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Juízes 16 - Sansão e Dalila





Introdução:

Sansão, cujo nome significava "homem do sol", era um nazareno dotado de extraordinária força. Era um dos juízes bíblicos cuja história está descrita no Livro dos Juízes (13-16) e no Novo Testamento (Hebreus 11.32).


• Nascido de uma mãe estéril e consagrado a Deus como Nazireu. (Não poderia cortar o cabelo e nem tocar em defuntos, coisas imundas, beber vinho, entre outras posturas que teria que tomar diante de Deus). (Juízes 13.5)


• Casou-se com uma mulher do povo filisteu. Mesmo tendo seus pais o contrariado, Sansão persistiu em querer casar com ela. E Deus tinha um propósito nisso. Juízes 14.4.


• Sansão matou um leão (JUÍZES 14.5-9) E depois retirou mel do cadáver do Leão.


• Casou-se e desafiou aos filisteus com um enigma (Juízes 14.12-20) Por isso os filisteus ameaçaram sua esposa e ele entregou o enigma. E Sansão foi traído pelo seu amor que contou seu enigma aos filisteus. Por isso Sansão matou 30 homens. E a sua mulher amada foi dada ao seu amigo. O seu sogro lhe ofereceu a irmã da mulher que ele amava.


• Vingou-se com as Raposinhas, por isso os filisteus queimaram seu sogro e a mulher que ele amava. Israel prendeu Sansão e o entregaram aos filisteus. E Sansão matou mil homens (Juízes 15.3-6).


• Quando teve sede, clamou ao Senhor e Deus abriu uma rocha e desta rocha saiu água.
Sansão nasceu para libertar o povo de Israel que vivia dominado pelo Filisteus. Estes, que tinham um medo enorme da força do nazareno, tentavam sem sucesso prender Sansão.


A INVESTIDA DE SATANÁS: DALILA.


Satanás ofereceu Dalila para Sansão pois sabia que em sua alma haviam marcas que o fragilizavam nesta área.


Os governantes filisteus, sabendo da paixão de Sansão pela filistéia Dalila, aliciaram a jovem, com 1100 moedas de prata, a descobrir a origem da força invencível de Sansão. Dalila amava Sansão, mas este amor era inferior ao que sentia pelo seu povo. Com o seu grande poder de sedução, Dalila tentou não só desvendar de Sansão o segredo da sua força, como também arranjar uma forma para que ele fosse dominado pelos filisteus.


Começou como em uma brincadeira, e Sansão participava desta brincadeira mentindo em suas respostas, pois sabia que poderia cair novamente no mesmo erro.


Primeiramente, Sansão disse-lhe que ficaria vulnerável como qualquer outro homem, se o amarrassem com sete fibras novas de arco que não tivessem sido secas. Dalila atou Sansão com as sete fibras, durante o sono mas, quando os Filisteus chegaram para o levar, ele arrancou as fibras sem dificuldade.


À segunda tentativa de Dalila, Sansão disse-lhe que seria, facilmente, dominado se fosse amarrado por cordas novas, mas também destas se libertou, sem custo, quando chegaram os Filisteus.


A terceira versão de Sansão foi tão falsa como as duas anteriores, pois quando Dalila teceu as sete madeixas do cabelo de Sansão com uma rede e as apertou com um gancho, durante o sono de Sansão, este voltou a libertar-se facilmente.
Pela persistência Dalila conseguiu saber o segredo da força de Sansão. Este disse-lhe que, se os seus cabelos fossem cortados, a sua força abandoná-lo-ia e ficaria fraco como uma criança.


Sansão dorme no colo de Dalila e ela chama um filisteu pra cortar seu cabelo. Mais uma vez Sansão é traído pelo seu amor. Há muitos crentes dormindo no colo do diabo, enquanto ele está acordado atuando para roubar a unção e o poder que foi concedido por Deus.


Sansão adormeceu no colo de Dalila e então suavemente os Filisteus cortaram-lhe os caracóis dos cabelos. Acordado, Sansão acreditava ainda ter força, mas foi rapidamente dominado pelos soldados, que lhe perfuraram os olhos e o prenderam com algemas de bronze. Sansão foi exposto e humilhado, publicamente, no caminho do templo de Dagôn, onde foi amarrado aos dois pilares que sustentavam o enorme edifício. A população juntou-se aos milhares para ver a derrota de Sansão.


SETE PONTOS DO FRACASSO DE SANSÃO: Temor a Deus


Quando o inimigo começou a rapar a cabeça de Sansão, ali se foi o temor que ele tinha de Deus. O sono era tanto, que ele não percebia que o inimigo estava rapando as suas tranças.
Assim é o crente quando sua vida é cheia de altos e baixos (comunhão debilitada) fracassado e sem firmeza. Se tiver só estudo na Igreja ele não vai. Se tiver só oração também não. Se não for pregar ou cantar ou fazer alguma coisa também não. Nada está bom, tudo é desculpa para não ir a Igreja, só vai quando quiser quando tiver vontade.


1) A PRIMEIRA TRANÇA: FIDELIDADE A DEUS E A IGREJA: Meu irmão o diabo está preocupado em como tirar o temor de Deus, da sua vida, não consinta meu irmão. Diga: "Senhor dá-me do Teu temor!" Provérbios 1.7 diz: "O temor do Senhor é o principio da sabedoria, os loucos desprezam a sabedoria...


Quando perdermos o temor, vai aí a fidelidade (fidelidade é ser digno de confiança). Não conseguimos mais ser fiel no evangelizar. A Palavra diz: "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura...".


Não conseguimos ser fiel a Igreja. A palavra diz: (..."Não deixando vossa congregação como é costume de alguns, visto que vem o fim...") Hebreus 10.25.
Não consegue ser fiel nos dízimos e ofertas, não consegue ser fiel aos irmãos, é uma pessoa na frente e outra nas costas.
Diga: "Senhor, dá-me fidelidade na tua obra!


2)A SEGUNDA TRANÇA: :DOMÍNIO PRÓPRIO A graça do domínio próprio nos leva a dizer: "Não a satanás!" (Lembre-se: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós...").


Quando alguém nos desafia a brigar, não consintas, lembre-se que quando um não quer dois não brigam. Quando um não ouve a fofoca, outro não fala mal...
Quando uma pessoa não realiza estes 'domínios', é porque está vazia da unção.


3) A TERCEIRA TRANÇA:FALTA DE PAZ - Quando sentimos falta de paz em nossas vidas, aí vem a desconfiança, a ira, o conflito, sua consciência não está tranqüila, falta de perdão, algo que incomoda, insegurança.


No dicionário bíblico, paz é Shalom. Significa estar completo, com saúde, bem estar, em harmonia, segurança física ou bem estar espiritual. (Salmos 85: "A misericórdia e a verdade se encontram, a justiça e a paz se beijam.")


Você está em paz com teu irmão, com a Igreja, com o teu Pastor?
Deus quer trazer paz, Deus quer renovar nossas forças. Diga: "Deus meu, dá-me paz perfeita, paz completa!"


4) A TRANÇA DE SANSÃO: FALTA DE ALEGRIA - Quando a alegria nos falta, aí vem a tristeza, o choro, a angustia e a depressão. Quantas vezes não conseguimos nos alegrar no Espírito, no louvor. A oração fica vazia. A graça e a alegria se foram


A alegria é característica da vida cristã nesta terra, a alegria de poder estar com Cristo para sempre no reino dos Céus. Leia: (Salmos 16.11 ''Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente'') e (Apocalipse 19.7 ''Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.''). Nós devemos ter a alegria da salvação.
Diga: "Senhor, devolva-me a alegria!"


5) A QUINTA TRANÇA DE SANSÃO: FALTA DE FÉ - Fé falsa, patuá, horóscopo, jogo de bicho, loterias, bingo, em que está a sua fé? Se a sua fé está nestas coisas, então a sua fé é morta de derrota e fracassos.
O inimigo arrancava-lhe a sexta trança.
Se você perder a fé em Deus, vai ter fé em que meu irmão? Nossa fé tem que ser viva, no Deus vivo. A Bíblia diz que fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.


Quando não sentimos nada nem no louvor ou pregação, a fé está indo embora. Cuide da sua fé, Deus vai fazer de você chuva de bênçãos. Você crê? Diga: "Senhor aumenta a minha fé em Tí, eu não quero jamais duvidar!"
O que mais uma pessoa poderia perder? Já que perdeu o temor, a fidelidade, o domínio próprio, a paz, a alegria e a fé?


6) A SEXTA TRANÇA:FALTA DE FÉ - Que Sansão perdesse tudo mas não a esperança. Quando o inimigo tirou a 7ª trança, o Espírito de Deus apartou-se de Sansão. Até a 6ª trança, o Espírito ainda estava com ele. Desculpas como: "Não posso sair para visitar, hoje está frio, hoje está chovendo, já trabalhei muito esta semana, nem participar do culto eu vou!", merecem cuidado!


Irmãos antes que a 7° trança seja tirada, desperta porque depois que esta foi tirada Sansão, ele se sentiu impossibilitado. Foi tirada a força dele, chegou até a pensar que Deus ainda estava com ele, mas já não estava mais, aí começou o fracasso. Ele tentava lutar como antes, mas não conseguiu.

Filho desperta antes que a última trança seja tirada, arrancada de ti. Sansão dormia no colo de Dalila, o inimigo trabalhava silenciosamente, para não acordá-lo, Sansão não despertou. Você pode despertar, ainda há tempo. O Espírito queria que Sansão despertasse. Filho desperta, desperta nem tudo está perdido há uma esperança. Ainda que você já tenha fracassado, Deus quer te recompor.


7) A SÉTIMA TRANÇA: VISÃO E FORÇA: FIM DA UNÇÃO - Sansão teve seus olhos furados e foi escravizado. Quantos crentes perderam a visão e foram escravizados por pecados cometidos, conseqüência de erros. Por isso estão girando moinhos (trabalham, trabalham e não saem do lugar, ficam cegos, sobrecarregados e andando em círculos).


• Quando Sansão se lembrou de recorrer a Deus, já era tarde demais para viver.
• Sansão matou seus inimigos, mas morreu junto.
• Se você caiu e se desviou do caminho de Deus, ainda há tempo para o Senhor Recobrar suas forças.
• Se você cometeu erros que dão armas ao diabo para te enfraquecer, retirar sua unção, ainda há tempo para se arrepender e recuperar o que foi tirado antes de cair.
• Se você tem alguma marca ou fraqueza no passado, que de vez em quando Satanás te lança em rosto, peça a Deus que apague o seu passado e retire qualquer acusação ou legalidade contra você.


Que longe do que muitos pensam não foi Dalila que cortou os cabelos de Sansão. Dalila foi apenas articuladora da traição, quem cortou as 7 tranças de Sansão foi um filisteu enquanto ele dormia no colo de Dalila. Observe o texto: (Juízes 16.19 ''Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força.''). Sansão com os cabelos cortados, passou a ser subjugado por Dalila, e retirou-se dele a sua força.


A Igreja deve tomar cuidado com as carícias que o mundo oferece. A história de Sansão e sua queda com Dalila é um aviso para cada crente de hoje para não brincar com o que o mundo nos oferece. Sansão foi a Gaza e viu a mulher que o derrubaria. Sansão não atentou para sua posição, um juiz de Israel, que não deveria frequentar certos lugares. Com excesso de auto-confiança deixou-se seduzir por Dalila. Ficou embriagado com suas carícias.


Quando o homem coloca seus desejos em primeiro lugar fica semelhante ao ébrio, que perde a noção da realidade, e fica suscetível aos prazeres que destroem a vida espiritual.

Fujamos do colo de Dalila! Fujamos do colo do mundo, da aparência do mal
Sansão era um homem cheio do Espírito Santo, de tal forma que quando enfrentava algum inimigo sua força aumentava e ele vencia pelo poder de Deus.

                                                              Que Deus te Abençoe!

Juízes 7 - Gideão com trezentos homens vence os midianitas




Gideão e os 300


(Juízes 7.1 a 7 "01. Então Jerubaal (que é Gideão) se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele havia, e se acamparam junto à fonte de Harode, de maneira que tinha o arraial dos midianitas para o norte, no vale, perto do outeiro de Moré. 02. E disse o SENHOR a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou. 03. Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido, volte, e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram. 04. E disse o SENHOR a Gideão: Ainda há muito povo; faze-os descer às águas, e ali os provarei; e será que, daquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém de todo aquele, de que eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. 05. E fez descer o povo às águas. Então o SENHOR disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. 06. E foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. 07. E disse o SENHOR a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; portanto, todos os demais se retirem, cada um ao seu lugar.")

INTRODUÇÃO


Esta mensagem é uma palavra que vai impactar seu coração, mas para isso você precisa abrir seu coração e deixar que a palavra do Senhor faça morada em ti, pois conhecereis a verdade e a verdade vos libertará e sem dúvida a verdade é a boa e agradável palavra de Deus.

Quero falar de um evento grandioso que marcou a vida do povo de Deus, quando um homem se propôs a fazer a vontade de Deus. Este homem é conhecido por Gideão ou em hebraico Gidon, alguém que saiu do nada, do abstrato para se tornar um Juiz, para se tornar uma ferramenta nas mãos do Todo Poderoso. Mas também veremos o que acontece com aqueles que se metem no caminho de um ungido por Deus, por isso a bíblia diz que coisa terrível é cair nas mãos do Deus altíssimo.


Mas o enfoque se dará a aqueles que estavam com Gideão em um propósito de livrar Israel de sete anos de sofrimento e humilhação causada pelos inimigos, os povos Amalequitas e Midianitas.


Quero chamar a atenção do povo de Deus para a batalha, pois sabemos e cremos que os dias ficam cada vez mais difíceis, e não podemos nos omitir da luta, e a palavra do Senhor nos alerta que Ele nos deu espírito de poder e não espírito de medo. Então vamos juntos conhecer a história de Gideão e seus 300 homens e assim crescermos juntos e vencermos todos os inimigos.


QUEM ERA GIDEÃO?

Seu nome traduzido é “O talhador ou destruidor”. Era filho de Yoash que é Joás, da tribo de Manasses. Também foi chamado Jerubaal (Juízes 6.32) que significa “baal que se vire”, e Jerubesete (II Samuel 11.21) que significa “contenda com ídolo”. Habitava na cidade de Ofra, e foi escolhido por Deus de um modo muito extraordinário para libertar os israelitas do jugo dos midianitas, sob o domínio dos quais, Israel tinha sofrido pelo espaço de sete anos. 


Os inimigos rapaces e cruéis destruíam todos os anos, os produtos da terra de Canaã, à exceção dos que podiam ser escondidos nos retiros fortificados das montanhas. Foi Gideão o sétimo juiz de Israel, que julgou os israelitas pelo espaço de cinqüenta anos, e também recusou ser o rei de Israel. Em seus dias, Israel abandonara a Deus e estava numa condição muito debilitada, atemorizado por ladrões midianitas, que saqueavam o país e faziam à vida intolerável (Juízes 6.1-5).



Este era o homem que Deus escolheu para livrar Israel das mãos dos inimigos. Agora analise comigo a atitude de Gideão. Segundo suas próprias palavras, ele era pobre, alguém que aos olhos da sociedade não merecia créditos ou confiança, mas se analisarmos bem veremos que provavelmente durante a noite Gideão colhia o trigo e durante o dia ele malhava o alimento no lagar, que era o lugar de se pisar a uva, pois o trigo era batido na eira e não no lagar. Isso nos mostra a vontade de Gideão em ter suprimentos para sua família, pois se não fizesse assim os inimigos levariam seu alimento e os deixaria passando fome.


QUEM ERAM OS INIMIGOS DE ISRAEL – Juízes 6.3

Israel havia se desviado dos caminhos do Deus Eterno, e descambado para idolatria, que em minha opinião é o pior de todos os pecados, pois ao idolatrarmos uma entidade estamos declarando o desprezo pelo Deus verdadeiro. Então Deus permite que inimigos se levantem para oprimir o povo, pois a brecha já estava aberta para a ação legal do inimigo de nossas almas. Assim naquela época levantaram se os Midianitas e os Amalequitas, juntos como insetos. 

E por sete longos anos eles subiam e tomavam todo o alimento e arrebatavam todo o rebanho do campo. E para sobreviver os Israelitas escondiam alimentos em cavernas feitas nas montanhas calcárias.


Os Midianitas eram parentes dos Israelitas, descendentes de Mídiã, um filho de Abraão e Quetura em seu segundo casamento. Era um povo nômade que vivia ao leste do rio Jordão do mar Morto, ou seja, ficavam no lado oriental de Gileade, Moabe e sul de Edom para o noroeste da Arábia.



Os Amalequitas eram uma tribo também nômade, localizada no Neguebe, na península do Sinai, eram descendentes de Amaleque, neto de Esaú (Gênesis-36.12,36). Os Midianitas e os Amalequitas formaram uma coalizão, para ferirem a Israel.



Sabe o que aprendo aqui? É que muitas vezes, ou na maioria das vezes, nossos inimigos estão perto de nós, são os da nossa casa.


O EXERCITO DE GIDEÃO

A bíblia nos revela que após uma conversa com o Anjo do Senhor, que segundo alguns estudiosos uma Teofania, Gideão conclama ao povo para irem para guerra, e ajunta um exército de 32.000 homens, aparentemente um bom número de homens, mas para conseguirem vencer o inimigo, cada um do exército de Israel teria que matar cerca de 4 homens do exército inimigo, mas agora vem Deus e manda que Gideão faça um proclame dizendo que aos covardes, medrosos que voltem para casa.


Penso que Gideão acreditasse que uns 50 a 100 homens fossem embora, mas para sua decepção 22.000 homens eram covardes, assim só ficaram 10.000 homens, o que tornou a coisa mais difícil, pois agora cada Israelita teria que matar 13 homens do exercito inimigo. Novamente vem a Deus e acha que ainda é muita gente, e manda que se levem os 10.000 para beberem água, na fonte que recebeu o nome de “Fonte de Gideão”. 

Deus diz que os que levassem à água a boca lambendo como se faz um cachorro fosse posto a parte. Dentre estes, 9.700 se ajoelharam e beberam água como quem estava displicente com o inimigo, e assim foram dispensados, ficando 300 homens, que agora teriam que matar a fio da espada cada um cerca de 4.333 homens do exército inimigo, pois saiba você que o grupamento dos Midianitas e Amalequitas eram um Exército de 135.000 homens. 



Gideão tinha apenas 300 homens que de acordo com as palavras do Anjo venceriam os inimigos. É quase difícil de acreditar que isso fosse possível, mas quando a palavra de Deus está empenhada no negócio, então não haverá derrotas. Você pode estar hoje diante da maior adversidade de sua vida, mas se entregar sua vida a Jesus, sua vitória chegará, e então você cantará um cântico de vitória e se exultara.


A FONTE DE GIDEÃO

O texto em epígrafe é bem claro. Gideão se acampa na fonte de Harote, mas o mais interessante é que Harote significa “fonte do medo, do terror” (Jeová parece sempre brincar com as palavras). Então Deus ordena a Gideão para que leve os 10.000 homens que ficaram para beberem água.


Talvez aquelas águas aos olhos do povo de Israel, fossem águas desprezadas, mas a sede era grande e bem sabemos que o corpo humano é formado de 70% de água, e naquela situação eles não suportariam a batalha. Muitas vezes achamos que Deus não virá a nosso socorro, pensamos que estarmos sozinho, mas saiba de uma coisa, Deus nunca fará aquilo que você pode e tem capacidade de fazer, Ele faz o que para nós é impossível. 

Ele nos levará a uma fonte de Harote, mas como e de que maneira nós beberemos da água, dependerá de cada um. Alguns beberam de forma diferente e para eles naquele momento algo sobrenatural aconteceu, e se você também souber que maneira se portará diante do poço o sobrenatural estará perto.



Fico a pensar por que Deus escolheria seu exercito no momento de beberem água. Ou o porquê muitos nem chegaram a provar daquelas águas. E pensar que 22.000 homens foram covardes e que 9.700 homens foram displicentes, mas ainda assim 300 foram fieis às palavras do Senhor. Aprendi que nossas atitudes mostram quem somos verdadeiramente para Deus.



A fonte de Gideão é a resposta para muitas de nossas perguntas. É também a solução para nossos problemas, é o remédio na hora certa. Então orei a Deus e lhe pedi que me fizesse chegar a fonte de Gideão, e o Senhor me revelou esta palavra.


GIDEÃO E SEUS 300 HOMENS

Ainda hoje muitos desistem da batalha, mas Gideão conservou a fé na palavra que o Senhor lhe trouxe junto ao carvalho em Ofra. Manteve-se firme e fiel ao Deus de Israel, ao contrário de muitos dentre o povo de hoje.


Mesmo lhe restando 300 homens ele sabia que Deus estava com eles. Mas e agora o que fazer. Deus disse que Gideão venceria os Midianitas, mas Deus não disse como isso aconteceria. É aí que colocamos em prática algo que Deus nos dá em momentos difíceis. 



Gideão sabia que precisava de uma estratégia e ele então conhecia o inimigo. Será que nós aprendemos algo sobre quem realmente é nosso inimigo? Será que você sabe quem é aquele que quer lhe matar? Você sabe algo sobre satanás?



Gideão sabia que os Midianitas eram um povo supersticioso e então ele chama seus 300 homens e diz a eles:



“Amigos, chegou a hora da vitória. Vocês crêem? E todos disseram SIM, CREMOS!! Então cada um vote a sua casa e pegue um vaso e uma tocha e voltem aqui.”



Assim os 300 homens corajosos foram e trouxeram tudo conforme Gideão havia dito agora cada homem tinha um vaso na mão esquerda e uma tocha na mão direita. Talvez pensemos como eles usariam a espada?



Gideão sabia que uma lenda Midianita contava que os inimigos outrora derrotados voltariam para vingarem suas mortes e de seus entes, mas com uma fúria incontrolável eles teriam no lugar da cabeça uma tocha de fogo. Assim Gideão mandou que os seus 300 homens cercassem o arraial dos inimigos e todos no mesmo momento iriam gritar e quebrando os vasos acenderiam as tochas.



Imagine você 135.000 homens ouvindo ao mesmo tempo o som de trezentos vasos sendo quebrados e trezentos homens gritando a mesma coisa, sendo cercados por tochas de fogo. O pavor tomou conta dos inimigos ao ponto que eles matavam uns aos outros e alguns poucos fugiram.



Deus vai colocar um pavor no coração dos inimigos daqueles que forem corajosos e fieis a Ele. Eu profetizo que você não vai precisar usar sua espada, mas mesmo assim eles vão fugir de diante de nossas faces.


CONCLUSÃO

Posteriormente aquele lugar em que Gideão teria levado seus homens para beberem água que antes se chamava a fonte do terror e do medo, passou a se chamar A FONTE DE GIDEÃO, pois ali se iniciou a vitória de 300 homens contra 135.000 inimigos, mas com uma diferença. É que os 300 de Israel estavam na direção de Deus e os 135.000 Midianitas e Amalequitas, NÃO!!!!!!!!


Precisamos ainda hoje achegarmos a fonte das águas de Gideão. Dobre seus joelhos ainda hoje e peça para o Senhor te fazer beber das águas da FONTE DE GIDEÃO.



Deus manda que os 10.000 desçam ás águas e ali Gideão se posiciona e penso eu que manda que de dez em dez desçam e bebam água e os que ajoelhavam e enfiavam a cabeça nas águas pusesse a parte, e os que agachassem e levasse a água na boca também colocasse a parte.


22.000 homens logo no começo se entregaram ao medo e a covardia, pois estes não tinham nada a ver com os verdadeiros vencedores e nem chegaram a beber da água da fonte de Gideão.


9.700 beberam das águas e mataram a sede, mas foram displicentes podendo ser surpreendidos pelo inimigo, pois se ajoelharam e enfiaram a “cara” na água. E assim ainda hoje muitos se entregam á Jesus e não mais vigiam, ficando vulneráveis ao ataque do inimigo e são derrotados, não provando do gosto da vitória.



Porém 300 homens, que são a minoria, beberam da água e mesmo na hora de saciarem a sede, continuaram vigiando o inimigo para não serem surpreendidos, pois estes levavam a água até a boca, e assim foram vencedores, e provaram do milagre de Deus no meio da batalha.


Note que mesmo os 22.000 covardes e os 9.700 displicentes tiveram benefícios com a vitória dos 300 corajosos, pois agora Israel estava livre de seus inimigos, e eles faziam parte desse povo, e penso eu que até chegaram a comemorar a vitória de seus inimigos, mas eles não estavam lá.


A Fonte de Gideão ainda hoje está a jorrar a água. Mas, Quem beberá da fonte e continuará na peleja? Quem estará no local da vitória? Quem contará a história verdadeira sobre a derrota do inimigo?



Agora pasmem seus corações. Eu fiz uma conta matemática e cheguei a seguinte conclusão:


Se Gideão conseguiu reunir 32.000 e ainda assim foi corajoso, então:


1) 22.000 homens covardes correspondem a ---– 69% do total


2)  9.700 homens displicentes correspondem a -– 30% do total

3) 300 homens corajosos correspondem a -------– 1% do total

E assim eu concluo esta mensagem com a seguinte colocação:

69% do povo que está dentro das igrejas são covardes e se o anticristo viesse agora eles se entregariam como ratinhos medrosos e encurralados, se borrando de medo. São pessoas que na verdade só querem a benção e não querem sequer mover um dedo em prol da obra de Deus.


30% do povo que se chama de povo de Deus não passam de servos inúteis que vão aos cultos, mas de forma displicentes tentam servir a Deus. Estes até chegam a serem abençoados e provam da água, mas nunca provarão da totalidade da benção e jamais contarão como aconteceu a vitória.



1% desse mesmo povo são aqueles a quem Deus procura, pois o salmista diz que os olhos de Deus procuram os fieis da terra. E o próprio Jesus disse que o Pai procura adoradores, não adoração, mas adoradores, para que o adorem em espírito e em verdade, ou seja, com coragem e com atenção, que vão até o fim, lutando o bom combate, crendo em seus corações que quando terminar a luta, quando terminar a batalha aqui na terra, um dia encontrarão com o Senhor Deus, e com ele morará pra sempre nas regiões celestiais.


Você faz parte de qual dos três grupos? 

Que você possa fazer parte dos 1%, dos 300 valentes e corajoso!


                                                        Que Deus te Abençoe!

A história de Josué - Um grande Líder Cristão



Líder: Aquele que ocupa a função de guia ou chefe.

Este livro narra as histórias edificantes de Israel sob a orientação desse grande homem de Deus que deixou preciosas lições de vida e liderança, não apenas para o seu povo, em sua época, mas para todos os que amam, servem e adoram ao Senhor. Aqui destacaremos os aspectos biográficos de Josué e sua preparação para suceder a Moisés no comando do povo de Deus.

I. ASPECTOS BIOGRÁFICOS

1. O significado do nome Josué. Josué, inicialmente, chamava-se Oséias (Números 13.8), todavia, mais tarde, Moisés mudou seu nome (Números 13.16 Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué.). 

Oséias em hebraico significa apenas “salvação”, enquanto que Josué, “o Senhor é salvação”. O grande profeta certamente sabia que aquele fiel e corajoso jovem ainda seria poderosamente usado por Deus para “salvar seu povo” das mãos dos inimigos, conduzindo-o com segurança à Terra Prometida.
O nome Josué aparece na Bíblia mais de 200 vezes.

2. Sua origem. Josué filho de Num e neto de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êxodo 33.11), nascera no Egito à época em que seu povo estava debaixo do jugo de Faraó. Criado como escravo, o jovem teve a oportunidade de conviver com Moisés, e assistir seus extraordinários feitos por meio das mãos poderosas do Senhor.

Sendo o primeiro filho de sua família (1 Crônicas 7.27), Josué jamais esquecera da célebre noite em que as portas das casas do seu povo foram cobertas com sangue de cordeiros a fim de que os primogênitos não fossem eliminados pelo anjo da morte (Êxodo 12.13, Josué 29-31).
Josué tornara-se príncipe (maioral), como seu avô (1 Crônicas 7.20,26,27; Números 2.18-19; Números 10.22).


II. JOSUÉ, UM LÍDER ESCOLHIDO POR DEUS

1. Escolhido para suceder Moisés (Deuteronômio 31.7,14,23). Embora Deus tenha escolhido Josué desde o ventre de sua mãe para cumprir seus santos desígnios, a mudança de seu nome sugere-nos que sua escolha para sucessor de Moisés, deu-se em razão de seu bom caráter e de suas habilidades de liderança para conduzir Israel à conquista da Terra Prometida.

No momento em que Deus ordenara a Moisés “chama a Josué” (v.14), iniciou-se a preparação de mais um grande líder de Israel. Josué foi um fiel servidor, por isso Deus lhe honrou com uma posição tão distinta.

2. A preparação de Josué para dirigir o seu povo. Os métodos de preparação de um líder para Deus são diferentes dos do mundo. Os sistemas mundanos preparam seus líderes levando em conta meramente suas habilidades intelectuais, humanas; enquanto que a preparação de um líder para os assuntos do reino de Deus depende dos critérios e dos motivos divinos. 

A proeminência de Josué em Israel ocorreu somente depois de muitos anos de fidelidade, tanto ao Senhor como a Moisés, o líder que lhe ensinara o caminho de um governo eficaz. Moisés ensinou a Josué a depender totalmente da direção de Deus em todas as circunstâncias de sua vida.

3. Os desafios que Josué enfrentou na sua preparação. Até assumir a liderança de Israel, Josué foi desafiado em várias circunstâncias enfrentando diversos obstáculos, os quais lhe deram condições de aprender a lidar com as adversidades. 

Ao longo da caminhada para Canaã o corajoso líder experimentou a aridez dos desertos causticantes, a falta d'água, de alimentos básicos, sem falar nos enfrentamentos com povos hostis. Essas experiências ensinaram-lhe a depender de Deus e a respeitar a liderança de Moisés.

Houve momentos em que Moisés precisou de homens capazes e corajosos para ajudá-lo a combater, por exemplo, os amalequitas no deserto de Refidim. Foi então que o grande profeta incumbiu a Josué de escolher homens para o combate (Êxodo 17.8-9). Amaleque não resistiu e foi derrotado!

Escolhido por Moisés (Números 11.28), Josué também foi um dos doze espias enviados a esquadrinhar a terra de Canaã (Números 13.8-16). De lá, apenas Josué e Calebe trouxeram notícias positivas ao grande líder de Israel (Números 14.6-30).


III. JOSUÉ, UM LÍDER CONFORME A PROVIDÊNCIA DE DEUS

1. Josué sucede a Moisés depois de sua morte (Deuteronômio 34.7-9). Com a morte de Moisés, Josué enfrentara o grande desafio de conquistar a confiança do povo e substituir aquele que os liderara segundo a sábia vontade de Deus. Josué era o homem que o Eterno buscava para dar continuidade à obra de redenção de Israel. 

Os líderes que Deus levanta passam, mas o seu povo jamais fica abandonado ou à mercê da própria sorte. O Altíssimo sempre prepara outros para sucederem os que vão passando (Josué 1.1-9).

2. Josué, usado por Deus como um canal de bênçãos para o seu povo. A lição que aprendemos neste edificante relato é que Deus usa seus servos para cumprir seus eternos propósitos. A despeito de ser um homem simples do povo, Josué tornou-se um instrumento divino para conduzir Israel à Terra Prometida. Em nenhum momento Josué deixou de reconhecer que Deus sempre esteve no controle de tudo. 

Ele nunca tentou tomar para si a glória que pertence somente a Deus. Josué entendeu perfeitamente que as águas do Jordão só se abriram pelo poder do Eterno, e que não foram suas estratégias militares que fizerem ruir os muros de Jericó (Josué 3; 4; 6). Assim como Deus usou a Josué, também pode e quer usar-nos em sua obra. Só depende de nossa fidelidade e compromisso com Ele.

IV. QUALIDADES DO CARÁTER DE JOSUÉ (Êxodo 17.8-15)

Dentre as muitas qualidades morais e espirituais que pontuam a vida e a história de Josué, três são imprescindíveis àqueles que desejam exercer liderança na igreja:

1. Obediência. Porque era obediente a Deus, Josué também foi um “servidor obediente” ao seu líder (Êxodo 17.9,10; 24.13). Obedecer por amor, equivale à verdadeira submissão, isto é, colocar-se sob a autoridade de alguém. 

O verdadeiro líder, apesar de reconhecer sua autoridade, nunca age isolada e presunçosamente. Josué aprendeu bem cedo que o sucesso de seu ministério dependeria de sua obediência a Moisés, seu líder, e à Palavra de Deus (Josué 1). Ele sabia que no tempo apropiado Deus o honraria como líder principal de Israel.

2. Fidelidade. Josué tinha um caráter íntegro, por isso, pode manter-se leal a Deus e a Moisés. Ele assumira um compromisso de fidelidade que o tempo não conseguiu abalar. Fidelidade ou lealdade é uma qualidade moral de Deus (Tiago 1.17). Paulo nos ensina em 2 Timóteo 2.13 que a fidelidade de Deus é o corolário da sua auto-coerência. 

Moisés, em seu belíssimo cântico, antes de morrer (Deutetonômio 32.4,15,18), ilustrou a lealdade divina valendo-se metaforicamente da “rocha”, isto é, “Ele é a Rocha” em que se pode confiar.

Josué aprendeu a confiar na fidelidade divina, logo, em tudo que fazia, sua fidelidade era demonstrada em atitudes firmes no cumprimento das alianças feitas com Deus e dos seus mandamentos (Deuteronômio 7.9).

3. Caráter ilibado. Na liderança, o bom caráter é determinante para o sucesso de qualquer empreendimento. Em diversas situações Josué soube manter o equilíbrio e assim não quebrar os princípios aprendidos com Moisés. Ora, o caráter tem a ver com o mundo interior de motivos e valores morais que moldam nossas ações. 

É, na verdade, o elemento delimitador absoluto da qualidade da nossa liderança. É ele que fortalece nossas capacidades enquanto as mantêm sob controle. O caráter faz distinção entre os que administram bem o poder e os que abusam dele. Os valores de um caráter cristão ideal, tais como piedade, abnegação, integridade e honestidade, são imprescindíveis à vida de um líder cristão.


CONCLUSÃO

Deus, ainda hoje, continua chamando e capacitando homens e mulheres que estejam dispostos a se submeterem por amor à sua santa vontade, a fim de liderar a sua Igreja, conduzindo-a ao seu destino final

Deus chama os homens e os capacita para serem líderes de seu povo na terra. Ele não os escolhe pelos seus atributos físicos, mas espirituais e morais. O Senhor não convoca os soberbos, porém estende as mãos aos humildes. Ele não arregimenta o ancião por sua experiência, nem o jovem por sua força, mas o servo por sua obediência. 

O Eterno não precisa de um guerreiro para vencer um gigante, mas de um pastor que o adore. Ele faz com que uma anciã estéril se torne mãe de reis e príncipes. Tudo o que Deus pede ao homem ou mulher a quem torna líder é: “Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei, dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares” (Josué 1.7).

''Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.'' (2 Timóteo 2.15).


Que Deus te abençoe!

Josué 24 - Josué traz à memória do povo tudo o que Deus tinha feito por eles / Josué faz, de novo, concerto com o povo.




INTRODUÇÃO

Josué estava velho e sabia que não viveria por muito tempo. Ele tomou, então, a decisão de trazer ao povo algumas palavras de advertência. Então, após reunir todas as tribos de Israel, inclusive os anciãos, juízes e oficiais em Siquém, Josué relembrou ao povo a fidelidade de Deus em cumprir com suas promessas e conclamou todo o povo, a fim de levá-los a uma renovação do concerto, em que se comprometeram em servir ao Senhor com fidelidade e dedicação. 

Neste discurso, Josué não destacou sua liderança, habilidades e qualificações; pelo contrário, concentrou sua atenção na bondade de Deus e seu cuidado para com Israel (Josué 24.2-13); e, repetidas vezes admoestou ao povo a permanecerem fiéis ao Senhor, 
(Josué 24.14-28).

I - ONDE FOI REALIZADO ESTE DISCURSO?
  • Foi em Siquém que Josué realizou seu último discurso. A cidade de Siquém (do hebraico “ombro”) estava situada entre os montes Gerizim e Ebal, a 64 Km ao norte de Jerusalém. Josué dispunha de bons motivos para convocar o povo em Siquém, tendo em vista que eventos importantes haviam acontecido nesta cidade:

  • Foi em Siquém que Abraão recebeu a promessa que Deus daria aos seus descendentes a terra de Canaã, e erigiu um altar a fim de demonstrar a sua fé no único e verdadeiro Deus (Gênesis 12.6-7);

  • Foi em Siquém que Jacó, ao retornar de Padã-Arã, sepultou os ídolos que seus familiares haviam trazido (Gênesis 35.4);

  • Foi em Siquém que Josué erigiu um altar e revisou as leis diante de todo o povo, depois da primeira fase da conquista de Canaã (Josué 8.30-35).
II - QUAIS AS PRINCIPAIS LIÇÕES QUE PODEMOS EXTRAIR DO DISCURSO DE JOSUÉ?

Muitas lições podemos extrair deste discurso, dentre elas:

2.1 Josué relembra ao povo a fidelidade de Deus: “Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses. Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã; também multipliquei a sua descendência…E eu vos dei a terra em que não trabalhastes, e cidades que não edificastes, e habitais nelas e comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes” 
(Josué 24.3-13). 

Josué traz à memória do povo, um breve relato da história de Israel, desde a chamada de Abraão até a conquista de Canaã, com o intuito de demonstrar a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Isto nos ensina sobre o dever que temos de transmitirmos às gerações futuras os feitos do Senhor e Sua fidelidade para com o seu povo, (Deuteronômio 32.7); (Juízes 6.13).

2.2 Josué convoca o povo a temer e a servir ao Senhor: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor” (Josué 24.14). 

Depois de ouvir o relato da história de Israel, o povo foi conclamado a lançar fora os ídolos e servir única e exclusivamente a Deus. Isto porque
 “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6.24). 

Na verdade, a palavra idolatria significa “toda e qualquer adoração a ídolos”. Mas, a idolatria não se restringe apenas a adoração a ídolos.
 Tudo aquilo que, em nosso coração, tira a primazia de Deus, torna-se um ato de idolatria. O que significa dizer que, qualquer apego excessivo a uma pessoa ou objeto também torna-se numa idolatria. Ao contrário do que muita gente pensa, idolatria não é só adorar a outros deuses, mas também o apego excessivo ao dinheiro, a pessoas e objetos, também são práticas idólatras. 

No Antigo Testamento, por exemplo, Deus adverte a nação de Israel para que não fizesse para si, imagens de esculturas (Êxodo 20.3-5). Já no Novo Testamento o apóstolo João, advertindo a igreja, diz:
 “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” (I João 5.21). E o apóstolo Paulo, exortando aos cristãos em Corinto, que fugissem da idolatria, escreve: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.” (I Coríntios 10.14).

2.3 Josué leva o povo a tomar uma decisão: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais…” (Josué 24.15).

Josué leva o povo a fazer uma escolha: se serviriam ao Senhor ou aos ídolos. Isto nos ensina que cada israelita tinha a liberdade de escolher a quem servir e adorar. 


Como podemos observar, a doutrina do livre-arbítrio é bíblica, pois podemos observá-la não só nas Escrituras (Mateus 11.28-30; João 7.17; João 12.32 ; Atos 2.38; Romanos 8.32; Tito 2.11; etc), mas na própria experiência humana, que mostra a capacidade nata do ser humano de escolha; do contrário, o homem não poderia ser responsabilizado moralmente por seus atos. 

A própria Bíblia nos mostra o homem sendo convocado ao arrependimento (Mateus 3.2; Mateus 4.17; Marcos 1.15; Atos 2.38; Atos 3.19; Atos 17.30, 1 Timóteo 2.4). Se o mesmo fosse incapaz de fazê-lo, Deus não o exigiria.

2.4 Josué apresenta-se como exemplo: “…porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15). 

A despeito da decisão dos israelitas, Josué e sua família estavam determinados a servirem a Deus. Dessa forma, ele apresenta-se como exemplo e modelo para todo o povo. Eis aí o grande desafio para o povo de Deus, principalmente para os líderes: servir de exemplo. 

Por isso o apóstolo Paulo diz a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4.12); e também reprendeu os judeus, porque se consideravam guia dos cegos e luz dos que estavam em trevas, mas o nome de Deus era blasfemado por causa deles (Romanos 2.17-24).

2.5 Josué fez concerto com o povo: “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo e lho pôs por estatuto e direito em Siquém”. (Josué 24.25). 

A renovação do concerto entre o Senhor e Israel importou num duplo compromisso: 1º. Deus prometeu cuidar do seu povo; e 2º. os israelitas comprometeram-se a servir unicamente ao Senhor Deus. Foi um pacto permanente e mútuo entre Deus e Israel.

Segundo o Novo Concerto mediante a morte de Cristo, o crente também se compromete a seguir a Cristo através do arrependimento, fé e obediência. Ele, por sua vez, comprometeu-se a ser nosso Senhor e Salvador e a nos conduzir ao lar celestial, à presença do Pai. 

Assim como aconteceu a Israel no Antigo Testamento., primeiramente Deus veio até nós, com misericórdia e graça e estabeleceu as condições do Novo Pacto. Nós, como Israel dos tempos antigos, devemos viver segundo os princípios estabelecidos neste Novo Concerto.

III - JOSUÉ ERGUE UM MEMORIAL

No mesmo local em que foi realizado o discurso, Josué tomou uma grande pedra como memorial, para que o povo de Israel não viesse a esquecer do pacto restabelecido com o Senhor. “E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; e tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do Senhor. E disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será por testemunho, pois ela ouviu todas as palavras, que o Senhor nos tem falado; e também será testemunho contra vós, para que não mintais a vosso Deus”. (Josué 24.26-27)

IV - A MORTE DE JOSUÉ

O livro de Josué termina com a morte de Josué, o grande homem de Deus, aos cento e dez anos de idade. Sua fidelidade e obediência a Deus, e a Moisés, fez com que ele pudesse ver, antes de sua morte, o cumprimento da promessa de Deus: a conquista de Canaã. 

Mas não apenas isto. Sua vida serviu de exemplo para todo Israel: “Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram muito tempo depois de Josué, e que sabiam todas as obras que o Senhor tinha feito a Israel” (Josué 24.31). O exemplo de Josué influenciou toda a nação, conduzido-a a obediência a Deus.

CONCLUSÃO


Sem dúvidas, Josué é um dos grandes personagens da Bíblia. Sua vida de fé, obediência, perseverança e determinação servem de exemplo para cada um de nós. 

As dificuldades que enfrentou em sua vida, como a escravidão no Egito, a peregrinação no deserto e as batalhas na conquista de Canaã, trouxeram-lhe grandes experiências e possibilitou uma maior comunhão com Deus. 

Por isso, antes de sua morte, ele traz à memória do povo a fidelidade a Deus e convida-os para renovação do pacto com o Senhor.

Que Deus te abençoe!


O que é dele, é seu e o que é seu, é dele! #Novela Gênesis | Capítulo 61

  ( “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24). Ser uma só carne ...