão nas ilhargas. Uma aliança precipitada traz grande perturbação. Israel sofreu por causa dessas alianças.

Porque os levaria à própria destruição - “… e a ira do Senhor se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria” (Deuteronômio 7.4).

A desobediência tem um preço alto. Ela provoca a ira de Deus e produz derrota e destruição. O povo de Israel sofreu e precisou ser arrancado da sua terra e lançado num cativeiro doloroso para abandonar suas alianças espúrias e desvencilhar-se da idolatria dos outros povos.

II. A ESTRATÉGIA PARA UMA ALIANÇA PROIBIDA


As nações mais numerosas e poderosas que estavam no caminho de Israel lutaram e resistiram a Josué e o povo de Deus com armas (Josué 9.1-2), mas os Gibeonitas dissimularam (Josué 9.3-13). Quais foram as armas da dissimulação?

O fingimento – Josué 9.4-5

“Usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados; e nos pés, sandálias velhas e remendadas e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (Josué 9.4-5).

Fingir é ser uma coisa e parecer outra. É ser uma pessoa e demonstrar outra. É aparentar uma coisa e ser outra. Os gibeonitas foram atores. Demonstraram um papel, mas estavam enganando.
Satanás disfarçou-se de serpente para tentar Eva no Éden. Ele veio com palavras doces, com promessas sedutoras, oferecendo vantagens extraordinárias. O diabo é um embusteiro. Ele promete vida e paga com a morte. O pecado é uma fraude.

A mentira – Josué 9.6


“… chegamos duma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco” (Josué 9.6).


Uma das armas do inimigo é a mentira. O diabo enganou Eva no Éden com uma mentira: “É assim, que Deus disse? É certo que não morrereis”. Onde a verdade é sacrificada, a aliança torna-se espúria. O diabo é o pai da mentira. Quem se envolve com mentira põe o pé numa estrada de vergonha, de opróbrio, de escravidão e morte.

A sedução e a pressão – Josué 9.6


“… fazei, pois, agora, aliança conosco” (Josué 9.6).


A pressa é um grande perigo quando se trata de fazer uma aliança. A impaciência é um caminho arriscado. Quem tem pressa, diz o adágio popular, come cru. Os gibeonitas tinham pressa. Eles não queriam dar tempo para Josué investigar a verdade.


Josué caiu na cilada ao firmar com os gibeonitas uma aliança sem tempo para investigar, sem tempo para consultar ao Senhor. Muitos ainda agem precipitadamente hoje em seus negócios, em seus investimentos, no namoro e até mesmo no casamento.

A esperteza – Josué 9.7-8


Quando os gibeonitas perceberam que os homens de Israel estavam lhes desmascarando, se voltaram para Josué para conversar só com ele, o líder. Deram a ele um crédito maior e dessa maneira o induziram a agir sem o consenso.
Há determinados elogios e preferências que são armadilhas do inimigo para insuflar nosso ego. O pecado que o diabo mais gosta é o pecado da vaidade.

As meias respostas – Josué 9.8-13


Josué perguntou: “Quem sois vós? Donde sois?” (Josué 9.8). 


À primeira pergunta, eles não responderam. À segunda pergunta, eles mentiram. Eles tergiversaram, desconversaram, ludibriaram. As coisas de Deus são claras, são íntegras. Onde as pessoas precisam desconversar, esconder, tapear fica evidentemente que Deus não está presente. Deus é luz. Ele não pactua com o que é escuro.

A linguagem piedosa – Josué 9.9

“Teus servos vieram duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus” (Josué 9.9).

Josué deu valor ao que eles disseram sem consultar a Deus. Usaram o nome de Deus, sem estar interessados nele. Somos facilmente enganados quando as pessoas vêm usando o nome de Deus. O diabo é mais astuto quando vem vestido de piedade.
Muitos jovens quando estão interessados em namorar uma moça, se interessam pelas coisas de Deus, frequentam a igreja e até leem a Bíblia. Mas depois do casamento, revelam seu total desinteresse pelas coisas de Deus.

A astúcia – Josué 9.9-10 e verso 3


Os gibeonitas relataram os grandes feitos de Deus no Egito, e aos dois reis amorreus que Moisés derrotara, mas não fez menção de Jericó e Ai, para dar a ideia que de fato vinham de muito longe.
Cuidado com o engano do pecado. Cuidado com os argumentos aparentemente insofismáveis do inimigo. Acautele-se.

III. O PERIGO DE SE FAZER UMA ALIANÇA SEM CONSULTAR A DEUS NAS COISAS QUE PARECEM ÓBVIAS – Josué 9.14-15

“Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento” (Josué 9.14-15).

Josué fez distinção entre coisas importantes que carecem de oração e coisas insignificantes, óbvias que não precisa consultar a Deus.
A nossa lógica e bom senso levam-nos facilmente para o mau caminho, quando deixamos de depender de Deus.
Este texto mostra a fraqueza da sabedoria humana. Devemos buscar o conselho de Deus mesmo naquelas coisas para parecem claras e óbvias.
Há sempre o perigo da autoconfiança: “O que confia no seu próprio coração é insensato” (Provérbios 28.26). 


Vejamos alguns exemplos:

Ló – Ló escolheu as campinas do Jordão e foi morar com a família na cidade de Sodoma. Lá, ele perdeu seus bens, sua mulher, seus genros e sua honra.


Abraão – Passou 13 anos de silêncio (Gênesis 16.15-16; Gênesis 17.1-5). Nenhum aparecimento do Senhor, nenhum altar erigido, nenhuma tenda, nenhum sacrifício. Foram 13 anos em branco. Depois, Deus lhe aprece e diz: “Anda na minha presença”. Confia em mim. Creia em mim. O que eu falei eu cumprirei. Não preciso da sua ajuda.


Pedro – Quando Jesus decidiu ir para a cruz, Pedro o reprova. Sem consultar a Jesus, o expõe a uma situação complicada e é duramente repreendido por Jesus.


Gibeão quer dizer pequeno monte e nos alerta contra as pequenas coisas que nos impedem de andar com Deus. Sansão, o homem mais forte do Velho Testamento foi vencido por uma mulher cujo nome significa fraqueza (Dalila). As pequenas coisas podem nos impedir de viver uma vida cristã normal.

Josué fez aliança com os gibeonitas de poupar-lhes a vida sem consultar a Deus. Ficou preso a uma aliança que jamais deveria ter feito. Sofreu sem poder tirar o jugo de sobre si e do seu povo.

IV. AS CONSEQUÊNCIAS DE SE FAZER UMA ALIANÇA PRECIPITADA


1. Mesmo que você não busque a Deus e faça alianças precipitadas, Deus as ratifica – 
Josué 9.19-20


Quantas sociedades que jamais deveriam ter sido firmadas! Quantos acordos que jamais deveriam ter sido assinados! Quantos namoros que jamais deveriam ter começado! Quantos casamentos que jamais deveriam ter sido consumados!
Muitos buscam a saída do divórcio, dizendo: “Meu casamento acabou porque não foi Deus quem me uniu”. Se você não leva a sério a aliança que você fez, Deus leva.


Veja o que escreveu o profeta Malaquias:

“O Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança” (Malaquias 2.13-14).

2. Gera murmuração e descontentamento no meio do povo de Deus – Josué 9.18


Decisões precipitadas acarretam amargas conseqüências. Alianças irrefletidas fazem o povo sofrer. Quando a liderança age sem oração, há um descontentamento no meio do povo. Josué e os príncipes da congregação fizeram uma aliança com os gibeonitas sem consultar a Deus e tomaram a decisão errada e agora o povo está sofrendo as conseqüências e murmurando.


3. O povo de Deus precisa se envolver com lutas a favor daqueles contra quem deviam lutar – Josué 10.6-7


Josué está travando uma batalha que não era sua. Está drenando suas energias num trabalho que não era seu. Eles estão pagando o preço de terem feito uma decisão apressada, uma aliança irrefletida. Eles estão defendendo quem precisariam desalojar daquela terra.


Quantas noites de sono perdidas. Quantas horas de choro e lágrimas vertidas. Quantas dores e contorções da alma sofridas. Quanto prejuízo financeiro acarretado.

4. O povo de Deus é açoitado com a ira divina quando viola a aliança feita, mesmo que irrefletidamente – Josué  9.20


A quebra de uma aliança é algo que Deus reprova. É melhor não fazer um voto do que votar e não cumprir. Josué e o povo ficaram presos a uma aliança que não deveriam ter feito. Tornaram-se obrigados a defender quem deveriam atacar. Ficaram ligados com quem não deveriam ter relações.

A quebra daquela aliança era agora uma atitude mais condenável aos olhos de Deus do que o estabelecimento da própria aliança. O rompimento da aliança implicava na manifestação da própria ira de Deus.

5. O tempo não anula as alianças que fazemos, mesmo quando não consultamos o Senhor – 2 Samuel 21.1-14


400 anos depois da aliança firmada por Josué, o rei Saul matou os gibeonitas e nos dias do rei Davi houve fome de três anos consecutivos por causa da quebra dessa aliança.

(“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas [...] os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém, Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá”. 2 Samuel 21.1-2)

Dois resultados aconteceram em virtude da quebra dessa aliança:


Em primeiro lugar, três anos de fome. O povo, a nação toda sofre. Crianças morrendo de fome, o gado perecendo nos pastos, prejuízos financeiros imensos, lares desesperados, em virtude da quebra de uma aliança firmada há 400 anos.


Em segundo lugar, sete filhos do rei Saul enforcados. Os gibeonitas pediram sete filhos de Saul para serem enforcados, dois filhos de Rispa e cinco filhos de Merabe (2 Samuel 21.5-9). 
Só então, a ira de Deus se apartou de Israel (2 Samuel 21.14).

CONCLUSÃO


Nós precisamos tomar dois cuidados básicos:

1. Tenha cuidado com as alianças que você faz, com aquilo que você promete.
Não entre numa aliança seja sentimental, seja conjugal, seja comercial, seja profissional sem antes avaliar profundamente as implicações. 


Há pactos que jamais deveriam ter sido feitos. Há casamentos que jamais deveriam ter acontecido. Há parcerias que jamais deveriam ser travadas. Há sociedades que jamais deveriam ter sido estabelecidas.


Quando fazemos alianças perigosas e precipitadas, podemos entrar em aliança com o próprio inimigo. Quantas pessoas presas a situações embaraçosas porque não tiveram paciência de esperar, de analisar a situação mais detidamente. Quantas pessoas se desgastam e sofrem grandes prejuízos porque não consultaram a Deus para fazer sociedades, alianças e acordos.

2. Cumpra suas promessas, quando você as fizer.
Nossas decisões hoje afetarão as futuras gerações, para o bem ou para o mal. Deus não gosta de votos de tolos. Quando você fizer uma promessa, cumpre-a. 

O justo é aquele que jura com dano próprio e não se retrata.


                                                             Que Deus te Abençoe!


Josué 5 - A circuncisão dos filhos de Israel / Um anjo aparece a Josué / Descalça os sapatos dos teus pés, porque o lugar em que estás é santo.



(Josué 5.4-7 ''4 - E foi esta a causa por que Josué os circuncidou: todo o povo que tinha saído do Egito, os homens, todos os homens de guerra, já haviam morrido no deserto, pelo caminho, depois que saíram do Egito.
5 - Porque todos os do povo que saíram estavam circuncidados, mas a nenhum dos que nasceram no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado.
6 -
 Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar toda a nação, os homens de guerra, que saíram do Egito, e não obedeceram à voz do SENHOR; aos quais o SENHOR tinha jurado que lhes não havia de deixar ver a terra que o SENHOR jurara a seus pais dar-nos; terra que mana leite e mel.
7 -
 Porém em seu lugar pôs a seus filhos; a estes Josué circuncidou, porquanto estavam incircuncisos, porque os não circuncidaram no caminho.'')

Quarenta anos no deserto – esse foi o tempo de caminhada de Josué na espera por este momento: o momento da conquista. Ele havia perdido há pouco seu discipulador e líder e agora tinha como encargo conduzir o povo à terra que o Senhor prometera dar. 

Ele tinha de ser forte, corajoso, mas algo mais era necessário: Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. 

Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido (Josué 1.6–8). 

Ele precisava conhecer a Deus e prosseguir em conhecê-lO, conduzindo o povo a uma experiência pessoal com Ele.

Muitas vezes, diante das conquistas, pensamos que temos a força e a coragem necessárias, mas não compreendemos que esses atributos não são voltados contra nossos inimigos, mas aplicados em nós mesmos: força para depender e coragem para obedecer.

Agora, diante do momento da conquista, toda a teoria de Josué estava para ser provada. Pensamentos e ideias sobre o que estava por vir eram meros esquemas mentais diante da realidade que o esperava.

Chegamos a sonhar com o momento da conquista, da vitória, sem nem mesmo compreender a amplitude disso. Não se trata de viver “um passe de mágica” em que tudo se transformará num conto de fadas. Chegar à vitória exige obediência absoluta e uma consciência real de quem é Deus. Toda teoria é morta se não for praticada.

É tempo de praticar, de viver o que o Senhor tem nos ensinado e comprometer-se em cumprir todo o Seu propósito em nós, de buscarmos o caráter de Cristo (nobre, santo, vencedor, fiel…).

Caminhar sobre os passos de Josué é aprender, como ele, a entregar-se ao Senhor. 

Vejamos então quais foram as primeiras posturas de Josué rumo à vitória e busquemos praticá-las também: 

 1. Renovação de aliança (Josué 5.1-11)

A circuncisão é o selo da aliança entre Deus e Abraão e todos os seus descendentes, 

(Veja Gênesis 17.9-14).

Esse ato de circuncidar uma nova geração significava a volta aos propósitos da aliança de Deus. Quando Deus ordena a Josué que faça a circuncisão em todos os homens do povo, está estabelecendo uma renovação de aliança, pois a circuncisão era uma marca física de pertencimento a Deus.

É preciso renovar a aliança, circuncidar-se para entrar na terra. Nos dias atuais, Deus tem buscado corações circuncidados, ou seja, que se disponham a tirar tudo aquilo que é contaminação. 


Hoje retirei de sobre vós o opróbrio do Egito (Vers. 9). Depois de quarenta anos de caminhada somente ali, o Egito finalmente foi arrancado de dentro do povo. Eles haviam saído do Egito, mas a geração anterior carregava dentro de si as obras e costumes daquele lugar.

Gilgal representa um rompimento com o passado de pecado e contaminação. Todos nós precisamos passar pelo Gilgal espiritual, lugar onde abandonamos a contaminação do pecado, deixamos para trás os princípios do mundo e decidimos viver os princípios de Deus.

O processo de circuncisão envolve dor, afinal, um pedaço é arrancado. A Palavra relata que eles ficaram no arraial até sararem. Assim também nós necessitamos da cobertura da congregação no processo de cura.

A renovação de aliança passa pela dor, mas leva à festa. O verso 11 nos relata que, após Gilgal, o povo festejou a Páscoa, a festa do livramento, a lembrança do poder de Deus manifestado no Egito, e, para nós, em Cristo, a festa da remissão que nos lembra de que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Aleluia!

Aliança com Deus é circuncisão de corações, abandono das obras mortas do pecado e retirada dos princípios do mundo; é dor e cura debaixo da cobertura da congregação e festa da libertação.

Que hoje possamos renovar a aliança!

 2. Consciência de que Deus conhece nossas lutas (Josué 5.13 "E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos?")

O verso 13 narra o encontro de Josué com o Príncipe dos exércitos do Senhor. É interessante notar que, apesar de não ter vindo guerrear contra Josué, Ele se apresenta com a espada desembainhada. 

Ele sabia que o momento era de guerra na vida de Josué, tanto por fora quanto por dentro. por fora combates, temores por dentro (2 Coríntios 7.5 ''Porque, mesmo quando chegamos à macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.''). Josué estava de pé diante da primeira cidade a ser conquistada, e ele a observava.

Muitas vezes, quando estamos diante de um desafio realmente grande aos nossos olhos, maior até do que o próprio Golias para Davi, nossa reação não é muito diferente da de Josué. 

Ele contemplava uma muralha tão larga que havia casas construídas sobre ela, mas o Senhor apareceu a ele e não subestimou sua batalha; pelo contrário, se apresentou pronto para ela. Ele sabia exatamente como Josué estava se sentindo diante daquelas muralhas e sabe como nos sentimos diante de nossos problemas.

Mesmo que a muralha pareça intransponível e seja algo íntimo e pessoal, Deus conhece nossa batalha. Ele não está insensível, alheio ao momento que estamos vivendo. Ele nos conhece, nos ama e está pronto para mostrar sua espada desembainhada em nosso favor.

 3. Ouça o que Deus tem a dizer (Josué 5.14 "E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?" )

Lá estava Josué diante do Senhor dos exércitos. O que você faria se estivesse no lugar dele? Talvez imediatamente expusesse seus problemas e muralhas, perguntado todas as coisas referentes à batalha. Com quantos soldados devo ir? Qual a próxima cidade? Como será o livramento?

Como somos apressados! Josué fez a única pergunta que realmente importava: “Que dizes o Senhor ao Teu servo?” Essa pergunta é a base para não tentarmos resistir ao que o próprio Deus está fazendo e atribuir a Ele o que não é dEle. Como bom soldado, ele sabia que estava diante do Príncipe dos exércitos, uma patente muito superior que a sua, então não lhe restava outra pergunta.

Evidentemente não se trata apenas de uma pergunta, mas de uma disposição a, de fato, OBEDECER toda direção que for dada por Deus, seja ela simples ou complexa, como aconteceu logo depois com as muralhas de Jericó. Por meio da obediência e da fé, Josué e todo o povo viveram um milagre.

 4. Descanse em Deus (Josué 5.15 "Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim." )

Talvez para muitos este fosse um pedido incrivelmente inusitado: “Tire as sandálias dos pés”. Mas Josué já tinha ouvido essa frase antes. Ele a ouvira de Moisés, seu líder e discipulador, quando narrou uma experiência que ele mesmo tinha tido com Deus: Tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa (Êxodo 3.5).

É interessante notar como Deus não nos fala de maneira enigmática. O Senhor nos dá instruções que sabe que compreenderemos. Todavia, às vezes, elas parecem simples demais para nós. Observe o caso de Josué: Deus não pediu a ele, em princípio, algo difícil ou gigantesco, mas uma atitude simples, com um grande sentido embutido.

Muitas vezes estamos tão ocupados esperando as grandes instruções que desprezamos as “pequenas” e nos esquecemos de que a revelação de Deus é progressiva, aumenta na medida da nossa obediência. Quem não é capaz de obedecer a “pequenas” ordens jamais será capaz de obedecer a grandes. Deus não nos dá conselhos, Ele nos dá ordens.

Tirar as sandálias tinha um sentido muito mais amplo do que o físico. Onde nós costumeiramente tiramos as sandálias? Em casa, em lugares de descanso. A proposta do Senhor a Josué foi, na verdade, de entrega e descanso, que se despojasse de sua suficiência e entregasse todo o controle a Deus. Sem os sapatos ele não poderia correr e nem mesmo lutar sem se ferir. Deveria parar, ouvir e ter sua própria experiência com Deus para exercer sua liderança.

Descansar efetivamente é algo que só se torna possível debaixo de uma profunda postura de obediência. Então Obedeça e Descanse.

Conclusão

Diante da terra, não há teoria, nem palavras; há, sim, a necessidade de uma profunda mudança de atitudes e comportamentos, uma verdadeira metanoia.

Vá a Gilgal, busque a circuncisão dos sentimentos e posturas que não condizem com o novo tempo para o qual Deus tem lhe chamado. Entenda que Deus conhece o tamanho da sua luta, Ele sempre está no controle.

Pare para ouvir a Deus, busque dEle as respostas, não ande agitado pelo vento ''para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente'' 

(Efésios 4.14 "O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.").

Obedeça plenamente a cada instrução do Senhor e então descanse e confie. 

Nosso Deus pelejará por nós!!!
                                                                                                          
                                                              Que Deus o Abençoe!

O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...